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} i i CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO. Gelso D. de Albuquerque Mello Livredoceute de Divito Internacional Publico da Faculdade de Direto da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professor da mesma disciplina na PUC/RJ, UERJ, UGF ¢ UNIG CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO PREFACIO DE M. FRANCHINI NETTO A I? EDICAO Professor Catedrdtico de Direto Internacional Piblico da Faculdade de Direto da Universidade Federal do Rio de Janeiro fe da Faculdade Brasilia de Ciéncias Furidias 2° VOLUME 14 EDIGAO (revista e aumentada) 2002 ot! dos os direits reservados LIVRARIA E EDITORA RENOVAR LTDA. MATRIZ:Rua da Assembla, 10~ Si. 2420/2421 ~ Centro ~ RB . CEP 20.011-801 ~ Teh: (21) 2531-2208 ~Fax: (21) 2531-2035, LIVRARIA CENTRO: Rus da Assembla. 10 Loja E~ Centro~ RI ‘CEP 20.011-901 — Yebs: (21) 2531-1338 / 2531-1316 / 2531-3222. Le LIVRARIA IPANEMA: Rua Visconde de Pj. 273-Loja A Ipanema RI ‘CEP: 22.410-001 ~ Tek (21) 2287-4080, ILIAL RJ: Rua Antunes Maciel, 177 ~ Sto Crixévdo ~ RJ CEP 20.940.010 Teks (21) 2589-1863 /2580-8596 / 386046199 Fax (21) 2589-1962. FILIAL SP: Rua Sano Amaro, 287-A.~ Bela vista— SP CEP O1.315-001 ~ Tet (11) 3104.9951 wenn acitoraronovar.com br renovar@oditorarenovar.combr ‘SAC o900.221863 Consetho Editorial Amaldo Lopes Susskind - Presidente Carlos Abperio Menezes Dircio Caio Taio Lia Bmyedio Pda Rosa. Cel de Abuguerque Mello Ricardo Persea Lira a ahh Revisdo Tipogréfica a Glia. Carvalho " Renato Carvalho Arefal de Capa le. ‘Anis Sofia Marie u rage Eleni “opt Eder Gia ide a CWP-Brasl Catsogassona-foor hy Sincsta Nacional dos Eres de Livos, R of Mello, Celso. de Albuquerque (Cels Duvivier de Albuquerque), 1937- Ms2e “Curso de dreo intemacional pio / Celso D. de Albuquerque ‘Met; preFacio de M. Franchini Neto’ ed. ~ 18.0 (ve. E aim) Rin de aneio: Renover, 2002, dv 23cm, ISBN 85-7147-714.0 (ol. |) ISBN 85-7147-718-3 (9ol 2) 1. Drs Intemacional Pablo. 1. Tito cpp-341 Proibida a eprodusio( 12i9.61098) “impress no Bra TRABALHOS DO AUTOR Alguns aspectos da ratificagdo de tratados, in "Revista Juridica”, vol. XIX, 1968, 1964, pigs. 139-155, Plataforma Continental — 1965 — Livraria Freitas Bastos, 160 ‘Mar Teritorial — 1965 — Livraria Freitas Bastos, 235 pigs. Ratifcagdo de Tratados — 1966 Genocidio: Alguns aspectos da Con de Criminologia e Direito Penal’ 99.106. Pessoas Internacionais, in “Repertério Enciclopédico, do Direito Brasi- leiro", vol. 87, pags. 118-136, Editor Borséi Evolugao da Politica Externa do Brasil, in “Centro de Estudos do Boletim Cambial”, 1967, 21 pags A Politica Externa Brasileira (1946-1966), in “Centro de Estudos do Bo- letim Cambial", 1967, 29 pai Frac, in “Repertério Enciclopédico do Direito Brasileiro”, vol. 59, pags. 68-74, Editor Borsoi 0 Poder Legislative na Ratificagio de Tratados, in “Revista de Ciéncia Politica’, vol. Il, n® 4, 1967, pags. 528. Intiodugdo ao Estudo da Guerra no Pensamento Catélico — A Guerra Justa, jin "Revista Verbumm” +. XXV, faces. 29, setembro.de 1968, pigs 221-250. Os Diretas do Homem na Ordem Juridica International, in "Revista de Giéncia Poliiea”, vol I, n* 4, ottubro-dezembro de 1968, pags. 144 156. Comentario bibliogrfica & obra de M. Gordon Levin Jr. — “Woodrow Wilson and World Politics", in “Revista Brasileira de Estudos Politicos", julho dde 1969, n° 27, pags. 263-267. 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(2 vols), 1994; 11" ed (tevista © atualizada), Editora RENOVAR, 1.556 pays. (2 vols), 1997; 19" ed, Editora RENOVAR, 1690 pags. (2 vols.), 2000; 15" ed, Falitora RENOVAR, 1670 pags. (2 vols), 2001 OneanizaydesIntervacioness. Parte Geral. Centro de Cincias Sociais da Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janciro, 1970, 63 pags (Giragem mimeourafada) Caracteristcas da Pottca Extema do Brasil e Os Diretese Deveres do Homem na ONU¢ OES, in” Estudos de Problemas Brasileiros” (obra coordenada pelo Pe. Francisco Leme Lopes), Editora Renes, 1970, pags. 193-218 SONU eo Direto Intemacional, in “Tabulae”, Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, ano IV, n*4, dezembro de 1970, pags. 67-77 0 Conteido Atuat do Dinsito Internacional Piblico, n "Revista de Ciencia Politica, vol. 5, n# 1, marco de 1971, especialmente pigs. 37-42 Guerra Civit (Campo de Direta Internacional Piblic), in "Estudios das Transformagdes da Ordem Politica”, Editora Renes, 1971, pags. 63-97. 0 Mar Teritorial Brasileiro in “Estudos do Mar Brasileiro", Editora Renes, 1972, pags. 117-188, ‘A Noma Internacional, in“Ressta de Ciéneia Politica”, janeiro-marco, 1972, pags. 51-64. 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Dirito ¢ Ecologia, respecti vamente, pigs. 3952 e 58-72, Fundagio Getulio Vargas, 1973: 0 Dineito Internacional + as Leis de Guerra. Escola Superior de Gueria (iragem mimeografada). 1973. 24 paks.: publicada im “Seguranga ¢ Desenvolvimento”, Revista da Associagio dos Diplomados da Escola Superior de Guerva, n 156, 1974, pags. 77-92. Repneientacio (Direto Internacional Piblic), in Repertério Encielopédico do Direito Brasileiro, t 49, pigs. 29-31, Editor Borséi Capitulos: “O Tervitérie Maritimo”, “Alto-unar” ¢ *Navios”, in Direito Internacional Pablico (obra em co-autoria de Raphgel Valentino So- brinho, Mario Pessoa de Oliveira, Vicente Marotta Rangel ¢ Celso Mello, 4 vols., 1974), vol. I, 236 pags., 1974. Tiragem da Escola de Guerra Naval, Ministério da Marinha, =~ 0 Dineito Internacional Piblico ¢ a Orde Internacional ¢ a Guerra Interna no Direito Internacional Piilico, in Themistocles Brandao Cavalcanti © [As Nacdes Unidas e os Problemas Internacionais. 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Livraria Freitas Bastos, 1980, pags 243-269, A Situacio Juridica do Estrangeiro na Nova Lei, in“Estrangciro, para onde vais?”