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Separados
Do sol que a infncia em luz nos envolvia,
Quais estioladas plantas, assombrados,
A cara ainda infantil, j nos pendia.
E assim viveste! e quando a idade ardente
De mil aspiraes te enchia o peitoJuntos sofremos! Murchas, ressequidas,
Desfolharam-se as mai,
Olhaste, e vendo a isolao somente,
Cansado, te deitaste em frio leito.
E eu, em vo no atade me curvava,
Em vo hei procurado a tua campa;
A morte de mistrios te falava,
Mas nos lbios do morto o dedo estampa.
Em vo te perguntei: Nessa morada
Outros flgidos sonhos imaginas?
Ao sair da vida deparaste o nada?
Ou acordaste em regies divinas?
Mudo ficaste. Os ventos perpassaram,
Soltando queixas no volver das folhas,
E teus lbios imveis no falaram,
Nem sequer o irmo saudoso olhas.
Meu Deus! permite que atravs da lousa
Possa ele ouvir a minha voz ainda,
E desse leito, onde afinal repousa,
Me diga: A vida neste p no finda;
Me diga: A crena que na leda infncia
Aprendemos da me verdadeira;
H outra vida, h uma outra estncia,
To feliz, quanto esta passageira;
Que se encontram os entes mais queridos,
E em eterno amplexo a Deus se humilham;
Que os prazeres em sonhos concebidos