Está en la página 1de 125

A M A Z Ô N I A :

o”

A“
er

Pla
as
A
T
Tr

za
N E
io

Ce
at

ntr
L
“P

P
De

al”
e l
d
Codiciada y Disputada
“Vidas por la Vida”

Galdino J.dos Santos,


Marçal Tupã’i, Guarani Nhandeva Chico Mendes Pataxó Hã-hã-hãe
Asesinado 25/11/1983 Asesinado 22/12/1988 Asesinado 20/04/1997

“Nadie tiene mayor


amor que el que da la
vida por sus amigos” Xicão Xukuru
Asesinado 20/05/1998
P. Fco. Jentel
Asesinado 2/1/1979
P. Burnier SJ
Asesinado 11/10/1976
Hna. Doroth Stang
Asesinada 12/02/2005
(Jn 15,13)
H. Vicente Cañas SJ, Asesinado 06/04/1987
INTRODUCCION
Amazônia: Realidade
1. VER

Sócio-Ambiental e
Grandes Projetos
2. JULGAR

“Não se pode servir


ao Deus da Vida e ao
deus dinheiro” (Mt 6,24)
3. AGIR

Qual é nossa missão


Profética na Amazônia?
INTRODUÇÃO: ONDE ESTAMOS?


Amazônia:
7,5 milhões de Km2 43% de
+ 43% da América do Sul América do Sul
+ 74% da Europa.

Amazônia Brasileira:
5,2 milhões de Km2
+ Equivale à extensão dos
países europeus abaixo:
Maior bacia-bioma do mundo
Arquipélago de ecossistemas
Rio Amazonas:
+ 6.762 km de extensão (Rio Nilo = 6.671km)
+ Mais de 1.100 afluentes.
+ 20% de água doce do planeta
+ Joga no mar 220 mil m3 de água por segundo

Biodiversidade:
+ Gigantesco arquipélago de ecossistemas
+ 34% da floresta primária do mundo
+ 30% a 50% da fauna e flora do planeta
- 80.000 espécies vegetais
- 30 milhões de espécies animais
- 1.500 espécies de peixes conhecidas
- Cerca de 1.300 espécies de pássaros
Rede fluvial maior do mundo. 20 mil Km de rios navegáveis

Fuente: Tratado
de Cooperación
Amazónico
Brasilia, 06/07/1978
Limites Amazônicos: Bacia-Cuenca, Bioma e Amazônia Legal
Tratado de Tordesilhas
1494

Os Reinos de
Espanha e
Portugal a
partir do ano
1494 se
repartem o
continente
sul-americano.
Nenhum dos
povos donos
daquelas
terras foi
consultado!
Paises na bacia e Porcentagem da Amazônica por País
Venezuela Guianas 9 dos 13
1% 0,1% países Sul-
Colômbia Americanos
(Guiana Francesa é
6% território francês
-TOM)

2%
Equador
Peru 67%
13% Brasil Venezuela
Guianas 1%
0,1%
Equador
Peru Bolívia
2% 11%
13%
Colômbia
6%

Brasil
Bolívia 67%

11%
Imaginários da Amazônia
“Olhar de Fora” versus “Olhar de Dentro”

Historicamente, com a chegada dos europeus em 1.500, a Amazônia é


vista a partir dos interesses de lucro e exploração dos que chegavam
Foto: Vale do Javari
de fora... Não mais a partir do olhar dos povos da região...
Olhar de fora... Amazônia:
s o
a í
a r
P
ou

n o
e r
n f
I
Olhar de fora... Estados Unidos

Amazônia:
E
u
Venezuela r
Vazio demográfico
Guiana
Suriname o
p
ou terra de ninguém
Colômbia Guiana Fra.

a
Equador

Peru

Bolívia
Brasil

Paraguai
Chile
Á
Argentina
s
Uruguai i
a
Migração forçada!
Pobres contra pobres!
Olhar de fora... Amazônia:
“fundo de quintal”

Foto: Madeireiras, amazônia peruana

Tira-se o que “presta” (da dinheiro) e joga-se até o “lixo social”: os pobres e os
conflitos sociais de outras regiões do continente são empurrados para a Amazônia.
Olhar de fora...
Amazônia:
Carta política
estratégica
de negociação
Os povos da
Amazônia e
$
seus recursos
naturais são
vistos como
mercadorias
a serem
usadas nas
negociações
econômicas
e políticas
Olhar de fora...

Amazônia: 1a

2a 2a Região
Geopolítica
Estratégica
do Mundo

A biodiversidade, água doce, princípios ativos, engenharia


genética, minerais estratégicos são disputados pelas grandes
potências, desconsiderando os povos tradicionais da região.
Porém, qual é o

“Olhar de dentro”?
“Bem viver” “Pachamama” “Nhande Rekoha” “A casa grande”

“Terra Sem Males” ”Floresta em Pé” “Florestania”

“Direitos dos Povos” “Justiça e Reciprocidade SocioAmbiental”

Projetos políticos de vida próprios...

Olhar e pensar a Amazônia com a experiência de nossos povos amazônicos,


com nossa sabedoria e cosmovisões: Bem Viver, Pachamama, Nhande Rekoha,
Reciprocidade Socio-Ambiental, Floresta em Pé, etc. Garantindo nossos
Foto: Watoryky, Yanomami, Deminii projetos políticos de vida e os direitos de nossos povos.
Diversidade
Socio-Cultural
Dados arqueológicos atestam a existência
humana na Amazônia a pelo menos 11.000 anos.

