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Leia trecho do livro Sete Passos para Curar – Guia

Prático da Nova Medicina das Emoções, de David


Servan-Schreiber
Carta aos leitores de CURAR

Caras leitoras e caros leitores,

Antes de mais nada, quero agradecer o apoio que deram a meu livro. Com ele, é
uma nova medicina das emoções que vocês apóiam. E eu não esperava tamanho
entusiasmo por idéias ainda estranhas aos modos de pensar habituais.

O sucesso do livro, que se deve a todos vocês, vem dessa abertura de espírito, da
curiosidade que demonstraram, do desejo de explorar novos caminhos.
Reconheço-me em cada um desses traços, mas não sabia que somos tantos a
compartilhá-los. Para mim, é um sinal bastante encorajador de que, juntos,
consigamos talvez fazer com que as mentalidades evoluam. Sinal de que, talvez,
possamos levar nossas instituições científicas e médicas a investirem suas
pesquisas também nesses novos e fascinantes campos.

Muitos de vocês me escreveram. Recebi, a cada semana, mais de 100 cartas.


Essa confiança envaidece-me e me encoraja. Várias dessas mensagens me
contam um sofrimento, uma dor, pessoal ou de um próximo, e pedem ajuda.
Cada um desses relatos me interpela e sinto realmente vontade de ajudá-los.
Porém, me é impossível fazer frente a solicitações tão numerosas (mesmo se é
tão difícil dizer "não"...). Não recebo mais nenhum paciente, conservando o
pouco do tempo que me resta para aqueles que já estavam em tratamento
comigo antes da publicação de CURAR. Quero, sobretudo, reservar meu tempo
para escrever e para formar novos terapeutas, que poderão dar continuidade em
escala bem maior aos métodos expostos no meu livro.

Creio que somos testemunhas de uma vaga profunda que atravessa todas as
sociedades ocidentais: uma demanda, vinda de cada um, e em todos os lugares,
por uma indústria que respeite o meio-ambiente, por uma agricultura que
respeite a terra e, agora, também por uma medicina que respeite as capacidades
que tem nosso corpo de recuperar seu próprio equilíbrio. São vocês os
verdadeiros agentes dessa transformação social, e fico feliz em fazer parte
daqueles que podem ajudar a canalizar toda essa energia.

Estabeleci para mim mesmo, como prioridade, a tarefa de tornar os métodos de


CURAR acessíveis ao maior número de pessoas. Isso me conduziu ao ensino, para
perto de colegas médicos, psicólogos e psicoterapeutas. Mas levou-me ainda a
ações de ordem mais "política", junto às agências governamentais e aos
decididores de toda espécie, tanto na França quanto nos Estados Unidos, onde
ainda leciono. E, talvez já tenham ouvido falar, comprometi-me também em
tornar disponível um complemento alimentar Ômega-3 cuja concentração e
pureza correspondam ao que foi testado nos estudos científicos da psiquiatria.
Como esse tipo de complemento não é patenteável (não se pode patentear o
peixe!), nenhum indústria farmacêutica julgou rentável engajar-se nesse campo.
Orgulho-me de ter conseguido fazer com que esses complementos Ômega-3, da
melhor qualidade e pureza possíveis, possam hoje ser encontrados em qualquer
farmácia. Mas tudo isso demandou tempo e exigiu esforços consideráveis que me
desviaram de uma conexão mais estreita com todos vocês.
Esses importantes passos devem-se às decisões de grandes agências
institucionais, no Reino Unido, nos Estados Unidos e na França:

1. Um relatório do governo do Reino Unido demonstrou que 70% dos


antidepressivos receitados jamais deveriam ter sido utilizados. Foram prescritos
para depressões consideradas "menores ou moderadas" para as quais, segundo
esse relatório, seria recomendável utilizar primeiro métodos mais "naturais",
antes de pensar em receitar medicamentos cujos efeitos secundários parecem
cada vez mais claros para a comunidade médica científica.

