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A Definig&o de Objectivos como Estratégia Motivacional em Contexto Desportivo » Paulo Malico Sousa’ / Antonio Boleto Rosado" *Foculdads ce Mctricidade Humana, Univarcidade Técnica do Lisboa - Portugal 1 AA defirig&o de objectives como estratégia De acordo com Seruisk (2002: 103) esta e outras motivacional questtes andoges podem ser resumigas da seqite forma: Porque é que alguns atletas <6 realzam o seu rendi- “Porque & que ume pessoa, em deterrrinado momento, esco- tmanto opto perente 0 seu pbico ou quenda tm prémios ‘the wma determinada forma de comportarente« perque & levades, enquarto outros desportsas mostram umn rend que @ realize com deterinada reensfade e persstencia”” mento constante, infependentemente des siuectes ante A resposta parenemos Ova: porque cade asta tem 0 Formente mencionadas? (Samuisti, 2002) ‘seu objective © adopta estrextlas diferentes pare 0 sting A ideia de Samuiski (1995; 2002) entronca na de Halve (1981) quando este Gime eutor refere quo 0 oct: do de mativacao no desporto procura responder a vérias questdes que comesam ineitavelmente com um “porque?” Mois especficamerte, essas questoes remetem pars 6s ‘née dimensées fundarentais de mativarsa dos atletas (Roberts, 1993; Cruz, 19960): a) cresedo (porque & que certos atletas escalhem certos desportos para pratice- rem?’; bj itensidede ‘porque @ que certos aletas 26 oc- foream mis ou jogam com msiorhtensidads que outros?" , c)perssténcia "porque & que certo etetas contnuam a prética desporive e outros abandenam?”) ‘Assim, corro destaca Singor (1884), a mativacdo & respansével pela seleccéo e preferénca por ums actidade pola perssténcia nessa acividade e, ainda, pela ntensidade, vigor © estorga deservdhido pelo eta. De mesma forms, Weinberg e Could (1985) reforcam esta ideia 20 defende- ‘remque a motivagéo € um termo, ou conceto geval, uiizaco pare compreender © complxo processo que coordena 3 direco8o @ intensicede do ecforco dos indhiduos. Esta idea ests subiacente & definisBo de motivacdo para a realzecéo sengads pelos auteres: "6 a tendéncia para tar plo suoesso, persstir em face do fracasso e experiéncer orguho pelos resultados obsidos' (Weinberg & Gould, 1995: 74) ‘De facto, provavelmente por estas razbes, @ motive: ‘cdo suas implicaydes) é censiderade unanimemente como tum dos temas certrais de estudo, nao sO n0 que se refere € peicolagia do decporto (Roberts, 1993), mas, também, no ‘que diz respeto @ psicalogia de um modo geral Fonseca e Mie (2000) saliertam que, da consuta cefectuada aos numerosos estucis reaizedos aobre a mati vvacio dos indivdins em divarsos cortextos, perece ressah tar uma elevada diversidade, no s6 no que se refere 206 ascuntos abordadis (eg, aribuipdes, motvarao intrinseca, expectatives de resutado, orientaptes motvacionas, clrras metvacionais, formulacao de objects) mas, também, no que conceme ao seu enquadramento conceptuel este modo, a necessidade de se venter compresn dor 8 motivaco humara em gerel, ¢ amativaco no despato em particular, tem levado, 30 longo dos temps, & elabore- ‘cdo de numeroses teorias (para uma informengo detahe- {da desta tematice ver Vallrend & Rousseeu, 20011), ‘Semulsk (1995; 2002) sumeriza, entéo, a defnis8o de motivaco como a interelacéo de um conjunto de facto- res que determinam constante actualzeean de formas de ccomportamento drigia a um detarrrinado abjectivo (Fig 1). aS SS == 2 eg Dearie eee Sar, 895; OE Segunda 0 autor, » moivacso € caracterzada como lum processo activo, drgido intoncionaimente oriertado para um otiectio, o qual depende da interaccBo de factores jpassoais (ntrinsecos] e ambientis (extrinsecos). De acordo ‘com este model, @ motivacao