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Esse bem pertence a cada um ¢, 20 mesmo tempo,a todos. Nao hi como titular 0 seu objeto ¢ insuscetivel de divisio. Cite-se, por exemplo, 6, METODOLOGIA DO DIREITO AMBIENTAL ‘A metodologia do dircito ambiental é a mesma adotada pelos demas ramos do direito. No entanto, o operador do direito depende muito de informagées extrema- rmente técnicas de outras ciéncias.Tanto é verdad que sempre que ocorrer degrada- io ambiental sera necessira a realizago de pericia para apurar 0 dano,a causa ¢ sua cextensio, Essa pericia 6 realizada por profisionais especalizados para cada tipo de ano causado 20 meio ambiente. ambiental caracterizase pela sua (os € conhecimentos de outras ciéncias, como ecologia, botinica, 4quimica, engenharia florestal etc. S6 pelasinformagdes técnicas fornecidas por esas cigncias € que se poderia proteger em juizo o meio ambiente. erdisciplinaridade, ou sea, de- 7. AUTONOMIA DO DIREITO AMBIENTAL mnomia do direito ambiental caracteriza-se pelo fato de possuir seu pré- _juidico, objetivos, prinipios, sistema nacional do meio ambiente ctc cle nfo & auténomo em relacio aos demais ramos do diveito, mesmo por- muitos conceitos sio extraidos dos diversos ramos do direito, adaptando-se 20 diteito ambiental, por fim, que todos cles possuem, 20 menos, uma relagZo ispensivel entre si, como, por exemplo, a definigao de poder de policia etc, 8. PRINC{PIOS DO DIREITO AMBIENTAL: CONCEITO E FUNGOES (Os prinefpios servem para ficlitar 0 estudo e aandlise de cert ‘estanques do dircito. Prestam-se para balizar o procedimento do le gistrado e do operador do direto. O principio pode ser utilizado em vir fandamentos de alguma coi 60 valor fandamental de wma questio juridica.E am ponto indiscutivel e aceito pela sociedad. Teata-se de wma veréade incontestivel para 6 momento histérico. O principio, além dis, Ela deve ser analisada do ponto de vista de cada momento histérico, s principios sfo extrafdos do ordenamento juridico. A doutrina, contudo, Pode-se, assim, concetuae principio como “una repra geral ¢abstata que se obtém indutivamente,extiindo o essencial de norms partculares, eu como uma regragerl peexistente” Em outtaspalavras,prncipios “So normas que exigem a realiagio de algo, da melhor forma posive, de acordo com as posibilidades fcticas ¢ judas. Os princip i Principio 6 a base, 0 alicerce,o inicio de alguma coisa regra fundamental de wma ciéncia. Hi quem entenda que o principio é fonte normativa™, Hi muitos ios no ordenamento juridico, mas nem todos tém orga: normativa. Esta é extraida dos principios oriundos da Constituigio ou de leis infiaconstitucionais. No entanto, nio é ficil identifica, entre os insimeros principios, aquele que tem forga ‘A forca normativa dos prinefpios tem por findamento o art, 4® da LICC?. Asim, na 0 {iz decide’ com base nos prineipios gers do dieito. 135. Ricardo Lals Lorenzi Fandamenos de des prs, Sto Plo, Revsa dos Ti p32 1988, Ae jucidicioal reso — Visi ee, Sto rez de Olivet, 2000, p. 7) 35] J. Gomes Canotiho, Dit cit 1215. 36, Ricsdo Li Lorenses, Faas 237, Nerberto Bobbio, ado por Ray Samu meu vr normas findaments ov gener indore engano, tanto que € velhs ques sim nfo I dvi: o principe geri sfo nocmas como todis a deri Es & atv srtentade também pelo estatisa que mais amplanene se acupou da problemi, ov vs, Crs, Px 316, 101 i idex 6A dite sio ext can peo aus tA pric Co gue ext for pol fora esfera de ponderagio com outros pri estabelecer 0 peso de cada um e aplicar #0 complementados pelasregras juridicas. Além diso, eles sto norma fundamentais®, pis ¢ aicergam nas normas geris do dirito. Exercem as intsgadore — porque preenchem lacunas do dieito;b) interpreta. tam o intérpretenaaplicario da norm;c)deliiladon.