Foto: Universidade Indígena de Venezuela, 2007


Mapeamento dos Povos da Amazônia

+ População amazônica total: 40 Milhões


(70% é urbana e 30% rural)

+ População Indígena1: 2.779.478 (± 5%)


Povos Indígenas1: 390
Línguas faladas2: 240
Famílias lingüísticas2: 49
Famílias mais numerosas: Aruak, Karib, Tupi-Guarani
Fontes: (1) Coordinación de Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica – COICA
(2) As línguas amazônicas hoje”. Org. F. Queixalós & Renault-Lescure, ISA, Instituto Socioambiental
A uma enorme
variedade de
ecossistemas,
uma grande
diversidade
sociocultural

Na Amazônia brasileira somos 180 povos


indígenas e falamos cerca de 150 línguas.
No início da chegada dos europeios (1500)
eram faladas 1.200 línguas na região.
A diversidade
sócio-cultural
do mundo é
reconhecida pela
UNESCO, como
patrimônio
comum da
humanidade. Esse
reconhecimento,
no caso da
diversidade
cultural indígena
ou das populações
tradicionais ou
tribais, é
reforçado pela
Convenção 169 da
Organização
Internacional do
Trabalho (OIT). http://www.fmc.am.gov.br
Comunidades
Quilombolas
É marcante
também a
presença de
comunidades
quilombolas na
Amazônia.
Segundo a “Nova
Cartografia
Social da
Amazônia”, as
comunidades
quilombolas na
Amazônia são
mais de mil. Quilombolas
E são milhares as comunidades ribeirinhas,
caboclos, pequenos camponeses, posseiros,
etc. espalhados pela pan-amazônia
A realidade, quanto mais
diversa mais Divina se há
unidade na reciprocidade!
A diversidade Socio-Ambiental
é possibilidade e condição de
VIDA, expressão da Trindade.
População Urbana (70% da pop. Amazônica)
Manaus, 2 milhões!
Urbanização (“desumanização”) da Amazônia
Projeto do Grande Capital: Esvaziar a Amazônia para
poder explorar seus recursos sem conflito social!
Leticia - Manaus Itacoatiara Santarém
Iquitos Tabatinga (1,7 milhões) (80 mil) (300 mil)
(400 mil) (80 mil)
Belém
Yurimaguas (1,4 milhões)
(30 mil) Tefé Manacapuru Parintins
(70 mil) (82 mil) (105 mil)
Pucalpa
(40 mil)

Nas últimas décadas o processo de urbanização


na Amazônia tem crescido rapidamente. Os
dados apontam que 70% da população
Manaus, Amazonas, Brasil, amazônica mora nas cidades.
1,7 milhões, IBGE, 2008

Recuperar o equilíbrio e a
justiça socio-ambiental:
Iquitos, Amazonas, Peru.
0,4 milhões, IBGE, 2008 “Florestania e ruralização”
Ocupação Fazendinha, Manaus-Brasil

Da pobreza para
a miséria...

Do interior para
as periferias
urbanas de...
A vida debaixo da lona

Bairro “La Unión”, Leticia-Colômbia


Bairro “Belén”,
Iquitos-Peru
Hoje, os povos indígenas e afros estão ameaçados em
sua existência física, cultural e espiritual; em seus
modos de vida; em suas identidades; em sua
diversidade; em seus territórios e projetos. Algumas
comunidades indígenas se encontram fora de suas
terras porque elas foram invadidas e degradadas, ou
não tem terras suficientes para desenvolver suas
culturas. Sofrem graves ataques a sua identidade e
sobrevivência, pois a globalização econômica e cultural
coloca em perigo sua própria existência como povo
diferentes. Sua progressiva transformação cultural
provoca o rápido desaparecimento de algumas línguas e
culturas. A migração, forçada pela pobreza, está
influindo profundamente na mudança de seus costumes,
de relacionamentos e inclusive de religião. (DA 90)
R: a de
E
V ea nta
l i d l
.
I ia: bie jet R o s
n m ro
zô - A P
m a i o e s
A Só andc
G r
e
“Um dos fenômenos mais importantes em nossos
países é o processo de mobilidade humana,
em sua dupla expressão de migração e de itinerância em que milhões de
pessoas migram ou se vêem forçadas a migrar dentro e fora de seus
respectivos países. As causas são diversas e estão relacionadas com a
situação econômica, a violência em suas diversas formas, a pobreza que
afeta as pessoas e a falta de oportunidades para a pesquisa e o
desenvolvimento profissional. Em muitos casos as conseqüência são de
enorme gravidade em nível pessoal, familiar e cultural. A perda do capital
humano de milhões de pessoas, de profissionais qualificados, de
pesquisadores e amplos setores da agricultura, vai nos empobrecendo cada
vez mais. A exploração do trabalho chega, em alguns casos, a gerar
condições de verdadeira escravidão. Acontece também um vergonhoso
tráfico de pessoas, que inclui a prostituição, inclusive de menores. Merece
especial menção a situação dos refugiados, que questiona a capacidade de
acolhida da sociedade e das igrejas. Por outro lado, no entanto, a remessa
de divisas dos emigrados a seus países de origem tem se tornado uma
importante e, às vezes, insubstituível fonte de recursos para diversos
países da região, ajudando o bem-estar e à mobilidade social ascendente
daqueles que conseguem participar com êxito neste processo.” (DA 73)
A M A Z Ô N I A :

Sócio
et des

2. Im entais
Pr ran
os

ambi

G

pact
oj
1.

os
3. Mobilidade
Humana
¿Por qué?
¿Por qué?
¿Por qué
unos sin
nada y
otros con
tanto?