apresente ume determinant enorgitica (nivel de sctivarBo) @ uma determinante de direc- Zo do comportamento (intenobes, interesses € cbjectvos) ‘As intengbes, imaresses e objectives detarminam s natureza a acivaso peo que, deste modo, também a natureze dos bjactvs formulados corstitui factor decisive da motverdo. Em decorrércia dos estudos nesta érea (para o ete to ver: Hardy, vones & Gould, 1996), terse verificads que ‘objectives orienados pare a realizacdo, mestiae tarels, S80 as mis eficazes em treno despot. De facto, segundo Burton, Neylor © Holiday (2001), cada vez mis investgado- res tam vindo # saietar a irporténcia dos tipos de bject> 10s adoptados e partihados pelos alates de atorendimento sobre a natureza de sus motivo. Neste conte, da rentabilzagéo ds motvecto atra- vs do uma adequea gestlo dos objectives, tmse recor rido @ um método partiouarmente eficaz de optimizayso do processa mativecianal: @ definie8o de objectvos "goal setting’). No sentido em que 0 desporto constitu un terreno feet pore lever 0 indivduo a testar e trenscendar 0s SOUS préprios limites, a defiricdo de cbjectves parece assumir immporténcia deterrinante no estabelecmerto desses noves limites, nao 8) neste contesto particular, come nas mais \eriadas situacbes que vo sendo colocadas 20 individuo £0 longo da sua vd. ‘A dofniggo de objecivos constituise, em contexta desportive, como ume téerica de apicaréo reativarinte simples e dresta (Burton, 1993) que os psiblogns desport- os 2/outreinadores, de um mod geral, adoptam no sentido da optirizagao do rendimento dos aleta. No entanto, como edvertom Burton @ colsboradores (2CD1), esta técrica, de aplcagée aperentemente simples acs olhos éos atletes, treinadores e, até, de guns investigadores, pode tomar-se, pradoxelmerte, ago perigose. jb que © cua compleidade tornase um pouco maior quando o ateta espera marimizar «8 electvdade da defiriolo de objectvos pare melhorar desempenho competiti. ‘Assim, para que 2 spicacdo da técnica de defnioso de objectives se torne verdedeiremerte eficaz, importa que obedaca @ um conjunto de princpios gerais: os objectios cdevem ser formulas de forma pessodl,furdedas em motie- Sc intrinsecs, dave ser realistas, desafientes [fica mas sicangéveis), espectices (no sentida da preciséo}; devern, ainda, ser clararrente defnids no tempo e mensuraveis. Em contreposigde, nBo £0 dover estabelecer objectives de carécter geral (ou imprecisos), féceis de atingr, inslcancé- ‘eis [inatngiwis), ambiguos, no defidos ao lorgo do tempo ro mensuraves (do tipo “dads as crcunsténcas, fa © melhor que poder) ‘Da mesma forma, s6 se devem tracar objectivos se {orem previamente negociatos e acetes por todos, quer se ‘rate da sue eplcac8e em desportos incivdusis ou colecti- vs, pois 66 0 envehimento e impicardo de todo o grupo de trebalho na sua defnito (e.g, atletes,treinadores, digen- ‘es) 0 podera tomer verdedeiremenve ating. FRopertandonos, agora, & investigacéo sobre esta temética em contexto desportvo, podersed afirmar que ‘ccuudos relativamente recentes (ver Burton et e., 2001} de efnigga de objectives com atitas universitérios © olimpt cos, confrmaram que quese tados os atletas que fram cbjectnos melhoraram o seu rendimento. No entarto, 0 seu lata revelouse, apenas, moderadamente efecto, Os euto- res (Burton etal, 2001) jstificam estes resultados afrnan- Go que 08 atletas sabem inttvamente que a defricso de cbjectivos pode sjuder, mas tém difculdede em estabelecer ‘tjectvos com as caractersticas ecima referidas quo, desta ‘erm, Ins possbilte @ maximizacdo do seu rendimente. (0 resultado de uma exaustva revisto de Iteratura {eke por esies autores, permitivines chegar @ concuséc que ‘2 defricdo de objectives, embbora