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INSTALACOES ELETRICAS INDUSTRIAIS 72 EDICAO Joio MAMEDE FILHO Engenheiro eletricista Diretor de Planejamento e Engenharia da Companhia Energética do Gear (1988-1990) Ex-Diretor de Operaciio da Companhia Energética do Ceard — Coelee (1991-1994) Ex-Diretor de Planejamentoe Engenharia da Companhia Energética do Ceara (1995-1998) Ex-Presidente da Comité Coordenador de Operagies do Norte-Nordeste — CCON Ex-Presidente da Nordeste Energia S.A. — Nergisa (1999-2000) sAtual Presidente da CP: — Consultoria e Projetos Elétricas Professor de Hletrotécnica Industrial da Universidade de Fortaleza — Unifor (desde 1979) LTC EDITORA cari g FATOR DE POTENCIA 4.1 INTRODUGAO Determinados equipamentos, tais como motores elétricos, fornos a arco, transformadores et, necessitam para a sua operagio de uma certa quantidade de energia reutiva que pode ser suprida por diversas fontes ligadas ao sistema elétrico funcionando individual ou simultaneamente. Estas fontes + geradores: * motores sincronos; + capacitores, Pode-se considerar que, a rigor, as proprias linhas de transmissto e de distribuigao de energia elétrica so fontes de energia reativa devido a sua reatancia. Fsta energia reativa comprcende duas diferentes parcelas, ou seja: + energia reativa indutiva; + energia reativa capacitive, E facil conch ir que, para evitar o transporte de energia reativa de terminais distantes da c consumidora, faz-se necessério instalar nas proximidades destes terminais as referidas Fontes energia reativa, Desta forma, reduzem-se as perdas na transmissdo-referente a esse bloco dee gia, resultando um melhor rendimento do sistema elétrico A energia reativa indutiva é consumida por aparelhos normalmente dotados de bobinas, como motores de indugdo, reatores, transformadores etc., ou que operam com formagdo de elétrica, como os foros aarco. Este tipo de carga apresenta fator de poténcia dito reativa indutiv J4.a energia reativa capacitiva pode ser gerada por motores sincronos superexcitados (compens dores sincronos) ou por eapacitores, Neste caso, estas cargas apresentam [ator de poténeia reativo capacitivo. Os aparethos utilizados em uma instalagao industrial, por exemplo, sao ern sua maioria co midores parciais de energia reativa indutiva ¢ que nao produzem nenhum trabalho ttil. A ener reativa indutiva apenas ¢ responsivel pela formagdo do campo magnético dos teferidos aparel E normalmente suprida por fonte geradora localizada distante da planta industrial, acarret perdas Joule clevadas no sistema de transmissao e de distribuig Dessa forma, como jd se mencionou, melhor seria que no proprio prédio industrial fosse it ada a fonte geradora desta energia, aliviando ox sistemas de transmissao e de distribuigao poderiam, desta maneira, transportar mais energia que efetivamente resultasse em trabalho, no ¢ aenergia ativa, Esta fonte pode ser obtida através da operagdo de um motor sincrono superexci ou mais economicamente, através da instalagao de capacitares de poténcia 4.2_FATOR DE POTENCIA 4.2.1 Conceitos Basicos Matematicamente, fator de poténcia pode ser definide camo 2 relagdo entre © compo ativo da poténcia e o valor total desta mesma poténcia, ou seja: FATOR DE POTENCIA v7 4.1) — futor de poténeia da carg: P., — componente da poténcia ativa, em kW ou seus miltiplos e submiltiplos; P.,. ~ poténcia aparente ou poténcia total da carga, em KVA, ou seus miltiplos ¢ submdilti- plos. O fator de poténcia, sendo a relagiio entre as duas quantidades representadas pela mesma uni- dade de poiéneia, éum nimeroadimensional. © fator de poténeia pode ser também definide como ocossena do angulo formado entre o componente da poténcia ativa ¢ 6 seu componente total quando a poténeia que foi no sistema é resultante de cargas lineares, ou sej F, = cos 42) A Figura4.1 permite reconhe: conceito. ro dngulo do fator de poténciae as poténcias envolvidas no seu Se ao sistema esto conectadas cargas ndo-lineares, tais como retificadores, inversores etc., 0 valor que representa o fator de poténcia diverge do valor obtido através do cos you seja : Py (ha) COS so (4.3) OP (hin) P,, (hn) ~ poténcia ativa para cargas de comtetido harménico de ordem P., (Am) — poténcia aparente para cargas de contetido harmédnico de ordem “n". ‘Através de simples aniilise pode- elétrica, isto &: dentificar se ha presenca de harmdnicas numa instalagéio + seo futor de poténcia calculado pela Equagio (4.1) diferir do cos @ medido; + sea corrente medida no circuilo com um amperimetro convencional diferir de valor da cor- rente medida com um amperimetro verdadeiro (frue), ambos instalados no mesmo condutor eas medidas realizadas no mesmo instante. Nessas circunstancias pode-se apenas afirmar se ha ou nao contetido harmOnico presente no circuito. Para definir qual a ordem da harmonica, € necessdrio utilizar um analisador de rede como, por exempla, o ETSOS0 de fabricagiio Minipa. Para ondas perfeitamente senoidais, o fator de poténcia representa 0 cosseno do fingulo de de- fasagem entre a onda senaidal da tensio ¢ a-onda senoidal da corrente, Quando a onda de cor- rente esté atrasada em relagéio & onda de tensii, o faior de poténcia ¢ dito indutivo. Caso contra rio, 0 fator de poténciaé dito capacitivo. Quando as ondas da tensao e corrente passam pelo mes- ‘mo ponto (i = 0) o fator de poténcia € unitério. Quando a carga € constituida somente de pot@ncia ativa (aquecedores eléiricos, lampadas in- candescentes etc.), toda a potencia gerada € transportaca pelos sistemas de transmissao ede distri- buigdo da concessioniria de energia elétrica e absorvida pela carga mencionada, exceto as perdas de transporte, conforme se mostra na Figura 4.2. Neste caso, toda a energia consumida &, € regis- trada no medidor M e faturada pela concessionéria. No entanto, quando a carga é constituida de aparelhos (motores) que absorvem uma deter nada quantidade de energia ativa £, para produzie trabalho e necesita também de energia reativa de magnetizagao &, para ativar o seu campo indutor, o sistema de suprimento passa a transportar 178 FIGURA 4.2 ‘Carga cansuminda poténeia ativa FIGURA 4.3 Carga consumindo poténcia ativa e reativa indutiva FIGURA 4.4 Carga consumtindo poténcia ativa € reativa indutiva com capacitor conectado FIGURA 4.5 Carga operando a vazio com 4.2.2 Causas do Baixo Fator de Poténcia CAPITULO QUATRO @—} 3 ee Geragdo —Transmissaio Bistibuigao: Carga Ativa um bloco de energia reativa indutiva &, que ndo produz trabalho, além de sobrecarregé-lo. Se do a legislagao, esta carga deve ser cobrada a partir de um determinado valor, que é dado limite do fator de poténeia de 0,92 indutivo ou capacitivo, A Figura 4.3 ilustra esta situagio, Para que essa energia reativa indutiva excedente nao ocupe espaco nos condutores, trans madores etc. do sistema de suprimento, basta que num ponta préximo ao da carga C se oi um banco de capacitor que passard a fornecer & carga a energia capacitiva complementar C, fando o sistema de suprimento para transportar mais energiaativa £,. que produz trabalho eri za, conforme se mostra na Figura 4.4. Quando a carga € nao ¢ solicitada a realizar nenhum trabalho, deixa de consumir energial E,. Se, 0 entanto, 0 banco de capacitores CAP ndo for desligada, este passaré a fomecere reativa capacitiva ao sistema de suprimento, conforme demonstrado na Figura 4.5. Ey