¿Modelos de
desarrollo, impactos
socio-ambientales e
movilidad humana?
Olhar os novos rostos excluídos...
Fixamos nosso olhar nos rostos dos novos excluídos: os migrantes,
as vítimas da violência, os deslocados e refugiados, as vítimas do
tráfico de pessoas e seqüestros, os desaparecidos, os enfermos
de HIV e de enfermidades endêmicas, os toxico-dependentes,
idosos, meninos e meninas que são vítimas da prostituição,
pornografia e violência ou do trabalho infantil, mulheres
maltratadas, vítimas da violência, da exclusão e do tráfico para a
exploração sexual, pessoas com capacidades diferentes, grandes
grupos de desempregados (as), os excluídos pelo analfabetismo
tecnológico, as pessoas que vivem na rua das grandes cidades, os
indígenas e afro-americanos, agricultores sem terra e os
mineiros. (DA 402)
É imperativo tomar consciência da situação precária que afeta a
dignidade de muitas mulheres.  Algumas desde crianças e
adolescentes, são submetidas a múltiplas formas de violência
dentro e fora de casa: tráfico, violação, escravização e assédio
sexual; desigualdades na esfera do trabalho, da política e da
economia; exploração publicitária por parte de muitos meios de
comunicação social que as tratam como objeto de lucro. (DA 48)
Neocolonialismo econômico e cultural: IIRSA, PAC...
A história se repete. A lógica da colônia continuam vigentes. Hoje, na
versão do neocolonialismo econômico e cultural. Os grandes
empreendimentos de exploração dos recursos naturais na Amazônia, são
pensados e implantados em função dos interesses externos à região.
A lógica desenvolvimentista do crescimento econômico, da competição do
“livre mercado”, do lucro... está na concepção dos grandes projetos.

Sistematicamente
eles destroem as A serviço de quem?
formas próprias de
vida, do “bem viver”
dos povos da
floresta. Passam
por cima das leis,
agridem nossos
povos e depredam a
natureza.

(INESC)
I ntegração da
I nfraestrutura
R egional
S ul-
A mericana
Os grandes projetos de “desenvolvimento” e “integração regional” desconsideram:
• As agendas históricas e atuais dos povos indígenas e das populações tradicionais.
• As iniciativas de gestão e a proteção de seus territórios coletivos.
• Os marcos legais nacionais e internacionais, que contemplam a consulta e a
participação de suas organizações nas discussões de projetos governamentais e
do Legislativo que afetam suas formas de vida e territórios.
• Suas propostas para viabilizarem políticas públicas e estratégias de
desenvolvimento que garantam seus direitos e suas necessidades fundamentais.
(Boletim Socioambiental – INESC, Ano VI • nº 20 • maio de 2007)
Eixo multimodal amazônico: Manta (Equador) – Manaus (Brasil)

MANTA
M ANAOS
P.ORELLANA
P.ORELLANA
BELEM
MANTA
N.ROCAF
N.ROCAF MANAUS BELEM

TABATINGA
TABATINGA

IQUITOS
IQUITOS
PEBAS
PEBAS

Corredor Multimodal Logístico de Integração Pacífico - Atlântico:


Pacífico - Manta - Rio Napo – Rio Amazonas – Manaus – Belém - Atlântico
“...IIRSA quer
nos converter
em territórios
de trânsito...”
“Somos filhos da Pachamama, não seus donos nem dominadores, vendedores
ou destruidores. Nossa vida depende dela e por isso desde milênios
construímos nossas próprias formas do mal chamado “desenvolvimento”, o
Sumaq Kawsay/ Sumaq Qamaña. Nosso Bem Viver como alternativa legítima
de bem estar em equilíbrio com a natureza e espiritualidade está longe da
IIRSA, que nos quer converter em territórios “de trânsito” de
mercadorias, buracos da mineração e rios poluídos de petróleo. Sim
queremos estradas e hidrovias, mas não a esse custo, não para passar
caminhões e barcos das transnacionais, mas que ajudem a nossa própria
produção comunitária.”
Resolución de Pueblos Indígenas sobre el IIRSA, CAOI – Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas, La Paz, 19/01/08
“Ao redor de obras gigantescas, os pobres
ficam mais pobres, o ambiente fica perigoso,
as doenças proliferam, as terras ficam com os
ricos e as cidades crescem por um período e
depois voltam ao que eram antes. A riqueza vai “Transoceânica”:
embora com os fios que levam a energia para Assis Brasil – Puerto
Maldonado, Cuzco–Peru
os grandes centros de consumo” (Ago/2005)
MDTX – Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu)

Grandes estradas na Amazônia


Estrada Transamazônica BR 230 – Pará, Brasil

Cortam terras indígenas, áreas importantes em


biodiversidade, prejudicando a fauna e a flora.
Concessões
florestais e
madeireiras

Foto: Balsa de troncas no rio Oroza, Amazônia Peruana


Jangadas no rio Javari rumo às serrarias de Islandia - Peru
Comunidade Novo Pevas, Loreto, Peru

As madeireiras pagam às
comunidades para tirar as toras... ... logo passam levando a madeira!