. Arquidiocese de Curitiba, CNBB, 1980, pags. 15-18, — 0s Bvitados Perante 0 Direito Internacional Piblico, in Revista Brasileira de Giéncias Juridieas, n® 1, ago./80.jan./81, pags. 12-23. — 0 Principio da Igualdade no Divito Internacional Piiblico, in Revista da Ordem dos Advogados do Brasil — RJ, vol. XX, 1 quadrimestre 81, nf 15, pags. 11-26. — Dineitas do Homer, VI Jornada Latinoamericana de Metodologia do Ensino de Direito, tiragem mimeografada, PUC/R], 1981, 10 pags. = Sujet de DiveitoInteracional Publica. Organizagbes Internacionais ¢ Outros Sujeitos « Sujetos de Direito Internacional Pitlico. Estado ¢ Individuo, im Septimo Curso de Derecho Internacional organizado por el Comité Juridico Interamericano (agosto de 1980), Secretaria General de la ‘Organizacién de los Estados Americanos, Washington D.C,, 1981, res pectivamente, pgs. 19-82 ¢ 33-51 398 General de la Qrgunizacion de los Estados Americanos, Washington D.C, 1982, pigs. 829. Prefacio a0 fivo de Carlos Roberto de Siqueira Casteo — 0 Principio a Ltonomia“e"e Iguadade da Muth no Divito Consttuional, Eitora Forense, 1988, pigs. XEXI 0 Gowemo ¢0 Diet Internacional Piblico, in Estos Juriicos em Ho menagem 40 Prof. Haroldo. Valladio, Livraria Freitas Bastos, 1983 pgs. 7859, Novos Enfoques ¢ Pespectvas do Dirato Intemacional Pallico, in Noveno Gurso de Derecho Internacional, organizado por el Comité Juridico Interamerieano con la Cooperacion de la Secretaria General de la GEA en agosto de 1982, Washington D.C, 1983, vol. 1, pigs. 4159. Resenha do livro’de A. A. Cancado Trindade — The Application of the Rae of Exhaustion of Local Remedies, in International Law, Cambridge University Pres, 1983, publicada in A. Augusto Cangado Trindade — 0 Esgotamento de Recursos Intemos no Dire Internacional, 1984, pigs 11-14, Edtora Universidade de Brasilia, Brasilia. Igualmente publicad in Revista da Faculdade de Direito, Fortaleza, vol. 24, n® 2, julhode- Zembro de 198, pigs 185189, Também publicada in Revista Bratileira de Estudos Politicos, n® 59, julho de 1984, pigs. 224228, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. {A Contrbugdo do Dro Cuil ao Divito Inemacional Piblico, in Estudos Juridicos em Homenagem ao Professor Caio Mario da Sila Pereira, 1984, pags. 212220, Edltora Forence ineies do Homem na América Latina, in Crica do Direto © do Estado, orgunizador: Carlos Alberto Plastino, 1984, pigs. 153-160, Edicoes Graal Lida, Resenha bibliogrfica da obra Repetnio da Prética Brasilia do Dinito Intemaciona, de Antonio Augusto Cancado Trindade, 3 vols, Fundacso ‘Aloxandre de Gusmao, Brasilia, in Revista Brasileira de Teenclogin, tol. 16, n° I, jeiro-fevereiro de 1985, CNPq — Consetho Nacional de Desenvolvimento Cientfice © Teenologico, pag. 4 Preficio aolivro de Prosper Weil — 0 Dino Intemacional no Pesmento Judaico — 1985, Editora Perspectiva S. Paulo, pags. 7-9 Guana Inema eDirei‘oInteacional, Editora RENOVAR, 1985, 229 pigs. Ry Aspedos Gras do Divito Intemacional Publica, in Curso de Derecho Internacional. XI Curso Organizado por el Comité Jurfdico bnterame: Hieano. Secretaria General, Organizacion de los Estados Americans, Washington D.C, 1985, pags. 328. jcramerieano 1081, Secretaria 399 Resenha do liso de A.A. Cangado ‘Trindade — The Application ofthe Rule of Exhaustion of Local Remedies, in nernational Lave, Cambridge University Press, 1983, publicada iv A. Augusto Gancado Trindade — O Esotamento de Rerrss Intemas no Divito Internacional, 1984, Editors Universidade de Brasilia, pigs. 11-14. Igualmente publicada in Revista da Faculdade de Dircito, Fortaleza, vol. 24, n* 2, julhodezembro de 1983, pags. 185-189. Foi também publicada in Revista Brasileira de Estudos Politicos, n? 59, julho de 1984, Universidade Federal de Minas Gerais, pags. 224228. Resenha bibliogrifica de Anténio Cancado Trindade — Reperténo da Pratica Braslena do Direto Intemational, 3 vols., Fundacio Alexandre ‘de Gusmao, Brasilia, 1984, in Revista Brasileira de Tecnologia, vol. 16 1 1, janeitofevereiro de 1985, CNPq — Conselho Nacional de De senvolvimento Cientifico e Tecnol6gico, pig. 64 Prefécio ao livro de Paulo D. Bessa Antunes — Una Nova Introducdo {0 Dito, Livratia ¢ Editors RENOVAR Ltda.. RJ, 986, pags. Te I. Consituigi e Relagies Intemaconais, in A Nova Constigao € o Direito Internacional, coordenagio de Jacob Dolinger, Livraria Freitas Bastos, 1987, pags. 1937. Algumas Consideracdes sobre os Diretos do Homem no Dineito Internacional Pili, in Contextos, n* 2 (julhodezembro de 1987), publicagao do Mestrado de Ciencias juridicas da PUCRY. Preficio ao livro de josé Ribas Vieira — O Autoitarismo ¢ a Ordem Consttucional no Brasil, Edivora RENOVAR, RY, 1986, pags. 1! 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Principio de Nao-inteFvengd in Revista de Ci€ncia Politica da Fundacao Getulio Vargas, vol. 38, maio/jul. de 1990, pags. 9-19. Preficio ao livro dé Benjamin do Rego Monteiro Neto — 0 Direito da Sociedade Humana, 1990, pig, 15, COMEPI, Teresina Proficio uo livre de Jessé Torres Pereira Jimior — OQ Dirt d Defesa na Constitwicdo de 1988) 1901, pigs. V © VI. Editors RENOVAR. Dineito Interwacional Americano, 1992, Universidade Gama Filho, 205 paigs., 1992 (1iragem mimeografida) A Revisto do Direno Constitucional Internacional na Constituicéo de 1988, rio sobre Revisio Constitucional, Universidade Gama Filho, 1992, pags. 1-14 (uirayem mimeogratacia. Apresentagao (orelha) do litro de J. Haroldo dos Anjos ¢ Carlos Cx minha Gomes — Curso de Diveito Maritimo, 1992, Editora RENOVAR. 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Uni versidade Gama Filho, 1998, pags. 69 (tiragem mimeografada) Consideracdes sobre o Mercosul, in Boletim Cientifico do Mestrado € Doutorado em Direito, ano 1, n® 1, 1998, Universidade Gama Filho (tiragem mimeografada), Sobre a Solucio de Conflitos entre Estados ou entre Governos (debi tedor), im A Solucio de conflitos no Ambito da Integragao dos Paises do Cone Sul, 1993, pigs. 69, Universidade Gama Filho (tragem mi meografada) AA Sociedade Internacional: Nacionsalismno versus Internacionalismo © a Questao dos Direitos Humanos, in Direito, Estado e Sociedade, n* 2, jancirorjulho de 1993. pigs. 25-36, PUC/Rio, Departamento de Ci encias Juridicas. Foi também publicado i Arquivos do Ministério da Justica, ano 46, n® 182, julho-dezembro de 1993, pigs. 115-127. 