EE Ea — Geragao ‘Transmissao- | sais Carga (6) | = my Mecanice ‘Geragao Transmissia Distribuigao eal Carga Reatva = Indutiva cap Er SE Ee, Ee, — Nao Hit @) | i Mj —|€=9 |—=Trabaiho Goragéo Transmissao Disiribuigao Fr t CAP Para uma instalagio industrial podem ser spresentadas as seguintes causas que resultamt baixo fator de poténcia: + motores de indugao trabalhando a vazio durante um longo periodo de operagios + motores superdimensionados para as méquinas a eles acoplados; + transformadores em operagao a vazio on em carga leve; + grande niimero de reatores de baixo fator de poténcia suprindo Kimpadas de descarga padas fluorescentes, vapor de merctirio, vapor de sédio ete, + foros a arco; FATOR De PoTENcIA 179 + foros de indugio eletromagnética; + maquinas de solda a transformador; + equipamentos eletronicos; + grande mimero de motores de pequena poténcia em operagio durante um longo periodo, Consideragdes Basicas sobre a Legislagao do Fator de Poténcia ‘A legislagao atual estabelece as condigdes para medigao e faturamento de energia reativa exce- dente. Esses principios so fundamentais nos seguintes pontos: + necessidade de liberagtio da eapacidade do sistema elétrico nacional; + promogio do uso racional de energia; + redugio da consumo de energia reativa indutiva que provoca sobrecarga no sistema das ‘empresas fomecedoras ¢ concessiondrias de energia elétrica, principalmente nos periodes ‘em que ele é mais solicitado: + redugdo do consumo de energia reativa capacitiva nos perfodos de carga leve que provoca clevaedo de tensiio no sistema de suprimento, havendo necessicade de investimento na apli- cago de equipamentos corretivos ¢ realizago de procedimentos operacionais nem sempre de facil execugak + criagiio de condigées para que 0s custos de expansio do sistema elétrico nacional sejam distribuidos para.a sociedade de forma mais justa. De acordo com a nova legislagio, tanto a energia reativa indutiva excedente como a energia reativa capacitiva excedente serdo medidas e faturadas. O ajuste por baixo fator de poténcia, de acordo com os limites da legislagdo, seri realizado através de faturamento do exeedente de ener- gia reativa indutiva consumida pela instalagao ¢ do excedente de energia reativa capacitiva forne- cida & rede da concessionéria pela unidade consumidora. O fator de poténcia deve ser controlado de forma que permanega dentra do limite de 0,92 indutive €0,92 capacitivo; sua avaliagio é horaria durante as 24 hotas ¢ pode ser entendida pela andilise da Figura 4.6: + a energia reativa indutiva seré medica no periodo das 6 as 24 horas a intervals de 1 hora; + aenergia reativa capacitiva sera medida no perfodo da 0 hora a8 6 horas, também em inter- valas de | hora; + period da 0’s-4 horas; excedente de energia reativa capacitiva: valores pagos para F,, < 0,92 capacitiv + perfodo dis 4 ts 6 horas: excedente de energia reativa indutiva: valores no pagos: + perfodo das 6 tis 1 horas: excedente de energia reativa indutiva: walores pagos para F, indutivo; + periodo das 11 as 13 horas: excedente de energia reativa capacitiva; valores niio pagos, in- dependentemente do valor F, capacitive: + periodo das 13 As 20 horas: excedente de energia reativa indutiva: indutivo, + periodo das 20 as 24 horas: excedente de energia reativa capacitiv: dependentemente do valor F, capacitivo. 0,92 lores pagos para F, < 0.92 : valores milo pagos, in- Observa-se na Figura 4.6 que no intervalo das 4 as 6 horas sera contabilizado o excedente de energia reativa indutiva; jd nos intervalos das 11 as 13 horas e das 20 as 24 horas, ha excedente de energia reativa capacitiva e para qualquer valor do fator de poténcia capacitive nao seri cobrado nenhum valor adivional na fatura de energia elétrica, considerando os intervalos de avaliag De acordo com a legistacdo, para cada kWh de energia ativa consumida a concessiondria per- inite a utilizagio de 0,425 kVArh de energia reativa indutiva ou capacitiva, sem acréscimo no faturamemto, Na aval das, se feria- ‘io do fator de poténcia niio so considerados os dias de sébado, domings 180 CapiTuLo Quarra FIGURA 4.6 var Avaliagio da curva de carga reativas Incutivo 2h Yj Horas K\ Capacitive A avaliagao do fator de poténcia poderd ser feita através de duas formas distintas: a) Avaliagio horéria, O fator de poténcia serd calcutado através dos valores de energi: intervalo de | hora, durante o ciclo de faturamento, ‘ae reativa medidos ac b) Avatiage mensal O fator de poténeia sera calculado através de walores de energia ativa e reativa medidos dun te 0 ciclo de faturamento, Neste caso, sera medida apenas a energia reativa indutiva, durante¢ periodo de 30 dias, Para os consumidores pertencentes ao sistema tariffrio convencional, a avaliaga0o do fator poténcia, em geral, é feita pelo sistema de avaliagao mensal. 4.2.4 Faturamento da Energia Reativa Excedente Em conformidade com o que se explanow anteriormente, o faturamento da unidade cons dora deve ser feito de acordo com os procedimentos a seguir. 4.2.4.1 Avaliagdo horaria do fator de poténcia O faturamento da demanda ¢ do consumo de energia reativa excedente sera determinade, pectivamente, pelas Equagdes. (4.4) e (4.5) t-| tm -$ [eu (922-1) pete m PP 0,92 4( Px x }- Pw f Tan « pp F,,, ~ faturamento da demanda de poténcia reativa excedente por posto tarifirio, em RS SS; Fy ~ faturamento de consumo de energia reativa excedente por posto tarifirio, em RS USS; demanda de poiéncia ativa medida em cada interyalo de | hora,em kW; demanda de poténcia ativa faturada em cada posto horsrio, em kW; tarifa de demanda de poténcia ativa, por posto tarifario em RS/kW ou USS/KW; consumo de energia ativa medido em cada intervalo de 1 hora, em kWh; tarifa de energia ativa, por posto tarifirio em RS/kWh ou USS/kWh; Favor DE POTENCIA 181 max — fungio que indica o maior valor da expressio entre parénteses, calculada a cada inter- valo de 1 hora; 1 — cada intervalo de | hora; n — niimero de intervalos de 1 hora por posto horirio no periodo de faturamento; ‘P ~ posto tarifirio, isto é, ponta e fora de ponta para as tarifas horo-sazonais, ¢ tinico para a tarifa convencional, fator de poténcia hordrio seri calculado com base na Equagaio (4.6), En : Foy = 608 arctg| 6) Ean ,, — energia reativa indutiva ou capacitiva medida a cada intervalo de uma hora; E,, ~ cnergia ativa medida a cada interyalo de uma hora, Os valores negatives do faturamento de energia reativa excedente, Fy, € de demanda de po- téncia reativa excedente, F'y,, nao devem ser considerados, Neste livro sera considerado periodor de ponta 0 horario compreendido entre 17 20 horas. A legislago permite que a concessiondtia estabelega num intervalo de cinco horas o sew horirio do periodo de ponta que deve ver de trés horas, DE APLICACAO (4. 