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Poesias:
*Amor
*Amor não correspondido
*Mulher
*Natureza
Introdução:
Se é cobiçar-te, querer-te
Como uma bênção dos céus
A ti somente na terra
Como lá em cima a Deus;
Castro Alves
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
A Flor do
Maracujá
Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá !
Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.
Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.
Fagundes Varela
Seus olhos
Gonçalves Dias
Zulmira
Sonhara-te eu na veiga de Granada,
Tapetada de flores e verdura,
Onde o Darro e Xenil no lento giro
Volvem a linfa pura.
Não me Deixes!
Debruçada nas águas dum regato,
A eterna sucessão
Gonçalves Dias
O "adeus" de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala
Castro Alves
Realismo:
Motivados pelas teorias científicas e filosóficas da época, os escritores
realistas desejavam retratar o homem e a sociedade em sua totalidade. Não
bastava mostrar a face sonhadora e idealizada da vida como fizeram os
românticos; era preciso mostrar a face nunca antes revelada: a do cotidiano
massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da
impotência do homem comum diante dos poderosos.
Uma característica comum ao Realismo é o seu forte poder de crítica,
porém sem subjetividade. Grandes escritores realistas descrevem o que
está errado de forma natural. Por exemplo, se um autor deseja criticar a
postura da Igreja católica, não escreverá um soneto anti-cristão como no
Romantismo, porém escreverá histórias que envolvam a Igreja Católica de
forma a inserir nessas histórias o que eles julgam ser a Igreja Católica e
como as pessoas reagem a ela. Em lugar do egocentrismo romântico,
verifica-se um enorme interesse de descrever, analisar e até em criticar a
realidade. A visão subjetiva e parcial da realidade é substituida pela visão
que procura ser objetiva, fiel, sem distorções. Em lugar de fugir à realidade,
os realistas procuram apontar falhas como forma de estimular a mudança
das instituições e dos comportamentos humanos. Em lugar de heróis,
surgem pessoas comuns, cheias de problemas e limitações. Na Europa, o
realismo teve início com a publicação do romance realista Madame Bovary
(1857) de Gustave Flaubert.
Romantismo:
O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas
décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século
XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo
que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a
consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma
atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de
um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de
mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez
mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais
utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela
objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria
marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
Romantismo no Brasil
De acordo com o tema principal, os romances românticos no Brasil podem
ser classificados como indianistas, urbanos ou regionalistas.
Biografias:
CASTRO ALVES
NOME LITERÁRIO: ALVES, Antônio de Castro.
NOME COMPLETO: ALVES, Antônio de Castro.
PSEUDÔNIMO: Musset.
NASCIMENTO: Fazenda Cabaceiras, Curralinho, hoje Castro
Alves, BA, 14 de março de 1847.
FALECIMENTO: Salvador, BA, 6 de julho de 1871.
Poeta, teatrólogo, tradutor. Iniciou os estudos no interior do estado.
Em Salvador, cursou humanidades, estudando no Ginásio Baiano,
onde tornou-se amigo de Rui Barbosa, com o qual fundou, em
1864, a Sociedade Abolicionista do Recife. Ingressou nas
faculdades de direito em Salvador (1862) e em São Paulo (1868)
sem, no entanto, completar os estudos. Em Recife, fundou o jornal
O Futuro com outros intelectuais e escritores, obtendo grande fama
por participar intensamente das atividades estudantis e literárias,
bem como de manifestações abolicionistas, tornando-se o poeta
mais destacado da causa anti-escravagista. Nesta cidade, onde
viveu com a atriz Eugênia Câmara, dedicou-se a traduzir peças
teatrais. Escreveu o texto para teatro Gonzaga, que levou para São
Paulo, com passagem pelo Rio de Janeiro (1868), onde declamou
em público, alcançando grande sucesso. Na cidade de São Paulo,
já com a saúde bastante abalada pela tuberculose, sofreu a perda
de um pé num acidente de caça, em 1869. Retornou à Bahia em
1870 para se restabelecer, mas não se recuperou, vindo a falecer
aos 24 anos. Embora tivesse colaborado em inúmeros periódicos,
teve publicado em vida somente o livro Espumas Flutuantes. Além
de intensa obra poética (muitos de seus poemas foram musicados),
deixou desenhos e caricaturas. Por obra de sua beleza física, dos
arroubos românticos e dos ideais de liberdade, sua figura é
marcada por uma aura de lenda.
