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! | uma educagao liberal MORTIMER J, ADLER ‘ruaDugho De INES FORTES DE OLIVEIRA IO DE JANEIRO Lurere AGIR Evhtore YMOOGEINGAADD 99999999993 33993900000 Coppright ae ARTES GRAFICAS INDUSTRIAS REUNIDAS 5. A. (AGIR) esto do original norte ameseano: “HOW 0 READ A OOK Livraria AGIR Edit Rio de Janeiro — Rus Mevico, 98 8 — Cia Pe 7 isa Penal 21 Ste Banlo ~ Rua Brfulio Gomes, 125 — Caisa Pont GOHD Nelo Horimnte ~ Avenida Afonto Penn, S19 ~ Caies tonal 719 rt rvounto meueerinice “uci Prefacio Procavei tatar de leituras diffeeis num lero ameno. Aquiles que néo véem motivo de alegria em saber ox compre. ender, nio se cansem, lendo-o, Os que acham que as horas de falga sin pare divertimentos fitcis coma 0 cinema, 0 radio, as romances baratos, nao se cansem, lendoo Esexcoo para os outros A leitura ~ como se explica (e se defende) neste livra — & xm instrumento bésiea para bem wiver. Niko preciso insistir no quanta 4 bom viver Iumanamente ¢ raxoivelmente, embora nos parea neces sério defender tais principios. A leitura, repito, é um instrumento bisica, Aguéles que o uti lisam para aprender nos ttvros e para se distrair com éles, possuem 15 tesouros do conhecimento, Podem omar de tal modo sua inteli- inci que @ perspectiva das horas salitdrias ce apresenta menos triste, Nem tém que temer, quando esta com az outros, aquéle som eo das conversacdes vazias. Muitos de nds achamos bobagem conversar. Parecemos ter pouco que disor depois de exgotados of primecivos asnentos familiares, pela repetisao das mesmas ¢ velhas observagdes. Os jornais ¢ 0 vidio fornecem os temas. Sio 05 mesmos para a maioria, assim como as banalidades que comentamos ans brados. Fata é a vaio por que recortemos & maledicéncia ¢ ao escindalo ou s6 falamas de bridge ou ‘cinema, E ce no podemos interesvar aos outros com nossa rosa, que companhia estiipida no soremos quando entregnen a niis mesos, Uma ~ embore no a tinice — justifientiva da educagao liberal fe éste é um lira de eduengio livernl) & que ela nos enriguece Faznot homens, Tornanos eapazes de levar a vida cavactevisicn mente humana da raxio. O treinamento vocacional pode, no mé- ximo, ajudarnos a ter uma vide que nos sustente as horas cages Todos sabem, espero, que a educario sé foi iniciada € niio se corm plesox no gindsio ou no colégio. Mesmo se as escolas desempentas sein methor sa missio seria ainda necessitio que continwisieme:, todos, nossa educagio. Como esto as coisas, muitos de nds temas 0 problema de adguirir a edueagdo que os gindsios ¢ calégins dei £ PREEACIO suru de nus dar. A edueagto estd ainda em aberto para todos nis ~ tivéssemas estado num cotégio ou no. Com a condigio de sabermos como ler Com isto na mente, escrevi um tivro sobre leituras. Quem es creve s6bre sexo ou sébre 0 modo de ganhar dinheira, da, muitas , a imprestio de que af esté a vida téda, Néo quero fazer 0 mesmo ag falar da leitura, mas tentarei provar que constitu: parte cessencial da vjda da raxio Na primeira parte déste toro, diseuti o papel da leitwra em relagto ao aprendizado € A meditagto, tanto no colégio, como fora date, Na segunda, procurei esbocar as ctapas a serem percorridas pelos que aprendem a ler. E veremos que no existe sé 0 problema de come ler, mas, também, o de que ler. O titulo mostra que tralo, principalmente, da leitura de livros. Mas esta arte que descrevo apli cise a qualquer espécie de comunicagio. Na vida de insensater que fra nos oprime, tal habilidade pode ser empregada na devifracio da propaganda dos Livros Brancos da Guerra ¢ proclamagées de new feulidlade. E até para ler, nas entrelinkas, 05 comunicados por demais reves Falta, aindo, a terceira parte. & a mais importante. Ni democracia, temos que estabelecer as responsabilidades dos homens livres. A edwwusdo liberal € um meio indispenstoel pera tat fim Nao 56 nos torna homens, ao cultivar-nos a mente, mas também a liberta, pela disciplina. Sem uma mentalidade livre, nto podemos gir como homens livres, Procurei mostrar que a arte de ler bem cextd intimamente ligada & arte de pensar bem — claramente, eitica mente, lioremente. Bis por que a terceina parte déste livso se refere @ outra metade da vida do leitor Bate, em resumo, € um ensaio que trata da leitura, relacionan. doa com a vida, a liberdade © @ procura da felicidade. Afirmei que £ wn “livro ameno”. Queria dizer que é muito mais simples do que ‘as grandes ¢ bons livros que vocts devem aprender a ler. Espero que cheguem mesma conclusto e gue, tendo aprendido a ler, a mais pesado leitura, algum dia abandonada, deixe de aborve célos. & bom aprender. Os livros ficaria mais simples, 20 5 descobrindo a simplicidade déles Morriter J. Antex chicago {NDICE DA MATERIA 1 PARTE A ATIVIDADE DE LER Para 0 Teivor médio SA Ieitura de “leitura”™ sLer & aprender : Professoresinoftos ¢ professbreswivos “Af das escols” Da autosuficigncia a raRte, AS De virias regras a um hdbito Interpretanda © tule Vendo o esqueleso SChegancle a um acéndo Qual & 4 proposicfo e por qué A ante de replicar © que o leitor pode dizer Mais regras, ainds wat PARTE, © RESTO DA VIDA DO LEITOR Aowira meade (Os grandes livros “Inteligénias livres e homens Livres