Está en la página 1de 27

Biologia

Fascículo 01
Maria Lúcia Pereira Soares
Índice

Fisiologia Animal I ....................................................................................................................... 1


Digestão ............................................................................................................................................. 1
Respiração .......................................................................................................................................... 8
Circulação ......................................................................................................................................... 14

Exercícios ..................................................................................................................................... 21

Gabarito ........................................................................................................................................ 24
Fisiologia Animal I

Digestão

Conceito
Digestão é o conjunto de transformações fisioquímicas ou físico-químicas que os
alimentos orgânicos sofrem para se transformarem em moléculas menores, hidrossolúveis e
absorvíveis.

Alimentos
A matéria orgânica que constitui o alimento de um animal deve conter diversos tipos de
substâncias nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, sais minerais, vitaminas e água.

Carboidratos e lipídios: alimentos energéticos


Carboidratos e lipídios são nutrientes orgânicos cuja função principal é fornecer
energia às células. Alimentos ricos desses nutrientes costumam ser chamados de alimentos
energéticos.

Proteínas: alimentos plásticos


Proteínas são nutrientes orgânicos cuja função principal é fornecer aminoácidos às
células. A maior parte dos aminoácidos absorvidos é empregada na fabricação das proteínas
específicas do animal. Uma vez que as proteínas são os principais constituintes estruturais (plásticos)
das células animais, costuma-se dizer que alimentos ricos desse tipo de nutriente são alimentos
plásticos.

Sais Minerais
Sais minerais são nutrientes inorgânicos que fornecem ao animal elementos químicos
como o cálcio, o fósforo, o ferro ou o enxofre, entre outros. Exemplos de sais minerais são os cloretos
(de sódio, de cálcio, de magnésio, férrico etc.), os fosfatos (de cálcio, de magnésio etc.) e diversos
outros tipos de sais. O cálcio, por exemplo, é um elemento químico de fundamental importância na
estrutura dos ossos de animais vertebrados e das conchas de moluscos. O ferro, presente na
hemoglobina do sangue de diversos animais, é fundamental para o transporte de oxigênio para as
células. Elementos químicos como o fósforo, por sua vez, fazem parte das moléculas de ATP, que são
as responsáveis pelo fornecimento de energia a todas as reações químicas fundamentais à vida.

Água
A água não é propriamente um nutriente, embora seja fundamental à vida. Todas as
reações vitais ocorrem no meio aquoso presente no interior das células. Além de ser ingerida na forma
líquida, a água geralmente faz parte da composição de todos os alimentos.

Vitaminas
Vitaminas são substâncias orgânicas essenciais à vida, mas que determinada espécie
animal não consegue fabricar. Conseqüentemente, as vitaminas precisam ser obtidas no alimento
ingerido.
A maioria das vitaminas atua como co-fatores enzimáticos, isto é, como fatores acessórios de reações
catalisadas por enzimas. Na ausência de certas vitaminas, determinadas enzimas não funcionam, com
prejuízo para as células.

1
Principais vitaminas humanas

Vitaminas Uso no corpo Deficiência Principais fontes

A Necessária para o crescimento normal e Cegueira noturna, Vegetais amarelos (cenoura,


(vitamina para o funcionamento normal dos olhos, xeroftalmia, “olhos secos” abóbora, batata-doce, milho),
da visão) do nariz da boca, dos ouvidos e dos em crianças, cegueira pêssego, nectarina, abricó,
pulmões. Previne resfriados e várias total. Pele áspera e seca gema de ovo, manteiga,
infecções. Evita a “cegueira noturna”. facilidade para infecções. fígado.

B2 Auxilia a oxidação dos alimentos. Ruptura da mucosa da boca, Vegetais de folhas (couve,
(riboflavina) Essencial à respiração celular. Mantém a dos lábios, da língua e das repolho, espinafre etc.), carnes
tonalidade saudável da pele. Atua na bochechas. magras, ovos, fermento de
coordenação motora. padaria, fígado, leite.

B1 Auxilia na oxidação dos carboidratos. Perda de apetite, fadiga Cereais na forma integral e
(tiamina) estimula o apetite. Mantém o tônus muscular, nervosismo, pães, feijão, fígado, carne
muscular e o bom funcionamento do beribéri. de porco, ovos, fermento
sistema nervoso. Previne o beribéri. de padaria, leite.