1) Considerar uma inddstrin metalirgica com poténeia de transformagio instalada de 3.500 kVA em 13,80 KV e cuja avaliagao de sua carga num periodo de 24 horas estd expressa na Tabela 4,1. Da'Tabela 1,9 extra~ em-se os valores do segmento tarifirie azul, no periodo seco. + tarifa de consumo fora de ponta: USS 0,031 73/«Wh; + tarifa de demanda fora de ponta: USS 3,23/kW; + tarifa de consumo na ponta: USS 00653 1/k\V Ky + turifa de demanda na ponta: US$ 9,8 1/4! + demanda contratada fora da ponta: 2,300 kW; + demanda contratada na ponta: 210 kW: + demanda registraca fora de ponta: 2.260 kW (intervalo de integragio de 15 min); + demanda registrada ma ponta; 205 kW (intervalo de integragao de 15 min). Considerar que as leituras verificadas na Tabela 4.1 sejam constantes para os 22 dias do més durante os ‘quais essa industria trabalha, O perfodo de ponta de carga é de 17 as 20 horas. Observar que houve erro no controle da manutengio operacional da inddstria na conexio € desconextio, dobanco de capacitores, 0 que permitiu ter excesso de energia seativa indutiva no periodlo de ponta © fora de ponta por alguinas horas, bem como ter excesso de energia reativa capacitiva em periodes da 0 as 6 horas. Determinar o faturamento de energia reativa excedente menyal da referida indistria, ‘A soma dos valores de consumo fora de ponta ¢ de US$ 66,56, J4 a soma dos valores de consumo na ponta vale US$ 1,21, totalizanda US$ 67.77 ao dia. Seriio demonstrados os edlculos de faturamento hordtio apenas em alguns pontos do ciclo de carga, ou seja a) Perfodo: 0 1 hora Dia {150 ee 418 kW 1s0>( 033 } %*0,03173 = USS 8,50. b) Periodo: 3 as 4 horas 9: Dani -[190 O02 = 134 aw 0,96 Fags [ise ( 2 ie 0,03173 = — USS0,18 + Fu = US$ OK 0,96 (Os valores negativos nao sio considerados na soma final do faturamento de consumo de energia reativa excedente, portanto sao nulos 182 CapituLo QuaTRO TABELA 4.1 Medidas de carga didria 12 130 130, - 430 0,20 c 412 8.96 Ess 130 130 Z 430 0.29 e a2 8.96 34 140, 140 * 40 0.96 e 134 0,00 45 130 130 - az 0.95 e 125 0,00, 56 130 150 2 4B 0.96 c “3 0,00 oT 1.000 1.000 1.100 - 0.67 1 1.373 1183 78 1.700 1.700 890 2 088 I Lm 245 89 2.000 2.000 915, u 0.90 1 2.453 aL 9-10 2.300 2.300 830 : 094 1 2.251 0,00 10-11 1.800) 1.800 850, a 0,90 1 1.840 1.26 Ue12 1.900) 1.900 980) 2 0.88 1 1.986 274 12413 800 800 - 1.800 O47 c 1,565 0,00 13-14 700 00 2 1.500 0.42 € 1.333 0.00 1415 2.100 2,100 1,000, - 0,90 I 2.146 148 15-16 2.200, 2.200, 1.100, . OO 1 2.224 00 1617 | 2.100 2100 1.1S0 - 0.93 1 2,220 0,76, 17-18 200 200 120 . O85 1 216 1,07 1819 180 180 0 - 0,93 1 18 0,00. 19-20 200 200 90 . O91 1 202 0,14 20-21 2.000 2.000 970 ~ ogo! S| 1 24170 213 21-22 2.000 2.000, 1.050 - O88 T 2.195 2,88 maa | 1.200 1.200 870 - 0,80 1 1.20 sn 23-24 850 850 BIO = 0,72 1 1,086 749 Acréscimo na fatura de consumo (USS) 6177 ©) Perfodo: 11 as 12 horas 2 1.900 | ——— — 1 |} 0,03173 = US$ 2,74 [ (S35 ) i d) Perfodo: 12 as 13 horas Fator be PoréNcia 183 0,92 = USS 0,00 (fatar de poténcia 0,47 ; Fee [x0>( capacitivo) os | % 603173 = — USS 24,30 + Como o fator de poténcia & capacitive nao ha pagamento de energia reativa excedente. Neste caso, 0 sistema eléirico est se beneficiando do excesso de energia capacitiva injetada na rede pela instalagdio in- dustrial. ©) Periodo: 15 as 16 horas 1) Perfodo: 17 as 18 horas 0,92 Diagn =| 20x 2) = 216 kW me ( | Fa [20x ($2 ea i %0,06531 = USS 1,07 2) Acréscimo na fatura mensal Os valores. miximos da expressiio D,, *( } obtides na Tabela 4.1, no periodo fora de ponta e na ponta, correspondem respectivamente aos intervals das 8 as 9 horas ¢ das 17 hs 18 horas, Logo o-aeréscimo, na fatura nessas condigdes vale: (2 000 x a = 2.300) «3.28 = ~ US$ 825,44 — Fy~ = U ‘S$ 0,00 Fagg =| 200 x 222 ~ 210 |3¢9,81 = uss 63,47 aie 0,85 v af Os valores de 2.300 kW e 210kW correspondem, respectivamente, as demandas contratadas fora de ponta na ponta que foram superiores ds demandas registradas de 2.260 kW de ponta e de 205 KW fora de ponta, ambas no intervalo de integragaio de 15 minutos. O faturamento de demanda e energia reativas excedentes da indiistria no Final do més, considerando-se 22 dias de trabalho ditil mensal todas os ciclos de carga perfeitamente jguais, vale: Fue = ayy + Ferry + Fray + Bopp = 0,00 + 63,47 + (22 X 66,56) + (22 X 1,21) = USS 1.55441 4, .2 Avaliagao mensal do fator de poténcia Para os consumidores pertencentes ao sistema tarifirio convencional, 0 faturamento de ener- gia reativa excedente pode ser feito através das Equagdes (4.7) ¢ (4,8). = (>. «oe & o, x Ti (47) v x( -)xn, (a8) F,, ~ faturamento da demanda de energia reativa excedente, em R$ ou USS; F,, — faturamento do consumo de energia reativa excedente, em R$ ou US$; D.., ~ demanda de poténcia ativa maxima registrada no més, em kW; C., ~ consumo de energia ativa registrada no més, em kWh; D, — demanda de poténcia ativa fatursivel no més, em kW; 184 CAPITULO QuaATRO Ty ~ tarifa de demanda de poténcia ativa, em RS/KW ou US$/kW; T., ~ tarifa de energia ativa, em RS/kWh ou USS/kWh; F,, ~ fator de poténcia médio mensal, caleulado de acordo com a Equagio (4.9). (As Hoy Cm — consumo de energia reativa registrado no més, em kVArh. No caso de consumidores de baixa tensio, tarifados no Grupo B, o fator de poténcia seré av liado pela concessiondria através de medicao transitéria compreendendo um periodo minima sete dias consecutivos, segundo a Portaria 456 de 29/11/2000. Normalmente, essa medics 8 realizadas com equipamentos instalados no poste de onde deriva o ramal de entrada da uni consumidora, EXEMPLO DE APLICACAO (4.2) Considerar uma instalagao industrial de pequeno parte, 4.2, Calcular o valor final da fatura sabendo-se que a ind cuja conta de energia est mostrada na Ti ‘ria pertence ao grupo tarifario convencional. © Consumo de energia ativa: Co, = (leitura atual ~ Jeitura anterior) x EMM. FMM — fator de multiplicagao do medidor % 230 ~ 120) 720 = 79.200 kWh + Consumo de energia reativa Cy = Ceitura atual ~ Leitura anterior) FMM Ci, = (190 65) x 720 = 90,000 kV Ath = US$419/KW (Tabela 1.11, 7,, = US$0.05307/KWh (Tabela 1.11) De acordo com a Equagio (4-9), tem-se: 0,66 ‘TABELA 4.2 Conta de energia So To nein ECU (ont de Toeras area Companhia de Distribuicao do Nordeste S.A Nome/ftarto Soc! 1) Cod. Lees [go CPE — Consultoria ¢ Projeton Exétricos ™2 1 001 [05 09 oonna1s070 ia Sa a Fase Pera 12) 00 j20a6 | Axo 2008 Dance Atala Conta Corrente] 601 8200 doosanes NO Medider kWh Data Apres. | Veucimente 22] 08 [ziue| Si | Ob [2008 UML, Lett, le Jett, Atal ew) Lett Atul leven 178 200 90 ro Laut, Amt. kw | Let. Ant, evARH a0 120 85 Dem. Regist. |Diference Diferenge 200 110. 128 Dem, Cont. fron rot 170 veo reo lconsuma Kith | Consuine KWAK 70.200 ‘90.000 Dem. inetulda [Cons, include | Fat. de Polen O08 [otata paparatd o vencinerto AS. 7,027.04 N. de Dine Aeréscime p/din fem Atraxo de Atraso x RS TOTAL DO ACRESCLKO FaTor De POTENCIA 185 170 kW (demand contratada declarada na conta de energin da Tabela 4.2); 200 KW (demanda registrada na Tabela 4.2), De acordo com as Equagdes (4.7) e (4.8), determina-se o faturamento-de energia reativa excedente. Fy = (200022 = 200) = USS 330,12 0,66 0,92 £,, = 79.200 x —— — 1} x 0.05307 = USS 1.655,78 c ( 0,66 + Fatura total do més Fee = Fac * Fam + Fe t F Faq ~ faturamento de demanda de poténcia ativa mensal, em USS; Fr. faturamento de consumo de energia ativa mensal, en USS. 200 X 4,19 + 79,200 X 0,05307 + 330,12 + 1.655,78 = USS 7,027,048 CTERISTICAS GERAIS DOS CAPACITORES | Principios Basicos Os capacitores sio equipamentos capazes de acumular eletricidade. $40 constituidos basica- mente de duas placas condutoras postas frontalmente em paralelo ¢ separadas por um meio qual- quer isolante, que pode ser o ar, papel, plistica etc, Nas faces externas dessas placas liga-se uma fonte de tensdo que gera um campo eletrostitico no espago compreendido entre as duas placas, conforme pode-se observar na Figura 4.7. O gerador G poder ser uma bateria ou um gerador qualquer de corrente continua ou alternada, ‘As placas paralelas sfio denominados eletrodos, As linhas de fluxo entre as placss paralelas so imagindrias. O material isolante colocada entre as placas paralelas € denominado diclétrico. A energia eletrostitica fica acumulada entre as placas e em menor intensidade na sua vizinhanga, Cada linha de fluxo tem origem numa carga de | coulomb, Considerando-se todas as linhas de fluxo do campo eletrostitico, pode-se afirmar que elas se originam de uma carga de Q coulombs. coulomb é a quantidade de carga clétrica que pode ser armazenaca ou descarregacla em for ma de corrente elétrica durante um certo periodo de tempo tomado como unidade, Um (1) coulomb 6, portanto, o fluxo de carga au descarga de uma corrente de | A num tempo de 1 s, Isto quer dizer que, durante o tempo de | s, 6,25 10" elétrons so transportados de uma placa a outra quando a carga ou descarga do capacitor é de 1 coulomb (C). E bom saber que a carga elétrica correspondemte a | elétron é de 1,6. 