Dinheiro fácil hoje ... ... grande fome amanhã!


Jangadas rumo às serrarias próximas a Manaus

Fonte: Veja, Out/2005


Concessões
Florestais
Amazônia Peruana
Concessões Florestais no Peru
De Tabatinga (Brasil) a Iquitos (Peru) há 600 Km de rio
Amazonas. Ambas as margens estão vendidas a concessões
florestais. As comunidades indígenas e populações tradicionais
ficam no meio delas...

IA
MB
PERU


CO
Rio Ama
zonas

a
bating
Leticia
Ta
Islandia
av ari Benjamin Constant
Rio J
RAS IL
Fonte: CIPTA
B
Queimadas!

Estrada Riberalta-Cobija,
Pando, Bolivia (Ago/2005)

Entre agosto de 2007 e julho de 2008, a Amazônia perdeu quase 12 mil


quilômetros quadrados de mata.
"A expansão do desmatamento segue um padrão incontrolável“
(Marcelo de Carvalho Lopes Diretor-Geral do Sipam, www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=60696)
O desmatamento e as
queimadas,
principalmente na
Amazônia, são
responsáveis por cerca
de 75% das emissões
brasileiras de gases do
efeito estufa, e
colocam o país como
quarto maior poluidor
do mundo.

A destruição da
Amazônia traz escassez
de chuvas também para
as regiões do centro sul
do país com graves
conseqüências para o
abastecimento de água,
produção de alimentos e
geração de energia.
c o
f i • Presídio de Iquitos (EPSIM) - Peru: 80%

á
tr
da população que pertence ao VASJA.

co • Cadeia de Tabatinga - Brasil: 95%

a r População • Presídio de Letícia – Colômbia: Segundo o

N
carcerária das 3 diretor a maioria está por tráfico.
Fronteiras por
trafico de drogas: TODOS DE ESTRATO SOCIAL BAIXO

O narcotráfico movimenta a economia da região e


sustenta os grandes problemas e conflitos nela existentes.
A rota do narcotráfico: Vem do Peru e da Colômbia, passando
por Manaus, de onde se distribui para distintos pontos do
Brasil saindo rumo aos Estados Unidos e Europa.
Os analistas apontam que entre 10 a 15 anos as plantações
ilegais ocuparão grande parte da Amazônia Continental.
C O C A Í N A
H E R O Í N A
Rotas de ingresso da
cocaína e heroína
na Amazônia brasileira

Río Guainía,
Río Uaupés
Colombia

Río Japurá Río Negro


Río Icá

Río Amazonas
Río Amazonas Manaus

Río Madeira

Río Mamoré, Bolivia


Río Madre de Dios

Santa Cruz, Bolivia


Colômbia Rotas do “peixe liso”
rumo à Bogotá

Bogotá
Peru
FRIGORIFICOS
DEPREDAÇÃO e NARCOTRÁFICO

Brasil

Frigoríficos:
lavagem de
dinheiro do
narcotráfico
“Monocultivos”: soja
A soja na Amazônia é uma ameaça permanente aos
povos indígenas, as populações tradicionais e ao meio
ambiente. A Terra arrasada, a poluição dos rios com
agrotóxicos, o envenenamento dos peixes e animais e
a violência do latifúndio inviabilizam a agricultura
familiar e expulsam as famílias do campo.

Fonte: Veja, Out/2005


A produção de agrocombustíveis para a exportação, em latifúndios, elevará
os preços dos alimentos e da terra e vai aumentar o número de pessoas que
passam fome no mundo. “Exemplos mostram que os pobres não ganham com
o “boom” dos agrocombustíveis, pelo contrário, a expansão da agroindústria
os empurra ainda mais para as margens da sociedade.”
(Misereor, A bioenergia“ sob tensão das mudanças climáticas e do combate à pobreza, 2007).

Agrocombustíveis
Impactos do etanol no Brasil...

“Entre os impactos da produção de etanol no Brasil destacamos a


superexploração e as condições degradantes de trabalho e a utilização de
mão de obra escrava; a contaminação dos solos, do ar e da água e redução
da biodiversidade; o encarecimento das terras e a concentração fundiária,
que fragilizam ainda mais os programas de reforma agrária e promovem,
concomitantemente, um processo brutal de invasão de territórios de
populações tradicionais e povos indígenas e de expropriação das terras de
pequenos e médios agricultores; e ameaça à produção dos alimentos que
são consumidos no país.”
(Encontro Internacional de Movimentos e Organizações Populares, São Paulo, 17-19/Nov/2008).
O gado mais importante que os povos...
Na Amazônia Brasileira existem aproximadamente 70 milhões de cabeças
de gado equivalente a 36% do rebanho bovino do país. Mais de 500 mil
cabeças de gado estão sendo criadas em áreas desmatadas ilegalmente e
desrespeitam o bloqueio da produção. As pastagens ocupam 7,8% do total
do desmatamento na região.