constinuinde uma estraté- G2 exrememerte efeciva pare aumentar o desempenho em conterto despotive, no se revela, no entarta, tio consis- tente e robusta como demonsiram os resultados da invest nck desta tamatics noutros contertas, nomeadamente, NO ‘mundo organizaciona e industria. E posshl que uma das causas, e provével expicaréo ara o menor sucesso de deftig8o de objectvas em centox- to desportvo, assente no que Roberts {1993) denorina de impacta do cima metivaconal. Este autor, baseandese nos estudos de Ames (19926) no dominio da Feicobgie da Eéucacéo, talertou & ‘mportanca da promogao de um cima matieciral orienta: do para a mestriae para. tare, ndo s9 com o chjectvo de ‘aclitar 0 prazere 0 dvertimento, como, taribém, deservol vendo o melhorande a percep:so de competéncis pessoal 1 motvacto intrinseca dos atlas. Como refere Ames (19924, em contextns de realize 20, como as seas de eve ou desporte, onde osrecutados ‘80 percepcionados como importantes e existe mecenis- ‘mos formais de avlago impostos extarnamente{notas 0 resutados), o rendimento e presterso hndvidval s80 pibicos 0s cians e joven so, mutes vezes, agrupads por niveis de eptdéo ou capacidede (e.9., turma dos “bons alunos" & turmra des “repetentes’; equipa A e equipa B no mesmo esceo ce um clube). Nestes contextos, ° comportamen- to © 0 rendimentn tanto podem ser avliedos em termes dde melhoria e progresso face a objectvosindividuas (2.0. meltorar em relagdo @ prestagtes anteriores). como em relagdo 2 pectdes normativos de comparerao soci (9.6, tirar 8 melhor note da turma ou marcar rais gos que 0s colegas de eqipa). ‘ive do despora jen, um exertotpicoreferido por Cruz (19966), é a primeira pergunta feta por muitos pais aos seus fies quando estes iltimos chegam a case cdepsis de cisputarem um jogo de futetol: “Ganhaste?”. Uma tal pergunta ensmite 4s criances @ ovens uma mensagem muito clara do que é mis importante para eles. Assim, tres co seu ‘feedback, coments, recor pensas © expectatvas expictas ou implctas, os adultos {treinadores, pss, cirigantes @ ostros signficatnos) estruty ram o cima motivacional do contesto desportivo, avaiando rentimento cos atletas com base em concepobes de capa: ‘cidade mais oriervadas para a eprendizagem e mestria ov mais votadas para 0 ‘ego" e para o rendimento (Roberts, 11983; Cruz, 1995b). Deste moto, 05 objectives preferidos dos adultos tomam-se mes ou menos explcivs, fazendo cn que os criangas @ jovens percetam e apreendam tal estu- tura de objects e funcionem cu comportemse de acordo ‘com talestrutura cima mativacional (Roberts, 1993; Crz. 119960). Desa forma, o cima motivations! criado pelos edu tos (pais, treinadores. ou até mesma a comunicac8o social) gere e potercia uma das duas (embera dstintas)perspecti ‘es de cbjecivos [Roberts & Treasure, 1992). ‘De ecordo com Reborts (1899) » esirituracso de ‘um clima psicolégco claremente orientado para os concetos de mesria 2 mehorie, promove no sd @ aprendzegem e 1s «Rovio Tnica de Ani! uss estratégias edaptativas, como, também, 6s competén- cias saceis, relactes interpessoais e autrestima de cada atta, Eneste corterto e cima que se desenvohe © promave «8 motivac6o, prazor e dvartimerta em todos 0s javens ae tas, e ndo apenas naqueles que se auzo-percepcionam como ‘melhores ou mais capazes. 