10-"C, Se umadeterminada quamidade de carga elétrica Q (AX s) representada por @ linhas de flux € transportada de uma placa & outra e cuja drea € de $m’, logo a densidade de carga elétrica do dielétrico é de: p= Lem) (4.10) Gampo Etétrico Eterna $= 0,02 m® a 125V FIGURA 4.7 FIGURA 4.8 Campo elétrico de um capacitor ‘Campo elétrico de um capacitor 186 CAPITULO QUATRO Se uma determinada tensiio V (volts) € aplicada entre as placas paralela distancia de P (m), a intensidade de campo elétrico pode ser determin: separadas por umi através da Equagio (4.11). (vim) (4.11 Exempto bE APLIcACAo (4.3) Calcular a densidace de carga © a intensidade de campo elétrico (gradiente de tensiio) no capacitor inse: Fido no cireuito de Figura 4.8. Q=8pC= 8x 10“C @ sx xxi Das UO axn07 410 4.3.2 Capacidade ‘Todo capacitor ¢ avaliade pela quantidade de carga elétrica capaz de armazenar no sew ¢ e 6 dada pela Equagao (4.12). @=C X Vi{coulombs) (4.0 C ~ capacidade do capacitor, em V — tensiio aplicada, em V. ‘A.unidade que mede a capacidade de curga (C) de um capacitor é 0 furad. Logo, | faradé capacidade de carga elétrica de um capacitor quando uma carga elétrica de 1 coulomb (6,25 10" elétrons) é armazenada no meio dielétrico, sob a aplicagao da tensio de | V, entre os term nais das placas paralelas, Na pritica, 0 farad é uma unidade demasiadamente grande, sendo cessiirio utilizar os seus submuiltiplos, qu +L milifarad (1 mF): 10°F: +L microfarad (1 wP): 10°F: * LE nanofarad (1 nFy: 10°? Fy + | picofarad (1 pF): 10°F, 4.3.3 Energia Armazenada Quando os eletrodas de um capacitor sdo submetidos a uma tensao nos seus terminais, passa circular no seu interior uma corrente de carga, 0 que faz com que uma determinada quantidade energia se acumule no seu campo elétrico, A energia média armazenada no periodo de 1/4 dete clo pode ser dada pela Equacio (4.13). bodxexw a 4 € — capacidade do capacitor, em F: 4 — lensio aplicada, em volts, valor de pico, 4.3.4 Corrente de Carga A corrente de carga de um capacitor depende da tensao aplicada entre os seus terminais. vando-se a tensio, eleva-se a carga acumulada e, conseqiientemente, a corrente, em conformi com a Equagao (4.14. recx2t wy 4 ar AV — variagdo da tensdo, em V3 AT — periodo de tempo durante 6 qual se variou a tensao. FaTOR DE POTENCIA 187 v 0.9681 ese | 1 1 | Se oe as ama mf tom att a FIGURA 4.9 FIGURA 4.10 Curva corrente % tempo de capacitor Curva tensiio X tempo de um capacitor (O fendmeno de carga e descarga de um capacitor pode ser melhor entendido observando-se as Figuras, 4.9 e 4.10 ‘Quando um capacitor € energizado através de uma fonte de corrente continua, estando inicial- mente descarregado, a corrente de energizugao & muito elevada ¢ 0 capacitor se comporta pratica- mente como se estivesse em curto-circuito, estando sua corrente limitada apenas pela impedincia do circuito de alimentagaio. Apés um tempa, expresso pela constante de tempo do capacitor, a sua corrente cai a zero, conforme se pode mostrar através da curva da Figura 4.9. A curva A € expressa pela Equagao (4.15) = tke "(AD (4.15) 1 ~ corrente inicial de carga no instante da energizagio do capacitor, em As C, ~ constante de tempo, em s: 1 ~ tempo em qualquer instante, em s: 4. — corrente do capacitor no instante é. Ao se analisar a Equagao (4.15), pode-se veriticar que: + no instante da energizagao do capacitor, a corrente €a maxima, isto & para 1 = 0, tem-se: =1Ke 1 = 1 (como se observa na curva). + quando (6 muito grande em relagioa C, tem 1. = 1 e* = 010 capacitor esta em plena carga e nao flui mais corrente de carga). A tensiio no capacitor cresce em conformidade com a curva B mostrada na Figura 4.10. A cur- va B se expressa pela Equagao (4.16). vo=V KC erry OV) (4.16) — tensiio correspondente ao capacitor em carga plena, em V; » no capacitor para qualquer instante 4, ert s. Como qualquer elemento de um circuito, os capacitores podem ser ligados em série ou em paralelo. A ligagioem série de um determinado néimere de capacitores resulta uma capacidade do conjunto dado pela Equagiio (4.17). (4.17) G capacidade equivalente do conjunto, em F; Cy ~ sapacidade individual de cada unidade capacitiva, em F. Com base nessa equago, pode-se dizer que a capacidade equivalente de um circuito com va- rios capacitores ligados em série é menor do que a capacidade do capacitor de menor capacidade do conjunto. Assim, dois capacitores colocados em série, cujas capacidades sejam, respectivamente, 20 pF ¢ 30 wF, resultam uma capacidade equivalente de; 188 CariTute Quatro, 20 * 30 C, Qe, + 30 <> = 0,083 uF = 83 nF A ligagao em paralelo de um determinado- mimero de capacitores resulta uma capacidade ¢ conjunto dado pela Equacao (4.18). Cp Cp neh Opts C, Com base nessa equagao, pode-se dizer que a capacidade equivalente de um c rios capacitores ligados em paralelo & igual 4 soma das capacidades individuais das unidad capacitivas. Considerando-se que os capacitores anteriores de 20 (LF ¢ 30 LF sejam ligados & paralelo, a capacidade do circuito equivalente, vale C.=€,+C,= 20+ 30= 50 uF 4.4 CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS DOS CAPACITORES 4.4.1 Caixa As partes componentes de um capacitor de poténcia sta; Conbecida também como eareaga, a caixa € 0 inyélucto da parte ativa do capacitor, E confes cionada em chapa de ago com espessura adequada ao volume da unidade. A caixa compreendes seguintes partes a) Placa de identificagio | Nela estiio contidas todos os dados caracteristicos necessiirios & identificagao do capacitor, conformidade com a Figura 4.11, b) Isoladores Corresponde aos terminais externos das unidades capacitivas, conforme mostrado na Fi ; além disso, a mesma figura apresenta a forma de ligagao interna dos eapacitores. } Olhais para levantamento utilizados para algar a unidade eapacitiva d) Algas para fixagao Utilizadas para fixar a unids A Figura 4,12 mostra uma célula nos ¢ extemnos. pacitiva na sua estrutura de montag. ppacitiva, detalhando os seus principais componentes i Capacitor de Poténcia - All Film a a Fiequinca Nival de tectarnerio. 