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Mestrado e Doutorado (tifagem mimeografuda). . sor Resenba Bibliogrifica de Philippe Bretton — Relations laternationales Comtemporaines, i Boletioy ela Sociedade Brasileira de Direito Inter nacional, jancizo/junho de 1994, n%s 91/92. pags. 193 © 194 Anailise do Niicleo Intangivel das Garantiss dos Direitos Humanos em Situagdes Extrema: Uma Interpretagio do Ponto de Vista do Direito Internacional Publico, in Direito, Estado ¢ Sociedade, PUCRJ, Depar- tamento de Ciéncias Juridicas, n¥ 5 agosto/dezembro de 1994, pags. 1328 Responsubilidade Internacional do Estado, Editora RENOVAR, 1995, 215 paigs. Em 1994 foi feita iragem mimeografuda pela Universidade Gama Filho (199 pags) Apresentacio (orelha) do livro de Luiz Emygdio F. Rosa Jr. — Manual de Direito Financeiro € Direito Tributirio — 10% ed., 1995, Editora RENOVAR. Pronunciamento, én Anais do HI CONPEDI — Pésgradwacao em Di: reito no Brasil: Avaliugio e Perspectivas, 1995, pags. 80 ¢ 81, Editoria Central da Universidade Gama Filho, ‘Saudacao a0 Pe. Laércio Dias de Moura, inDiteito, Estado e Sociedade, Pontificia Universidade Catdlica do Rio de Janeiro. Departamento de Giéncias Juridicas, a? 6, janeirojulho de 1995, pags. 17-20. Apresentacao” do trabalho de Friedrich K. Juenger — Conflito de Leis na América e na Europa, coordenacio de Nadia Araujo et alli, in Cadernos de Direito Internacional Privado — Departamento de Direi- to, PUCR), ano I, n 1, 1995, 2 pags. (tiragem mimeografada) Introducio a0 Estudo das Sancdes no Direito Internacional Publico, 1995, 109 pags. — Publicacio mimeografada do Curso de Pos-gradua: ‘gio em Direito da Universidade Gama Filho. [Apresentagio da obra de Adherbal Meira Mattos — Direito Interna: ional Pablico, 1995, pag. II, Editora RENOVAR. © Mercosul e a Reunido de Ouro Preto, in Caderno Cientifico do Mestrado e Doutorado em Direito — Universidade Gama Filho — Ano T— n° $ — 1995, pags. 48. Direito Internacional Americano — 1995 — 246 pigs, Editora RENO- VAR, ern 1992 foi feta tiragem mimeografada pela Universidade Gama Fitho (205 pags.) 902 'A Revisio do Direito Internaciomal na Constituicao de 1988, in Revista ‘de Cignéias Sociais, ano 1, n® 1, novembro de 1995, pags. 75-89, Uni versidade Gama Filho. Prefiicio ao livro de José H. Fischel de Andrade —Direito Imernacional dos Refugiados, Editora RENOVAR, 1996, pags. XI ¢ XI Preficio a0 livro de Paulo Borba Casella — Mercosul: Exigéncias ¢ Perspectivas, 1996, Ltr, Sio Paulo, pag. 7 Direito Internacional da Integracio, 1996, 857 pags., Editora RENOVAR. jonal Humanitirio pelo Direito Brasileiro in A Incorporagio das Normas Internacionais de Protecio dos Direitos Humanos no Direito Brasileiro, Antonio Augusto Cancaco Trindade — Editor, 1996, San José da Costa Rica, Co-edigio do Insti tuto Interamericano de Direitos Humanos, Comité Internacional da Cour Vermelhia, Alto Comissasiado das Nacoes Unidas para Refugiados € Comissio da Uniio Européia. — Aspectos JuridicosPoliticas da Globalizagao, in Revista Ciencias Sociais, vol. 2, n” 2, 1996, pags. 7-27, Editoria Central da Universidade Gama Filho — Dircito Internacional Piiblico, Tratados ¢ Convengdes. 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Hamenagem a Gliucio Veiga, Coorderiadores: Nelson Nogueira Saldanlia ¢ Palhares Mureisa Reis, 2000, pigs. 37-55. Editora Juru, Curitiba. Preficio ao livro de Dyle Campello,— O Dieito da Concorréncia no Direito Comunitario Europeu: Uma Contribuigao ao Mercosul, 2001, 2 pgs.. Editora Renovar. Prelicio ao livro de Ana Paula Teixeira Delgado — © Direito a0 Desenvolvimento na Perspectiva da Globalizacao, 2001, 1 pg., Editora Renovar. Prefacio ao livro de Joaquim B, Barbosa Gomes — Acio Afirmativa e Principio Constitucional da Igualdade, 2001, Editora Renovar, 2 pgs Direito € Globalizacio Prefiicio wo livro de Ava Crist ‘© Material do Mercosul. 2001, Editora Liimen Juris. XV Preficio ao livro de Luis Cesar Ramos Pereira — Aplicabilidade do Direito, 2001, Faitora Renovar, 2 pgs. ‘Alto Mar — Editora Re 2001. 265 pgs. Preficio ao livro — “Os Prineipios da Constituicio de 1988", organi: adores: Manoel Messias Peixinho, Isabella Franco Guerra e Firly Nas cimento Fill, 2001, Editora Lyimen, pg. XV-XVIL Algumuas abservagdes sobre 0 Instiuito do Reconhecimento no Direito Intemacional Piblico, “in” Revista Ciéneias Sociais, vol. 5, n 2— dezembro de 1999, publicado em 2001, Universidade Gama Filho Preficio ao livro de Ant6nio Augusto Cangado Trindade — O Direito Internacional Piblico em um Mundo em transformacio, 2002, Editora Renovar, pg. IX-XVI 903 CAPITULO XXX PROTECAO DA PESSOA HUMANA! 318 — Introducio; 319 — Tréfico de escravos, eseravidao « trabatho Jforcado; 320 — Trajico de mulheres; 321 —Tréfico de armas, de bebidas aleosicas « de publicacées obscenas; e represséo a falsificacio de moedes; 322 — Comércio de estupefacients; 323 — Saluaguarda dda vida humana no mar; 324 — A Protegao Internacional do Trabalho; 325 — Minorias; 326 — Saside; 327 — Genocidio; 328 — Crimes ‘contra a humanidade; 329— A questdo da Cone Internacional Cn- minal 318, No presente capitulo vamos estudar alguns dos aspectos da pro- tecdo dada pela ordem juridica internacional 4 pessoa humana. Os atos internacionais realizado com este fim demonstram exatamente a subjeti= vidade internacional do individuo, vez que o wansformam em portador de direitos e deveres perante a ordem internacional? 