— porque Uimitam a atuacio legiltiva, judicial e negocialsed) dante — porque fonda © ordenamento jutidico®, us ey are 8.1, Principios gerais do direito ambiental ibientais arrolados pelos douteinador todos os Estados de proteger o ambient; prin ambos vidos ates de ude, io extados através de um procedmento de gene. normas tb es ea tmait” (Conc de principio svtudonis Sto Paulo, Revista dor Thibumas, 199, 57), 38. Ricardo Luis Lonenzeti, Fudomenty, ie, p.317, ‘alin Pass de Fis Cosi Fl aed ds oat nk ‘to, Revita des Tribunais, 2000, p. 42-3, cas ee 102 '-_ qualidade da vida humana; 3) conservar a vitalidade e a diversidade do planeta’T anciads em: 1) respeitar a ule dos sere vivos © euidar dels; 2) melhorar a 4) minimitar 0 exgotamento de recursos nio renoviveis;5) permanecer nos 6a capacdade de suporce do planeta Terr 6) modiicat reito humnano fundamental principio da supremacia do interese pb ppestoais; 7) permitir que as comunidades cuidem de sea io da fungi so- imento sustentivel; pio da ubiquidade; principio do a propriedade; peincipio da cooperagio entre os povost; poluidor-pagador®, Vé-se, pois, que os principios do dircito ambiental t8m por escopo proteger toda espécie de vida no planeta, propiciando uma qualidade de vida satisfat6ria 20 ser humano das presentes e futuras perages. Os principios podem ser expressos ou decorrentes do ordenamento ju Paci o nosso campo de estudo analsaremos os seguintes 8.2. Principios especificos do direito ambiental intes principios por consides Arrolamos ntivel;c) princi democritico ou da participagio; d) principio da prevencio (precaugio ou cautel); 48. Luls Roberto Gomes, nc conituiomis de prieio Palo, evi ds Tboni, 16170-188, outer 199. 4s Mit, Dito do one t, .95-108 4. Maclo Abelha Rodhgus, hui de cin one pute ge, Slo Pal Max Limo- ai 20001 103 do limits; g) principio do poluidor-pagador; Joambiental, 8.2.1. Principio do direito hurmano Este principio decorre do primeiro pri das sobre Meio Ambiente e Desenvolviment da Conferéncia das NagGes Uni- sprovado em Congresso realizado no Rio de Jancito em 1992, Reza tal principio:“Os sexes humanas estio no centro das preocupacdes relacionadas com 0 desenvolvimento sustentivel.'ém direito a uma ‘vida saudivel e produtiva em harmonia com o meio ambiente Hi fore critica dese principio, pois 0 aceso a0 meio ambiente ecologicamen- te equilibrado deve ser preservado para todes as formas de vida e nfo s6 a humana. Cuida-se de uma visio biocéntrica ¢ nfo somente antropocéntrica, como jf vimos no capitulo anterior. Fundamento legal: arts. 5°, 68 ¢ 225 da CF ¢ 2° da Lei n. 6.938/81 8.2.2 Principio do desenvolvimento sustentével © cexmo desenvolvimento sastentdvelsurgiu no final da década de 1970 ¢ tomou Relatrio de Brundtland — documento da ONU — em meados de 1980. cad, mais precisamente em 1988, com o titulo de Noss fe ‘ro comum, pela Comissio Munalal sobre Meio Ambiente, presdida por Gro Harlem Brundtland. A expressio foi definitivamente consagrada na ECO-92 ¢ transformada ‘em principio. Tal principio procura concliar a protegio do meio ambiente com 0 desenvolvimento socioeconémico para a melhoria da qualidade de vida do homem Ea utilzagio acional dos zecusos naturis no renoviveis.Também conhecide como meio ambiente ecologicamente equilibrido ou ecodesenvolvimento. Deseavoh no dizer de James Lovelock, “é um slvo mavel. Representa 0 esfozgo constante em equilibrate integra os tés pilares do best-sta social, pros- peridade econémica e protecio em beneficio das geragSes ama efutras™. Leonar~ dlo Boff questiona a denominagio “desenvolvimento sustentivel”-Desersolvimento provém da dtea da economia dominant sustetabilidade provém da bologia. Sio expresses contraditéras e inconcilaves. Hi pensadores que preferem a expressio mento sustenti io tex por meio do Produto Interno Bruto (PLB), r22%o pela qual se procurou criar outro indice que pudesse melhor analisar 0 crescimento de um pais sobre todos os aspectos. E,apés muitos estudes, foi criado pela ONU o indice de Desenvolvimen- 46. vigor itp 7, 47-Andet Bignio, Expr ee, So Palo Feb 2009, 41-42. 