60 Hz 110 KV 15 kg “ae BMP-CE-O51 Et WEL FIGURA 4.11 Placa de um capaci Ligagdo interna dos eapacitore FATOR OF POTENCIA 189 4.2 Armadura E constituida de folhas de aluminio enroladas com dielétrico, conforme a Figura 4.14, com espessuras compreendidas entre 3 e 6 mm e padrao de pureza de alta qualidade, a fim de manter em baixos niveis as perdas dielétricas e as capacitincias nominais de projeto. Dielétrico E formado por uma fina camada de filme de polipropileno especial, associada muitas vezes a uma camada de papel dielétrico (papel kraft) com espessura de cerca de 18 jum. B necessdrio que ‘os Componentes dielétricos sejam constituidos de materiais selecionados ¢ de alta qualidade para no influenciarem negativamente nas perdas dielétrica: | Liquide de Impregnagao Atualmente, os fabricantes utilizam como liquido impregnante uma substincia biedegradavel de estrutura constitufda de carbono e hidrogénio (Ecéleo 200 — hidrecarboneto aromiatico sintéti- co), Alémde nao agrediro meio ambiente, este impregnante apresenta caracteristicas elétricas até superiores as de seu anlecessor (ascarel) Quando a tensio é retirada dos terminais de um capacitor, a carga elétriva armazenada neces- sita ser drenada para que a tensdo resultante seja eliminada, evitando-se situagies perigosas de contato com os referidos terminais. Para que isso seja possivel, insere-se entre os terminals um resistor com a finalidade de transformar em perdas Joule a energia armazenada no dielétrico, re- duzindo para 5 V onivel de tensdonum tempo méximode | min para capacitores de tensiio nomi- nal de até 600 V © 5 min para capacitores de tensiio nominal superior ao valor anterior. Este di positivo de descarga pode ser instalado interna ou externamemte 2 unidade eapacitiva, sendo mais comum 2 primeira solugao, conforme mostrado na Figura 4.13. esso de Construgao A parte ativa dos capacitores é constituida de eletrodas de aluminio separados enire si pelo diclétrico de polipropileno associado ao papel kraft, formando © que se denomina de armadura, bobina ou elemento, conforme se mostra na Figura 4.14. Essex elementos séo montados no interior da caixa metilica ¢ ligados adequadamente ern sé- rie, paralclo ou série-paralelo, de forma a resullar na poténeia reativa desejada ou na capacitancia requerida em projeto, Terminal Resistor de Descarga Iaolader f Isolage contra acai. that para Levantamento 190 FIGURA 4.14 Parte aliva de um capacitor FIGURA 4.15 Capucitores trifisicos de média tensi0 CapiruLe Qua Filme ou Papel Eletrodo a elngle SAK 1 -- Ocon ximadode sete dias, t total da umidade, Nesse proceso, aplica-se uma press interior da caixa, acelerando-se a retirada da umidade. Se a secagem nao for perfeita, pode permanecer no interior da unidade eapacitiva uma ce quantidade de umidade, o que certamente provocard, quando em operagao, descargas parciais interior do referido capacitor, reduzindo a sua vida dtil com a consegiiente queima da unidade. Concluido 0 proceso de secagem, mantendo-se ainda sob vacuo toda a unidade, inicia-se proceso de impregnagao utilizando-se o liquido correspondente, apés 0 que a caixa metélica totalmente vedada, O processo continua com a pintura da caixa, recebendo posteriormente os isoladores, ter nis € placas de identificagao, Finalmente, a unidade capacitiva se destina ao laboratdrio do fal cante, onde serio realizados todas os ensaios previstos por norms, estanda, no final, pronta o embarque. As Figuras 4.15 ¢ 4.16 most 0s primeiros monofisicos empregados normalmente em bancos de da ou nao. Os bancos de capacitores de baixa tensa mui metilicos, formando médulos com poténcias nominais de controladores de fator de poténeia que podem ser ajustados para manter o fator de poténcia instalagio com valores, por exemplo, superior a 0,95. So denominados bances de capaci automiticos ¢ podem ser vistos na Figura 4.17, Os controladores de fator de poténcia sio fabricados com componentes eletré tam as seguintes caracteristicas operacionas nto é colocado no interior de estufa com temperatura controlada por um periodo apr |po suficiente para que se processe a secagem das bobinas, com a retir io negativa da ordem de 10~* mmHg um capacitores, respectivamente, de média e baina tensdo, se apucitores em estrela at fas vezes so instalados no interior de pai das, manobrados através cos e apres Chapa de Faeaggio Faror o& PoTENcia 191 Gelula Gapactiva Formaao de um Capacitive Titasico — Unidade Capacilva FIGURA 4.16 Capacitores monofisicos componentes de uma unidade trifsiea de bana t Contralador de Fator de Poténcla Aga de-Igamento Maganeta FIGURA 4.17 Banco de eapacitores automatico de baixa tensdo + podem ser programados para ajuste rapido ¢ fino do fator de poténein; + efetuam rodizio de operagao dos capacitores inseridos; + efetuam a medigio do fator de poténcia verdadeiro tire RMSy. * efetuam a medi¢io da distorgao harménica total; + so fornecidos comercialmente em unidades que podem controlar de 6 a 12 estégios, Cada estéigio corresponde a um ou mais unidades capacitivas, ‘A Figura 4.18 fornece a vista frontal de um tipo de controlador de fatar de poténcia, 192 Gapiruto QuarRo Sinalzagdo dos Estaglos Coneclados Posicéo da Forma ta Operacao: Automatica au Manual FIGURA 4.18 Controlador de fator de poténcia 4.5 CARACTERISTICAS ELETRICAS DOS CAPACITORES 4.5.1 Conceitos Basicos 4.5.1.1 Poténcia nominal Os capiteitores sfio normalmente designados pela sua poténcia nominal reativa, contrariament aos demais equipamemtos, cuja caraeteristica principal € a poténcia nominal aparente. A poténcia nominal de um capacitor em KVAr é aquela absorvida do sistema quando este & submetido a uma tensiio ¢ frequiéncias nominais a uma temperatura ambiente nao superior a 20) (ABN). A poténcia nominal do capacitor pode ser facitmente calculada em fungiio de sua ca citlincia através da Equagao (4.19), 2 xm XP Xx V2 1,000 * € (4.195 P. — poténcia nominal do capacitor, em kWAr; F — freqiiéncia nominal, em Hz; V, — tensio nominal, em kV; C — capacitancia, em pF. Para capacitores de até 660 V, a poténcia nominal nao ultrapassa normalmente os 50 kW Area unidades trifiésicas, ¢ os 30 KV Ar em unidades monofasicas, J4 os capacitores de tensio de iso mento-de 2,3 a 15 kV sio geralmente monofasivas com poténcias padronizadas de 50, 100 e KVAr, 4.5.1.2 Fregiiéncia nominal Os capacitores devem operar normalmente na freqiiéncia de 60 Hz. Para outras frequéncias necessdrio especificar o valor corretamente, ja que a sua poténeia nominal € diretamente pro cional 4 este pardmetro. 4.5.1.3 Tensao nominal Os capacitores sio normalmente fabricados para a tensiio nominal do sistema entre fases entre fase neutro, respectivamente, para unidades trifitsicas ¢ monofésicas No caso de capacitores de baixa tens, cuja maior ulilizagdo feita em sistemas industriais pequeno e médio portes, siio fabricados para 220, 380, 440-e 480 V, independentemente de sejam unidades monofisicas e trifasicas. Jé os capacitores de tensiio primdria siio normalmer fabricados para a tensio de 2.300, 3.810, 4.160, 4.800, 6.600, 7.620, 7.967, 13,200 © 13.800 Para tens6es superiores, somente si Fabricados sob encomenda. As Tabelas 4.3 ¢ 4.4 fornecem as caracteristicas elétricas basicas dos capa Indueon, respectivamente para as unidades de baixa tensiio trifisieas © inores de Fabri monofis FATOR DE PoTENCA Capacitores triffisicos de baixa tensaio —Inducon 1.370,14 45,92 91, 16 37 20 183.70 25 229,62 2 275,55 32 32147 | 50 380 367,39 50. 413,32 3 63 45924 | 31 03 551,09 80. 642,94 100 734,29 100 826,04 125 918,48 125 34,25 6 68,51 10 102,76 16 137,01 25 171,26 32 205,52 32 239,77 50. 