319, O Dl se interesa em proteger 0 homem contra qualquer resttigao ‘que se faga sua liberdade. A escravidio é:forma mais violenta de atentado a liberdlade humana. ‘A primeira preocipagio do mundo juridico internacional para termi- nar com a escravidio foi o da aboligio do tifico de escravos* uma ver {que aquiela s0 existiria enquanto este subsistisse. A escravida pode piece % primeira Vista, um problema ultrapassado dentro do DI, pelo contrério, ela ainda se mantém em alguns Estados mugulmanos, na Africa, ete.” O trifico de escravos através da Hist6ria se apresentou em duas mo- dalidades: de escravos brancos € o de escravos negros, ( trifico de escravos brancos foi exercido, acima de tudo, pelos Estados do norte da Africa, que faziam 0 comércio dos eurapeus prisioneiros. Ele foi praticado, por exemplo, nas trés primeiras décailas do século XIX € 907 teve fan quando, em 1890, 4 Angéli fo% conqistta pela Fraga’ A Bassin 4o donna a regio do Mar Negro, tersnom com # eserasidio de brancos alk existentes. O tnifico de escravos negros® foi praticado durante séclos perdura sinda hoje en certs eyides NossGenlos XVI e XVI, le for mn monopslio dios portugueses. A Franca, posteriormente, também pasos realizar 0 trdfico. A inglaceira também 9 fer, com a protecio do govemo, durante tim longo periodo, e obtém, ei tratados internacionais, @ direito de Colocar certa quota de escravos no Novo Mundo No século XVIH tem inicio, dentro dos grandes Estados europeus, & uta un fiwor da aboligia do wifico. Fra # resultante do pensamento filoséfico da gpoct-Os Estados passim revogar as leis que davam proteeao ao ica, Tal Fendmeno ocorre na Inglaterra, na Franga, N08 BUA. © primeizo pats a abolit 0 trfico-de escravos foi a Dinamarca, ie, pelo esto do Ret Cristiano VII, de 1631792, proibiu que seus siditos Eonrasem parte no tifieo de escravos (Eugene D. Genovese —O Mundo lion Seniorea de Escravos, 1979). A Constitwigio dos FUA, em 1787, est teleets a extingio do wafico n partir de 1808. lei bitinica pribindo o ttdfico é de 1807, A Tota du Inghiterra contra o tafico fez com que ela Conguistatse novas colonias para servir de base pata a sua lta; Serra Leoa (1808), Gimbia (1816) e Costa do Ouro (1821). Em conseqiiencia, ela fasiow'ater uma situagio dominante na Africa Ocidental (Harry Magdoft Pe tmperalismo da Era Colonial ao Presente, 1979) Nb nico do século XIX (Tratado de Paris, 1814) afirmase que a abotigac do wafico de escravos deverd ser feita de modo internacional" Dentio desta orientagio, no Congreso de Viena € feta uma declaracio (22-1815) em que 0 walico € condenado, O.2* Tratado de Paris (20-10 1815) contéin uma condenacio semelhante, Essas condenacées vio sendo Fepetidas nos grandes congrestos da época: Aquisgrana (1818) © Verona (b22)" (08 Esudos passam a conchir, durante © século XIX, uma série de cratados em que eles admitiamn o direto de visita a ses naviog em altar por navies de guerra de outro Estado, E a origem do direto de visita © Unha por finaidade reprimsr 0 tafico de escravos. ‘ol No Geral da Conferéncia de Berlim (1885) proibia qualquer wifico cou trinsito de escravos na fegito da bacia do Congo, Diante da fata de Tesultados do Ato de 1885, foi reunida em Bruxelas (1880-1890)' uma nove Conferéncia com maior nimero de Estados participantes de que a anterior {hachuive a Pérsia, Zanzibar, ete), que concluit uma nova convencao {nterditndo o tifico e permitindo 0 direito de visita aos navios emt alto: ‘A Convengio de Saint Germain (1919) revoga asanteriores eos Estados se obrigaram a por fim a escravidio e a0 trafico de escravos. Em 1926, 908 tuna nora convengio, conchuidla sob os auspicios da SND, proibia qualquer forma de escessidaw, O Codigo Bustamante (19: ) eolocon 0 trifico de ‘escravos como sendo tim delito internacional © punivel pelo Estado que cupturasse 0 navio infrator, A OFT, em uma convengio, declara que Ui balho forgudo € todo tabalhe ou Servico exigido de um individuo sob a ameaca de una pena © para o qual o individuo no se ofereca espontr neamente’, Em 1948, 4 Declaracao Universal dos Direitos do Homem (art 23) firma que o abalho deve ser livre & remunerado, bem como a Femuneragio deve dar ao wabalhador e & sua familia uma existencia que seja compativel com a dignidade humana. Os mesmos principios figuram no Pacto Internacional de Direitos Econdmicos, Sociais ¢ Culturaise no Pacto Internacional dos Direitos Civis € Politicos, ’A Convengio de Geneba sobre atoamay (1958) esibelece, ose art 18, que todo escravo que ae reugiar em qualquer navi ext lve. Os Estados se obrigam ainda a conbater 9 fico, O ar, 22 da mesma com “eng dine ge in mii degra Ao io de "ta em nao de comerio en ako mar, quando houver ospeta de que este navio Se dedica o wilfeo de eserves” A coneencao da Baia de Montego sobre ©°D. do Mar (1982), no art 99, esabelece que todo Estado deve imped 0 tlco de eacravos, bem como todo exerave que se refgiar em un navi Fara lve. No art 170 consagrao dreto de vista no aliomar 40 avo {que se suopeitarfaca o waico de esravo, A Socedade andescraviio aia, em 1966, que havia cxidéncia de ceri de virus Torias can 26 paves, por exemplo, no Temen, ‘Abia Sauita(apesar da proibiio de Faigl em 1962), ete. A Mauritania aol a escravidag em 1980. 320, © wafico de mulheres €aquele que se destina a coloca us me theresnaprosttuicd. Durante muita tempo, ele ok denominado de tafco de brancas, mas deste a Convengao de 1921 esta expresso € swbnda pela de ualico de mulheres, com o que se demonstra que a ordem juridica internacional protege a mulher, independente de sua cor. (Os autores tém dividido a lata contra este trifico em ués fases: a) das organizacdes particulares que. em um congresso em 1899, constituiram tui Bureau internacional que deveria reprimir 0 trifico de mulheres e de criangus; b) 08 goverinos se interessaram pelo assunto € er 1904 concluem uma convengio em que se obrigam a destacar funciondrios para combs elo; nesta mesma fase, outra convengio (1910) condena o aliciamento para a prostituicdo de mulheres de menos de 20 anos; ¢) a repressio passa ‘ser também obra das organizagdes internacionais e, em 1921, € conchuida uma convengao sob os atispicios da SDN; a idade aumentada para 21 tanos; em 1933, € assinada outra convencio sobre o mesmo assunto. Em 1949, a ONU realiza uma convengio em que o wafico € condenado, mesmo 909 nos casos em que Inf concorekincia da yyulher. Estas dltimas convencoes invocadas condenaram igualnente © wilico de criangas. ‘Aind visundlo a protecio «a mulher de modo amplo existe nas NU umn Fundo de Desenvolvimento