2. A influéncia da Definigo de Objectives no rendimento desportivo Como faclmerto se constata @ defnicko de object ‘es consti, hoje, ume prética corerte em corer despot vo. acompanhéta veriicase, também, uma exlos6o expo- nencial na inestgacéo desta teréice acoride nos ditimos ros [Burton et al, 2001), Prece, também, inegével que o rendimento despor tio tam vindo 8 subir gredualmente. Esta subida de rendt rento deve cor atribuida nto s6 melhorias de condebes socais e materials, mas, também, & propria evclurdo da -vestigagdo 20 nel das cies que, de gums forma, cont buem pare o eparecinents de matodoloyias de trina mais 2s (Costa, 1997). ‘No ententa, como defendem um vasto nimero de stores (Burton, 1983; Cruz, 19800; Guz © Gosia, 1997; Coste, 1997) s tl mathera na rencimento rodera ser ar '3s melhores condicdes socais e materiais, a tenicas zreno mais edequadese efcazes ou &implementacao de Serdagens inoradores no tréne, noe times anes aguma encio tem sido também prestada a preacupacdes de mental e motvacona. Bucete (1998: 57), « este propdsite, refare que “os bjactos fundamentals da planiicacao sao decir © orgari ‘zero trabalho a reslizar na tino, procurando aprovetar, 20 ‘maximo, os dferentes recursos dsponiveis (tempo, conheci mertos do treinader, qualidade des desportstas, meles pars trabalhar, etc), com 0 propésito fnal de mehorar as possibi- lidades de rendimento dos desportistas" para, meis eciante, referir que ‘[..J no entento, am muitos casos, a planiicacdo reslzese defcientemente, e alguns desportistes, inclusive mente decporistas de alte, carecem de planos de trabeho ‘que poderiam incrementar, de forma signficatva, 26 suas possbilidades de rendimenta’. Parece consensual que a defnieso da objectins 4, cada vez mais, defendids 2 todos os riveis pelos espe cialstas e 0 seu poder e impacto em diferentes contextos desportivos tomna-se crescenta, nomesdamente, como referem Cruz 0 Costa (1997), camo un métado pare relho- rer a “performance” individual e/ou colectiva, mediante & ‘combinago de objectivos imediates, @ curto prazo e & ‘medio /iongo preco. Fabio Capello, um dos mais mediiticos treinadores de ftetol das (lias décacas, refere mesmo, a este propos to, 0 seguinte: “antes de cada sessto de treiro explo 208 jogedoros queis s80 08 objects da sesséo pare que Se cconcentrem melhor” (n Buzeta, 1998, contra capa) sta minuciosa plenficardo de objectives, sugerida por Fébio Capel, pode properciorar afvitos peizolégicos psitives no prépria teinador e seus atletas, 20 fortalecer a autopercepege de controlo sobre o pracesso de treino. Por esta via, pode potencier-se a auto-codfianga do treinedor 1g ststes, em relacio ao tretahho que desewohem, 20 terem constiznia que estao 3 cumprir um pleno meticuo- semente elaborade, Por extra lado, quer participem em desportos ind viduais cu cdectves, todos os atletas devem estabelever chigctnes indidues €/ou clecthos espenions, que possam cor atingdos, através de esforcos irvidis e/ou colectt ‘os (Cruz, 1996e). Quando tais objectives s80 atirgidos 0 ‘eta experimenta um senimento de orguho e satisfor8o 2 2s suas expectetives postvas acerca do sau desempenho futuro acabam por aumentar (Cruz & Costa, 1997} ‘A utieagdo da definio8o de objpctins parece essertar no facto de proporcionan eo alta objecties concrete para cs qusi dave dig os seus esforcos, sejam a curto ou longo revo, Com eet, nem tode ¢ defrioso de objetivo & rigs pare 0 sucesso medio. Come defende Cruz (19860), 05 atjectios pidem dvdrse em eub-obectios que, & medida ‘qe vo sendo atingides com o decorrer do tempo, aumertam 23 probabldades de se atingir 0 objectio Ultmo de sunes- ‘50, Tal como aftma Creel (1960, in Cruz 6 Coste, 1997), ‘enbora os abectvas a longo pram seam importantes, els 60 ‘adem ser atingidos se forem formuladas, também, objec tives 2 curto prazo de forma ordenada e sequencial, Adcio- reimente, no cas0 de desportos colectios, cata atta, para ‘dim de acsitar 0s objects da equpa, deve ser encorajado + formular os seus ropries objects indvidias, desde que fextes ndo coldem com os objectives desgnados por Cunha [1991 como “supreerdenadoc, estas