440 274,03 50 308,28 30 342.53 63 41104 63 419.54 80, 348,05 100 616,56 100, 685,07 15 57,56 10 115,13 20 172,69 22 230,26 50 480 25.0 287,82 50 345,39 63 402.95 80 460,52 80 518,08 100 515,65, 100 30 193 ES DOS CAPACITORES-DERIVACAO Costumeiramente, os capacitores tém sido aplicados nas instalagdes industriais e comerciais para corrigir 0 fator de poténcia, geralmente-acima do limite estabelecido pela legislacdo em vi- gor. Além disso, sido utilizados com muita intensidade nos sistemas de distribuigdo das concessi- 194 CAPITULO QuaTRo TABELA 4.4 Capacitores monofasicos de baixa tensdo — Inducon ontirias © nas subestagdes de poténcia, com a finalidade de reduzir as perdas ¢ elevar a tensio sistema. ‘Quando se aplica um capacitor numa planta industrial, estd-se instalando uma fonte de cia reativa localizada, suprindo as necessidades das cargas daquele projeto, em vez de utiliza poténcia reativa do sistema supridor, acarretundo perdas na geragdo e transmissao de energia. esie motivo, as concessionirias cobram dos consumiclores que nio respeitam as limitagdes le do fator de poténcia a energia ¢ a poténcia reativas excedentes, pois, caso contririo, elas tei que suprir esta energia e poténcia a um custo extremamente mais elevado do que se teria instalagio de capacitores nas proximidades das cargas consumidoras, Os capacitores-derivagiio podem ser utilizados numa instalagio industrial para atender a tros objetivos, que serio posteriormente estudados com detulhes, ou seja: redugao das perdas nos circuits terminuis; + Tiberagao da poténcia instalada em transformagao; beragiio da capacidade de cargas das circuitos terminais ¢ de distribuigio: melhoria do nivel de tenstio; + melhoria na operagio dos equipamentos de manobra e protegao. FATGR DE POTENCIA 195 Deve-se atentar para 0 fato de que 0s capacitores somente corrigem o fator de poténcia no tre- cho compreendido entre a fonte geradora € seu ponto de instalagao, Além disso, os efeitos sentidos pelo sistema com a presenga de um banico de capacitores se limitan a elevagio de tensilo, come conseqiiéncia da redugao da queda de tensiio no trecho a mon- tante do seu ponte de instalagaa, Para melhor entendimento, basta observar com atengaio a Figura 4.19, onde se pode perceber 0 funcionamento de um banco de capacitores num sistema em que a corrente totalmente reativa capacitiva é fornecida & carga, liberando o alimentador de parte desta tarefa, Para efeitos praticos, considerar toda a sua poténcia como normalmente capacitiva. Er oases sii ae aman —K PR= 3,5 MVAR | Banco de MA Capacitores 478 1 MVAR 1 MVAR on pra Fr de Pte Corie | PA = 4.0 MW. PR 2.8 MVAR localizagao dos Bancos de Capacitores Sob ponto de vista puramente técnico, os bancos de capacitores devem ser instalados junto &s cargas consumidoras de energia reativa, No entanto, outros aspectos permitem localizar os ban- cos de capacitores em outros pontos da instalagdo com vantagens econdmieas e priticas. Os pontos indicados para a localizagdo dos capacitores numa instalacio industrial so 4.6.1.1 No sistema primario Neste caso, os capacitores devem ser localizados apés a medigZo no sentido da fonte para a carga, Em geral, o custo final de sua instalagdo, principalmente-em subestagdes abrigadas, € supe- rior a. um banco equivalente localizado no sistema secundario, A grande desvantagern desta loca- lizagdo € a de nio permitir a liberagio de carga do transformador ou dos circuitos seeundarios da instalagao consumidora, Assim, a sua fungdo se restringe somente a cortege do fator de poténcia e, secundariamente, a liberagao de carga do alimentadar da concessionaria. 4.6.1.2 No secundario do transformador de poténcia Neste eso, « localizagiio dos eapacitores geralmente ocorre no barramenta do QGF (Quadro Geral de Forga). Tem sido a de maior utilizagao na pratica, por resultar, em geral, em menores custos finais, Tem a vantagem de liberar poténcia do(s} transformador(es) de forga e de poder se instalar no interior da subestagao, local normalmente utilizado para. proprio QGF. Em muitas instalagdes industriais 0 transformador de poténcia opera a vazio por longos perfo- dos de tempo, notadamente apés 0 término do expediente de trabalho, nos fims de semana e feri- ados. Essa forma de operago pode resultar um fitor de poténcia hordrio inferior a 0,92. Em ter- mos dat legislacdo, 0 que interessa € a operacdo do transformador a vazio nos dias tteis, Nessa condigdo, ha necessidade de destigar o transformador de Forga durante esse periodo, o que s6 pode ser realizado quando se dispoe de uma unidade de transformagaa dedicada a iluminagio. Caso contrario, é necessrio instalar um banco de capacitores exclusivo para corrigir o fator de potén- 196 CAPITULO QUATRO cia do transformador que opera praticamente a vazio, j4 que a carga de iluminagiio de vigia nor- malmente € muito pequena para a poténcia nominal do transformador de forga A poténcia necess4ria para corrigir o fator de poténcia de um transformador operando a vazio pode ser dada pela Equacio (4.20). (sex i pre | tee oe ne | 100 (4.20) poténcia reativa indutiva para elevar o fator de poténeia a 13 P,, — poténcia nominal do transformadar, em kVA; P., — perdas a vazio do transformador, em KW; 1, — corrente de magnetizagio do transformador, em Ay Jy, — corrente nominal do transformador, EXEMPLO DE APLICAcao (4.4) ‘Considerar uma instalagao industrial ma qual o expediente se encerra as 18 horas. Existem um transfor mador de luz ¢ um transformador de forga de 1,000 kVA-380/220 V que opera a vizio ao tétmino do expe: diente, Determinar a poténcia nominal dos capacitores necesséria para corrigir o fator de poténcia do trans: formador para o valor unitdrio, sabendo-se que corrente de magnetizagao do mesmo de 1,5% da sua corren- te nominal, “Aplicando a Equagio (4.20), tem-se: Py = 1.000KVA Py = 2KW (Tabela 9.11) 1,000 12 ISA VIX 038 i (xt, | 100 x 22,7 a Ps 1,000 Te Bt isis 1 eee 100 100 ia faa oa? M.6kVAr Logo, serd necessério instalar um banco de capacitores dé 15 kWAr nos terminais secundétrios do tran formador, 4.6.1.3 Nos terminais de conexao de cargas especificas 4.6.1.3.1 Motores elétricas Quando uma carga especifica, como no caso de um motor, apresenta baixo fatorde poténcia, dev se fazer a sua corregio alocando-se um banco-de capacitores nos terminais de alimmentagiio desta c No caso especifico de motores de induglo, de uso generalizado em instalagdes industriais, banco de capacitores deve ter a sua poténcia limitada, aproximadamente, a 90% da poréncia sorvida pelo motor em operago sem carga, que pode ser determinada a partir da corrente em vi rio ¢ que corresponde a cerca de 20 a 30% da corrente nominal para motores de IV p6los e v cidade sincrona de 1.800 rpm. A Tabela 4.5 determina a poténcia maxima do capacitor ou ba que deve ser ligado aos terminals de um motor de indugdo trifésico, para a condigao de o motor manobrado pela mesma chave do banco de capacitores. Quando a chave de manobra do bancoi capacitores ¢ diferente da chave de manobra do motor, deve-se destigar © banco decapacitores Fator De Porencia, 197 TABELA 4.5 Poténcia maxima dos eapacitores ligados a motores de indugiio 15 25 25 3.0 40 55 6.0 10 30 30 35 50 65 1 5 40 40 5.0 65 80 95 20 5.0 5.0 65 15 90 12,0 25 6.0 60 1S 9.0 10 140 30 1.0 10 90 10.0 12,0 | 160 | 40 9.0 90 110 120 150 | 200 50 120 110 130 150 190 | 240 60 140 140 Iso | 180. 