2. Em seguida, a prescrição de antidepressivos para as crianças (à exceção do


Prozac) foi proibida no Reino Unido e é alvo hoje de restrições consideráveis nos
Estados Unidos. Com efeito, ficou comprovado que, no caso das crianças, os
benefícios que esses medicamentos trazem não são (ou são apenas em proporção
mínima) superiores aos de um placebo. Sabe-se também que provocam um
aumento significativo do risco de suicídio. Isso, naturalmente, fez com que
médicos e psiquiatras se sentissem um tanto desamparados, pois não
aprenderam em sua formação a utilizar métodos alternativos aos medicamentos.
Mas, ao mesmo tempo, isso também criou um ambiente bastante propício à
incorporação, pela medicina convencional, de alternativas naturais e eficazes.

3. Por fim, o método de Dessensibilização e Reprocessamento pelo Movimento


Ocular, o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), foi
reconhecido oficialmente, na França, como um método de tratamento eficaz (pelo
relatório da comissão do INSERM‫ ٭‬concernente às psicoterapias) e, mais
recentemente, também nos Estados Unidos (por um relatório da prestigiadíssima
American Association of Psychiatry, cuja influência abrange o mundo inteiro).

Graças, em parte, a esses desenvolvimentos todos, a psiquiatria convencional


começa a abrir verdadeiramente seus horizontes às novas idéias. Em todos os
lugares, inicia-se um debate em torno daqueles métodos de que eu falava em
CURAR. Seu reconhecimento oficial permitiu também estimular novos projetos de
pesquisa. De fato, são as pesquisas que farão com que uma abordagem mais
natural da medicina penetre realmente no interior das instituições médicas.

Mas é verdade também que cada um de vocês, conversando com seu médico ou
com seu terapeuta a respeito do EMDR, de coerência cardíaca, da acupuntura, de
exercício físico ou do Ômega-3, contribuiu grandemente para difundir a
mensagem. Vocês fizeram ouvir o desejo manifesto por uma medicina ao mesmo
tempo mais humana e mais racional, uma medicina que saiba utilizar as
capacidades intrínsecas de nosso corpo e de nosso cérebro a se curarem por si
mesmos.

Para concluir essa breve introdução, aprendi recentemente que a palavra que
designa, em chinês antigo, "O Pensamento" é composta por dois caracteres:
aquele do "Cérebro" (em cima) e aquele do "Coração" (em baixo). Eu o ofereço
aqui a todos vocês, com votos de harmonia entre seu cérebro e seu coração.

Com um abraço,
David Servan-Schreiber
QUESTÕES GERAIS

Q.: O senhor conhece médicos clínicos que utilizam as técnicas descritas em


CURAR?
Infelizmente, na França ainda não. No centro de medicina complementar que eu
dirigia na universidade de Pittsburgh, reunimos médicos, psicoterapeutas,
acupunturistas, nutricionistas que compartilhavam a mesma filosofia e
organizavam avaliações e programas de tratamento completos. Espero,
finalmente, ajudar a instalar esse mesmo tipo de centro clínico na França.
Enquanto isso, recomendo a todos que organizem seu próprio tratamento, em
parceria com as recomendações de seu médico ou de seu psiquiatra.

Q.: Os métodos recomendados em CURAR são compatíveis com um tratamento


convencional?
Os métodos descritos em CURAR são todos absolutamente compatíveis com um
tratamento convencional e não exigem, de modo algum, que este seja
interrompido, nem modificado. Eu mesmo muitas vezes tratei com o EMDR
(Método de Dessensibilização e Reprocessamento pelo Movimento Ocular)
pacientes que seguiam sua psicanálise com outro terapeuta ou que usavam
medicamentos prescritos por seu psiquiatra.

Q,: Como, concretamente, começar um tratamento?


Se você acha que o EMDR lhe trará benefícios, sugiro que procure um terapeuta
com um certificado de "Clínico EMDR", fornecido pela Associação EMDR-Europa. É
uma garantia de que o terapeuta tenha seguido uma formação completa e
participado de um ciclo de supervisão sob a égide de um clínico mais
experimentado.

No que diz respeito à coerência cardíaca¸ ainda muito recente na Europa, só


posso recomendar que acompanhe cursos de Hatha Yoga – método multimilenar
que utiliza técnicas respiratórias e de concentração que levam a um estado
fisiológico do corpo comparável àquele descrito em CURAR.