B Mantém o tônus nervoso e muscular e o Inércia e falta de energia, Levedo de cerveja, carnes
(PP) (niacina) bom funcionamento do aparelho nervosismo extremo, magras, ovos, fígado, leite.
digestivo. Previne a pelagra. distúrbios digestivos,
pelagra.

B6 Auxilia a oxidação dos alimentos. Doenças da pele, distúrbios Levedo de cerveja, cereais
(piridoxina) Mantém a pele saudável. nervosos, inércia e extrema integrais, fígado, carnes
apatia. magras, peixe, leite.

C Previne infecções. Mantém a integridade Inércia e fadiga em adultos, Frutas cítricas (limão, lima,
dos vasos sanguíneos e a saúde dos insônia e nervosismo em laranja) tomate, couve,
dentes. Previne o escorbuto. crianças, sangramentos das repolho e outros vegetais de
gengivas, dores nas juntas, folha, pimentão.
dentes alterados, escorbuto.

D* Atua no metabolismo do cálcio e do Problemas nos dentes, ossos Óleo de fígado de bacalhau,
fósforo. Mantém os ossos e os dentes em fracos, contribui para os fígado, gema de ovo.
bom estado. Previne o raquitismo. sintomas de artrite,
raquitismo.

E Promove a fertilidade. Previne o aborto. Esterilidade do macho, Óleo de germe de trigo,


Atua no sistema nervoso involuntário, no aborto. carnes magras, laticínios,
sistema muscular e nos músculos alface, óleo de amendoim.
involuntários.

K Atua na coagulação do sangue. Previne Hemorragias. Vegetais verdes, tomate,


hemorragias. castanha.

* A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precursor que se
transforma na vitamina quando exposto aos raios ultravioleta da luz solar.

2
Alguns Tipos de Sistemas Digestivos Animais
Sistema Digestivo dos Anelídeos (minhoca)

Ceco
intestinal Musculatura
Moela Intestino circular
Papo Tiflosole
anterior
Faringe
Musculatura
longitudinal
Boca

Intestino
posterior
Corações
Esquema de um corte transversal
laterais
Vaso do intestino posterior da minhoca
dorsal
Septos

Vista interna da minhoca

Sistema Digestivo dos Peixes (cartilaginosos)

Prega espiral, de tubarões

Parede Intestinal

Prega

No intestino dos peixes cartilaginosos, como os tubarões, há uma prega espiral que lhes
aumenta muito a superfície interna. O alimento, para percorrer um intestino relativamente curto,
desce ao longo das alças dessa prega, o que garante maior eficiência para digestão e absorção.
Nos demais vertebrados, que não têm essa prega ou válvula espiral, a superfície intestinal pode estar
extremamente aumentada pela existência de um grande número de vilosidades, além das
microvilosidades das membranas celulares.
O intestino terminal, que pode se apresentar como intestino grosso nos mamíferos, é a região onde se
formam as matérias fecais. A porção inicial do intestino grosso pode ser um grande cecum, como nos
herbívoros, funcionando como câmara fermentadora dos alimentos vegetais.

3
Sistema Digestivo das Aves

faringe

língua
esôfago

reto

ceco
cloaca

intestino
papo
pâncreas

alimento

proventrículo
moela

suco gástrico
fígado

Nas aves o esôfago tem uma grande dilatação, o papo, que funciona como armazenador
de alimentos, além de amolecê-los. Há um estômago químico (proventrículo) que secreta o suco
gástrico, e em seqüência o estômago mecânico (moela). Neste último, os alimentos são triturados
por vigorosas contrações musculares e pelo atrito com pedrinhas e materiais duros que a ave engole.
A mucosa da moela é protegida por uma espessa camada córnea que, sendo rompida, é eliminada,
refazendo-se uma nova.

4
Sistema Digestivo dos Ruminantes (exemplos: boi, cabra, carneiro, veado, girafa)

O sistema digestivo tem adaptações para o bom aproveitamento dos alimentos vegetais.
Além de um complexo estômago, com 4 câmaras, há um longo intestino, para garantir uma boa
absorção dos alimentos, pois a digestão é demorada. Enquanto que o intestino delgado do boi pode
ter mais de 30 metros, nos carnívoros ele tem apenas umas cinco ou seis vezes o comprimento
corporal.
É no abômaso que atua o suco gástrico, digerindo os alimentos e ainda uma boa quantidade
das bactérias simbiônticas. Além de garantirem a digestão da celulose pela enzima celulase que produzem,
essas bactérias, quando digeridas, fornecem ainda substâncias que sintetizaram, especialmente
aminoácidos, proteínas e vitamina B12.