si, 08 princais obiec- ‘ios de um grupo que trabalha pare o mesma fim. (0 que s2 pretende, anal, ¢ que a coordenacso dos bjectives colestivos com os objects indvidusie resulte um aumentn da efcacie da equine, jé que o resultado de mesma depende, inevitavelmente, da prestayo individual os atletas. Numa analog entre a psicologa geval © © pst cologia do desporto, poder-eod dizer que 0 nosso raciocinio ‘entronca no que refare Ounhe (1991) em relagao ans objec: sivas “supreondenados” pare o contexto orgaizacional, ist 6, numa perspectiva gestalista, o objective da equipa tord us tor forgosamenta maior do que @ conugecéo total dos chjectvosindhidusis Diriamos mesmo, se quisermos opere- ‘conalzer, que o cdculo dos objects indivduais somado 8 ecessidade de comperego para atingir © objectiva “supra: ‘ordenade’. resuta no objectio da equips. or todas estas razbes, a questéo da defmitarso do ‘periodo de tempo que pode demorer a tornar exequivel um ctiostve mesma consderad por Buceta (1998) como um des plores nucleares pera 0 sucesso da defnicgo de object sesem contasto desportive de alto rendimerto, A este propo ‘Sin 0 autor refere que a dursodo do period que é obprto de ‘peiicacto, ceperderé da distancia do evert pera o quel 82 ‘ererends preparar os desportistas ou, ainda, da extenséo cos \Geteecs cic ou stapes que see oportuno contempler No entanta, a élimtacdo deste periodo de tempo & ‘= panto de paride de qualquer planificagso (Buceta, 1993) Fete, extd0, ser um period longo (e.g. um cicla olmpico de quatro emos) ou mere @ parodos mais cutos (2.9. uma temporada ou um periado de meses ou semanas). A dure: ‘80 pode, assim, deperder de vérias circunstancis (2.0. interesses desportis, idade do atte, sue disponibiidads ‘4 feciidede para 2 eprencizagem em situacdes de tein), devendo ser deterinads da melhor marera possi! sco pers de prejuicar uma boa elaboragse de um plano de defnicso de cbjectwos (Buceta, 1888), Segundo a mesma logica de racicnio, vrios auto res [Weinberg & Gould, 1995; Herdy, Jones & Gould, 1895) tm reforgado a importéncia da proxiridade do objetivo © ‘ating, salierando e erticulapdo entre objectives 2 curt longa prazo no rerdimento cos aletes. Segundo estes autor res, a defnicbo de objestivs a longo prazoé,frequertemen- te, demasiacd abstracia e longinqua pare poder tar algun significado no presente. Costa (1997) salienta aimpertancia da defirico de objects @ cura prezo, na eacta medda fem que produz uma mudanga substancil e auradoura na ‘qutoregulacao do corportementa dos indicus. ‘Bandura (1997) reforca, igualmente, 2 pertinércia da defiricao de otjetnas a curto prazo pois sua execurdo proporciona incentives imediatos @ feedback sobre @ evo lucdo do atcta, 00 peso que os cbjactivas & longo prez eso, habitimente, demasiaéo distantes no tempo para promoxerem um elevado esforca e para drigirem as acches comportamentes acu. ‘Do mesma mado Buceta (1888) acrescenta, ainda, cue estes objects deveréo situerse reletivamente pert nO tempo, para que o atta os veje como proxmos e se motive ras facitmente, ‘Emesumo, coma referem Weinberg e Gould (1935), focalizar a tango rum future longinquo poderé provocar uma dminuigéo de esforgas no presente, Os mosmoe 2uto- ree exomplfcarem, também o trabalho a resizer por a: tas e treinadores na defricso de otjectins e curto e longo prazo,fezendo uma analegia com # subide ce uma escada tem que 0 rendimento actual se cits no dagrau mais beixo © co objeciva de rendimento no topo da mesma, Para atingir 0 tmpo, 0 atlta ted que subir degraua degrau, ou sea etingit progressivamente objectvos intermédias que Ihe perma, fosterormente, ating oobjctvo 3 longo prazo cu 0 objec: tivo sonhado ou dessjado. Este exernplo