220 | 270 15 170 160 18,0 210 260 | 32,5 100 220 10 25.0 270 325 | 40.0 125 2.0 260 30.0 32,5 400 | 435 150 32.5 300 45.0 31.5 475. | 525 200 | 40.0 375 425 415 60,0 | 65.0 250 500 450 525 575 0 | 778 200 57.5 725 600 65,0 soo | 87s 400, 70.0 65,0 15.0 85.0 95.0 105,0 500- 18 725 825 975 1075 | 1150 de desligar o motor da rede. Na condigdode manobra simultéinea motor-capacitor, um motor, de 100 cv, 380 V, IV pélos, cuja corrente nominal é de 135,4 A, a poléncia maxima do capacitor sera de: by = 0,27 % 135.4 = 36,5. 4 3 XV XJ, = (3 x 0,38 x 36,5) x 0,90 Pela Tabela 4.5, tem- P, 20kWAr 100 ev W, 800 rpm — Py = 21 kVAr Esta limitagio tem como fundamento a operagio do motor a vazio, evitando-se que neste ins- tante a impedancia indutiva do motor seja igual a reatincia capacitiva do capacitor, estabelecen- do-se, assim, um fendmeno de ferro-ressonancia, em que a impedincia & corrente seria a resistén- cia do proprio bobinado do motor ¢ do circuito de ligagdo entre o motor € 0 capacitor. ‘Ap6s a manobra simultanea motor-capacitor, o motor funciona como gerador excitaco pelo ca- pacitor no instante em que o rotor ainda continua em movimento devido a sua inércia, ¢ 0 capacitor, conectado 0s terminais do estator, mantém uma tensio residual por alguns instantes. O uso de uma nica chave de manobra, atende a um requisito econ6mico, conforme mostrado na Figura 4.20, O cireuito que liga ocapacitornao deverd ter segio inferior a 1/3 da seeiio do condutor que liga 05 terminais do motor. Quando 0 motor é acionado através de uma chave estrela-tridingulo, a ligagdo do capacitor no sisterna deve obedecer ao esquema da Figura 4.21. Tralando-se de instalagdes industriais, hd predominancia de motores elétricos de indugao no valor total da carga, fazendo-se necessirio tecer algumas consideragdes sobre a sua influéncia no 198 GapituLo QuaTRO o FIGURA 4.20 Chave de comando ey [ile I] rs —|- Capacitor Tilésico > == = 1 FIGURA 4.21 La Chave etrela-ritnguta de ' comande Capacitor comportamenta do fator de poténcia. A poténcia reativa absorvida por um motor de intdugdo ae menta muito levemente, desde a sua operacdo a yazio até a sua operagao-a plena carga, Entretant 4 poténcia ativa absorvida da rede cresce proporcionalmente com o aumento das fragbes de car acoplada ao eixa do motor, Como resultado das variagdes das potncias ativa ¢ reativa na o gio dos motores de indugio, desde o trabalho a vazio até a plena carga, o fator de poténcia vat também proporcionaimente a esta variaciio, conforme se mostra na Figura 4.22, Para exempl car, reduzindo-se a carga solidéria ao eixo de um motor de indugdo de 300 kW a 50% de sua c ‘Curvas de Desempenho 300 WW 19071.0 yo # sofoa Fa FE fos 8 aay ae PITS 3 sofos ne & rolor na = cofos oa & safo.s 08 Als ar zl e00 é 00 5 FIGURA 4.22 & long Variagao do fator de poténciaem $ fungio do carregamente do O70 30 8076 TOTTI F207 motor Potincia Fomecida em Relagae 8 Nominal (%) Fator DE Pore! 199 nominal, o fator de poténeia cai de 0,87, ebtido durante 0 regime de operagéio nominal, para 0,80, enquanto a corrente, originalmente igual a 660 A, reduz-se para 470 A. Se a redugao da ‘carga fosse para 75% da nominal, o fator de poténeia cairia para 0,85 € a corrente atingiria o valor de 540 A. 4.6.1.3.2 Maquinas de solda a transformador Jdas méquinas de solda, que trabalham normalmente com baixo fator de poténeia quando com- pensadas individualmente, devem obedecer a seguinte recomendagao: A poténeia maxima do capacitor & P.=0,50 X Py, (4.21) poténcia nominal do transformador da maquina de solda, em kVA, 4.6.1.3.3 Maquinas de solda com transformador retificador O valor da poténcia capacitiva deve ser: P,=010 XP, (4.22) De acordo com essas consideragées, 0 estudo pormenorizado das condigdes da instalagao e da carga direcionara o melhor procedimento para a localizagao de bance de capacitores necessério a corregdo do fator de poténcia ou liberagiio da carga de uma parte qualquer da planta, Um dos beneficios da instalagio de capacitores-derivagao é a elevagao do nivel de tensdo, Entretanto, em instalagdes industriais ou comerciais no se usa este artificio para melhorar o nivel de Lens, jd que a mudanga de tape do transformador é tradicionalmente mais vantajosa, desde que a regulagio do sistema de suprimento nao venha a provocar sobretensoes em certas perfados, Oestudo para aplicacio de banco de capacitores-clerivagao pode ser dividido em dois. grupos distintos: o primeiro € estude para aplicagao de capacitores-derivagdo em instalagdes industrials em fase de projeto; o segundo estudo é destinado as instalagoes industriais em pleno processo de “operacao. ‘A aplicagaio de capacitores-derivagdio em ambas as situagdes serd estudada detalhadamente a seguir: lagoes em Projeto Na pritica, tem-se notado que durante a elaboragao de projetos elétricos de pequenas indastri- as hd uma grande dificuldade em se saber, com razodvel confianca, os detalhes téenicos ¢ 0 com- portamento operative da planta, tais como: Jo de operagio didrio, semanal, mensal ou anu: + taxa de carregamento dos motores; + caracteristicas técnicas dos motores; + cronograma de expansiio das atividades produtivas. dados sio titeis para que se possa determinar o fator de poténeia médio presumido da Jo c prever os meios necessiirios para sua corecdo, caso se justifique. Em planta de maior porte, porém, o planejamento prevé com razodveis detalhes todos 0s itens anteriormente citudos ¢ a seguir discriminados a) Levantamento de carga do projeto + Motores — tipo (indugio, rotor bobinado, sincrono}; ~ poténcia, em © — fator de paténcia; — mimero de fasess — mimero de pétos; = freqiiéncia, + Transformadores = poténeia nominal; — tensOes primérias © secundarias; 200 ‘TABELA 4.6 Levantamento da carga Capiruto QUATRO — impedancia percentual; — corrente de magnetizagao, + Cargas resistivas — poténcia nominal, em kW; — poténcia de operagaio, em kW; = mimero de fases. Foros — tipo {indugao eletromagnética, arco etc.); — miimero de fases; — fator de poténcia. Méquinas de solda — tipo (transformadora, motogeradora, transformadora retificadora); — niimero de fases; — fator de poténeia determinado em teste de bancada. Muminagio: — tipo (incandescente, fluotescente, vapor de merctirio, vapor de s6: — reator (alto ou baixo fator de poténcia). io): O proprio projetista pode decidir sobre o tipo de reator que utilizard, Coma sugestiio, pode-st organizar os dados de carga do projeto em conformidade com a Tabela 4.6. 