Fonte: Veja, Out/2005


“Florestas de proveta”
Plantações de Eucalipto e Acácia
para celulose... Seriam uma
“solução” ao desmatamento?
E a biodiversidade?
Mineração

Exploração de ouro em Huepethue, Madre de Dios, Amazônia


Peruana. São arrancados das entranhas da terra 1.500 Kg. de
ouro por mês. Para isso são usados 3.000 Kg. de mercúrio. O
rio Madre de Dios é envenenado, contaminando por sua vez o
Foto: f. lópez rio Madeira que vasa no rio Amazonas...
Extração de ouro com
maquinaria pesada

Rio Inambari e
Madre de Dios,
Peru
Garimpeiros artesanais
extraindo ouro.

Rio Inambari e
Madre de Dios,
Peru
Extração de Rio
ouro com Madeira
Brasil
balsas no leito
dos rios.

Rio Abuná,
divisa Brasil-Bolívia

Extração de ouro no rio Madeira, AM-Brasil


Davi Kopenawa, Yanomami
“Mineração é epidemia”
por Davi Kopenawa, Yanomami

“Omanë manteve por muito tempo a


xawara (epidemia) escondida. Ele dizia:
´Não toquem nisso´. Ele a escondeu
nas profundezas da terra. Dizia: ´Se
isso fica na superfície, todos os
Yanomami vão morrer à toa.’
Foto: f. lópez, CIMI Eq-It

Hoje, os nabëbë (brancos),


depois de descobrirem a
floresta, foram tomados por um
grande desejo de tirar essa
xawara do fundo da terra...
E a xawara é epidemia...
Petroleiras
Petroleiras

Rio Corrientes
e Tigre,
Perú
Lotes de contratação de Nov/2007
operações petroleiras
Amazônia Peruana (Dez/2005-Nov/2007)

Dez/2005
“Los gobiernos deberán tomar las “Los pueblos indígenas tienen
medidas que sean necesarias para derecho a las tierras,
determinar las tierras que los territorios y recursos que
pueblos interesados ocupan
tradicionalmente han poseído,
tradicionalmente y garantizar la
protección efectiva de sus derechos
ocupado o de otra forma
de propiedad y posesión” utilizado o adquirido”
Declaración de las Naciones Unidas
Convenio 169 de la OIT (1998);
sobre los Derechos de los Pueblos
Artículo 14, numeral 2. Indígenas, 2007, Art. 26, 1

Foto:
Jorge Jordan
Água doce
Biodiversidade
Bio-pirataria
A Amazônia concentra entre
30% e 50% da fauna e flora
do mundo, assim como 20%
da água doce do planeta.
Como fica a questão da
biopirataria e da
privatização da água na
Amazônia?
Zonas estratégicas
de biodiversidade
Fontes de
água doce
Hidrelétricas Amazônia
em implantação
e previstas Brasileira
Hidrelétrica Balbina
A construção da Hidrelétrica de
Balbina (AM, Brasil), levou poluição,
destruição ao meio ambiente e morte,
além de afetar os Waimiri Atroari.

Outras barragens estão para ser construídas: Belo Monte


(PA, Brasil), Santo Antônio (RO, Brasil), etc. são outros
exemplos de grande ameaça para os povos indígenas.
Barragem Santo Antonio, Porto
Rondonia, Brasil, Dezembro

Barragem Santo Antônio, Porto Velho, Rondônia, Brasil


O desmatamento
ameaça a vida de milhões de
pessoas que convivem
tradicionalmente com a floresta
e compromete a sobrevivência
da própria Amazônia. Significa o
genocídio dos grupos indígenas
em situação de isolamento. O desmatamento, ao
contrário do que
defendem as forças do
agronegócio, não melhora
a qualidade de vida da
população local. Nos
municípios com altas
taxas de desmatamento,
são igualmente altos os
casos de trabalho
escravo e os índices de
desenvolvimento humano
estão abaixo da média
regional e nacional.
Processo de desmatamento, depredação e
impactos sócio-ambiental da Amazônia
1. Estradas;
2. Assentamentos
rurais sem apoio;
3. Madeireiras;
4. Queimadas;
5. Monocultivos;
6. Gado;
7. Florestas artificiais;
8. Narcotrafico;
9. Mineração, Gás e
Petroleiras;
10.Hidrelétricas;
11. Hidrovias;
12. Biopirataria;
13. Contaminação, etc.
NÃO ESQUECER
A HISTORIA...

Foto: Marcha Indígena 2000


ONTEM
• Borracha e outras resinas Saque Amazônico!
• Ouro, prata, diamante
• Peles de animais
• Caça predatória: Pirarucu,
tartarugas, ovos, peixe-boi
• Comércio de animais vivos
HOJE
+ Madeira: cedro, mogno
+ Petróleo e gás
+ Agronegócio e gado
+ Minérios estratégicos
+ Hidroelétricas
+ Hidrovias e carreteiras
+ Grandes projetos...
+ Narcotráfico e Biopirataria
Foto: Marcha Indígena 2000.
f. lópez
O extrativismo
da borracha
na Amazônia, iniciado
na segunda metade
do século XIX, marca
outra onda de
violência contra os
povos indígenas,
assim descrita pelo
antropólogo Darcy
Ribeiro (“Os índios e Índios Witoto do rio Putumayo (rio Isa)
a civilização”, 1979): acorrentados para o trabalho escravo na seringa.
Foto: W. Hardenberg, 1912