surgiu 2 partr do modelo de detrieso de obectvos em escade (‘stercase") proposto iriciaimente por Martens (1987, in Weinberg & Gould, 1995) —= | Objectiva 4 Objecivo 3 (bjectvo 2 gen 2 Ne ico de ines om cada por apm ca Inna ra, 17, ot Vier ole, 1) > Revita Venice de Arco Um outro aspecto partcularmerie importante reste ‘adel consiste em fazer com que o rendimento do aeta, independertemente dos resutados obtdos, seje coda vez rrais consistent ao lange do tempo, martendo @ elhorando rogressivamente os seus limites. Neste sentido, preten de-se que 0s chjectvos a curto prazo contribuam decisive mente para a concretizagao de objectives desejades 2 méclo tu longo prazo. No entantn, como referem Weinberg @ Gould 11895), tl s6 acontacers se o objective minima @ ating for progresshamente aumentando @ se 0 interalo" ou “distr tia” entre 0 objective minimo eo méximo, para cada competicdo, for progressivarente diinindo, <6 crincic- trem, ideakmente, no momento ou competicao “ceta”e dese jada, a médio ou longo prazo e.g. competicso deci para 2 conquita de um sul. Prante 0 exposto arteicrmerte poderse-, ent, izes que a defnicdo de objectivas € uma tecnica que pode ser ublzada com mdhiplas vertente: plenicar mehor otratr tho a realzar, aumentar @ mativecéo, auto-confenge, estado de slerta dos desportstas, contrar efocelzer atenc0 04 proionga 0 esforeae e pesistenca (através de metiizerso {de mais energie). O seu propia final assenta na oniniga- ‘e80 do patencal de rerdimento dos atetas, tanto no proces: ‘30 de treino come, principamente, na competicto. ‘Como refere Bucera[ 1986) adefirieso do objects, como hablidede peicaigice, permite aas préprios eletas © ‘Objects de resulkado |. (eds deoportos a loan) - Venceto prinelrjogo de Tose regular do carmpecnato nacional -Terminar 2 1 vta do carnpeoneto as 8 primeros logares “Unropassar as divs primeiros Cobjestnos @ més prezo elminatrias da Tora de Portugal - ppuramerso para» depute do ‘playa do tito (Cheyer 0s quarts de fine! da Tepa de Perugal | cemvose longo przo cetabelecimento de objectivos de resutado e de reclizes0 {mestria ou rendimento) correctamente relacionados (08 ctctis de realzecéo sto defrids coro condutas proprias ‘que aumeniam a possibiidade de ating um determirado resultado), bem come coordenacéo de objectives @ longo, mao © curto prazo. Em suma, a defrig8o de objectios corresponde & una estratigia cue deveré fazer parte intagrarte dos progr: ‘mas ce aprendzagem de hebiidedes psicoléyicas, Trata-se de uma habidace & qual dove ser dada especial relevancia ra pleificec8o do treino dos desportistss. ‘Com base nes pressurastos anteriores vemos esbo- er, de seguida, um poquane plano de defnicéo de objectvos yensedo para uma equipe de andebal de ata competicio. 2. Um esboco de aplicacéo de um progre- ma de Definigo de Objectives no Andebel sta pequena smulanio deve ser enendca,epenes, como um mere exercicn ecadéico, constinio, to 6. tina bace de abcho para eimplmertanso de um Progr ma de defini¢go de objectivos numa equip de andebol. ‘Assim, comacamas por defi os objects de reser tado e rendimento da equipa para. de seguida, tracarmos um plano de defirigao de objectives pare cada atleta de forma individual. ret ee kei ~Tabalher a atencko concentradae distrbuide, umentand Os ries de concentranto/atencto (2 horas de trabalho desta tilde pscolgize por serrana ro porodo de prébénoca) Em relardo &s estatistioas do jogos de pre-épocs: 41 Trobsho cfensio: - Midhorar em 10% a efcécia defensive 20s otaques nas zonas de 6 Me 9 M (aumencando e agresiviade defoncis) 21 Tratho censi: “ humentar em 10% a eficcia na ransfrmacéo de fires de 7 MI “ aumentar& coes8o grupal utoeficia e persistncia [8 hores ‘de treino