APENDICE, Lista dos grandes livros phoma 13 2 35 5 59 85 - tot 6 130 49 167 137 198 209 - 291 SAOCAGGOIOIBIWIIIIAIAIBIAIIIIIAIABRA BAR 1 PARTE A ATIVIDADE DE LER cartruLo 1 Para o leitor médio Bem € um liveo pata leltores que Go sabem ter. Pareco rude assim, mas sem imtengio. Gonuaditorio, e nao © sou. A aparéncia de contradigio e indelicadem devese aos varios significados da. pa lavra “eitura ‘quem leu até aqui, & porque sabe ler, ao menos sum dos senti Peseebese, portanto, 0 que quero dizer, & que mim sentido, sabem ler ¢ aif 0 dos da palavea. Gs livre foi escrito para os q) sabe nes outros. Ti virias espécies de Ieitura © virios graus de habilidace em ler, Nao & conteadigfo afirmar que éste lio pata fs que qserem lee melhor oa ler de sin modo eliferente dy qpe Thes ¢ babitwat nto, para quem niio foi dle escrita? Posto responder, simples- mente, & perywnita Lulanido nos dois casos extremos, 114 os qule nko si bem ler de todo: as exiangas, os inbecis ¢ outros inocentes, Eh os due talvez sejam mestres na arte de Jer — fazemm qualquer espécie de leitura co bem quanto é humanamente possivel, Muitos autores nfo achariam ucla melhor do que escrever para tais mesures. Mas tum livo como éste, que wata da arte de ler propriamente dita, ¢ {que procura ajudar seus leitores a lerem methor, nifo pretende exigir 4 atengio dos experientes Entre os dois extremos, est o leitor médio, isto é, muitos de rn6s que aprendemes 9 ABC. Sabemos ler escrever. Mas niio so- mos bons leitores. ‘Lemos consciéncia disto por varios motivos, so: Dretndo quand achamos diffell ou complicada uma leitura qual: quer on quando alguém, Iendo © que acabamos cle let, mostra.nos io pervebemos ou nfo compreendemos. vvocts mio se viram em situagSes semelliantes, se nunca ti veram dificuldade em Jer ov nie conheceram o desinimo, quando da a atenglo de que foram capazes nfo correspondeu a seus es forgos ~ mio sei como interessé-los no problema. Muitos de nds, no PI9IXDIIIMIIZI99 G BOSE 4 EEA entanto, achamos dificuldade em ler, sem saber por qué, nem © que fozer para cvitila “Talves seja por iio considerarmos a leitura come uma atividade amplexa, que compreende diferentes etapas, em cada uma das quais podemos adquirir mais fabilidade mediante a priiea, como scan- tece com «qualquer outra arte. Mas nio devemos pensar que cxista uma arte de ler. f tendéncia. nossa considerar a leitura coisa io simples como ver ow andar. Ever 0 andar nio sio artes No versio passado, enquanto escrevia éste livro, um jovem me visiton. Soube o que eu estava fazendo € me pedia vm favor. Ser que cu podia ensinarthe a melhorar a leitura? Espesavs, scan di vida, que minha resposta viesse em poucas palavras, Mais do que isso, parecia pensar que, uma vez de posse de min diizia de regras, 6 sucesio bateria as suas portss. Procurci explicmsthe que nig era tio simples assim. Diselhe ‘que gastel piginas déste Livro, discutindo as regras da leitura © mos twando como devem ser seguidas. Que éste era como am livee de tenis. Onde se estuda a are que subentende regras para cls ama, das varias raquetadss, em par que e coma aplie‘ Ins, descrevenda 8 onginiragio dessas partes na estratigia geral dle wn jOxo vitosioso. Avante de ler tem que ser estixkula de thade somellsance, 16 regeas para cada wi ds claps a sorem pereontdds, fim de s¢ enmpletar a leitura de wm livro. 0. jovem mostreitse desronfiada. Emhors rweanheres saber Jer, parecia achar que no havia muito que cnsinar a tal res: peito. Pergumtei-Ihe, entio, se bastava ouvir os sons, para se onvit toma sinfonia, Sus resposta foj ~ egieo que nie. Coulesselhke que era 0 que me acomcia e pedétie que me ensinasse # ouvir nnisict, como uum mtisiey acha que se deve ouvir, Disseme que o podia, race, sim, max nfo em pouess palawas. Ouvir uma sinfonia & complicado. Nfo ¢ 56 ficar atento, mas hi tantas coisis diferentes fa considerar, tantas partes a distinguir ¢ classificar. No podia me censinar, num instante, tudo 0 que eu tinha de saber. Além disso, levaria bastante tempo ouvindo miisica, antes de tormarme um bom Repliquetthe que 0 caso da Ieitura era asin também, Se eu podia aprender a ouvir misca,éle aptenderia a ler, contanto que foie nas mscmas condigGes, Havin regras a conhecer © a seguir. £ ‘com a pritica que te exiam os bons hébitos. Nao havia dificuldades inguperiveis. $6 se exigia vontade de aprender e paciéncis Nilo sei até que ponto mina resposta o satisfez satis(ex de todo, foithe dificil aprender a ler. Nio tinha nocio de ‘que constava a leitura. Por considers-la como alguma cos que qualquer um pode fazer, alguma coisa que a gente estuda na escola primiria — ofo admitia que aprender a ler {ss © mesmo que aprender a ouvir mésica, a jogar ténis ou a adestrar-te na utilizacio complexa dos sentides ¢ da mente olan a difiesddade &, para mim, uma das que muitos de nds cone. coms. Eis por que vou explicar, na primeira parte déste Tivro, que especie de atividade 6 a Teftura, Pois, enquante vocts no Levarem fem conta o que ela significa, nfo estarko preparados (como aquéle Jovem nio o estava, quando veio me ver) para a instrugio neressivi. ston corta ee que querem aprender. Mew auxilio nfo pode i além do auntlio que voces derem a si