“Ao longo dos cursos d’água navegáveis, onde quer que


pudesse chegar uma canoa a remo, as aldeias eram
assaltadas, incendiadas e sua população aliciada. Magotes
de índios expulsos de seus territórios perambulavam pela
mata sem paradeiro. Para qualquer lado que se dirigissem
deparavam com grupos de caucheiros, balateiros,
seringueiros, prontos a exterminá-los.”
Povos
indíge
nas
i d os p e l a s fr
d iv i d ont
eir
as
“Me explicam esse
assunto das fronteiras: Tríplice Fronteira
Meu pai e mãe moram ao Peru-Brasil-Colômbia
outro lado do rio
Amazonas e vocês dizem
que são peruanos;
meu irmão vive subindo o
rio amazonas na margem
direita e vocês dizem que COLÔMBIA
é colombiano; Leticia
e eu que vivo águas PERU
abaixo do rio, vocês Ilha de Sta. Rosa
dizem que sou brasileiro.
BRASIL
É difícil entender esse
Tabatinga
negócio das fronteiras de
vocês... Vocês estão um
pouco malucos...
Nós somos Tikunas e
vivemos aqui antes que
vocês chegarem!
(Jovem Tikuna,, 2006)
Povos Indígenas divididos pelas fronteiras amazônicas
Guiana Suriname
Venezuela
29*
30*
Guiana Francesa
Colômbia 23 28
37** 36
21 31 33 35
20 22 27
17 18 19 24 25 26 32* 34*
14 15 16
12 1. Chiquitano 9. Kokama 17. Tariana
Equador 11 13 2. Jaminawa 10. Kuripako 18. Desana
3. Nahua 11. Kubeo 19. Maku
10
4. Manchineri 12. Piratapuya 20. Tukano
8* 9* Brasil 5. Madija/Culina? 13. Wanano 21. Siriano
6. Ashaninka/Campa 14. Bara 22. Karapanã
7
7. Mayoruna ou Matsés 15. Barasana 23. Makuna
8. Tikuna 16. Tuyuka 24. Baniwa
Peru
6 25. Baré 32. Wai Wai
5 4 3 26. Warekena 33. Wayana
2* 27. Yanomami 34. Kalibi/Kali’n
28. Yekuana 35. Wayampi
29. Macuxi/Pemon 36. Palikur
Bolívia 30. Patamona 37. Tiriyo/Trio
31. Wapichana
1
* Povos situados em 3 fronteiras
**Tiriyo/Trio, 4 fronteiras: Br-Ve-Su-GF
Desmatamento
no Bioma
Amazônico
do Brasil
Amazônia: 34% da cobertura florestal original restante...
A cobertura florestal original hoje, em todo o planeta, é de apenas 22%. A Europa
Ocidental já perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%; África, 92%;
Oceania, 78%; América do Norte, 66%; e América do Sul, 54%. (Greenpeace)
A Amazônia representa hoje 34% da cobertura florestal original do mundo, sendo
que 18% (aprox.) da cobertura florestal da Amazônia já foi destruída. Em 1970 era
de apenas 1%. Equivale a 770 mil km2 ou três vezes a área do estado de São Paulo.

6%
34% 0,3%

Resta no mundo
22% das florestas 8% 22%
originárias. 34%
Destas 34% estão 44%
na Amazônia!
% Porcentagem de florestas originárias
Florestas originárias que restam em cada continente
Outras florestas
Desmatamento
e Desequilíbrio 1
Sócio - Ambiental
Fonte: Veja, Out/2005

2
3
Povos indígenas
“isolados”:
100 grupos no mundo (Survival)
80 na Pan-Amazônia.
70 na Amazônia Brasileira
(Funai e Cimi). Fonte: “Isolados”,
fronteira amazônica
Brasil-Peru
Onde estão os Índios Isolados na Amazônia?
Presença dos povos indígenas
isolados na América Latina
(2005)

Bacia
Amazônica

Amazônia

Índios Isolados
Capitais
“Povos
Indígenas
Livres”
na Amazônia
Brasileira.
Localização
e situação.
Dados comparados
entre Funai e CIMI:
Estado Funai Cimi
AM 29 21
AC 05 06
PA 08 13
MA 02 08 Fonte: Mapa FUNAI, Nov/2006

RO 10 14
MT 09 08
Porantim, Out/2008

Pontos : Tudo indica que os massacres indígenas na


AP 01 01
Amazônia acontecem até hoje. São muitas as informações e
GO 01 01 denúncias no MPF de massacres dos indígenas em situação
RR 01 01 de isolamento e risco com o avanço do agronegócio no norte
Total 66 73 do Mato Grosso, sul do Amazonas e Rondônia.
Índios isolados
na Amazônia
Peruana
Localização:
Fronteiras Peru-Brasil
e Peru-Equador
Povos indígenas isolados do
Peru, pressionados pelas
madeireiras, fogem da
Amazônia Peruana e entram
em território de indígenas
do Acre no Brasil

Entrevista ao Presidente do
Peru, Alan Garcia – Jornal “El
Comercio”, 28/Out/2007:

“... contra o petróleo criaram a


figura do nativo selvagem ‘não
conectado’, que quer dizer,
desconhecido, mas presumível,
pelos quais milhões de hectares
não devem ser explorados e o
petróleo peruano deve ficar
debaixo da terra enquanto se
paga no mundo US$ 90 dólares Fotos tiradas em 29 de abril e 2 de maio de 2008,
por cada barril”. no sobrevôo feito pela FUNAI. São divulgadas em
todas as mídias do Brasil, Peru e do mundo.
Militarização
da Amazônia
é a solução?
Militarização é a solução?
Bases Militares
(7 da USA)
Guerrilha
Paramilitares
Narcotraficantes

PERÚ BRASIL
Segurança de
Fronteiras?
A presença militar nas terras
indígenas passou a ser um
objetivo em si. Agora o
discurso é sobre a ampliação
dessa ocupação e não sobre a
segurança das fronteiras.