Estômago de ruminantes O percurso do alimento no


tubo digestivo dos ruminantes
esôfago

pança

barrete

folhoso

coagulador intestino

As três primeiras câmaras do estômago


são dilatações do esôfago e apenas a
quarta é o verdadeiro estômago, secretor
de enzimas.
1.a - Rumen (pança)
2.a - Retículo (barrete)
3.a - Ômaso (folhoso)
4.a - Abômaso (coagulador)

5
Sistema Digestivo Humano

cavidade
bucal
boca

língua

faringe

esôfago

diafragama
V.B.

fígado estômago

pâncreas

duodeno
nte

colo transverso
colo descende
colo ascendente

jejuno

fleo

apêndice

ânus

Sucos Digestivos Humanos


As principais enzimas digestivas

Suco digestivo Enzima pH ótimo Substrato Produtos Local de


ação
Saliva Ptialina Neutro Polissacarídios Maltose Boca
Suco gástrico Pepsina Ácido Proteínas Peptídios Estômago
Quimotripsina Alcalino Proteínas Peptídios
Tripsina Alcalino Proteínas Peptídios
Suco Pancreático Amilopsina Alcalino Polissacarídios Maltose Duodeno
RNase Alcalino RNA Ribonucleotídios
DNase Alcalino DNA Desoxirribonucleotídios
Lipase Alcalino Lipídios Glicerol e ácidos graxos
Carboxipeptidase Alcalino Peptídios Aminoácidos
Aminopeptidase Alcalino Peptídios Aminoácidos
Suco intestinal Dipeptidase Alcalino Dipeptídios Aminoácidos Intestino
Maltase Alcalino Maltose Glicose delgado
Saracase Alcalino Sacarose Glicose e frutose
Lactase Alcalino Lactose Glicose e galactose

6
Substâncias Auxiliares da Digestão

Tecido Secretor Secreção Substância Ação


glândula salivar saliva mucina Lubrificação e proteção das mucosas.
glândulas gástricas suco gástrico mucina Lubrificação e proteção das mucosas.
ácido clorídrico Ativação do pepsinogênio.
mucosa gástrica gastrina* Estimula a secreção gástrica.
fígado bile sais biliares Emulsificação das gorduras.
mucosa intestinal mucina Lubrificação e proteção da mucosa.
enteroquinase (enzima) Ativação do tripsinogênio.
secretina* Secreção e liberação do suco
pancreático.
colecistoquinina* Estimula contração da vesícula biliar.
enterogastrona* Inibine a secreção do suco gástrico.

* Gastrina, secretina, colecistoquinina e enterogastrona são hormônios “não-glandulares”, ao contrário dos hormônios
mais conhecidos, que são produzidos nas glândulas endócrinas.

Ação dos Hormônios que atuam na Digestão

Hormônio Local de produção Órgão-alvo Função


Gastrina Estômago Estômago Estimula a produção de suco gástrico.
Secretina Intestino Pâncreas Estimula a liberação de bicarbonato.
Colecistoquinina Intestino Pâncreas e vesícula Estimula a liberação de bile pela
biliar vesícula e a liberação de enzimas pelo
pâncreas.
Enterogastrona Intestino Estômago Inibe o peristaltismo estomacal.

7
A - Chegada do alimento
B - Estimulação da mucosa gástrica
C - Gastrina na corrente sangüínea
D - Estimulação das glândulas gástricas
E - Liberação das enzimas.

Cárdia
A

E C
Piloro

Mucosa

A formação da gastrina

A entrada do alimento no estômago induz a secreção do hormônio gastrina pela parede


estomacal. A gastrina atua sobre o próprio estômago estimulando a produção de suco gástrico. A
entrada de alimento no duodeno induz células da parede intestinal a secretar os hormônios secretina
e colecistoquinina (CCK). A secretina induz o pâncreas a liberar bicarbonato de sódio, que neutraliza
a acidez do quimo estomacal, enquanto a colecistoquinina estimula a liberação de enzimas
pancreáticas e de bile pela vesícula biliar.

A formação da secretina e da colecistoquinina na mucosa do duodeno.