mesmos. Nio ha quem [aga voots aprenderem unin arze mais do que queiram ow julguem necessivio, Muitos dizem, freqiientemente, que achatiam bom apren: det «Ter, Se soubessem como faxéelo. Podem estar certos de o cor: seguit, se se csforgarem. Ese © quiserem, saber como esforgarse Nunca pensei que no soubesse ler, até ter deizado 0 colésio. Foi ensinando 20s outros que 0 descobri. Muitos pais sem dhivida Fieevam descoberta semethante, ao extudar com of thos. Dai, cm prose: cm geral, os pais aprendem mais do que os filhos. £ sin ples a rardo, Eles tem que desempenhar maior atividade no wabn Tho. Qualquct pessoa quie ensina faz © mesmo. Voltemos & miaha histéria. No dia em que os diplomas foram conferidos, consideravame um dos bons estudantes de Colin ‘Tinkamos passado com boas notas. O jégo era ficil, conhecendo-se fs tragues. Se alguém nos dissesse que nfo sabiamos grande cvist fox que mio Hamas muito bem, isso nos chocarin. Fstivamas certs de poder assistir as aulas e ler os livros que nos tinlam indieato, de mode a responder satistatdniamente no exame. Era esta a tinies prova de nossa competéncia Fizemos depois win curso que aumentou, ainda mais, nosso con- vencimento. Curso que John Erskine tinha acabado de criar. Du rava dois anos, chamavase "General Honors’, e destinava-se a um ‘grupo seleto de juniors e seniors. Nao comsistia em nada mais do que “ler” os livros eélebres, desde os clissicos gregos, passando pelas obrasprimas da Iatinidade e da Idade Média, até os melhores au ores de ontem, William James, Einstein © Freud. Qs livros eram de tas as especialidades: havia Histérias, livros de Ciéncia ¢ Fito olin, poemas dramiticos € novelas, Liamos um livve por semana, tunis sessenta nt0¢ dois anos, ¢ havia unis noite em que tinhamos que comenté-los com os professires, sem formalidade, como se estivesse Esse curso produzia dois efeitos em mim. De um lade, kézme sido 0 primeiro a pereeber o ouro educacional Por ser um curso macerializado, um euiso que podia ser realmente apreendido, era diferente dos outros ¢ dos compéndios que s6 exer pensar que eu tin bem possuir a mina, Bstavam ali os livros cflebres. Sabia de que mode Iélos. © mundo era minba cava, Se, depois de formado, me dedicasse A Medicina ou 29 Dircito, talvex julgasse, ainda, ter cide uma étima leitura e, em comparagio cont of outros, saber desempenhar-me bem dessa tarela, Fellamente, scordei déste sonho. Para cada ilusio que a sala de aula alimenta, nd uma escola que, pesadamente, a destrdi. Uns poneos anos de pritica despertam © advogudo ¢ 0 médica. O comércio ou o jorna ‘meméria. Mas eu milo possuia s6 0 ouro, nfo, pensava ta lismo desiludem 0 yapaz que se julgava negociante ou repérier 30 deixar @ escola. De mode que, no ano que se seguin & minha for matura, consideravame liberalmente educado, pensava que sabia ler € que tinha Tido muito. O remédio cra ensinar © @ castigo que convinha 29 meu crime era ensinar, assim que me diplomei, nesse snesmo curso gue tanto me enfatuara. Estudante ~ tinha lide todos 0s livros que, agora, ia explicar, mas como era jovem ¢ consciencioso, resolvi Iéos de novo — s6 para refrescar a meméria, compreendese. Para minha admiragio erescente notava que, semana apds semana, 1s livros me pareciam novos. Era como se estivesse lendo pela pri meita ver os livros que eu pensava ter dominado ineeiramente: Com 0 corer do tempo, fui descobrinda nfo 36 que os desco: nhecia, como também que nfo sabia ler. Para tapear minha igno- PARA O LEITOR MEDIO incia € minha incompeténcia, fiz 0 que qualquer professor joven teria Feito, se tivesse receio de seus alunos ¢ de seu traballio. Recorri 4 outros meios: enciclopédias, comentivios, eda espécie de livros sObre livros sSbre esses livros, Désse modo julgava sparentar mais sabedoria do que os alunos. Etes nko eram eapazes de afirmar que 4s perms € observagies que eu Evia niko cram devidas & minha Inaior capaeidadte em ler os Hivros que Gles estudavans tanto Anda bem que fui desmascarado, Sento termcia contentado cm passir por to bom profesor, quanta passara por bom aluno. ge de enga Se tinkia conseguide enganar uos outtos, no estava Lot pparne st mint anesno, Minka sonte foi, primeiro, ter como colega, 1 Doren. Diseutia poesia como eu, ricia ¢ Filosulia. Era muitos nese ensina, ¢ poeta Mark V aparentemente, diseutia Histéria, anos mais vellio do que eu, pravivelmente mais honesto © melhor silo compasar mea erabalo com 0 de, A verdade ¢ que eu no tinha leitor, seu divin. Obr hrdo podtia mais enganar-me assim deseoberto © que cantinhinas os Fiveos, ao Helos, mas lerilo 0 que escrevia sobre eles [As penguntas que eu faeéa sdbre wim Tivro eram das que qualquer jum podia fazer sem 0 ter Tide ~ qualquer um que recorresse a0$ €o- imentivios, Liceis de encontrar en centenss de fontes secundaias, (quando nio se pode ow nfo se quer lex, Ao contrivio, as perguntas dele brotavam das paginas do Hvra, wosmp. Patecia ter vealmente toma corta intimnidade com @ autor. Cada livro cra wn mundo in hitamente rieo para se explovar. E pobre do aluno que fzesse per c, seguisse apenas um guia dos sgamtas como se, eit ver de viajar ne iajamees, O coneriste cra evidemte ¢ era de mus, para mim. En no sabia le. Dinha