Cabe a você, em seguida, modificar seu regime alimentar para reequilibrar a


relação Ômega-3/Ômega-6 e reduzir as gorduras animais saturadas. Voltarei
adiante aos suplementos Ômega-3.

Cada qual pode escolher seu próprio programa de exercício físico, conforme às
recomendações gerais retiradas da literatura científica e que eu enuncio em
CURAR. Você pode também providenciar uma lâmpada de simulação da aurora
para despertar de modo mais natural e ajudar a estabilizar seus ritmos
biológicos.

Enfim, cada um deve, do meu ponto de vista, preocupar-se em administrar


melhor os conflitos – quer sejam profissionais ou pessoais. Uma das melhores
maneiras de progredir neste campo é formar um grupo de reflexão com amigos
ou próximos para que possam exercitar-se em conjunto aplicando os métodos
SPA-CEE e Perguntas de ELFE. É, aliás, o que eu mesmo faço regularmente, com
alguns amigos, para continuar bem "centrado" nessa abordagem das relações
humanas.

Q.: É possível beneficiar-se de seus métodos sem gastar muito?


Infelizmente, os métodos que descrevo em CURAR não são ainda – a grande
maioria deles –, na França, reembolsáveis pela Seguridade Social, ficando
portanto reservados àqueles que podem pagar por sua saúde. É um estado de
coisas que me parece inaceitável e faço o que posso para mudá-lo. Quanto mais
se avolumam os estudos científicos que demonstram sua eficácia (como é o caso
do EMDR, mas também da nutrição e dos Ômega-3, ou ainda da coerência
cardíaca), mais fácil será incorporar essas abordagens à oferta reembolsável da
medicina convencional.

Nesse entretempo, o Instituto Francês de EMDR que coordeno e que é


responsável pelo ensino do EMDR na França forma gratuitamente alguns
terapeutas que trabalham exclusivamente em meios desfavorecidos, de modo a
permitir que pratiquem o EMDR junto a seus pacientes. Todos os terapeutas
interessados nessa possibilidade podem entrar em contato com o programa
humanitário da associação francesa de EMDR, no site da internet www.emdr-
france.org.

É possível também começar a praticar alguns dos métodos descritos em CURAR


sozinho – como o despertar com a aurora natural, a coerência cardíaca, o
exercício físico, a mudança alimentar ou a comunicação emocional –, e eu recebo
com freqüência testemunhos de leitores que começaram a praticá-los por conta
própria e constataram notáveis transformações em suas vidas.

Q.: O senhor aconselha outros livros? Existem outros métodos que lhe
interessam?
Sempre me interesso por novas abordagens. Decidi, porém, consagrar meu
tempo e minha energia a fazer avançar essas que já conheço bem, cujos efeitos
estão demonstrados e que, ainda assim, continuam a não ser utilizadas o
suficiente, principalmente porque não podem ser patenteadas e, portanto, não
provocam interesse econômico capaz de impulsionar sua introdução na medicina
convencional.

Q.: Poderia indicar um método simples de meditação que melhore o


funcionamento do Qi?
Segundo a medicina tradicional chinesa ou tibetana, todos os métodos de
meditação facilitam o funcionamento do Qi. O método que focaliza unicamente
este aspecto chama-se o Qi Gong (pronunciar "Tchi Gong").

Q.: A música, ouvida ou praticada, pode ajudar no caso de depressão?

Claro! Embora haja poucos estudos a esse respeito (isso não dá patente e, sem
patentes em vista, sem dinheiro para pesquisas...), inúmeros pacientes relatam
como o fato de ouvir música pode ter um efeito poderoso sobre seu humor. Acho
que é certamente ainda mais eficaz quando você próprio toca um instrumento,
sobretudo em grupo, se possível, para estimular nosso cérebro emocional nos
momentos de desencorajamento e pô-lo em fase com os ritmos e as melodias da
vida que passa em nós e à nossa volta. Nos Estados Unidos, participei várias
vezes de "drum circles" ("círculos de percussão"), nos quais várias pessoas que
mal sabiam bater num tamborim aprendiam a tocar ritmos diferentes que se
transformavam em verdadeira melodia quando o grupo encontrava seu equilíbrio.
Não há dúvida alguma que esses são momentos particularmente exaltantes e que
nos lembram a força de nossa conexão com os outros. Escrevi, a respeito dessa
experiência, uma crônica para Psychologies, que pode ser consultada no link
http://www.psychologies.com/chroniques.cfm/
chroniqueur/5/1/David-Servan-Schreiber/index.html (crônica de novembro de
2004: "A música também cura").