8
Respiração

Conceito
Respiração é o processo através do qual as células obtêm a energia necessária à
manutenção do metabolismo. Nesse processo, moléculas orgânicas de alimento reagem com
moléculas do gás oxigênio (O2), produzindo moléculas de água e de gás carbônico (CO2), além de
energia.

Alguns tipos de Sistema Respiratório


Sistema Respiratório dos Insetos

Traquéia longitudinal

Estigma

Esquema do sistema de traquéias de um inseto


(lado ventral)

espiráculo
revestimento
A respiração dos insetos é do corpo
feita através de estruturas típicas do
grupo, denominadas traquéias. São
invaginações da parede do corpo, que se
ramificam muito até entrar em contato O2
direto com as células do interior do corpo O2 traquéia
do animal. As traquéias comunicam-se
com o ar atmosférico através de orifícios
denominados espiráculos ou estigmas.
traquéias
O ar penetra nas traquéias pelos estigmas
é levado diretamente às células, sem
entrar em contato com o sangue. Assim músculo O2
o sangue dos insetos não transporta
gases respiratórios.

9
Sistema Respiratório de Moluscos - Gastrópodes

pulmão Os gastrópodes aquáticos respiram


concha através de brânquias, enquanto os terrestres,
cavidade através de um pulmão. Este corresponde
do manto
massa simplesmente a uma área do epitélio da cavidade
tentáculo
visceral do manto densamente irrigada, onde ocorrem as
trocas gasosas. Em alguns gastrópodes a
cabeça respiração é cutânea, não havendo nesses animais
nem brânquias nem pulmões.

boca
ânus
glândula
salivar

Esquema de um gastrópode terrestre pulmonado

Sistema Respiratório dos Peixes

Cação
lâminas
branquiais

espiráculo
narinas boca

faringe
fendas
branquiais
esôfago

parede
do corpo brânquias
cavidade
do corpo

Esquema do trajeto da água utilizada


na respiração dos peixes cartilaginosos,
Peixe ósseo com opérculo retirado
que não possuem opérculo.
mostrando as lâminas brânquiais

Sistema Respiratório das Aves

traquéia

mesobrônquio

osso canais
pneumático pulmonares

pulmão
pulmão

sacos
aéreos

10
Sistema Respiratório Humano

região das
fossas nasais
narina

faringe

epiglote esôfago

traquéia

bronquíolo

pulmão
esquerdo
brônquio

diafragma

grupos de
alvéolos
vaso
sangüíneo

alvéolo

Anotações:

11
Trocas Gasosas

núcleo
parede do pressão
alvéolo parcial
elevada

O2

CO2

HbO2

HCO3-

HCO- +
3 HHb →
H CO +
2 3 Hb
O + Hb
2 → HbO -
ma
2
plas í n e o
hemácia H CO + CO n g u
2 2
2 → H2 O
sa

capilar

Trocas gasosas nos alvéolos

células do
tecido

núcleo

pressão
parcial elevada

CO2 O2

HCO3-
anidrase
carbônica

CO3 + H2O → H2CO3 → H+ + HCO3-

HbO2 → HHb + O2 HHb

plasma
sangüíneo

hemácia capilar

Trocas gasosas nos tecidos

12
Esquema que resume as reações das Trocas Gasosas

TECIDOS sangue arterial


ALVÉOLOS

HbO 2 O2 O2 HbO 2

CO2 H+ HHb HHb H+ CO2

H 2CO 3 H2 CO 3

H 2O H2CO3- H2CO3- H 2O
sangue venoso

Ao penetrar na hemácia, o gás carbônico reage com a água produzindo ácido carbônico.
Esta reação é acelerada por uma enzima, a anidrase carbônica. O ácido carbônico se dissocia em íons
H+ e íons bicarbonato. O íon bicarbonato sai da hemácia por difusão e é transportado dissolvido no
plasma. No pulmão ocorre o processo inverso, havendo produção de gás carbônico, que passa do
sangue ao alvéolo.
O monóxido de carbono (CO), encontrado em pequena proporção no gás de cozinha e
produzido pelas descargas dos automóveis, é um composto altamente tóxico, em virtude de sua
grande afinidade com a hemoglobina. Ao se combinar com a hemoglobina, esse gás impede o
transporte de oxigênio, podendo causar a morte do indivíduo.