sorte estava, em segundo lugar, no grupo de alunos de aque se compunha esst primeira curma, Bes sabiam utilirarse de Cheiclopédias, comentirios ou da introdugio fcita pelo editor que, ftequntement, ilusta a publicagio de um eldssico, ~ do mesmo moto que eu o asia, Um déles, com fama de evtico, era pa larmente wurbulento, Parecia ter um enorme priser em discutit varias teorias, que podiam se encontrar em fontes seeundirias, sO” para me mostrar © ao resto da classe que o livro, em si, ainda no finha sido comentado. Nao quero dizer com isso que éle ou os outros lessean miethor do que cu ou © tivessem feito um dia, A ver aa9 @ aaa © o & o AAAAADABRABIAIIABBAARARSAAS 18 AARIE DE LER dade é que nenhum de nés, com a excegio de Van Doren, eonhe " Depois esse primeiro ano de magistério, estava desitudidn de minha cultura, Desde ento, venha ensinando aos alunos a ler os Aivros: seis anes em Colimbix com Mark Van Dosen e, nesses ilti- mus dez anos, na Universidade de Chicago, ecm 0 reitor Rabesto M. Hoxchins. Como tempo, ach que fai apreniende 4 ler pomeo rielhor, Nio Ii perigo de decepgfe se atirmar que sow mestee, hoje Por qui? Porg de cada vez, 9 que tinha percebido em men primciro ano de magi tério: 0 livro que estava relendo cra como se fOsse novo. para mito Durante cette tempo, cade ver que o retin jielgava, muito, mara inha Tid bem, — sb para que a nova leitura has © inverpretagbes cerrdneas. Acontecendo isso ema porgio de vézes, até 0 menos inte: ligente de nds acaba apremfendo que a Teitura perfeita esté hi, na extremidade do arcotris, Kuvbora a pratier nos aperfoigne nessa arte de ler como em qualycr outra, a longo canine qe vai con Firman tal a c Tendo o mesons liven, aan depois de ano, desea mente afi4s, qe o dominars, que afinal o wsima € mutiow do que se penst 3 Nio sci que resolugio tomar. Gostaria de encoraji-tos pars trabalho de aprender ales, mas nfo vor enganilos aliemando que fill o1 que pte ser Ievnto + gemo em pono tempo. Kston erie dle que nfo querent ser loguades. Gono qualquer entra april, Jeitura apresent alilienkades mente supersvets com esr € emp. Quem cioprcende alguma coisa & porque estd preparado para iso © sabe que, taramente, os resultados wo além da cnergia despendida £ preciso tempo © uabalho pasa eteseer, para fazer fortuna, susten tar a farilia ow adquirie a prudéneia de ceros velhos. Por que néo aconteceria'o: meamo ao se aprender a Jer ¢ ao ler 0 que vale a pena? Claro, seria mais Eicil eomegar no ealdgio, Mas @ que aconteee 4, quiave sempre, 0 contrivio: forgamsnos a parar, Pretenda cise ra faléncia da escola, mais tarde ¢ mais completamente. Agora, quero ape ‘oulps qise tos atinge & todos, [porque 6, cm parte, a caus de sermios © qe somos hoje — pessoas PARA © LEITOR MEDIO 9 que mio sabem o suficiente, para se divertirem em ler com proveito, ou para aproveitarem a leitura como divertimento. Mas a educagio nio se interrompe com o colegio, nem a res. ponsabilidade de nosso destino educacional é inteira do sistema esco- lar. Qualquer um pode e deve decidir por si mesmo se esta satis: Feito com a educagio que recebeu ou recebe no coldgin. Se nao o esti, que {aga alguma eoist, Com os colégios assima como sio, 0 16 médio nfo é a intensificagto do ensino. O jeito — tinico, talver, ad umissivel pant muita gente ~ & aprender a ler melhor ¢, lend n aprovcitar ao méximo oy cnsinamentos da leltura. Tal jeito © como consegui-lo € o que ste livro procutra mostear. Foi Feito para os aullios que, graduatmente, se convencem do poxico ‘que aprenderam na escola; para os que, tendo perdido oportuni- dade bem como reparar as faltas de que no precisam se atre- ender muito; para os alunos que, no ginssio ot no colégio, fieam pensindo em como auxiliar sua prépria educagio; & para os profes: sores que, por aciso, perecham no esturem ajadande como deviars, sem suber por que isso 2contece nilo penso nessa vaste audigneia potencial que é 0 Ieiter médio, nfo estou desprezando tddas as diferengas em treinamento © bhabitidacle, em instrugio ou experiéneia nem, certamente, os die remies graus de interésse ou espécies de motivagio que podem sex inunearos, nessa tarefa comum. Maso gue € de primacial impor fincia € que todos nés reconhecamos o trabalho ¢ seu valor Postemos ter ocupagies que mio nos obriguem a ler 0 tempo too, sem deixar de adimitir que ésse tempa seria amenizado, cx seus momentos de folga, por alguma instrugio — a que adquitimos, por nds mesmos, através da leitura. Nossa profistio pode cxigit a Toitwra de determinado assunto téenico, a carrer do trabalho: médico tom de estar em dia com a literatura médica; o advogade nfo deixa nunca de lado as eausas; 9 negociante tem de ler balangos inanceiros, apélices de seguro, contratos ¢ assim por diante, Néo importa se @ leitura é para aprender ou para ganhar, Pade ser bem fou mal fcita Como alunos do colégio ~ e candidates, talvez, a um diploma superior — compreendiemos que 0 qute nos esta dando & empantirr mento © mito, educagio. Iki muitos alunos que, ao se Hicenciarem, reconhecem ter levado quatro anos ouvinda © se escartanda das 2 A ARTE DI lig6es nos exames. A destreza que se atinge nesse processo ni de. pende das matérias, mas dz