da Mulher 321. A luta contra o tfico de armas foi praticam: final do século pasado, ele foi proibido em determinada zona da Afvica e ariado em Bruxelas um Bureau internacional para a sua repressio, Em 1919, a Convencao de Saint Germain proibiu o trafico na Asia ¢ na Afvica ASDN procurou, por meio de uma convengio (1925), criar um controle ‘40 comércio intemacional de armas. Na verdade, essas tentativas fracassaram, uma ver que as duas conven des citadas nao entraram em vigor. Pade-se acrescentar que 0s tatados Concluidos apés # 1? Guerra Mundial proibiram a importacio e exportacito de armas para a Alemanha e para a Austria. ‘0 trifico de bebidas alcoslicas para a Africa foi também condenado por diversas vezes: na Conferéncia de Berlim (1885), na de Bruxclas (1890), fa de Sain-Germain (1919), sendo que nesta ltima foi coneluida uma Convencio interditando certas zonas da Africa as bebidas aleodlicas. Estas Convengaes nao tém atualmente nenbum valor, a nao ser para a Historia. ‘0 comércia e a impressio de publicaces obscenas foram reprimidos pela Convencao de 1923 realizada pela Sociedade das Nacdes ¢ 0 seu Protocolo (Nova Torque, 1947); bem como pela convengio de Paris em 1910 e seu protocolo (Nova Iorque, 1949) 'A repressao & falsificacao de moeda foi realizada em convencao con- cluida em Genebra em 1929, que comsagra a punigio deste crime. 322. A repressio ao comércio de estupefacientes tem a sua razao de ser no mal que estes produtos acarretam ao individuo™. ‘A SDN, pelo art. 23, letra C, do Pacto, estava encarregada de controlar 0s “acordos relativos ao tréfico de mulheres e eriancas, do trafico de épio Outras drogas nocivas”. Em execucao 20 citado dispositvo, ela concluit Convengies sobre 0 comércio de estupefacientes: 1925, 1981 © 1986. A primeira estabeleceu um controle internacional a este po de comércio; segunda criou na prépria SDN uma espécie de contabilidade do comércio das normas sobre o comércio de estupefa te infinifera. No a terceira fez uma unificag 'A ONU recebeu da SDN of" poderes que ela tinha siesta matéria. O Conselho Econémico e Social € 0 6rgao competente dentro da ONU para tuatar dos estupefacientes; Ele possui uma comissio especializada sobre 0 assunto. Em 1961, foi contluida, sob os auspicios da ONU, 2 convencio, tinica sobre estupefacientes, ‘Na ONU o Secretariq-geral tem dependendo dele Divisio de Estu pefacientes, que asseguraco aecretariado da Comissio de Estupefacientes Go CES (30 membros). Existe também o Fundo das Nacées Unidas para a Luta contra os Abusos de Drogas, criado pela Assembléia Geral. 910. A citadla convencio tinica crion 9 Orgdo Internacional para o Convole de Estupefucientes (13 membros # partir do protocolo de 1972). Os go: femantes vein telatris suas tnigidos ao. Ongao estabelecendo ss Qvanidades de que dspdem oe sxe fins uedicos, estoque, et). A Sancio €-0 cimeryo, i €, proibigho de importacio « exportagao, O Cmbargo mio tem sido aplcudo, Nt Convengto de 1972 30 esipola a Obrigagio de extraigio do autor lo “crime de *comércio” de etupets satin pop de 171, hen oo « Convene dap Nace (1988), que repre producto, extrarso,dstibuiio, vend, transporte eee saa our Uwabalhadores higgene industrial, desemprego. acidentes do trabulho, or ganizacio sindical, ete Podemos apresentar in miior desenvolvimento sobre st liberdacle sindical assegurada pelas convencoes tla OTT de 1948 € 1949. A liberdade sindical é garantida a todos os empreyadores ¢ empregados que podem constituir livremente sindicatos. A ordem jurfdica interna pode fixar os casos de suspensio e dissolugio de sindicatos. Em 1950 0 Conselho de Administraciio di OIT criow a Comissio de Investigagio ¢ Conciliacio sobre liberdade sindical. Os membros da Comissio sio indicados pelo citado Conselho. Ela € permanente e € um érgio comum i ONU e a OFT tendo em vista que a hberdade sindlcal interessa aos direitos do homem. A Comissio tem nove membyos que atendem as diferentes regioes geogré ficas, sendo que € formada por individuos independentes de Estado ¢ de organizugoes sindicais. Os nacionais das partes em litigio nao participam do procedimento. A Comissio tem funcao de investigagao e de conciliacao. As reclarmacoes podem ser aprecentadas pelos governos e organizacoes de empregados e de empregadores. © CES ¢ a AssembléiaGeral da ONU podem transmitir reclamagies, Para existir a conciliagio € necessario que 6 governo interessado dé o seu consentimento. Existe um Comité de Liberdade Sindical formado por nove membros do Consetho de Adminis: tracio (és de cada grupo social representado na OIT) que diz se a reclamacio merece ou no um exame aprofundado. A investigagao tem tr fases: a) escrita; b),oral e e) visita ao Estado, Ela é secreta, e as partes participam, © procedimento termina por um relatério, Considerase que 0 ideal seria a conciliagao nao depender do consentimento do Estado. A protecio internacional do trabalho 6 feita também nos pactos de Direitos do Homem. |Ji'se fala atvalmente em DI da Seguridade Social, que teria a sua origem em um tratadlo de cooperacio sobre a matéria conclufdo entre a Franca e a Iulia, em que se consagrava a igualdade de tratamento (1904). Em 1925 a convencio n* 19 da OIT consagra a igualdade de tratamen- to, A acio da OIT nesta matéria tem sido sintetizada do seguinte modo: a) entre 1919 e 1936 gira em torno da nocio de seguridade e protege ccertas categorias dt: trabalhadores: b) a partir de 1944 visa estabelecer um Fendimento minimo ¢ assegurar a protecio médica; c) em 1952 estabelece normas gerais sobre seguridade, 5 Vamos agora abrir um parénteses sobre 0 DI do Trabalho que nas pavras de Amaldo Siissckind, € “0 capitulo do DIP que trata da protecio do trabalhador, seja como parte de um contrato de trabalho, seja como ser humano; com a finalidade de: a) universalizar os prinefpios de justica social; b) incrementar a cooperacio internacional para proteger 0 traba Ihador”. A Declaragdo de Filadélfia da OIT (1944) afirma: que o trabalho nao & mercadoria; b) direito dos seres humanos de perseguirem 0 