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http://dn.sapo.pt/2008/05/04/artes/notaveis_lancam_manifesto_contra_o_a.html

Notáveis lançam manifesto contra


o Acordo Ortográfico

Um conjunto de figuras de relevo ligadas aos mundos da cultura, política e economia acabam de lançar
um manifesto, em forma de petição online, no qual assumem frontal crítica ao Acordo Ortográfico. São
signatários deste documento, entre outros, Vasco Graça Moura, Eduardo Lourenço, Mário Cláudio, Maria
Alzira Seixo, António Emiliano, José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier. A petição está disponível em
http/www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa e já conta mais de mil e cem assinaturas.

O manifesto descreve o lançamento do Acordo Ortográfico como "falso pretexto pedagógico de que a
simplificação e uniformização linguística favoreceriam o combate ao analfabetismo (...) e estreitariam os
laços culturais". E aponta-o como uma realidade que pretende "impor uma reforma da maneira de
escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor, e nas suas prescrições atentatória da
essência da língua e do nosso modelo de cultura". Para os autores do texto esta reforma é "não só
desnecessária mas perniciosa e de custos financeiros não calculados".

O texto começa por referir que o "uso oral e escrito da língua portuguesa degradou-se a um ponto de
aviltamento inaceitável, porque fere irremediavelmente a nossa identidade multissecular e o riquíssimo
legado civilizacional e histórico que recebemos e nos cumpre transmitir aos vindouros". Atribui "culpa"
aos "que a falam e escrevem, em particular os meios de comunicação social". Mas mas adverte que "ao
Estado incumbem as maiores responsabilidades porque desagregou o sistema educacional, hoje sem
qualidade."

Esta petição explica que "o texto do chamado Acordo sofre de inúmeras imprecisões, erros e
ambiguidades" e avisa ainda que "não tem condições para servir de base a qualquer proposta
normativa". Fala em concreto, entre outras situações, da "supressão da acentuação, bem como das
impropriamente chamadas consoantes 'mudas'- muitas das quais se lêem ou têm valor etimológico
indispensável à boa compreensão das palavras".

O manifesto lamenta então "que as entidades que assim se arrogam autoridade para manipular a
língua" não tenham "ponderado cuidadosamente os pareceres científicos e técnicos" e avancem
"atabalhoadamente sem consultar escritores, cientistas, historiadores e organizações de criação cultural
e investigação científica". E acrescenta que "só ampla discussão pública poderia justificar a aprovação
de orientações a sugerir aos povos de língua portuguesa".|

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