personalidade do professor. Se o aluno s¢ lembra razoivelmente do que Ihe foi ensinado nas aulas ¢ nos com péndios e se conhece as manias do professor, passa de ano, sem gastar energias. Mas deixa passar, também, 2 educagéo. Podemos ensinar num gindsio, colégio ou universidade, Espero ‘que como professores, saibames que io lemos bein, Que nao so nhossos alunos sio incapazes de 0 fazer; nbs, também, nfo vamos muito além déles. Téda profissio tom certo mimero de truques «que impressionam aos leigos ou aos clientes a serem atendidos, © tru ‘que que nds, professéres, empregsmos, & a miscara de sabedoria ¢ competéncia que usamos. Nem sempre é truque porgue, cm yeral, sabemos um pouco mais © chegamos a melhor resultado do que nnossos melhores alunos. Se ignoramos que nosios alunos no sa bem lor muito bem, somos piores do que os raques: desconhcoomos ‘0 dever. F se ignoramos que nfo sabemos ler muita melhor do que ales, levamos nossa impostura profissional a nos enganar exmbémn Assim como os melhores médicos sio os que conseguem a conliat 2 do doente, nia enganandoo, mas confessando as préprias limi tages, — assim os melhores professéres so os que tm micnos pre- tenslo. Se og alunos estdo 2s voltas com um problema ditieil, 0 pro: fessor que se mostrar titubeante, também, pode ajuditlos muito mais eo que o palugego que puece var nas esferas unyuiliee, Kk we Tonge, muito acima déles. Se, como professbres, fOssemos mais ho- nnostot a propésito de nossa incapacidade em ler, menos receasos de confessar 0 quanto isso nos € dificil e quantas vézes falliamos, pode rlamos interessar os estudantes no jdgo de aprender, em vez de inte resieos no de pasar a4 Greio que basta o que disse, para mostrar aos leitores que info sabem ler, que eu, também, ni Teio melhor do que éles. A vantagern que tenho & a elareza com a qual sci que ndo posso ¢, ealver, porque ndo posso. Este € o resultado dos anos de experiéncia em «ve pro: ccurei ensinar aos outros. Se sei mais que alguém, posto ajudilo um pouco. Embora nenhum de nés consiga ler sulicientemente bem para satisfazer-se, podemos chegar a ler melhor do que outros o fa zem. Sendo poucos os que podem ler bem, num certo sentido, cada PARA 0 LEITOR MEDIO a uum de nds o pode fazer quando a razio é bastante para exigir um grande eatdrgo. Um aluno mediocre pode ler bem, em determinados casos. HA cestudantes superficiais, como nds 6 somos na maioria das vézes, que se desempenbam bem da tarefa, quando o texto ata de suas espe- cialidades, sobretudo se do que disserem depender 9 bom nome que wenbam. Nos cases que interessam & sua profissio, 0 alvogato chega a ler snaliticamente. © médico 1é com perfeigio as observa- gies clinieas, que watam dle sintomas com os quais esta habituado a lidar. Mas, nem um, nem outro, fazem esfOrgo semelhance com oubiis espocialidades ow noutras acasioes es de profissio culta, quando os Mesmo © cométeio assume que o praticam sfo chamados a eximinar relat6rios financeiros ou contratos, embora muitos homens de negécio no consigam ler inte ligeutemente fsses documentos, mesine quando suas fortunas esto emt igo. Se considersnmos os homens ¢ mulheres de tum modo geral ¢ & parte de suas profisses ou ocupagoes, hi uma sicuagio em que éles io o miximo de si mesmos, esforgandese por ler melhor do que © fazem habitualmente, Quando estio amando e recebem uma carta de amor, mostram de que so eapazes. Léem cada palavra tds vézes, Idem mas enteelinhns @ mas margens: Iker a toda em fungi das pattes © cada parte em fungio do todo; sensiveis ao contexto © a ambighidade, & insinuaglo o as velerCncias, percebem a cBr das pala vras, 0 chieira das frases © 0 péso das sentengas. ‘Talver lever em n envio, como nfo o cero feito nem conta até a pontuagio. antes, nem depois Bests exemplos, especialmente o diltime, bastam para dar idéia do que entendo por “ler”. Nilo é tudo, porém. E preciso distin guir, de um modo mais perleito, as diferentes espécies e graus de icitura, Para ler inteligenvemente éste liv — que € © que seus leitores devem procurar fazer também com os outros livros ~ 6 pre iso compreener tais distingoes © proximo capitulo uatard désse assunto. Basta que ser per ceba, aqui, que &te livro nfo erata de qualquer espécie de Jeicula, mas da Jeitura que seus Ieitores nfo fazem ou nfo fazem bem, @ nando. menos que estejam } i SPRRAAEROSOAS OR ORE BARR EE DES IAS ABO e fru 1 A leitura de “leitura” — Una das principais rogras para se ler qualquer coisn é destacar as palavras mais importantes que @ autor emprega. [sk nia basta, entretanto. Achar uma palavra importante é apenas 0 eoméca, na pesquisa mais diffcit do significado ow significados, comms ot or peciais, que ela tena, & medida enn que vai aparecendo no contexto. Hise peteebew que “Ieitura” & uma das palavras mais impor- antes déste Livro. Mas, como ji dei a entender, ¢ uma palaven de viriag acepgbes. Se vorés niio tém a (© que é para mim tal palavra, provivelmente encontearemns «lif ceuldades, antes de proseeguir Isto de usar Tinguagem para falar s6bre linguagem — sobreeado. quando s@ far campantia contin o abuso dela — & arriscada, Hd pottce tempo, Start Chase esereveu tim liven que podria er et ‘mado de Palovras sébre