Movimentos Respiratórios

O ar entra e sai dos pulmões graças à contração do


Inspiração
diafragma - um músculo que separa a caixa torácica da
cavidade abdominal - e dos músculos intercostais. Ao se
ar contrair, o diafragma se abaixa. Esse movimento, somado ao
dos músculos intercostais, aumenta o volume da caixa torácica,
costelas se
fazendo com que a pressão interna nessa cavidade diminua e se
expandem torne menor que a pressão do ar atmosférico. Isso faz com que
o ar penetre nos pulmões. Na expiração, os músculos se
relaxam, reduzindo o volume torácico e empurrando para fora o
diafragama ar usado.
abaixa

ar ar
inspiração:
o diafragama abaixa, O inverso
o volume torácico ocorre na
expiração aumenta, a pressão expiração
interna torna-se
ar menor que a
pressão
atmosférica,
e o ar entra.
costelas se
retraem

o diafragma
se eleva

O mecanismo que explica a entrada e a saída de ar dos pulmões

13
Circulação

Funções
Transporte de substâncias alimentares da região de absorção (intestino) para as demais
partes do corpo (células).
Transporte de excretas para os órgãos excretores (rins) a partir das demais partes do corpo.
Transporte dos gases respiratórios (oxigênio e dióxido de carbono) entre os pulmões e as
demais partes do corpo.
Transporte de hormônios (substâncias controladoras de atividade de certos órgãos).
Estas funções são desempenhadas pelo sistema circulatório (ou sistema de transporte)
com eficiência e precisão nos animais vertebrados.

Dois tipos básicos de circulação


líquido intercelular
rede capilar na circulação fechada

sangue sangue
lacuna
sanguínea

tecido

Circulação lacunosa Rede capilar na circulação fechada

Nos Moluscos e Artrópodos o Ocorre nos vertebrados e nos


sistema circulatório está presente e é do anelídeos.Não há lacunas.
tipo aberto. Neste tipo de sistema Pressão arterial relativamente
circulatório, os vasos sangüíneos saem alta e sustentada é característica dos
de um ou mais espaços irregulares nos vertebrados superiores. Depende da
tecidos (sinus, lacunas ou hemocelas) contração poderosa dos ventrículos, da
nos quais o sangue se move lentamente elasticidade das paredes das artérias
(coração pouco musculoso, desenvolve principais e da resistência periférica dos
pressão sangüínea baixa) e realiza troca de vasos de menor calibre (arteríolas).
substâncias com as células
dos tecidos adjacentes.
O sangue não circula sempre
dentro de vasos . Há lacunas.

14
Alguns tipos de Sistemas Circulatórios nos Animais
Sistema Circulatório dos Anelídeos (minhoca)
vaso dorsal
corações

vaso
boca sub-intestinal
papo
moela
faringe
esôfago

Nos anelídeos, o sistema fechado é representado por alguns vasos longitudinais (dorsal,
sub-intestinal e sub-neural) interligados por vasos transversais com disposição circular, ao redor do
sistema digestivo. Nas minhocas, por exemplo, há quatro ou cinco pares desses vasos, com
capacidade contráctil e que são portanto os corações. Sob a epiderme há uma extensa rede de
capilares e o sangue é vermelho, pois tem hemoglobina dissolvida no plasma

Sistema circulatório nos vertebrados

brânquias brânquias
artéria pulmão
artéria pulmão pulmonar
branquial

ulo
tríc
ven
átrio
átrio
seio venoso
artéria pulmão ventrículo
pulmão pulmonar
artéria aorta veia cava

corpo artéria artéria


aorta veia cava aorta
veia
peixe pulmonar corpo

anfíbio
artéria
aorta

aorta dorsal
única

corpo artéria
artéria pulmão pulmonar pulmão
artéria
pulmão aorta pulmonar pulmão réptil

veia
veia pulmonar
pulmonar átrio
átrio
ventrículo ventrículo
veia artéria
veia cava cava aorta

corpo corpo

ave mamífero

O sistema circulatório dos vertebrados é fechado, isto é, o sangue circula sempre no interior
de vasos sangüíneos. Distingue-se, nesses animais, o coração como órgão central da circulação. É um
órgão muscular que impulsiona o sangue para vasos denominados artérias que, por sua vez, conduzem o
sangue às várias partes do corpo. O sangue proveniente das várias partes do corpo é conduzido ao coração
através das veias. Portanto, as artérias são vasos que saem do coração, enquanto as veias são vasos que
chegam ao coração. Unindo veias e artérias de menor calibre, existem os capilares, vasos de diâmetro
microscópico, através dos quais ocorrem as trocas de substâncias entre o sangue e as células dos tecidos.
15
Comparação entre os Sistemas Circulatórios dos Vertebrados