seu bem-estar material; ¢) proporcionar emprego; d) facilitar a formacio pro- one Fissional: ¢) ussegurar o dliveito de ajustes coletivos: f) incemtivar a coope- rigio enue empregados © empregudores. “Jenks afirmava que © progresto social ndo € obstieulo av progtesso econdinico. © proprio preimbulo da OTT afirma que a paz universal se baseia na justiga social ‘Alguns autores defendem que 0 DI do Trabalho tem autonomia As convencées da OFT nio podem ser ratificadas com reserva devido «4 sua estrutura (governo. patrio © empregados) (O art. 427 do Tratado de Versulhes relaciona 0s principios fundamen- tais do DI do Trabalho: a) bemvestar fisico, moral ¢ intelectual do tabu Ihador; b) a uniformidade absoluta s6 pode ser alcancada paulatinamente: ©) salirio igual por wabalho igual; d) jornada de 8 horas; e) direito a associagio, ete (O art. 23 do Pacto da Liga dls Nacdes coloca como seus objetivos sassegurar condicées de trabalho*justos e humanos. (Os estados podem se retirar da OFT, mas o prizo de aviso prévio é de dois anos. (0 tratado nao admite a suspensio de um membro. As convencdes & recomendagSes sto submetidas 20 Legislativo, Connido se versasse matéia de competéncia do Executivo 56 seri submetida a este. A convengao da OFT fala em “autoridade competente” ¢ esta é quem pode legistar sobre a matéria, O estado ao aceitar em parte a convencio pode fazer uma lei regulamentando o que ele aceitou ara controle da aplicagao das convenes hi um sistema de relat6rios. Ha também procedimentos contenciosos que podem ser iniciados por: a) estadomembro; b) “ex officio” pelo Conselho da Administracio; c) orga nizacdo de empregados ¢ empregadores; d) delegacdes nas conferéncias. ‘AComissio dos Peritos tem 20 membros que representam as diferentes regides. Tem fanedes quase judicisrias. Os casos de infracao nao resolvidos por ela sio enviados A Conferéncia. E um érgao técnicojuridico. As sessoes sio sccretas, A sua finalidade é fazer com que os estados curmpram as normas da OFT ‘A Comissio Tripartite & formada por representantes de governos. patrées ¢ empregados. E um drgio téenico-politico. As sessBes S20 piblicas, ‘Toma como base o trabalho a Comissio de Peritos e convida os governos interessados a dar explicagdes. Existem procedimentos contenciosos: a) reclamagao que € apresentada por organizacdes de empregadores e rabalhadores a OIT quando nao hi ‘© cumprimento de uma convencio ratificada: b) queixa que € apresentada por estado, delegacio ou ex officio pelo conselho de administracio. O processo € de natureza judicial, E apresentada ao Conselho de Adminis ‘yacio que pode criar uma Comissio de Investigacio, Exte item acima € em grande parte calcado na excelente obra de Arnaldo Sissekind. - 913 Pretendemos apresentar ainda algumas consideracdes sobre o DI do Trabalho, No esse cl 1* Guerra Mundial a idéia de concorréncis inter ncional estava presente tanto nos governos, como nas organizacdes dos trabalhacores, Eks no foi estianha a admissio da Austria ¢ Alemanha na QIT em 1919. Era uum argumento que tinh certo peso (Valticos). Esta iddgia de igualizacao dos cnstos da producao desaparece. Os economistas hhaviam mostrado que a situacio dos paises € muito diferente. A igualdade das normas em vez de ser um fator de equilibrio era uma desvantagem para os paises menos desenvolvidos. A legislacio internacional do trabatho nndo visa a igualdade de custos, mas a sua equivalencia (Valticos). As convencdes internacionais de trabalho apresentam as seuintes caracteristicas-) sao adotadas em uma instituicdo. Elas nao sio precedidas de negociagoes diplomaticas, mas de uma discussao no meio de assembléia (que € semelhante aos parlamentos; b) a Conferéncia Internacional tem uma representacdo tripartite; c) as onvencdes e recomencdagdes sto apro vadas por 2/3 e devem ser submetidas as autoridades nacionais competen- tes no prazo de 12 a 18 meses; d) Scelle afirmava que us convences nto tinham aspecto contratual. As convengdes s20 textos "“quase-legislativos” ‘ou “prélegislativos”, como tem sido afirmado; ) as convengdes € reco mendagoes formam 0 Cédigo Internacional do Trabalho; f) as normas 350 claboradas com flexibilidade e podem levar em consideracio as diferencas de condigdes econdmicas; g) ha variedade nos métodos de aplicacao; h) as vezes as convengées tém alternativas; i) as vezes permitem derrogacdes tempordrias; j) a recomendacao € feita quando nao hé condigées para convengio; k) as linguas das convengies sio francés e ingles. Existem também tratados bilaterais, como os da seguridade social. (O maior problema dos representantes dos empregadores foi dos paises comunistas e se alegou que nio se exigia que o empregador fosse pessoa privada. ‘Adata da entrada em vigor da convencao determina a data da dentincia € ela pode ser denunciada no ano seguinte a0 que completa 10 anos. (Quando a convencdo nao entrou em vigor € um estado a ratificou elt pode pedir a anulacio do registro da ratificaca INo caso de _convencoes € recomendagoes no raufiuatlas us estados permanecem com a obrigagio de fazer relatérios sobre clas. ‘Algumnas convengdes criam procedimentos especiais para assegurarem a sua execucio; como € 0 caso da convencio sobre a liberdade sindical. Ela criou 0 Comité de Liberdade Sindical com 9 membros ($-repre- sentantes do governo, 3 dos empregadores e 3 dos empregados). Em 1950 para as reclamages de violacdes foi criada a Comissio de Investigagao e Conciliagio. E formada por persomalidades designadas pelo Conselho de Administragio. Ela aprecia as reclamacoes dos governos, empregadores e empregados. Sio formados grupos de 3 a 5 membros. ot Umma caracteristica deste procedimente € x participacio de elementos no yowesnamentais, Todi as fases sio acompanhades de publicithule para ungir 4 opiniio piblica (0s dados ucima sio tirados de Nicolas Valicos No Conselho da Europa existe uni Cédigo de Sewuridade Social (1964) «seu protocolo. A sua revisio terminou em 1990, Ele consagra os seguintes principiox ) igualdade de tatamento entre nacionais e estrangeitos: b) Tepe aot ees agus © em curso de anuisn, coopera ‘SONU concluiu em 1990 4 convencao internacional sobre a Protegio do Direito de Todos os Trubalhadores Migrantes e seus familiares, onde, por exemplo, € proibida a dicriminacio de direitos. Cria um Comité de Protecio sos direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e seus familis- rea. Ele recebe comunicagoes de um estado sobre outro estado. 