Palovras. ‘Tera evitadlo, assim, os protesto los eriticos que logo provavans sor éle mn, witha dt vitania das palavras. Mas souhe ver 0 perigo, quando disse: “Vaw ser ape tnhado, muitas vezes, em minha prépria racocita, usando ma Tinga gem, ao me hater por uma methor." da em afirmar gue sabem Poso livrarme de tas armadithas? Ja que esou eserevendo sObro leituras, nia tenho de ohedecer As seis regras, mas as cla exer ta. Meu subterfigio talvez seja mais aparente do que real, se {car provado que um escritar sempre tem em mente as regras que gover: nam a leitura. Vocés, no entanto, esto lendo a respeito de Ieitwras, Nfo tém como fugir- So as regeas que eu sugerit forem boas, devem seguitas, lend éste livra. Mas como, se voc#s mio as conhecem nem compreendem? Por asso, tém de Jee uma parte déste livro desconhecendlo.as. A nica smanoira de ajudé-los neste dilema, é fazer de voets leitores conscien ciosos, antes de tudo, Comecemos aplicando a regra de como achar @ interpretar as palavras importantes Quand voeds se dispéem a investigar os wirios signifieadas de luima palavra, 6 geralmente aconselhével utilizar win diciomsirio e sens priptios conhecimentos a respeito. Se procurarem “read”, no grance Oxford Dictionary, verko, primeira, que essas mesmas letras formam. fo nome ebyoleto do quarte estomago de um ruminante © um vero, muita usade que designa uma atividade mental, relaeionada com Adecerminada espécie de palavras ¢ simbolos. Saher%o, Togo, qne nso precisamos nos preocupar com 9 nome obsolete, a mio ser pare notay que ler prendese, de certo modo, a runinar. Descobvi mais tarde, que o verbo tem vinte ¢ um significados, mais ox menos Un significado pouea freqiiente de “wo real € pensar ou so por. Ele se torna mais conhecido, quanda se dentifiea com conic turar ow prover, nas expresses: Ter as estelas, er a mo on o fa Isso leva eventualmente ao significado de interpretar livros os quisquer docuinentas escrites. H& outros signifieados ainda, como 6 dle declanar (quando uma artista 18 sew papel para o divetor)s come 0 de apreender 0 nko perceptivel pola perceprivel (quando firniamos que podemos ler o cariter de uma pessoa, atravis cle 1 fisionomia); coma 0 de instru aeadémiea ow pessalimente (quanto lgueny Hos 1 arma a {As peur diferengas de emprége parccem infinitas: um canter bam 4 naturera; umm engenheiro, sus fasten icntoss um tipégrafo, ax provas: Semnos nas entreinkas: Temos a uni coist numa siutagio ou alguém nam paetido Podemos simplificar as coisas, notando 9 que & coum a iui tus déses significados; principalmente que a atividade mental est cm ideo e que, de um modo ou de outro, hi simbolos a serem interpre taulos. Tmpsese tima primeira Limitagio ao emprégo da palavra, Nao hos intevessn nem determinad parte do aparetho digestive, nem a declamaga ‘eto om algumas comparagées ~ da interpretagio, inteligente ou nfo. dos sinais da natureza, como as estyélas, 8 mos ot as fisionomias. 1 mos de nos contentar com certor simbolos legiveis,inventados pera fins de comunicagio — as palavras da linguagem humana. Isso clic nem a leitura em sor alta, Nio precisamos tratar — ex 2 be LER mina & leitura de outros sinais artfieiais, como a dos ponteiras nos Iustrumentos de Fisica, cermmetros, aparelhos de Metcorologia, ve locimetros, ete aqui por diants, portante, devese Jer a palavra “liters” como cla 6 usada neste texto, to &, 0 proceso de interpretar ou compre ‘ender 09 que representa para os sentidos, na forma de palavras ou ‘outras mareas sensveis. Esta nfo € uma interpret ia do significado real da palavra “Jeitura". & uma questo de definie nosso problema que ¢ ler, no sentide de reccber conunieagio, io axbite Invfeliomente, nfo € Kio simples assim, como se hi de preeber se algugme perguntar: “E ouvie? Fo & também reccher cnmunies 02” Pretendo discatir as relagbes ent ler € ouvie, pois as regras pra se Ter ouvir bem so em geal idénticas, embora mais biter dle apicar no dltime caso, Basta, por enquanto, distingsir ler de cov, eonsiderando 0 que € eserito on impreso e, no, o que € Tata Vou tentar usar & palavra leitura nese sentido Himitado © Ge pecial. Mas nfo duvido de 36 0 conseguir por exoosio, & impos sivel deixar de empregia nos outros significtdos que tenlia. Por ves, eret bastante conscéncia para dizer explicitamente, que cto rnudando seu significado. Outras vézes, poderei subencendélo, quan- 4g for suficientemente claro, E raramente (espero), o alterarei, sem fagem, amvel leltor, pois vocé esta apenas comecando, 0 que ficou dito foi 56 para mostrar o significado menos geval em que 1 pslavea “leieura” seria usada. Vamos agora abordar 0 problema que © primeire capitulo sugeri, Temas que Gazer va list por exemplo, entre a leitura que vooés fazem e a que aprenderio a Luzer, leudo melhor ou diferentemente Notem que cu disse “methor" ou “diferentemente”, Uma das palayras mostra a diferenga em graus de habilidade, ¢ a oun listingto em especies. Chegaremos & conclusio de que o melbor leitor pode, também, fazer uma espécie diferente de leitura. O pior x6 Jari a espécie mais simples. Examinemos, primeiro, a classiticagio das habilidades, para determinar o que queremos dizer coma “melhor” e “plor". A LErTURA DE “LECTORA’ 