Cavidades Circulação N.o de aortas


Peixes 2→ simples completa 2
1 aurícula e
1 ventrículo
Anfíbios 3→ dupla incompleta 2
2 aurículas e
1 ventrículo
Répteis não- 3→ dupla incompleta 2
crocodilianos 2 aurículas e
1 ventrículo
Répteis crocodilianos 4→ dupla quase completa 2
2 aurículas e
2 ventrículos
Aves 4→ dupla completa 1
2 aurículas e
2 ventrículos
Mamíferos 4→ dupla completa 1
2 aurículas e
2 ventrículos

O Coração Humano
Anatomia externa do coração visto de frente (1) e visto de trás (2)

artéria
aorta

artéria veia cava superior


pulmonar
ramo direito da
veias artéria pulmonar
pulmonares
esquerdos

átrio esquerdo veias pulmonares direitas

artéria átrio direito


coronária
esquerda
veia cava inferior

artéria
coronária
direita

ventriculo direito

(1) (2)

ventrículo esquerdo

16
Coração aberto em plano frontal e modo de ação

artéria
aorta pulmonar

veia cava
superior veias
pulmonares

átrio
átrio esquerdo
direito

septo

válvula
bicúspide

veia cava
inferior
ventrículo
esquerdo
válvula
ventrículo
tricúspide
direito

As setas indicam o percurso do sangue (A - D), os átrios enchem-se de sangue das veias
cavas e pulmonares; B, o sangue passa para os ventrículos relaxados; C, os átrios contraem-se; D, os
ventrículos contraem-se fechando as válvulas, o sangue é lançado nas artérias aorta e pulmonares;
Em E localização dos nódulos sino-atrial (s.a.) e atrio-ventricular (a.v.), as setas indicam a
propagação do estímulo nervoso.

Anotações:

17
Circulação do Sangue no Corpo Humano

18
Sangue
Nos vertebrados superiores, como os mamíferos, o sangue é constituído por células
(hemácias, plaquetas e leucócitos) suspensos num líquido denominado plasma. Os leucócitos ou
glóbulos brancos desempenham um papel importante na remoção de partículas estranhas ao sangue.
As hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos) contêm no seu interior uma proteína chamada
hemoglobina muito importante no transporte do oxigênio e do gás carbônico pelo sangue. As
proteínas componentes do plasma exercem importante ação na coagulação sangüínea, na passagem
de líquido através das paredes dos capilares e nas reações antígeno-anticorpo.
A coagulação do sangue resulta de uma rede de fibras de uma proteína denominada
fibrina. A rede de fibrina resulta como conseqüência de uma série de reações químicas iniciadas pela
liberação de uma proteína enzimática, a tromboplastina, de tecidos lesados ou de plaquetas
sangüíneas.

TECIDOS COM LESÕES PLAQUETAS AGLOMERADAS

FÍGADO
enzima
tromboplastina
PROTROMBINA TROMBINA
Ca++

FIBRINOGÊNIO FIBRINA

FORMAÇÃO DO COÁGULO

Obs: O soro, líquido amarelo que se separa do coágulo, é o plasma sem


fibrinogênio

Anotações:

19
Tabela Comparada - Fisiologia Animal (invertebrados)

Características
Filos
Digestão Respiração Circulação
Intracelular realizada por Difusão de substâncias
Porífera coanócitos (filtradores). Difusão através dos espaços
entre as células.
Extra e Intracelular.
Sistema digestivo Alimento distribuído
Celenterados incompleto (só possuem Difusão pela cavidade
ou cnidários boca). Cavidade gastrovascular.
gastrovascular.
Extra e Intracelular Alimento distribuído
Platelmintos Sistema digestivo Difusão pelo intestino ramificado.
incompleto ou ausente.
Extracelular. Sistema Alimento distribuído
Asquelmintos digestivo completo Difusão pelo fluído da cavidade
(com boca e ânus). pseudocelômica.
Extracelular. Pela primeira vez na
Anelídeos Sistema digestivo Cutânea, branquial escala evolutiva aparece
completo. sistema circulatório do
tipo fechado.
Extracelular. Tranqueal, Lacunosa (sistema)
Sistema digestivo filotraqueal, circulatório do tipo
Artrópodes completo (com branquial aberto).
glândulas anexas).
Extra e Intracecular.
Moluscos Sistema digestivo “Pulmonar”, Lacunosa ou fechada,
completo (com branquial como nos cefalópodos.
glândulas anexas).
Extracelular. Difusão ou branquial.
Sistema digestivo (trocas gasosas
Equinodermas completo (com auxiliadas pelo Lacunosa ou ausente.
glândulas anexas). sistema (substâncias distribuídas
Obs:. em algumas hidrovascular). pelo fluído celômico).
espécies não há ânus.