1 COMUNICAÇÃO EMOCIONAL
Q.: Poderia dar alguns conselhos que ensinem a se autocontrolar no caso de
situações de conflitos profissionais?
A primeira coisa a fazer é inspirar, por meio de duas grandes respirações, lentas
e profundas, e em seguida começar a expirar o stress, antes de reagir. Lembrar,
depois, que os conflitos são inevitáveis, mas não seu envenenamento, provocado
por nossas próprias reações, muitas vezes exageradas ou até mesmo violentas.

Q.: Qual a diferença entre antidepressivo e neuroléptico?


Os neurolépticos bloqueiam o estímulo de certas zonas do cérebro pela
dopamina. São utilizados principalmente nos distúrbios do pensamento
(alucinações, delírios, paranóia) e, às vezes, para acalmar um episódio maníaco
ou uma hipersensibilidade ao julgamento alheio. Os antidepressivos, por sua vez,
aumentam esse estímulo por neurotransmissores, como a serotonina, a
noradrenalina e, em alguns, também a dopamina. Têm menos tendência que os
neurolépticos a reduzir a percepção e as sensações. Também revelam menos
efeitos secundários a longo prazo.

Q.: Seus métodos são adaptados aos distúrbios bipolares?


Os distúrbios bipolares parecem ter uma base biológica e genética mais profunda
que as depressões não-bipolares. Todavia, é certo também que os episódios de
depressão ou de mania dos distúrbios bipolares são muitas vezes provocados por
um período de stress mal administrado e mal vivido. Na medida em que os
métodos de que falo em CURAR tornam-nos mais resistentes ao stress, eles
também reduzem, consequentemente, a probabilidade de recaídas para quem
sofre de uma doença bipolar. Recomendo porém aos pacientes bipolares que
continuem a tomar um estabilizador de humor, como o lítio ou o depakene, de
eficiência já comprovada na prevenção das recidivas e que são em geral bem
tolerados.

Q.: Suas técnicas podem ser utilizadas para dores crônicas?


No centro de medicina complementar de Pittsburgh que eu dirigia, utilizávamos
frequentemente a meditação (ou a coerência cardíaca) e a acupuntura como
métodos de auxílio no tratamento das dores crônicas. O EMDR pode também ser
útil quando as dores têm por origem um acontecimento que pode ter sido
psicologicamente traumático (como um acidente de carro ou uma violência
sexual).

Q.: Seu método pode resolver, ou ajudar a resolver, uma depressão ligada não a
um evento traumático particular, mas à dupla influência da hipersensibilidade aos
acontecimentos e a uma infância difícil?
No caso de uma infância difícil e de traumatismos emocionais reiterados, o EMDR
muitas vezes é eficaz, mas exige um período necessariamente mais longo de
tratamento (em geral de 6 meses, ou ainda mais tempo).

Q.: Pode-se de fato substituir os antidepressivos pelos ÔMEGA-3 e pelas


caminhadas?
Os estudos disponíveis sugerem que a caminhada é tão eficaz quanto um
antidepressivo moderno (inibidor da re-captura da serotonina) e que, um ano
depois do fim do tratamento, as recidivas são 4 vezes menos freqüentes. É
bastante provável, todavia, que, nesses estudos, os sujeitos que melhoraram
com a prática da caminhada tenham continuado a exercitá-la por conta própria
ao passo que aqueles que usaram com proveito o antidepressivo muito
provavelmente interromperam o tratamento.

Até agora, os trabalhos referentes aos Ômega-3 sugerem que eles são eficazes
em sujeitos cujos sintomas de depressão resistiram a vários antidepressivos
sucessivos enquanto continuam a usar o último daqueles com que começaram o
tratamento. Não dispomos ainda de estudos que permitam afirmar com certeza
que um antidepressivo que se revelou eficaz possa ser completamente substituído
por um suplemento alimentar de Ômega-3.