25 =3- Um fato Sbvio € a existéncia de uma perieita hierarquia de habilidacles 1a leitura, £ que a leieura comega na escola priméria c continua através de das as etapas do sistema educacional. Rese ding (= tet) € o primeito dos ues R.1 fo primeiro, porque temes de aprender a let, para aprender, lendo, Uma vez que 0 que apren: demos, & medida em que aperleicoamos nossa educagio, se torna imais dificil ow mais coniplexo, temas que aperfeicoar, paralelamente, sss abide ent lee Allabuticar & eo tua pete, a pritaelra cuneterotita da ede cago, mas comprcende wiios graus, desde a escola primitia ou mie no sul, até o grat de bacharel ou de doutor em Filosofia. No seu recente ensao sobre a democracia americana, denominado Of Human Freedom, Jacques Buszum nos incita a nig nos vangloriaymies de ter 4 mais aifabetizada populagio dq mundo. “A allabetizagio neste sentido aio ¢ edcagio; vem & mesmo “saber Ie”, ito &, aprender ripila c coreetmente a mensigen do papel imprese, ¢ menos ainda facer un juizo extn a rs Treoricimente, as graagdes na Tefturaandlam a par com as gra dduaydes, de um periody edueacional a outro. A luz do que sabemos sdbre a eiucagio wnericana de hoje, esta suposgio € infundada, Na rangi ainda ¢ vendade que win candidate a0 dontarad deve revelar ‘uma razoavel habilidade em ler, para ser admitido naquele clevado circalo de allabetizagio. © que os franceses chamam explication de texte, € wma arte a ser praticada ont todos 0s anos de estudo © que deve atingir a perfeigio, antes que se mude de grau, Mas neste pais, nifo li quase diferenga entre a explicagio que um ginasiano dae a que ei um veteravo do colégio ou um cindidate ao doutorado, Quando o que se rem a fazer é ler um Tivto, 08 ginasianos © os ae Touros do colegio esto na [rente, nem que seja por terem sido menos contaminados pelos maus Inibitos ‘Se hé alguima coisa de errado na educagio americana, pelo me- nos no que se relere & leitura, € porque as gradagdes se tornaram obseuras ¢, nfo, porque n obscuridade. Para classificar as etapas de uma leitura séria, temos aque exclarecer os critérios do melhor do pior. cin, T Reading (ler), (wisiting (= escenen, (Aylthmete fexistam, Nosso dever & afastar tal RMA RARAAEARARDAAHABAABAARBBADIAAR BAG ” Que critérios sio asses? Acho que j4 dei uma ideia, no capitulo precedente. Dizemos que sm homer 1g melhor de que outro quando pode ler um assunto mais difleil. Se Jones s6 conseguc ler jornais revistas ¢ Brown, 06 anelhoves Hivros cieutificns, como a Evnturio dda Fisica de Finstein ¢ Infeld ea Mathematics for the Millions de Hoghen, = ninguém negaré que Brown tenlia maiot aptidio do que Jones. Entre of leitores do adliantamento de Jones, ha os que niio ppassarn das selegées c hii at que dominam 0 The New York Times. Ente 0s grupos de Jones e Brown hg outros mais, caracterizatos por revistas melhores e piores, meltores ou piozes romances, ¢ livros cien tilicos de natureza mais poplar clo que os de Einstein on Hoghen, como o Inside Europe de Gunther ow A Odisséia de wn Méaien Aine: rieano de Heiser. X melhor do que Brown & honem que Ie Ev clides ¢ Descartes, assim como Hogben, ou Galitex ¢ Newton, assim como 0 comentario de Rinstein © Lafeld sabre éles © primeira eritétio € dbvio. M do um homiem pela dificuldade do trabalho «1 A agudera de tat medida depeante, sem diivida, ea precise indepe tas vores meddimes 9 apiatio le pore vealizar. dente com que slassiticamos os trabalhos conforme sta diticultade os nun cielo vieiow se dlssessemias, par eve crewente, Fine pplo, que o livro sais difiell € aqueéle que # 0 1 Isto verdace, mas nfo ajuula. Para se compreender por «te ons livros sio mais diffceis do que entros, temas de saber 0 que éles ext gem dx habilidade do Jeitor. Por outras pralavras, a dificuldade do fassuinto de eit, « sinal evisemte ¢ objetivo dos grans de habilidade nos diz que diferenga existe no tocante ce ler, 80 do leitar Entretanto, o primeivo eritérfo tem certa aplicacio, pois quanto mais diffil & um livro, tanta menos leitores tera em qualquer I PARTE AS REGRAS 4 4 4 i cavtruto wil I De varias regras a um hébito | Evquanto vocés estiverem aprendendo a ler, tém de recorrer vuin livto mais de uma ver. Se fOr digno de ser Hido, merece, no mt 4 imo, eds leivuras . Para que voees no se nlarmem initilmente com as exigencias que lhes serio feltas, apreso-me em dizer que o bom leitor coms gue realivar esas erés leituras a um tempo 36, As “trés leicura Rig $io tes no ompo. Sio, mais explicitamente, eés em modo. So os moudos de Jer um livro. Para ser bem Tide um livro, deviamse nvpogin Gewes u2s miodose de cada yee, O némero de ocasides istintis can que se pode Ter, com proveice, alguma cuisa, depen de, em parc, do Livro, e-em parte dos leitores, de seus expedientes o diligncia 56 no coméso, repito, os tres modos de Jer um Livro devera ser feitos separadamente. Antes que vocés se tornem peritos, no comacguetn troniformar stox diferentes mma realizagho eomploxa © harmoniosa, Nio podem aproximar as diversas partes da tareta, de wodo a enguticlas uma na outra e fondilas Intimamente. Cada uma dlas merece a atengio sda, enquanto se faz a tarefa. Depois de trabalharem, separadamence, com as partes, nfo