GONÇALVES DIAS
NOME LITERÁRIO: DIAS, Gonçalves.
NOME COMPLETO: DIAS, Antônio Gonçalves.
PSEUDÔNIMO: Optimus Criticus NASCIMENTO: Sítio Boa Vista,
Caxias, MA, 10 de agosto de 1823.
FALECIMENTO: Costa do Maranhão, 3 de novembro de 1843.
Filho de português com cafuza, Gonçalves Dias nasceu de uma união não
oficializada. Em 1829, quando seu pai casou-se com Adelaide Ramos de
Almeida, o poeta foi morar com o casal. Iniciou os estudos em 1830, em sua
terra natal, na escola do professor José Joaquim de Abreu, lá permanecendo
por um ano, quando passou a trabalhar na casa comercial de seu pai como
caixeiro e encarregado da escrituração. Em 1835, foi matriculado em uma
escola particular, iniciando seus estudos de latim, francês e filosofia. Em 1838,
foi para Coimbra, Portugal, onde terminou os estudos secundários e ingressou
na Faculdade de Direito (1840). Nesta cidade, participou dos grupos
medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das idéias
românticas de Almeida Garret, Alexandre Herculano e Antonio Feliciano de
Castilho. Bacharelou-se em 1844. Ainda em Portugal, escreveu a "Canção do
exílio" e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama
Patkull; e Beatriz de Cenci, posteriormente rejeitado, no Brasil, pelo
Conservatório Dramático, por sua condição de texto "imoral". Neste período,
escreveu também os fragmentos do romance biográfico Memórias de Agapito
Goiaba, destruído pelo poeta, pois continha impressões sobre pessoas ainda
vivas. Em 1845, retornou ao Maranhão. No ano seguinte, transferiu-se para o
Rio de Janeiro, onde ocupou os cargos de funcionário do Instituto Histórico,
oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros, chefe da seção de etnografia
da Comissão Científica de Exploração e professor de história e latim do Colégio
Pedro II. Em 1849, fundou a revista Guanabara, com Porto Alegre e Joaquim
Manuel de Macedo. Colaborou em diversos periódicos, entre eles Jornal do
Commercio, Correio Mercantil, Correio da Tarde, Sentinela da Monarquia e
Gazeta Oficial, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária. Em
1854, voltou novamente à Europa, onde permaneceu até 1857, entrando em
contato com Alexandre Herculano, que o introduziu na Real Academia de
Ciências. Retornando ao Brasil, percorreu, em missão científica, o Norte e o
Nordeste do país. Em 1864, regressando de nova viagem à Europa, morreu no
naufrágio do navio Ville de Boulogne, na costa do Maranhão.
Fagundes Varela
Luís Nicolau Fagundes Varela (1841-1875) foi um poeta
romântico inspirado pelo byronismo. Boêmio, este estudante de
direito que nunca conclui o curso perdeu seu filho ainda novo e da
esposa o leva mais fundo à boêmia. Casando-se de novo, muda-se
para Niterói e falece, alcoólatra e mentalmente desequilibrado.
Considerado o menos ingênuo dos românticos, a perda do filho
influenciou muito sua obra, sendo o Cântico do Calvário
indicação disto. Segue uma passagem.
"Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústia conduzia
O ramo da esperança. - Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pergueiro."
Conclusão
Bibliografia:
• Google
• Jornal da poesia
• Apostila anglo literatura
volume I e II
N°: 32 2°A