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MULHERES DA REPÚBLICA

Com a institucionalização da República, a mulher portuguesa ganhou mais direitos


civis embora sem tanta equivalência a nível de direitos políticos. No entanto, o seu
activismo cívico passou por um desenvolvimento dinâmico.

Não esquecendo a mulher operária/trabalhadora que, por altura da 1ª Guerra


Mundial, inicia o trabalho remunerado para sobrevivência, contribuindo igualmente
para a emancipação gradual das mulheres, apresentamos uma biografia breve de
"Mulheres da República".

Adelaide Cabete (1867-1935), médica ginecologista, professora e grande


feminista, lutou contra o flagelo da mortalidade infantil, do alcoolismo
feminino e da prostituição, fundou a Liga Republicana das Mulheres
Portuguesas e o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e organizou
o I Congresso Feminista e de Educação. Foi uma das pessoas que
confeccionou a bandeira hasteada a 5 de Outubro de 1910.

Ana de Castro Osório (1872-1935), escritora, em especial de


literatura infantil, editora, pedagoga, publicista, conferencista,
defensora dos ideais republicanos, fundou a Liga Republicana das
Mulheres Portuguesas e esteve ligada a outros movimentos
feministas. Defendeu até à exaustão que as mulheres não deviam
ser meras peças decorativas e que a educação era o “passo definitivo para a
libertação feminina”. Escreveu romances, novelas e peças de teatro.

Angelina Vidal (1853-1917), professora, jornalista e propagandista


dos direitos dos operários, nomeadamente das mulheres,
republicana assumida com intervenções públicas de cariz social.

Carolina Beatriz Ângelo (1877-1911) médica (a primeira a operar no


Hospital de S. José) e primeira eleitora portuguesa, em 1911,
pertenceu a várias organizações feministas, tendo dirigido a Associação
de Propaganda Feminista.
Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1851-1925), romancista,
destacou-se no ensino, tendo sido a primeira mulher admitida como
professora universitária na Faculdade de Letras de Coimbra.

Emília de Sousa Costa (1877-1959), escritora e defensora da


educação feminina, contribuiu para a criação da Caixa de Auxílio a
Raparigas Estudantes Pobres, leccionou na Tutoria Central de
Lisboa, instituição para crianças delinquentes ou abandonadas e
pertenceu ao Conselho Central da Federação Nacional dos Amigos
das Crianças.

Maria Veleda (1871-1955), professora do ensino primário, escritora


para crianças, fez parte da Liga Republicana de Mulheres Portuguesas
e do Grupo Português de Estudos Feministas, sendo defensora da
emancipação e participação política das mulheres.

Virgínia Quaresma (1882-1973), jornalista, distinguiu-se pelas suas


reportagens de teor político e social, designadamente em O Século
e em A Capital e, também, no Brasil. Foi das primeiras mulheres a
licenciarem-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
tendo sido condecorada com a Ordem de Santiago pelos serviços
prestados ao país durante a Grande Guerra.

Mulheres da República. [Em linha]. Disponível em


http://www.portugal2010.pt/fep10/wcmservlet/portugal2010/F-Emissoes_Filatelicas/2009_Emissao_Comemorativa/f.03.html,
[consultado em 07/03/10]. [adaptado]

BE-ESOD
Centenário da República
Centenário da Comemoração do Dia Internacional da Mulher

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