104 10 ((DH), que, apesar de ainda nao ser perfeito, fica mais préximo da rea- leve estar fondamentado em trés pilares: a) longevidade da vida com satide; b) acesso a educagio e nivel de escolaridade; c) renda minima e vida digna, Este indice também nio & perfeito, pos coloca o pais numa situagko diversa da rea- lidade, Ble nfo leva em consideragio as peculiaridades de cada regiio.A ONU, por utilizar pesquisas de opinido e outros dacs relevantes co/preservagao ambiental cexth superada. Precisa-se, sogundo estes criticos, conciar sustentabilidade com tee nnologia, em bent ce. Toda decisio (eja ela politica, econdmica ‘ou social) deverd ter um vigs ambiental. Assim, no devemos buscar mais a concilia~ {fo ora compatilizagio do desenvolvimento econémico com protegdo ambiental ‘A questo ambiental deve ser parte integrante da decisio econdmica, por exemplo. ‘Algns doutrinadores denominam principio da ubiquidade, ou sj, o viés ambiental deve estar presente em todas as decisbes huumanas impactantes. Fondamento legal: arts 170,VI, ¢ 225 da CE 8.2.3. Principio democratico ou da participagao {pio democtitico assegura 20 cidadio a possibilidade de participar Es io poderi dar-se em trés esferas 0 (art. 58, XXXIV, a, da CE) e do estudo prévio de V, da CF). Na ers process o cidalio poders ia CF), da ago popular (art. 5%, LXXII, ', LXX, da CF), do mandado de administrativa (art.37,§ 4%, 103 da CF). 1999, 25-8, sando fardimentar ZB. Paulo de Besa Annes, Dts ambiental 3c, Rio de Jaci, Lamen Ju ‘Ls Mendon Alves lea o dito informagio a principe 5 i Delrgio dos Dito do Homem edo Cidedo da Fang, data de 1789, todo 0 agente pio plana nic isonet So ase 50, Vletambé de Paulo Affonso Leme Machado, Dini nim Jo Malhcinos Ba, 2006, 105 8.24. Principio da prevencao (precausao ou cautela) Hii doutrinadores que preferem 2 denominagi como expressOes sinénimas, do, entendemos que a prevengio € género das espécies precangio ou cautels, ou seja, é o agie antecipads- Peeven¢io, como se pode notar, tem o significado de antecipar a0 fato. J& fica a atinade ou cuidado que se deve ter para evitar danos a0 meio am~ de prevengio é mais amplo do que precaugio ou ch precaucio deve ser capacidades. Quando houver ameara de da cficazes e economicament Referido principio enconta-e ainda expresso na ein. 11.105/2005,que tata 6a ei de biosseguranca, cujo ar. 1° diz:"Esta Lei estabelece normas de seguranga € eis para prevenir a degradagéo ambi co transporeeya transferénci a comercializagio, 0 co ‘organismos geneticamente mos lo 20 avango, erage no meio ambiente ¢ 0 descarte jcados — OGM e seus derivados, tendo como jotecnologia, _preaugzo pata a proto do mneio ambi pio ds precausio,no dizer de Ana livia Boros Psi, "foi consagrado seeded lnsemcnstondlenad nesses Ardea gd eee peliies ‘6c um instrumento de regulagio internacional da inovagao tecpoligica eda anteépica de uma maneira geral omparagio 20 progreso da botenologn ed derands 53 Por exemple Paulo Affrso Leme Machado, Etude dedi ambi Sto Paul, Maliios a, 1994, p35, 54. Vide excelente artigo que eget patissments © assanto sabre Pinipos de provera & 8.25. Principio do equilib (© principio do equilibria “é o principio pelo qual devem ser pesadas tod as JmplicagBes de uma incervenco no meio ambiente, buscando-se adotar a solugio que melhor concilie ur resultado globalmente p Hi a necessidade de analiar todas a consequéncizs possives e previsiveis da {ntervengo no meio ambiente, resaltando os beneficios que essa medida pode trazer de Gti ao ser humano sem sobrecarregar sobremaneira o meio ambiente. Em outras palavras, devem ser sopesadas todas as implicagSes do projeto a ser implantado na Tocalidade, tais como: aspectos ambientais, aspectos econémicos, aspectos socias etc [Nenhum aspecto pode sobrepor-se a outro, ou seja,0 conjunto dessa anslise deve ser favorivel 20 meio ambiente — pender do lado ambiental 8.2.6. Principio do limite © principio pelo qual a Administracio tem o dever de fxar parimettos pata as cmises de partcul, de rudos de presena corps etanhos no meio ambiente, levando em conta a proteeio da vida e do préprio meio ambi ‘A Constituigio Federal outorgou a0 Poder Pablico competéncia para estabelecer snormas administrativasa fim de fisar padres de qualidade ambiental (do a, das Sguas, dos ruidos etc.) Tais limites, geralmente, seguem padres inteenaciomais estabelecidos, tc. Sio padres ambiente internacio humana ¢ a0 meio ambiente. O aqueci fixagio de padroes cada vez mais rigidos na consequéncias nefastas 20 meio ambiente. 