pscologco por serrane) Traaho fens - Ainge una eiccia de 80% nos ares 7 M ‘ange ura eetcia de 70% noc remates de 6 M2! inal @ M(t" ints) 1) Trabalho defersvo: “Melhorar em mais 1036 a efcdca defensive eos ataques de eMesM 2} Trabalho ofensivo: = ting SC% de eficia nos lwres 7 M ‘ings 80% de efcia em contre ataques recs (nino 5 por jogo] ning 75% de eficdcia nas remates de 91 (18linhs) * Agi 80% de fica nes remates de 6 MI (2H nha) | » gen Ear hom perre de iio ccs on mar op cl dt cron ram ta i, ees Revista Tecra oo tb, Em termos colectios, com 0 decerrer da epoca, poderses inciuir iquelmente oures objectives defences ‘9/ou ofensivos que se venham e revelar importantes para ‘ rendirrento globel de equipa. Est é, também, uma estra- tagia mencionada na bibliografia por varios autores (e.9.. Cruz, 18966; Coste, 1987; Buoeta, 1998) que delendem 1 reformulacto ou reajustamento pontual dos cbjectvos fi cialmenta defnidos, em proi da optirizacéo do rencimerto a equips {Em termoe indidusis, e de forma muito sucinta, 0 plano de defriqgo de otjectivos pade contemplar os paréme- tros constantes da figura 4. Cures veriertes poderiam ser contempledes no plano de defiriggo de cbiectios individual came, por exemplo, 0 Cuzamento entre objectives @ curto, médio e longo prezo {com a fracéo de uma date provivel Fara @ sua consecucSo) fe es cbpotios de reeutada @ rendimento ou, sinda, 2 subd visto dos objectives de rendimento individual pelas quetro dreas de referénca do desporta de aka competirao:vertate técnica, tactca, fica e psicolbgca. Em sintese, embora ¢ concretizaeso destes object: os, ou de outros mais adequados, no garanta, por sis, © sucesso da equipa, o facto de muitos deles serem alcancs- 4s poder’ cortribur, certamente, para aumentar, de forme eis ou menos evidente, as probatilidades de éxito desport vo, tanto em termos individuais como calectivos. £, pois, neste sentido que Buceta (1296) recomend ‘que @ defnigae de objecivos deve assumir @ mime prion: ode no plano de trina psicddgice dos atletas. DDaste modo, como defence Serpa (1997), tomna-se cade vez mais impartarte que o atleta seja sensibilzado © treinada para estabelecer objectives passosis de reaizagta (rendimento ou mestrial, de acordo com as suss ceracte ‘istioas e potencial, o que Ihe permitiré desenvalrer 2s sues ‘competEncias, em situarso competitive focalzado essencsl ‘merte nos espoctos relavantes datarela, diminuindo essim a ‘tendBncia para a dsperséo por fectores irreleventes e even- tualmente ansiogénicos. Neste enquadramenta, resultaré ume maior probablidade do atleta etingir um nivel sigficeti- vamente mais présimo da seu verdadeiro potencial. NSO S | RENDIMENTO |_Pesuiraoo ‘ACGOES DEFENSIVAS ‘ACGOES OFENSVAS ATETAA | - ser tiular om + defender 40% das bois -langar 4 contra ataques por ego | 90% dos jogos | rematedas a bates ATETAB | -serconvocado + ser reeporatie “no maximo” = 9086 de efcacia no remase ern | em 80% des joons or um lve de "7m" ‘aogtes de ventagem numérica ATLETAC = pgerméda = reduan 0 nt de entradas do + eficdcia de remate éo 60% | 10 minutos por ogo ‘dersério aos "8 m* ATUETAD | - ser talerem « anuler 2096 das ins de passe fics de 90% nos hres "7 in” 51% 00s jogos nas aogoes ofersivs do edversério ATLETAE | estrearse esta époza | -ndo ser excluido "2m" em mais - 90% de ecéca no passe (circulagéo ra 14 dvisto nacional | que un jog bo’) ATUETAF ser convocade pare a | -interceptar 30% des remates do - BOM de ecdciaremate seleceSo nacional | edersério directo na zona dos “9 n° - 90% de eficdca em stuacoes de contra ataque 9 gr erp do un pra a et deco sire ip Se ea ores 2» Referéncias bibliogréficas est rnin rr te a en

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