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18 Capitulo L tensiio de seqiiéncia zero. Assim, conforme descrito na referéneia [5], na ligagdo em A aberto aparecers uma tensdo de se nia zero com 0 valor de 3Vp que ativa o relé de sobretensio 59. Apesar de o relé ser de sobretensiio esta fungio de protegtio é denominada de 64 pela ANSI, dita também de protegio de terra ou de contato A terra. Por exemplo, no circuito de 13,8 KV dos servigos auxiliares de uma subestago, proveniente do tercidrio ligado em A do transformador de poténcia de 3 encolamentos, utiliza-se a proteyio de sobretensio mostrada na figura 1.4.1, Note que neste caso, em funcionamento normal, a tensfio no secundaio dos ‘TPs ¢ de 15/3 = 66,4 V. Em termos fasoriais, tem-se: V, = 66420 V V, = 66,42-120° V V, = 6642-240" V A tensiio sobre o-relé 59 &: Vaetsso = Va + Vp +V_ = 2070 Portanto em funcionamento normal do sistema elétrico a tensio no relé 59 6 nula, Havendo um defeito 4 tera, no sistema elétrico isolado, as tenses desequilibradas geram tenses de seqiéncia zero iguais e em fase n0 secundario dos TPs, ¢ 0 relé 59 ficard submetido a Vpetes = 3Vp = 3x 66,4 = 199,2V Desse modo 0 relé 59 deve ser ajustado com uma tensio bem menor, por exemplo: Vajustodo Rote 59 = Veominal <3Vo Na pratica, na figura 1.4.1, & necessario colocar em paralelo com 0 relé 59 uma resistineia elétrica (R) de estabilizaco, principalmente para minimizar as sobretensdes advindas da propria operagdo do relé e também para atenuar possiveis problemas de ferro-ressondncia tio comum neste tipo de circuito. 19 RELE DIFERENCIAL | 2.1 Relé Diferencial SS _| O relé diferencial € um dispositivo de protege de um equipamento que se bascia no principio da comparagiio de corrente elétrica de entrada e saida, podendo haver varius possibilidades de conexies, sendo simbolicamente tepresentada pela figura 2.1.1 Fronds i Hlementa =e — Protegida > Figura 2.1.1 - Prineipio da Protegio Diferencial A fungiio de protegao findamenta-se na (" Lei de Kirchhoff aplicada 40 equipamento, isto & TT 20 Capitulo U Koes = basa * he fg tana haan ay 0 dispositive de protegao vai atuar do seguinte modo: 8) Se Taw = las 2 comente 1, =0, ¢ 0 relé no atua, isto & 0 elemento protegido nio apresenta defeito. B) Se ign hua Taj me» 8 Proteeiio atua porque a difereaga de comente € maior que 0 ajuste no relé. Neste caso hi um defeito no elemento protegido A comparaco das correntes eiétricas & feita por meio de VCs. A protegao diferencial 6 largamente empregacla na: 4 Protegiio de transformadares de poténcia 4 Protegiio de cabos subterrdneos + Protegdo de méquinas sineronas + Protegio de barras + Protegiio de cubjculos metalicos 4 Protociio de linhas de transmissto curta A protegiio diferencial 6 denotada pelo nimero de fans 87. ‘Apresentam-se a seguir virias possibilidades do emprego da protecdo uilizando o relé 87, 2.2 Relé Diferen £ uma protegio em que se utiliza um relé de sobrecorrente 50 ou 51, fazendo a fungio 87. A figura 2.2.1 mostra o esquema genérico desta ) protecio, em que os TCs t8m relagdo 1:1. Comum Relé Diferencial a Rel Diferenciat a fuse ohCt Te i, => Elemento Ze _ tesla Droid — lets fists } eat Benen reig — — Figura 2.2.1 - Protegiio Diferencial Comum na Operagtio Normal do Sistema Elétrico No caso da figura 2.2.1 em que o sistema elétrico esti operando