20
Exercícios

01. (PUC-SP) “Alguns mamíferos, para um maior aproveitamento de alimentos de origem vegetal, têm
adaptações no tubo digestivo. Além de um complexo estômago com quatro câmaras, têm um longo
intestino que garante boa absorção.”
O enunciado acima refere-se a um:
a. roedor.
b. ruminante.
c. primata.
d. carnívoro.
e. cetáceo.

02. (UF-GO) Nesta questão assinale:


a. Se forem verdadeiras somente as afirmativas III e IV.
b. Se forem verdadeiras somente as afirmativas I e II
c. Se forem verdadeiras somente as afirmativas II e IV
d. Se forem verdadeiras somente as afirmativas I e III
e. Se for verdadeira somente a afirmativa I
Com relação à digestão humana podemos afirmar que:
I. a bile é produzida no fígado e degrada enzimaticamente as gorduras.
II. o produto final da digestão das proteínas é o glicerol.
III.o produto final da digestão do amido é a glicose.
IV. o pâncreas produz tripsina e lipase.

03. (PUC-SP) O gráfico abaixo mostra três curvas, cada uma correspondente à velocidade de reação de
uma enzima digestiva, em função do pH do meio.

Assinale a alternativa compatível com a análise do gráfico:


a. A enzima I poderia ser a pepsina e a III, a tripsina.
b. A enzima I poderia ser a ptialina e a II, a pepsina.
c. A enzima I tem atuação no duodeno.
d. A enzima II tem atuação no estômago.
e. A enzima III pode exibir atividade máxima no estômago e no duodeno.

21
04. (Osec-SP) Considerando o sinal + como presença e o sinal — como ausência, assinale a alternativa
errada a respeito do sistema respiratório:
Cutâneo Branquial Traqueal Pulmonar
a. Planária + + — —
b. Minhoca + — — —
c. Gafanhoto — — + —
d. Rã adulta + — — +
e. Golfinho — — — +

05. (PUC-SP) Considere as seguintes etapas do processo respiratório no homem:


I. Produção de ATP nas mitocôndrias.
II. Ocorrência de hematose ao nível dos alvéolos.
III.Transporte de oxigênio aos tecidos pelas hemácias.
A ordem em que essas etapas se realizam, a partir do momento em que um indivíduo inspira ar do
ambiente é:
a. I - II - III
b. II - I - III
c. II - III - I
d. III - I - II
e. III - II - I

06. (UF-RS) A velocidade dos movimentos respiratórios aumenta quando, no sangue, a concentração:
a. da uréia aumenta.
b. da carboemoglobina diminui
c. de CO2 é alta.
d. da oxiemoglobina é elevada.
e. da carboemoglobina permanece constante.

07. (FUVEST) Jogadores de futebol que vivem em altitudes próximas à do nível do mar sofrem adaptações
quando jogam em cidades de grande altitude. Algumas adaptações são imediatas, outras só ocorrem
após uma permanência de pelo menos três semanas.
Qual alternativa inclui as reações imediatas e as que podem ocorrer a longo prazo?

Imediatas A longo prazo


a. aumentam a freqüência respiratória, diminui o número de hemácias.
os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
b. diminuem a freqüência respiratória e os aumenta o número de hemácias.
batimentos cardíacos; aumenta a pressão arterial.
c. aumentam a freqüência respiratória e os diminui o número de hemácias.
batimentos cardíacos; diminui a pressão arterial.
d. aumentam a freqüência respiratória, aumenta o número de hemácias.
os batimentos cardíacos e a pressão arterial.
e. diminuem a freqüência respiratória, aumenta o número de hemácias.
os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

22
08. (PUC-SP) Observando o esquema abaixo poderíamos afirmar que:

a. a artéria aorta transporta sangue venoso e a circulação I é sistêmica.


b. a artéria pulmonar transporta sangue arterial e a circulação II é pulmonar
c. o fluxo do sangue segue em um único sentido e o sentido e o sistema formado é aberto.
d. na circulação pulmonar, a artéria pulmonar transporta sangue venoso e as veias pulmonares,
sangue arterial.
e. na circulação sistêmica, ocorre o fenômeno da hematose.