somente o fazem com maior fuclidade ¢ menor atengio, como também conseguer fur dir essay partes, gradualmente, num todo uniforime ¢ fluente. Nad estou afirmando aqui, que no seja do conhecimento co: tum sébre 0 aprendizado de uma habilidade complexa, $8 quero assegurarlhes que aprender a ler & pele menos tio complexo quan to aprender datilogratia ou tenis, Se voe8s concentra a pacienr Jquer ovine aprendizado que fizeram, talvex tolerera raais iu em» qh tum professor que vai enumerar uma Tonga lista de regras de leiturs. “~ (Os psicdlogos experiinentais puseram o processo de aprendiza Yo sob uma lemte, para que todos pudesses observisio. As curvas Ye aprendizado gue inventaram, depois de imimeros estados de SEER EEEEEEEEREEREEEEEEEEEEeeeeee ee Taboratério sdbre qualquer tipo de babilidade manual, mostram, grificumente, & natureza do progresso, de wma fase a outa da prié- tka, Quero chamar a atengfo de vocts para duas descabertas déles, ‘A primeira chamase “plateaw de aprendizado". Durante 4 digs, em qute se pratica uma atividade (como eserever A méqprina on revebers telegriticamente, uma cansmissio Gm Morse), a caren mos ‘tra um progress, tanto na velocidale quanta na red ros, Mas, sithitamente, pita. O aluno nfo parece propredir. Sen trabalho no produz cfeito nenluwn palpvel, nem em velocidade, rei om carregio. A regia de que qualquer pritien, por menor que seja, sempre se aperfeigoa um poueop parece sem cxbimento. En- fo, de reponte, o alino sai do platense © comeca a subir, de novo. A curva que mostea suas atividades revela, dia a dia, progresso, I iso comtinaa, embora, perceprivelmente menor, aié que ée ain} um outro. platens Nia se encontram plateaus om Cdas as eurvas de aprendi do, mas stmente naquelas que re dade complexa. Na verdad, q cstaciondvios. Os psicalfigos deseobein dinate, prassrguc nesses perio efeitos pricicos imediatos. A descoberta de que s@ formam entke shilacle & 3 segstnela das devas a que ow se aperteigan mit batida le letras n, ne entaiio, que « apren: easton araiamente, ise, sr unidadles mais elewadtns” deh ja me veferi. Enquanto 0 3 isoladas, progvide em velocidade ¢ coreg. Mas tem de formar ¢ abieo de hater silubas vp ives, e, em sept Frases © sentencas, 0 periods em que o sfuno passt de ung unidarte de habibiday de mais baixa para uma mais alta, parece nsio mostrar progresse algum em elicigncia, porque éle tem que «escnvelver vin certo nu: mero de “unidadespalavras”, antes de conseguir um resultado, nes se alvel. Quando dominar isn bom nlimera dessis unites, di um nove pulo, até passar para anna vnidale mais clevada de ope: raga. O que consistin, 2 principio, wm grande miimero de atos singulares — 2 batida de cla letra individual — transformase, fi nalmente, num ato camplexo — a bacida dew © habito.s6 ests perfeitamente formado quanda @ abme ati a unidade mais elevada de operagio. Onde, antes, existiam muitos Iabitos, dificeis de marcharem juntos, existe agora um dinico bi bito, em virtucle da organizagio de todos os atos separados, mum ato Ainico As descobertas de Iaboratério $6 confirmam muito do que s Demos baseadas em nossa propria experiencia, embora ni considetado 0 plateaw como um perfodo em que o aprentiizado esis va progredindo ocultamente, Se vocés esto aprendenda a joxgar tis, tém que aprender a servir a bola, a receber ou rebater 0 servico do adyetsitio, » jogar perto da réde, ne meio «lo campo ou na Tinh dx binse. Gada ato désses & parte da habilidade total. No coméco, de vose dominislos separadamente, porque, para cada um, existe ums técnica especial, Mas nenhum déles, por si mesmo, constitui a arte do tenis, Vooes tém que passar das unidades mais baixas para a uni dade mais elevads, na qual tddas as habitidades separadas se ajan: lam, psa se tornarem uma habslidade complexa. Voeés tim qe ser capazes de passar de um ato a outro, tio xapidamente ¢ tio ave comaticamente, que sua atengio se coneentre tda na estratégia do j6s0. Fo que acontece, quando se aprende a guiar um carro. No comégo, aprentese a segurar no volante, a fazer as mudagas, 9 uti Tizwr 4 Beia. Ads poucas, domiuam-se essis unidaes de stividade que nie so isolam mais no processo todo, Voots saberio. giinr quiande souberom farer teas &sns coisas em eonfante, sem penisit elas tivéssemos Quem ji teve experidncla na aquisigio de uma habilchide com ples, sthe que nfo tem por qe semer a série de regras qe se apresentam, quando hit algiemy coisa nova a ser aprendida. Sabe {qe nfo precisa se preocupar em como todos ot atos diversos (nos quais deve se tornar separadamente eficiente) venham a colshorar lum corn 9 oxtto. Sabendose que os plateaus no aprendizacla sto periods cle progresto oculto, evitase o desinima, Mesma qiande fe aumnontam, Togo, a efieiéneia de uma pessoa, ax tinidades mais clevalas de atividade esto se formando. A multiplicitade de regras indica a complexielnde da vinien Iii Dito a ser formado e, mio, 4 pluralidade de atos distintos, Os atos pareiais unemse e se funder, 4 medida em que se chegi A execugio mitomndtien. Quando todos as atos subordingdig podem seh leon mais ou menos automaticamente, adquiriu-se @ RAbito da trabalho

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