normalmente, isto é, alimentando uma carga, a8 correntes de entrada e saida so iguais & 0 relé no opera, Note que a protecio diferencial pode ser ampregada em sistemas elétricos radiais ¢ em anéis, sendo que sua zona seletiva de atuagio 6 entre os dois TCs, _A figura 2.2.2 apresenta 0 caso de um curto-cirenito fora da zona protegida pelos dois TCs. 1" i Plemen iy i=i, ae es a dio bana te mee do mek velo Figura 2.2.2 - Defeito Fora da Zona Protegida Supondo o sistema em anel, as correntes que supremo curto-cizcuito vém dos dois lades como mostra figura 2.2.2, mas como o defeito ocorreu. fora da zona protegida pela protegao diferencial, os dois TCs vém a mesma corrente I,, € 0 relé niio opera. Ja a figura 2.2.3 apresenta um curto-cireuito intemo a ligagao diferencia, aa 2 Capitulo Tr Relé Diferencial 2B ee aptloT Roe iene Este esquema de protegio utiliza um relé diferencial pereentual i y ee, 4 Ya apresentado na figura 2.3.1 bays FE Enero we is zt Protagi¢o 7 uf t - fu yi ir is BOBINA DE Nt q} BORINA DE , Figura 2.2.3 - Defeito Dentro da Zona Protegida esrnigao N2 ‘rERAGRO ) Se o sistema for radial a corrente i, = 0, se for em anel a cotrente )— i, seri uma corrente de curto-circuito. A corrente que passa pela bobina magnetizante do relé sera i, +1, ea proteg’o atuard, ) E importante observar que o uso das ligagSes anteriores & freqiiente, Apesar das ligagdes anteriores serem usadas, elas apresentam problemas na ocorréncia de elevado cutto-circuito fora da zona seletiva, mas muito ) prdximo a0 TC. Isto se da devide a: Figura 2.3.1 - Relé Diferencial Percentual ‘Note-se que: + Sco elemento protegiclo for um cabo subteniineo, uma maquina sincrona ou uma linha de transmissio curta, as correntes i, ¢ i, serto ignais 4 niio ser perfeito 0 casamento dos TCs; 4 saturagio dos TCs; + canegamento (burden) nos secunditios dos TCs, que causam. saturagao no ndcleo; + Sco clemente protegido for um transformador, as correntes i, ¢ i, sero determinadas pelas relagdes de transformacao do transformador ¢ que deverdo ser compensadas pelas relagdes de transformagio dos TCs e, se necesito, pelo emprega de TCs auxiliares. + outros problemas inerentes a0 equipamento protegido. As situagdes acima produzem ertos nos TCs, podendo provocar a ) atvagio indevida do relé de sobrecortente que esta fuzendo a fungao de protecdo 87 Para contornar esses problemas & melhor utilizar 0 telé diferencia pereentual, Relé Diferencial Percentual © esquema de protegio diferencial percentual apresentado pela figura 2.3.1 bascia-se na interago de duas bobinas, que sao: + Bobina de restrigdo, que tem uma derivagao central. O campo magnético gerado nesta bobina de restrigo atua atraindo um Embolo produzindo um torque negative, isto & contrério a0 torque de operagao. “| 24 Capitulo Ht + Bobina de operagio, cujo campo magnétieo atrai um émbolo que ploduz o torque positive. O telé 87 ind operar se o torque positive (r_) for superior a0 torque negative (c.). © funeionamento bisico do relé diferencial percentual da figura 2.3.1 baseia-se nos torques gerados nas bobinas de restrigdes e de operacéo. Para analisar melhor o funcionamento, apresentam-st os itens a seguir. fora da zona a) Operagio normal do sistema elétrico ou det protegida. Este 6 0 caso em que as correntes secundirias nos TCs do esquera da figura 23.1 so iguais (i, =i,). Nota-se que a bobina de restrigdo & composta de duas partes enroladas no mesmo sentido, portanto as correntes i, i, produzem um campo magnético concordante que atrai com bastante forga © émbolo, produzindo um forte torque negative. Ja na bobina de ‘operagio, a corrente resultante & i, -1, =O, ou seja, o torque seré mulo. Assim, o forte torque negativo (restrigio) garantité a nfo operagio do relé 87. b) Defeito interno entre os dois TCs. Quando 0 defeito (custo-circuito) ¢ interno, ou seja, dentro da zona jtada pelos dois ICs, as correntes i, e I, dirigem-se a0 ponto do defeito, Neste caso, tem-se a inversto da corrente 1, como mostra a figura 232. Para dar énfase ao funcionamento deste relé, supde-se que a corrente i, tenha 0 mesmo valor em modulo da corrente T,, deste modo, © campo magnético gerado pela corrente 1, na meia bobina de restrigdo, tem sentido oposto 40 campo criado pela corrente f,, assim, 0 campo magnético de restrigdo resultante € nulo, conseqilentemente nfo existe torque de restrigto. J& a corrente resultante i, +i, =2i,, passa totalmente pela bobina de , produzindo tum elevado torque positivo. Note que neste caso, © Relé Diferenci torque de operacdo & grande © o torque de resttigdo & nulo, ficando desse ‘modo, gerantida a operagao do rele. Elemento Protegido OBA DE BOBINA DE ‘oPERAGAO ) resTricao N2 EXO. Bsn Figura 2.3.2 - Defeito interno Esta € grande vantagem desse relé, que se traduz. em: 4 Defeitos extemos, o relé fortifiea a restrigio e enfraquese 2 operagio, garantindo a nao atuagao do relé. 4¢ Defeitos intemas, 0 relé enfraquece a restrigao ¢ fortifica a operacio, garantindo a atuagio do relé, © rele diferencial percentual (87) apresentado na figura 2.3.1 6 ropresentado pelo esquema da figura 23.3, em que aparece a bobina de ‘operagiio ea bobina de restrigo separacia em duas partes. Passa-se a obter a expresso analitica de operacio do relé diferencial percentual, considerando que as correntes i, ¢ 1, estio referencindas de acordo com as figuras 2.3.1 ¢ 2.3.3. Na bobina de restripfo, age a corrente resultante que é dada por ivi, 26 Capitulo 1 “2 fobina de B <3 oporacio b Bobinad de festngdes Figura 2.3.3 - Relé Diferencial Percentual (87) Para simplificar, utiliza-se apenas a média dos médulos individuais, isto é L cujo torque de restrigo sera dado por p (the } socits © (rages) | Frmctts ® (Panis [AF Na bobina de operagio, a corrente resultante é, I ce © para simplificar utiliza-se I crue cujo torque de operayao é dado por Fags (Pagans) (ha)? Portanto, desprezando-se a restrigio da mola restauradora, 0 torque resultante que age no balancim do relé diferencial percentual ¢ dado pela expresso 2.3.1, Relé Diferencial 27 Fet7 = Fopmste ~ Facan A-n yx, @3.) No limiar (£,4,57 = 0) do relé 87, tem-se: 0-0-1) -K,(LEE) \ 2 Lh = fe eh 232) 1 oS ¢ Fazendo-se, a ie tem-se K, 141 yoh=ateh 33) . +k Fazendo-se, y=Iy-Tz @ x=“, tem-se a expressio 233, reescrita como sendo a expresstio 2.3.4, que € uma equagdo de uma reta que passa pela origem dos cixos cartesianos y yaax - @34) Fazendo-se o grifico da expresso 2.3.3 de T,—1, em fungio de tom-se a figura 2.3.4 reta do limiar de operagio do relé 87 © eefeite da mola de restaumagao do relé sé apareceri para pequenas correntes de defeito, neste caso, sua aco esté representada na figura 2.3.4, em que a reta no passa