225, 0 estudo das minoria voltou a ser tema importante no DIP na década de 90 do século XX. No periodo entre a I? ea Guerra Mundial foi um dos assuntos mais tormentosos nas relagdes Internacionais. ApOs a 2 Guerra Mundial, pensou-se que protecio internacional dos direitos hhumanos seria suficiente e quase nao se falou mais em minorias. Contudo, precisamente a partir de 1991, ou seja, do desmoronamento da URSS, toltase a falar em nacionalidades ou principio da autodeterminacao dos povos, ¢ vai surgir também a questao das minorias. ‘Na Europa Oriental, virios Estados, ap6s um longo periodo de “uni ficagio”, vao se desmembrar, como a Tehecosloviquia, a URSS e a lugos: livia, Surge o problema das minorias, vez que durante o periodo de ficagio elas haviam migrado de uma regido para outra. Talvez 0 problema mais grave, devido guerra que ocorreu, tenha sido 0 dos sérvios na Bosnia Herzegovina. "Tem sido assinalado em diferentes obras que a globalizacio provoca sialeticamente o “Tocalismo”, ou, se quisermos, o etnocentrismo. Os dife- rentes povos, com receio de perdcrem a sua identdade diante da globa Tizagioy “exacerban” of seus tragos culturais pr6prios. Ha hoje uma glo balizagio que encontra como forca contraria o “localismo” ‘AS minorias penctram ma Idade Moderna, no DIP, na Paz de Westfalia, através das denominadas minorias religiosas as étnicas no Tratado de Varsovie (1779) «que fea 4 primeira partdha da PolSnis. N. Rouland “et ali” afirmam que se comecou # tratar deste tema desde a Antighidade oriental, O que nao nos parecé muito correto, vez que a palavra minoria uiiizada em relagio a individuos (nacionais e estringeiros) em uma situacio determinads, Ora, 0 que vamos encontrar na Antghiidade € ma Idade Média é uma regulamentacio da situac3o dos estangeiros em geral, € nio a referida *sitwagio determinada” "Apés a Reforma, que quebra a unidade religiosa européia, € que s vai colocar a questio das minorias. As disputas religiosas sio imensas. Em 1555, na Paz de Augsburgo € consagrado o principio *Cujus regio ejus os religio”. que vai se espalhar pela Europa afirmando que a religiio dos siditos € 4 religito do monares, Um dos prinipais vatados protegendo mninorias (04 de 1606, Tratado de: Par de Views entre © imperador Rodolfo Teo Principe da Transivania Stephen Bockay que previa protecio para minorias Feligiosis. A evoligao par 0 sistema de minorias ¢ encontrada hho Tratado de Oliva (1660). entre a Polonia ¢ © Grande Eletor: em que tate cedeu Pomerania ea Livonia Suécia, arantindo aos sews moradores a liberdade de religito. Em T881. uma convengio sobre o estabelecimento de fromteira entre 0 Império Otomano e a Grécia determina que as loca Tidades cedidas a Grécia terdo respeitados a religigo, os costumes, ele. € terioros mesmos direitos cis e politicos que os greyos. Em 1872, a Gon: vencio de Constantinopa assinada entre » AusuiacHungria ¢ a Turquia Sobre a ocupacio da Bosnia-Herzegovina, estatuia que a Austria Hungria Sarantiria neste terit6rio liberdade para todas as religioes. Ein 1699, 0 Tratado de Carlowity estabelece que @ Sublime Porta respeitard a religiio cavdlica romana onde os seus seguidores tiverem igrejas, © € dado a0 embaixador da Polénia 0 direito de expor junto 20 *Yomo imperial" todas as suas reiindicagies, No Tratado de Koutchouk- Kainardji (1774), a Rissia obteve o direito de representar os cristios or- todoxos junto 20 Império Otomano. Em 1765, no Tratado de Paris, rel da GreBretanha se compromete a respeitar a Hberdade de religido dos tat6licos. Os autores tem salientado a relevancia da Paz de Westalia (1648) fo consagrar a liberdade do protestantiamo na Alermanha. © que se pode salientar € que a protegio das minorias religioias vai no século XIX se confundir com a denominada “intervengio humanitaria”, como esta exprestio era entendida nesta época: garantir a liberdade de religizo. No tocante as minotias étnicas, Balogh afirma que elas s6surgem no Congresso de Viena, em 1815, quando, arespeito da Pol6nia, €estabelecido aque Russia, Prssiat Austria garantirio aos poloneses “uma represeitaclo A Grécia ao ficar independente em 1880 garantiu Hberdudes civis € politicas a todos os stditos independentemente de reli Na Convengio de Paris, de 1858, a Turquia se comprometey a dar aos habitantes dos prneipados de Valiquia Moldivia determinados diresos. (©.Congresso de Berlim (1855), a0 reconhecer os Estados dos Balcs, cestabeleceu, em relagio a Bulgéris, no art. 4, que este-deveria levar em onsideracio os interesses das populagdes tureas, romends,gregas e outras Balogh asinala que a parvr de 1850 surgem as reivindicacoes de nacionalidades que ganham amplitude. Assim, no Impézio Austriaca, em 1848 ja éassegurado aos tchecos” igualdade no direito coma nacionalidade alema” em todos "0s ramos da administragio e na vida pablice™. Em 1867, 6 Império baixa uma lei em que “todas as unidades étmicas do Estado gozam dos mesmos direitos e tem, em particular, um direto absoluto a 216 conservar ea desenvolver at si nacionalicdade © a sua Tingua”, Todos 05, idlionvas utilizados pelas autoriddes judiciarias as provincias siv veconhe- Cidos pelos Estados como tendo direitos igus. Tei datada de 1868 afirma igualdade peramte a lei de Na Hlunge todos 08 cidadios pertencentes a diferentes nacionalidades e permite so oficial de diferentes linguas Em 1878, io Tratado dle Berlim 4 Bulgaria, Montenegro, Rilssia, Sérvia ‘© Turguia garantiam os direitos individuais sem diseriminagio baseada em raga e religho. Durante a 1? Guerra Mundial reuniram-se congressos das nacionalid des oprimidas (Paris, 1915, € Lausanne, 1916). O mesmo ocorre ma