8.2.7. Principio do, Poor pagador “Tendo como fandamento diz referido principio: “Os Est responsabilidad ¢ indenizagao das Estados devem ainda cooperar de forma expedita ¢ determinada para o desenvolvi- mento de normas de direito internacional ambiental relatvas & responsabilidade © 4 adversos de danos ambientaiscatsados, em Sreas fora de sua idades dentro de sua jurisdigio ou sob seu controle”. sinda, no décimo sexto principio:“Tendo em visa que o poluidor deve, em principio, arcar com 0 custo decorrente da poluiglo, 2s autoridades nacionais devem procurar ‘56. Pauly de Besa Antunes, Dito ambos cic, p30. 57.A logiiidade da gover Vira Ana FlviaBeros Pla promover a internacionalizaglo dos custos ambientais € 0 uso de insteumentes eco- Sanicos, levando na devida conta o interesse piblico, sem distorcer 0 comércio e os Vé-se, pois, que © poluidor devers arcar com o prejuize caustdo to meio am- Diente da forma mais ampla possivel. Impera, em nosso sistema, a responsibilidade “objetiva, ou sea, basta a comprovacio do dano ao meio ambieate,a autoria e 0 nexo ‘causal, incependentemente da existéncia da culpa, Fundamento legal: ats, 225, § 34,da CF e 14, § 18, da Lei n, 6.938/81. 8.2.8, Principio da responsabilidad socioambiental (© principio da responsabilidade socioambiental tem sido adotado por 5 de ensino ¢ atividades governamentais igbes financeiras sio de financiamento de projetos que deverd respeitar o princi- idade socioambiental consubst acendimento de crité- de regras denominado ipios do Equador” foi baseado em critérios estabelecidos pela Intemational pulagdes afetadas pela construgo da obra, prot proibigio de financiamento quando envolver de projetos acima de US$ 50 sm 97% do total. Haverd trés critérios de lasificasio do ou seja, A (alto risco), B (risco médio) e C:(baixo risco). Para os projetos classificados como A e B, os bancos elaborario um relatério am- udangas no projeto para reduzit os rscos & comunidade em que serdo implantados. Os bancos passrio a exercer um papel importante nos fi- nanciamentes de projetos clasificados como Ae B, pa tiva na elaboragio dos projet de maneica ef como verdadeiros coantores ¢ com vistas no soci ‘9, FONTES DO DIREITO AMBIENTAL Como qualquer outro ramo do direito,as fontes podesn ser material ou formal, Fontes materiais sio aquelas provenientes de manifestagio popular (individual ou '58.Baneos ado prinipios de responsbildade soil For Eonémlo, jn. 2008,» C14 108 : i nacional oni ee vada Conse ede eis iaconstitac oe asin on 85 norma els aansetiv de jorisprad2acia ete 40. RELACAO DO DIREITO AMBIENTAL COM OUTROS RAMOS DO DIREITO ocessual (caida dos 10 pro 6 sp6e sobre normas de protegio sae) direito tribat ‘em Areas de preservaglo permanente smatizar a adogio de regs internacionas uniformes por meio de convengdes, actos ou tratados). 41, DOUTRINA dircito co ‘Virgilio Veiga Rios e Carlos Teodoro Hugucney Irigaray, O rape ded eb Sio Ps, Peiropoliy 205% Sio Paulo, Saraiva, ‘bien ste ‘a Pacheco Fiotillo, Curso de direito anbiental bras oot ‘ows esd dit abit —Nes ‘ re Ramos ion Pri pps cc bc Olive 2000; Guilherme Js Pui de Fg, Ct de rus pad, de Jno, Cet iiherme José Purvin de Figueiredo (Org), Direito ambiental em ae io ae SCORS 204 1 ee Apidae ne dst mene —A dna Se ee ld pope, Rio dente, ADCOAS, 2004 Hela Bar io wlan, Campinas Millenium, Rises ae iron, bdcio Lite Sampaio, Chirk Wold e Afnio Nari, abt Ne no emai nae Bel Haron pat da Cont, Rey, 2003; J.J. Gomes Canotilho, Diteito constit Cpe hleedina, 2000; José Renato Nalin, za ambiental, Campi Tlsn eS, fg bin: do imi pri aoe aot Ro de one, Reno, 202; jngen Habermas, Dic 109

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