6 as 20h as22h | 6 as Ihe 1628 24h Bas 18h Bas20h Gas 20 h. A operaciio dos motores €a 1/2 carga, As — rresisténcias silo partes das 6s 24h, DeOas6h Somente 10% da poténcia total estdo ligadas. ‘Durante a andlise da carga a ser instalada, o projetista deve identificar a quantidade de car nio-lineares presentes na instalagdo. Se a capacidade dessas cargas for igual ou inferior a 20%: capacidade instalada, a-determinagiio do fator de poréncia poderd ocorrer considerando que o junto de cargas seja de caracteristicas lineares, No entanto, se 4 capacidade das cargas nio-t res for superior a 20% da carga total, deve-se especificar indutores anti-harménicas junto aos pacitores ou utilizar filtros harménicos para as componentes de maior intensidade, Deve-se entar que para as inddstrias em operagio, os dados referentes as cargas nio-lineares devem| forecidos pelos fabricantes das miquinas, 0 que normalmente nao so valores ficeis de obtidos Farce be PoTENCiA 201 b) Ciclo de operagde diario, semanal, mensal ¢ anual Como, em geral, nas indiistrias as méquinas operam em grupos definidos, pade-se determinar 6 ciclo de operagao para cada conjunto homogéneo de carga e depois compor os varios conjuntos, formando a curva de carga que corresponde ao funcionamento da instalagdo durante o perfodo considerado, Na pritica, determina-se o ciclo de operagdo didrio considerando-se um dia lipico provavel de produgao normal. Para as inctistrias comprovadamente sazonais, € importante deter- minar © seu comportamento durante um ciclo completo de atividade cc) Determinagao das demandas ativas ¢ reativas para o ciclo de carga considerado Como sugestio, podem-se organizar os valores de demand ativa e reativa segundo a Tabela 47, d) Tragade das curvas de demanda ativa ¢ reativa Com base nos valores finais obtidos nas tabelas mencionadas, tragam-se os grificos das Figu- ras 4.18 ¢ 4.19, através dos quais se pode visualizar o cielo de operaca didrio da instalagaa, 4.6.2.1 Determinagao do fator de poténcia estimado O fator de poténcia pode ser determinado através de um dos métodos adiante indicados, de acordo com os dados dispontveis ou com a precisiio dos resultados. 4.6.2.1.1 Método do ciclo de carga operacional Este método baseia-se na determinagdo dos consumos previstos no ciclo de operagiio difrio da instalag0, projetado mensalmente. Considerando-se uma industria de atividade produtiva bem definida, podem-se determinar os consumos de energia ativa e reativa com base ne ciclo de operagiio didrio e projetar estes consu- mas de acordo com os diis trabalhados a0 longo de um periodo de um més comercial, ou seja, 30 dias. Depois aplicar a Equagio (4.6). DE APLicacdo (4.5) Considerar um projeto em desenvolvimento de uma indiistria, cujas cargas io conhecidas, segundo um ciclo de operago diirio tipico, sabendo-se, ainda, que o Funefonamento € de segunda a sexta-feira, no per ado compreendido entre 6 as 24 horas. Fora do perfodo de sua atividade produtiva, a industria mantém lig da apenas 10% de sua iluminagao normal. Determinar o fator de poténcia estimiado, sabendo-se que a tensiio do sistema é de 440 V, a) Levantamento de carga O levantamento de carga conduziu aos resultados constantes na Tabela 4.6. b) Determa \co das demandas previstas Com base nos valores nominais das eargas, determinam-se as dernandas ativa ¢ reativade cada setor pro- durivo, considerando-se um conjunto homogéneo, As demandas previstas devern ser contabilizadas « cada intervalo de uma hora, de acordo com a legislagio, + Setor A Py. = 0X 10 X 0,736 = 147 kW Pag = Poy % ty [areas (0,85) = OLRWAT + Setor B 100 7,5 0.736 = 552 kW Pog = Pay % 08 [arceos (0,81)] = 399 kVAr * SetorC P= 25 X 15 0,736 = 276 kW Pp. P.,, X tg [arecos {0,75)] = 243 kVAr + Setor D 202 CAPITULO QUATRO Pag = GO 5 +30 X 25) X 0,736 = 662 KW P= (30.9¢5 * tg farccos (0,83)] + 30 X 25 % tg farecos (0,85)]] 0.736 = 416 kVAr + Setor E Py, = 15. X 15 X 0,736 = 165 kW. P.,. =P. X tw fareeos (0.73)| = 199 kVAr + Setor F X 0,736 + 61 = 182 kW (oases “| Admitem-se que 08 fatores de poténcia (62 ¢ 0.61 corresponcem a condigio de operago dos motores a 1/2 carga. Os valores dos fatores de potencia na condigio de 1/2 carga poclem ser encontrados nas curvas de desempenho dos motores fomecidas pelo fabricante, a semelhanga do grafico visto na Figura 4.22, xe dg (arecos 0,62) 0X tg (arecos 0.61 x 0,736 = 155 kWAr + Huminacio p., = (800% 65) + (150% 40) + (800 211.9) + (150 /2 24.1) = 130X100) _ go yyy 1.000 C g (arccos 0.9 {800 X 11.9% tg farceos 0,5) + 150/ 22624, 1X tg (arccosO.9) yap yar 1.000 Os fatores de poténcia 0,5 ¢ 0.9 corresponclem respectivamente aos reatores de baixo e alto fator de po- téncia utilizados. ‘As perdas em watts dos reatores bem como © seu fator de poténcia podem ser encontruclos em catdlogos de fabricantes. Os reatores simples para limpadas fluorescentes dé 65 W apresentam uma perda de 11,9 W_ com um fator de poténcia de 0,5, enquanto 0s reatores duplos utilizados neste exemplo tem perdas de 24,1 |W, com um fator de poténcia de 0,9 (reatares compensados). Com base nos resultuclos anteriores, foi organizada a Tabela 4.7. ©) Tragado das curvas de eargas [A partir dos valores totais obtidos da Tabela 4.7 tragami-se as curvas de carga das demands prevists, ativa e reativa, que compdem um ciclo de carga didrio, de acando com os gréficos dus Figuras 4.23 ¢ 4.24, d) Céileulo do fator de poténeia horario ‘Tratando-se de um consumidor do Grupo Tarifario Azul, o fator de poténcia é caleulado a cada inten de uma hora, conforme a Tabela 4.7. €} Catculo das energias mensais ativa ¢ reativa Os consumos de energia ativa e reativa para o pesiodo de um més de operacio da indstria so obti multiplicando.se as demandas ativae reativa pelo tempe considerads de operagao diaria © pelo nimero dias de tvncionamento previsto + O valor do consumo disrio de energia ativa diirio vale: Cannas = (2% 6) + (1.239 X 21+ 2066. 8) (1,790 % 2p + (1404-3 2) + (910 2) + (358 x 2) Conus = 27.979 kWhidia +O valor de consumo didrio de energia ativa mensal vale: Conny = 27.979 % 22 = 615.538 kWhimes. + O valor do consume diario de encrgia reativa didrio vale: Cue = CLT X 6) + (905 % 2) + (1.476 % 8) + (1.233 X 2)+ (1,060 % 2) + (659 <2) + (260 % 2) Cywacas = 20,052 kVArhdlia + Gvalor do consumo mensal de energia reativa vale: ovary = 200082 % 22 = 441.144 KV Arhimas. 1) CAlcula do fator de potencia médio mensal ‘Demandas acumuladas por perfodo ~ kW e KVAr WiONgLOd 30 NOL BRS REE ES 18-19 | 147 | > on | 552] 399 | 276 | 243. 16s | 15s | 182 19-20 | 147 or | 552] 399 | 276 | 243 les | 155 | 182 20-21 552. | 399 | 276 | 283 21:22 352]. 39% | 276 | 243 22.23 276 | 243 23-24 276 | 243 £07 204 CapiTuLo Quatro FIGURA 4.23 Curva de demanda ativa Demanda em kW Domanda de Poténcia Reativa FIGURAG.24 Curva de demanda reativa, EF SOL PS LK indutiva Horas A titulo de ilustragao, pode-se determinar o fator de poténcia médio mensal aplicando-se a Equacao (4.9), Deve-se acrescentar que, para a indiistria em apreco, modalidade hore-sazonal, este resultado ndo geraefeity prético. 615.538 VOlss38? + 441144 81 time Chass 1.2 Método anaiitica Este método se baseia na resolugao do tridngulo das poténcias, Cada carga é considerada indi- vidualmente, calculando-se a sua demanda ativae reativa, com base no fator de poténcia nominal. Ao se obter finalmente os valores de demanda ativa ¢ reativa, calcula-se o valor de ‘¥ conformea Figura 4.25. Este metodo, em geral, ¢ empregado quando se deseja obter o fator de poténcia num ponto determinado do ciclo de carga. EXEMPLO DE APLICAGAO (4.6) Determinar 0 fator poténcia, na demanda méxima prevista, de uma instalagdio industrial, cuja cargad composta de: + 25 motores trifisicos de 3 ev/380 V/IV polos, com fator de poténcia 0,73; + 15 motores trifisicos de 30 cv/380 WJ/LV palos. com fator de potencia 0,83; + 500 impadas fluorescentes de 40 W, com teator a baixo Fator de pot@ncia, ou seja, 0,4 em atraso, com perda de 15,3 W. A iluminagao é ligada em 220 V. Para os motores de 3 cv, tems 3% 0736 * 25 = 55.2kW = 55,2 * tg (arecos 0,73) = 51.6 kVAr Para os motores de 30) ev, tem-se: Poy = 0X 0,736 % 15 = 31,2 KW Pray = 331.2. tg (accas 0,83) = 22,5 KVAr

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