A atual estratégia de
controle e cerceamento
da ação política dos
povos indígenas e de
seus aliados, através de
decretos presidenciais
faz inveja aos mais
sagazes mentores da
ditadura militar.
A experiência
demonstrou Abuso de mulheres indígenas
que a
militarização
de terras
indígenas
traz como
conseqüência
o contínuo
abuso das
mulheres.
São muitos
os casos de
mulheres
indígenas
engravidadas
por militares.
II. JULGAR: “Não se pode servir ao
Deus da Vida e ao deus dinheiro” (Mt 6,24)
“Nas decisões sobre as riquezas
da biodiversidade e da natureza as
populações tradicionais têm sido
praticamente excluídas. A natureza
foi e continua sendo agredida. A terra foi
depredada. As águas estão sendo
tratadas como se fossem uma mercadoria
negociável pelas empresas, além de haver
sido transformadas em um bem disputado
pelas grandes potências.” (DA 84)
“A história se repete: As grandes empresas e alguns se
enriquecem… E nós cada vez mais pobres e doentes...”
(Líder Yagua, rio Oroza, Amazônia Peruana)
Impactos

Foto:
Mulher
Yagua, rio
Oroza,
Amazônia
Peruana.
f. lópez
Em seu discurso aos jovens, no
Estádio do Pacaembu, em São
Paulo, o Papa Bento XVI chamou a
atenção sobre a “devastação
ambiental da Amazônia e as
ameaças à dignidade humana de
seus povos” (DA 85)
“Será que Tupana (Deus em Tupi) se
equivocou ao criar nós, povos da Amazônia?”
Impactos

Foto:
Crianças
Makuxi,
Raposa Serra
do Sol, RR,
Brasil.
f. lópez
A crescente agressão ao meio-ambiente
pode servir de pretexto para propostas
de internacionalização da Amazônia, que
só servem aos interesses econômicos das
corporações internacionais. A sociedade pan-
amazônica é pluriétnica, pluricultural e plurireligiosa.
Nela, está-se intensificando, cada vez mais, a disputa
pela ocupação do território. As populações
tradicionais da região querem que seus
territórios sejam reconhecidos e
legalizados. (AP 86)
Crítica ao
ocidente
“Vocês dizem
que nós não
somos cristãos
nem
civilizados.
Porém, se isso
é ser cristão
e civilizado,
nós não
queremos ser” Foto: Mulher Yanomami. f.lopez
Nossa Palavra...

Amazônia,
“mudança climática”,
“aquecimento global”...
O que tem a ver?

? Maloca Suruaha,
Amazonia, AM, Brasil

A Amazônia é fundamental
para o equilíbrio do planeta.
Nós, povos indígenas, somos
quem melhor sabemos cuidar
desta floresta, para nós
mesmos, para a humanidade
e para todo o mundo.
Nossa Palavra...

Floresta
IA
e Cidade: AN
ST
R E
L O
F
-
Maloca Suruaha,
Amazônia, AM, Brasil

IA
AN Uma sem a
AD
D outra, tem
CI
solução?
Manaus, Amazonas, Brasil
Nossa Palavra... Sim à
O consumismo do “Austeridade Universalizavel”
modelo de
desenvolvimento
econômico ocidental
depreda a floresta
e nós, povos
amazônicos... A destruição da Amazônia
causa impactos e
desequilibra o planeta
colocando toda vida em
Não ao risco!

consumismo
Ninguém pode
privatizar nem mercantilizar
o Sol, a Terra, a Água, o Ar?
“As instituições financeiras e as empresas transnacionais se
fortalecem ao ponto de subordinar as economias locais que
aparecem cada vez mais impotentes. As indústrias
extrativistas internacionais e a agroindústria, muitas vezes,
não respeitam os direitos econômicos, sociais, culturais e
ambientais das populações locais e não assumem suas
responsabilidades. Com muita freqüência, se
subordina a preservação da natureza ao
desenvolvimento econômico, com danos á
biodiversidade, com o esgotamento das
reservas de água e de outros recursos
naturais, com a contaminação do ar e a
mudança climática. A América Latina possui os aqüíferos
mais abundantes do planeta, junto com grandes extensões de
território selvagem, que são pulmões da humanidade. Assim se
dão gratuitamente ao mundo serviços ambientais que não são
reconhecidos economicamente. A região se vê afetada pelo
aquecimento da terra e a mudança climática provocada
principalmente pelo estilo de vida não sustentável dos países
industrializados.” (DA 66)
Nossa Palavra...

“Pachamama”
Mãe Terra
A Terra é nossa Mãe que
nos cuida e à quem
devemos também cuidar...