09. (PUC-SP) As veias cavas, a artéria aorta e a artéria pulmonar estão indicadas, respectivamente, pelas
setas:

a. 1, 2 e 3.
b. 1, 4 e 2.
c. 2, 3 e 1.
d. 4, 1 e 2.
e. 4, 2 e 1.

10. (PUC-SP) Assinale o esquema abaixo:


Ca++

Sabendo-se que na hemofilia não ocorre produção de tromboplastina, espera-se que os indivíduos
hemofílicos não produzam:
a. apenas a substância 4
b. apenas a substância 3
c. as substâncias 2 e 4
d. as substâncias 3 e 4
e. as substâncias 1, 2, 3 e 4

23
Gabarito

01. Alternativa b.
O estômago dos animais ditos ruminantes (como a vaca, cabra, carneiro, veado, girafa)
apresenta-se dividido em 4 câmaras para melhor aproveitamento dos alimentos vegetais:
1.a - Rumen (pança), 2.a - Retículo (barrete), 3.a - Ômaso (folhoso), 4.a - Abômaso (coagulador).

02. Alternativa a.
Os ítens corretos são apenas III e IV uma vez que, no ítem I, a bile não possui enzimas
para degradar as gorduras quimicamente. Este suco digestivo emulsifica as gorduras, transformando-as
fisicamente em gotículas. O ítem II está incorreto porque as proteínas são digeridas até se tornarem
aminoácidos.

03. Alternativa a.
A enzima I atua em pH ácido (=3) podendo ser a pepsina que está presente no suco
gástrico.
A enzima II pode ser a amilase salivar ou ptialiva por atuar em pH neutro ou ligeiramente
ácido (entre 6,5 e 7,0).
A enzima III atua em pH alcalino (=8) podendo ser uma enzima do suco pancreático
como a tripsina.

04. Alternativa a.
A planária apresenta apenas a respiração cutânea.

05. Alternativa c.
O oxigênio é assimilado pelo sangue a partir da hematose, sendo transportado pelas
hemácias (através da hemoglobina em seu interior) até os tecidos, onde as células o utilizarão no
processo da respiração celular.
Nesse processo, as mitocôndrias tem importante participação, sediando duas etapas da
respiração celular (ciclo de Krebs e cadeia respiratória onde há produção de ATP).

06. Alternativa c.
Com o aumento da taxa de CO2 no sangue, cansado pela intensificação da respiração
celular, ocorre uma alteração no pH sanguíneo que passa a ficar ligeiramente ácido.
Essa alteração de pH é percebida pelo bulbo, que faz parte do sistema nervoso central, e
esta envia estímulos nervosos até o diafragma, intensificando a velocidade dos movimentos
respiratórios.

24
07. Alternativa d.
Nas elevadas altitudes, o ar é rarefeito havendo uma baixa concentração de oxigênio,
comparada à concentração de O2 próxima ao nível do mar.
Como reações imediatas a essa primeira condição, temos o aumento da freqüência
cardíaca e da pressão arterial para que o sangue circule mais rápido, passando mais vezes pelos
pulmões, num menor intervalo de tempo, para que ocorra a sua oxigenação.
A longo prazo o n.o de hemácias aumenta e a freqüência respiratória volta ao normal.

08. Alternativa d.
A artéria aorta transporta sangue arterial na circulação I (sistêmica). A artéria pulmonar
transporta sangue venoso. O fluxo sangüíneo segue dois trajetos (pequena e grande circulação) e o
sistema é fechado. Na circulação pulmonar ocorre a hematose ao nível dos alvéolos pulmonares.

09. Alternativa b.
1. veias cavas
2. artéria pulmonar
3. veias pulmonares
4. artéria aorta

10. Alternativa c.
A hemofilia é uma doença genética onde o indivíduo é incapaz de produzir a enzima
tromboplastina ou tromboquinase. Na ausência desta, a protrombina não se transforma em
trombina e sem esta última o fibrinogênio não se transforma em fibrina.

25

También podría gustarte