Q.: Pode falar um pouco mais a respeito das depressões "hereditárias"


fisiológicas, às quais fez apenas breves alusões em CURAR?
A depressão pode muito bem possuir um componente hereditário, sobretudo
quando um dos pais sofreu de depressão severa (ou outra doença psiquiátrica)
necessitando de internação hospitalar. Em alguns desses casos, os
antidepressivos (ou outros medicamentos psicotrópicos) são às vezes
absolutamente indispensáveis. Todavia, é importante, mesmo quando os
medicamentos são obviamente úteis, utilizar toda a capacidade de resiliência do
cérebro emocional para maximizar seus efeitos. Não há nenhuma contradição em
utilizar, ao mesmo tempo, a coerência cardíaca, o EMDR, o exercício físico, a
acupuntura, ou tomar os Ômega-3. Nem em acordar com a luz do nascer do sol
(simulada ou não) ou cuidar de bem administrar suas relações afetivas. Muito ao
contrário.

Q.: Vi na Internet que existe um legume, chamado atmagupta, utilizado pela


medicina ayurvédica para tratar o mal de Parkinson. Este legume contém
levodopa. Conhece este tipo de tratamento natural para a doença? Saberia onde
encontrar esse legume?
Não conheço esse legume. A Levodopa é um precursor da dopamina,
neurotransmissor cruelmente ausente naqueles que sofrem do mal de Parkinson.
É portanto bem possível que qualquer fonte nutricional desse precursor
importante seja útil no combate à doença. Todavia, a prescrição da Levodopa
como medicamento é geralmente acompanhada de um inibidor da enzima que
torna a Levodopa particularmente inativa antes que possa ser transformada no
cérebro em dopamina. Seria preciso, portanto, muito provavelmente, ingerir
grandes quantidades desse alimento – se ele for realmente eficaz – para obter
um efeito sobre a dopamina do paciente.

A tirosina, um ácido aminado que se encontra facilmente nas parafarmácias sob a


forma de complemento alimentar, é outro precursor da dopamina às vezes
bastante útil àqueles que sofrem do mal de Parkinson (deve-se tomá-la duas
vezes ao dia, 2000 mg, 45 minutos antes de uma refeição). Não conheço relato
de efeitos secundários.

Q.: Ao exercício, então, David! Mas, vamos reconhecer, é muito chato fazer
exercícios. Você, porém, afirma: "não é preciso muito"...
Sim. Por sorte, não sou quem diz, ou não acreditariam em mim,
necessariamente! São os estudos que o afirmam, e é isso que é fascinante.
Pesquisas recentes realizadas na Universidade de Duke, nos Estados Unidos,
demonstraram que, para a depressão, por exemplo, o exercício físico, 3 vezes por
semana, 30 minutos a cada vez, é tão eficaz quanto tomar um antidepressivo.

Q.: Mas, 30 minutos de que? Salto de vara, crawl intensivo...?


Isso depende da idade das pessoas. Mas, num dos estudos em que os sujeitos
tinham entre 50 e 77 anos, simplesmente eles faziam 30 minutos de marcha
rápida. Quer dizer que...

Q.: Nem correr?


Nem correr. Caminhavam ao ar livre. Mas é preciso andar rápido. Dizem que o
que é preciso conseguir, e não necessariamente a primeira vez, é encontrar um
ritmo em que se pode conversar, fazendo o exercício, mas não cantar.
Q.: E isso cura?
Sabe-se, agora, que isso é de fato eficiente.

Q.: Em quanto tempo? Três meses? Três anos?


Não, isso leva... Nos estudos já realizados notou-se que em 6 semanas os efeitos
eram notáveis e que no final de 4 meses obtinha-se o mesmo efeito de um
antidepressivo. É um pouco mais lento que um antidepressivo. Um antidepressivo
leva mais ou menos duas semanas para fazer efeito e, com os exercícios, é
preciso esperar entre 2 e 6 semanas antes de notar uma real diferença. Mas,
sentimo-nos melhor desde o início, porque nosso corpo foi estimulado.

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