Fila- délfia em 1918, Em 1915 € criada, na cidade de Haia, a " Organizagao Central para uma Paz Durivel", em exjo programa “os Estados garantirio fas nacionalidades compreendidas em seus tervitérios: igualdade civil, berdade religiosa e 0 livre uso de sua lingua” Wilson, nos seus 14 Principios, propde o da autodeterminacio dos povos que na verdade no foi consagrado de um modo geral apés a 1* Guerra Mundial. Ele 36 foi uplicado quando havia interesse dos Aliados. ‘Quando da elaboracio da Paz de Versalhes, a questio das minorias foi debatids. Este problema constava do segundo projeto de Wilson, Aluenciado pela propaganda judaica de que nao poderia integrar a Liga das Nagdes 0 Estado que nao desejasse assegurar as minorias de raga ou nacionalidade os mesmos direitos assegurados & populagio majoritiria, Entietanto, no Pacto da Liga nao hi dispositive sobre as minorias. A protegio das minorias foi inserida nos tratados. Polonia, Roménia e Tehecosloviquia no aceitam de bom grado a protecao das minorias. Wilson diz que tais estados, no futuro, nao poderiain solicitar 0 auxilio dos EUA, em caso de violagio da paz, se os BUA nao tivessem obtido garantias suficientes para a manutengao da paz. Afirma ainda que 0 consentimento dos EUA para a transferéncia de territérios dependeria de garantias especiais visando a paz. ‘0 primeiro tratado consagrando a Protecio das minorias foi conclufdo com a Polonia em 28 de junho de 1919. Daj alguns autores considerarem {que as minorias foram uma criagio do Direito Internacional Piblico ov. hay presiamente, do principio das nucionalid amo do Direito. Esta situagio ¢ considerada pelos citados autores wn verdadeiro "paradoxo", ver que 0 mencionado principio visava “a ident ficagio da nagio ¢ do Estado”. No referido tratado com a Polénia, esta aceita "as disposicdes que poténcias (aliadas e associadas) julgarao neces sirias para proteger na Polénia os interesses dos habitantes que diferem da maioria da populacio pela raga, lingua ou religido". Esta situagio, Na Idade Moderna, © com 0 aparecimérito do absolutismo (séculos XVI, XVII XVI), os tratados de extradicao vaose caracterizar por visar a entrega de eriminosos militares (vsava evitar as desergdes) e @ defesa dos regimes* No século XIX, a extradicio pasa « tomar as sas caraceristicas de finiivas Em 1802, na Paz da Amiens (Franca, Espanha e Inglaterra), nio sc mencionam os eriminosos politicos como sendo paasiveis de extradicio." Esta ovfentagio € definitvamente consagrada na lei belga de extradicao dle 1888. A préprin paluvin extradigio somente € conmgrada no culo XIX! Donnedieu de Vabres salienta que a extradigio atravessou tes fases na sua evolucio: a) contratual — a extridieao esta conmagrada apenas nos tratados; 8) legislativa ~~ o8 Estados promulgain iis de extradicao; 0 a da regulamentacao internacional — que sind nao existe de um modo geral Somente no ambito do Conselho da Europa foi conclufda, em Paris, uma convencio geral de extradicio, em 1957 com os protocolos de 1975 e 1978, = nia América temos a de Montevidév (1983). Ede se assnalar que a extrdigio fot também regulamentada no Cédigo Bustamante concluido 982 sna Gonferéncia Pon-americana de Havana (1928). Em 1981, em Caracas, ‘No Bras durame’o limperio, a exiradigao era concedida quando consagraa em tratado ou em cito de promessa de reciprocidade. Era um “Sstetna administrative” (aao ers xpreciado pelo Poder Jodiciérie) que perdurou no inicio da Repablics A primeirs ki de extract fol a 246 bean 5363. O insituto da extraicio tem em favor da sus existéncia diversas andes, Aprimeira delas 4 propria nocio de justiga. que exige a punigao nos Grou jt eocema “aut dedere svt panire™(OuLektraditar Su punir). Atualmente devese falar: "aut dedere, aut judicare”, ver que no se sabe 0 resultado do julgamento 0 importante € que este sea Fealiado, ste principio ters sto incluido-peta primeira vez na conven ga para Supressio da Faliiacio da Moeda de 1924 (Edward M. Wise). xiste uma solidariedade entre os Estados na hit contra o eime.” Hi ainda um dever moral dos Estados, que é 0 de asistencia métua, Induin- dose nela a repressao esiminalidade. Enquanto o principio universal de fepresdo criminalidade nia for adotado de modo amplo, que tio eedo pip acontecerd, a extradicio ¢ um insitato neces para que a repressio Scja eficar Contado, histoncamente a entiega de crtminos vsava mais Spedemn interna do’ estado Go que-s uma cooperacio internacional, vez diac esa tla idea #6 surge com Groto. ‘As razdes invocadas acima em favor da extradigio ndo foram ainda suficientes para criar um dete € 0 correspondente dever de extradigio ba ordem juridca intermacional-O deta © 0 ever 6 exstem quando hrouner um tratado internacional que. os consagre. Na auséncia'de un trad, pode exsiramm dever moral de extrait um erininoso, mas nao tim deve Juridico Ede se asinalar que algumas legis estatas com Sogram que a extradieao. poderaser'dada com base na Feiprocidade Enuelanio, neses casos nZo existe un dever juridico internacional, uma ter que tas Esados podem modificar unilatcralmente as sas les de cx: Caio eno cram tna obrge¢iofnternacional. Ao contrrio dos pases do “iil law", que dao extradiio, na uséncia de tatado, mediante rec procidade, os paises do “common law” 26 dio extradigso com base em trata, ‘A doulrina tem assinalado que atualmente os Estados tém preferido usay'da"deportagio™, que € mugs veces wns eaUaiyao distargada « € ton neio Ge fugit 8 protecto dada no. nulividso as Tels tratados de txtradigio. Este procedimen € que explica 0 fo de existrem pouces ‘nds e casos de extradiczo oI. A colocacio da cxtradicio no DIP nio tem sido puffica entre os doutrinadores, Bustamante y Siven a situa no DI Privado sentando que tla € un meio de se levar um individuo seus juszes® Parccernos entrctantoy que a extradiao fir parte 60 DIP, uma vez que ela € uma relacdo de Estado n Bxtdo (Mercies) 0 DI Privado trata de conftio de leis onde nao parece enquadrarse o institu da extradigio 983

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