“A Igreja valoriza
especialmente os
indígenas por seu
respeito à natureza e
pelo amor à mãe terra
como fonte de alimento,
casa comum e altar do
compartilhar humano.”
(DA 472)
Reciprocidade Sócio-Ambiental:

Dar algo de nós mesmos!


III. AGIR

Qual é a nossa
missão
profética
na Amazônia?
Como discípulos de Jesus,
sentimo-nos convidados a
dar graças pelo dom da
criação, reflexo da
sabedoria e da beleza do
Logos criador. (DA 470)

O discípulo missionário, a
quem Deus encarregou a
criação, deve contemplá-
la, cuidar dela e utilizá-
la, respeitando sempre a
ordem dada pelo Criador.
(DA 125, d)
Como profetas da
vida, queremos
insistir que, nas
intervenções sobre
os recursos
naturais, não
predominem os
interesses de
grupos econômicos
que arrasam
irracionalmente as
fontes de vida, em
prejuízo de nações
inteiras e da
própria
humanidade.
(DA 471)
“Criar nas Américas consciência sobre a importância
da Amazônia para toda a  humanidade. (DA 475, a)


Integração Colômbia
Venezuela Guiana
Suriname

Socio-Ambiental
Guiana Fra.

Equador

A Pan-Amazônia abre uma


nova discussão sobre a Brasil
integração regional de Peru

América Latina: Uma


Bolívia
integração baseada em novos
paradigmas, na biodiversidade
socio-ambiental e cultural, na Chile
Paraguai

justiça socio-ambiental e Argentina


sustentabilidade ambiental...
Superando assim as visões Uruguai

economicistas de integração,
centradas no mercado
capitalista neoliberal, que
explora e depreda tudo e a
todos.
“Devemos nos formar como discípulos
missionários sem fronteiras, dispostos a ir
á outra margem”. (DA 376)

“Jesus obrigou os discípulos


a entrar na barca e ir para
a outra margem do mar”
(Mt 14,22)
Pastoral de conjunto entre as igrejas da bacia
Amazônica, que privilegie os pobres e o bem comum
Venezuela
Guianas

Colômbia

Estabelecer entre as
Igrejas locais de diversos
Equador
países sul-americanos que
Brasil estão na bacia amazônica
uma pastoral de conjunto,
com prioridades
Peru
diferenciadas, para criar
um modelo de
desenvolvimento que
privilegie os pobres e
Bolívia
sirva ao bem comum.
(DA 475, b)
Apoiar a Igreja que vive na Amazônia, com os recursos
humanos e financeiros necessários para que siga
proclamando o evangelho da vida.” (DA 475, c)
Tríplice Fronteira
“Convidamos Peru-Brasil-Colômbia
os Episcopados
de países
envolvidos nos
diferentes
sistemas de
COLÔMBIA
integração Leticia
sub-regionais,
PERU
incluídos os da Ilha de Sta. Rosa
bacia
Amazônica, a BRASIL
Tabatinga
estreitar
vínculos de
reflexão e de
cooperação.”
(DA 544)
n i a:
a zô s
m
A n do a
e c e a s ”
T nt e ir
“f ro
As fronteiras, na Por quê nas fronteras
Amazônia, são regiões da Amazônia?
estratégicas que conectam
9 países LA (+ Guiana F.). As “fronteiras” como lugar
privilegiado da revelação de Deus e
Nas fronteiras se
de construção de novos paradigmas
manifestam com maior
clareza as “feridas”, os
limites e contradições do
sistema. Também nelas
abrem-se novas e criativas
possibilidades.
As “fronteiras”, simbólicas
ou geográficas, são lugares
privilegiados da revelação
de Tupana, encarnado,
diverso e plural, nas
“fronteiras da realidade”.
Uma malhadeira pega peixes
quando estão bem tecidos
os FIOS e os NÓS...

FIOS e NÓS soltos


não apanham peixe…
Equipes Inter-Institucionais
As instituições situadas
nas fronteiras podem tecer Inter-Fronteiriças
redes constituindo Equipes
Inter-Interistitucionais e ¡Tecendo
Trans-Fronteiriços. redes a
Equipes que ajudem a partir das
compreender melhor as lógicas
que regem as fronteiras e
fronteiras!
descobrir suas profundas Venezuela
Guyana
feridas, para ajudar a curá-las Surinam
e “cosê-las”. Fortalecendo o Colombia Guyana Fra.

tecido social-ambiental, Ecuador


criando redes de solidariedade
entre as igrejas, comunidades,
organizações, instituições, Perú

grupos e pessoas presentes em Brasil


ambos lados das fronteiras. Bolívia
Triplices fronteiras
Venezuela Amazônicas, uma
Guyana oportunidade
Surinam para melhor
Guyana nos articular!
Colombia F.

Ecuador

Brasil

Perú

Bolivia
Juntos tecendo um mundo para todos e para
amanha! Não só para uns quantos e para hoje!
Para o povo guaraní,
“ñande rekoha” significa:
espaço vital onde se
realiza nossos projetos
políticos de vida, nosso
modo de ser, nossa “Yvy
Marane´y”

Tecer a amazônia
DESDE dentro
e COM os povos
da Amazônia!
CIMI
“Para que noss@s filh@s e @s filh@s de noss@s filh@s
continuem a dança da vida com a Mãe Terra”
Nossa Palavra...
Juntos podemos!

También podría gustarte