pela origem, mas tem um pequeno desvio. — EE 28 Capitulo 1 Alle AZ _Liniar se oprago OPERA ~ coin a0 J afaito de, N ola NAO OPERA \ a te 2 Figura 2.3.4 - Curva de Operagio do Relé Diferencial Percentual Para o relé diferencial percentual, devem-se fazer dois ajustes: a) Ajuste da declividade (slope), que pode ser 4 $.2.25% para miquinas sincronas; # 10.2.45% para transformadores de poténcia. Deve-se obsorvar que se a declividade for de 25%, que couresponde a aga =0,25 © a =arctag0,25=14,04", Quanto anaior for a declividade, menor é a sensibiliade do rele, b) Ajuste do valor inicial ou pick-up do relé para compensar 0 efeito di mola de restaurago, seu valor tminimo ¢ limitude por &- em que K; representa o efeito da mola. Por exemplo, 0 ajuste do pickup ou corente minima de atuagdo do relé, pode ser 0.1.A ou 0,24, ouo valor recomendado pelo fabricante do rel, Pode-se também representar o relé diferencial percentual, em um gnifico da comente de retengao 1, em funedo da corrente de reten¢ao 1, Relé Diferencial 29 Para isso ¢ definido outro termo que ¢ a perventagem da comente iferencial 1, I, em relacto 4 menor das correntes de retengdo I, ou 1, Supondo-se que I, <1, assim a percentagem diferoncial “p” ¢ dada por: Desenvolvendo-se, tom-se: 100+p 1 2. im 35) Supondo-se que 1, <1, tem-se p= Desenvolvendo, tem-se 1-1 2.3.6) i00+p ao Usando-se no relé diferencial percentual, o perventual “p* de 10% e 25%, o gréfico da zona de atuapio do r2l6 é apresentado na figura 2.3.5. Nota-se que a reta superior da gravata é dada pela expresso 2.3.5 ¢a rela inferior pela expresstio 2.3.6 Assim, para qualquer operagio que produza um ponto dentro di regio hachurada o relé 87 no atua, Qualquer ponto de operagilo fora da gravata representa uma eorreate ciferencial além do ajustade no relé 87 e a protegio atua, De uma maneira geral na protegio de transformadores ou maguinas sincronas o relé 87 nfo afua diretamente no dispositive de abertura do disjuntor. © relé atua ativando o relé auxiliac de bloqueio (86), que providencia uma série de comandos, sendo ui deles o disparo da abertura do disjuntor ou disjuntores, conforme pode ser visualizado na figura 2.3.6. 30, Capitulo IL ein wt Be Deane + FY Zona Inoperante. ret Dn sal ay ‘0 400] al [42° 4 6 8 10 12 14 16 18 20 2 24 26 Figura 2.3.5 - Zona de Atuagao do Relé Diferencial Percentual em Forma de Grove ‘ : As H toners | Pe Hi @) Figura 2.3.6 - Diagrama Esquemitico da Protego Difereneial A figura 23.7 apresenta o diayrama esquemitico simplificado em DC da atuagio da protegio. Relé Diferencial 31 2 Figura 2.3.7 - Esquemético em DC da Protege Diferencial Percentval Em que: VM + limpada vermetha, indicando disjuntor fechado, VD + lampada verde, indicando disjuntor aberto. ‘As notagBes numéricas sto identificadas no apéndice A. Note que na proteso de linhas de transmissio com relés $0, 51, 21, 67, 32, utilizam-se TCs com fator de sobrecorrente de 20, com classe de exitidio de 10%. Os TCs utilizadas na protegao diferencial, os eros dos mesmos influenciam no ajuste do relé, portanto esses TCs devem ter preciso analisada para cada caso, © podem ser de classe de exatiddo de 2,5%, de 5% ou de 10%, Desse modo, em alguns casos, os TCs da protecdo diferencial devem ser methores do que os TCs das outras protegbes.

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