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‘A questdo meridional OM Jw Nao obstente estas deficiéncias parciais, podese afirmar uns temas da Questo Meridional em conclusdo que a massa dos trabalhos desenvolvidos no Congreso fc it imponente. O Congresso ela- € um programa de trabalho ‘es para colocar a classe proletéria em con- as energias e sua capacidade de dire. specialmente necessdria para que as resolugées do Congresso sejam nao sé aplicadas mas déem os frutos que podem dar: é preciso que o partido mantenha-se wente unido, que nenhum germe de desagregacio, de ismo e de passividade posse se desenvolver em seu inte- fodos os companheitos do partido estéo chamados a tal condigao. Ninguém pode por em diivida que isto seré feito, para a grande desilusio de todos os inimigos da classe operdria 1ra estas notas foi dado pela publi- Oo ponte, Rratot de 18 de setembro, de um artigo sobre al assinado por Ulenspiegel* precedido de um preéimbulo um tanto quant lara pela re / a - jiegel noticia, em seu artigo, o recen deste $8 ido’ Dono! (La rvolsione merdionle, Tarim, e i 2 = imparavelmente profundo, de ecentaio sonia em Mido de aro # euro de 1925, lag din de"Tonann Fore, eltordcr &¢ (oka, ete oral verse ant Se Sorta no ame Ur Poole spon wart por Carlo Rossel. ‘oceasione storica. Para ‘Sud nella storia d'Ttalia, 16 Aa eet Alguns temas da questo meridional wr ed. Pi ti ae alae grate el leleaeete oe eee perério sobre a indéstia, o proleariado orientard SL scart ic arg ear gee andr cornisiie para a produséo de méquinas agricolas para os Se tears Oe Gee State eee eee Ne teckdos calgados para os camponeses, de mg ape cohen perelemenie em sie catrpia eletica para os camponeses; impediré que, mals tarde, vamente contra 0 fato de que se Susie protesta cok fa indéstria ¢ os bancos explorem os camponeses € 0s subj as COmaHnaCAte dill cada de aiall atta ‘méritos” ‘omo escravos a seus cofres. Quebrando a autocracia qui, nada de mal; afinal, os ovens ite, quebrando 0 aparato repressivo do Estado « weusando o Estado operério que submeta os capita 0: operdtios quebrardo todas as 2 sua miséria, 20 seu do Pa do tipo Quarto Stato tém, nos thais diversos tempos e lugares, posto no papel varios outros protestos e papel se rebele. Mas, de} e tualmente: “Nao esquecemos que a pinides sem que 0 fens” acrescentam tex- rmula magica dos co- entre os prolel instituiré as coopers ‘dos bens contra os la- {Inass, “areard com as despesas piiblicas de saneamento ¢ de irrigagao. Fard tudo isso porque 6 de fa produgio agricola, porque é de sex jriedade das massas camponesas, porque é de seu ‘2 produgao industrial para um. trabalbo stil entre cidade e campo, entre Norte ¢ Sul descaramento ¢ © superf tores de Quarto Stato. Afr vens” escritores de Qui loquaz presuncéo semeth: quer conceito poderia e deveria ser me jor & conquista de Estado — caracte Simples controle operdrio sobre a inddstria — dos per Subseqlentes. Mas 0 que importa notar aqui € que 9 con io do Norte. A regeneracd 3 i caniponees Lal 7 . regeneragdo econémi fundamental_dc as_turineses nfo_foi_a “Tonnule ¢ leve ser numa divisio das terra magica” fundio, mas 0 da alianga politica incult v1 eek s ei visio ma ga pol sultas ou mal cultivadas, mas na solidariedade com 0 prole- Fege-os operdrios do Norte ¢ 08 éaitiponeses do Sul pars dex: que precisa, por sua vez, da s Tibar@-burguesia do’ poder de Estado: ido apenas eles, mas praeipalimente os coihuriistzs de Turim (que também susten: Pleam’ como subordinada & agdo solidéria das duas classes, & So da terra) colocaram:se em guarda contra as_ilusGes ‘sobre a reparticao mecanica dos mesmo artigo de 3 de janeiro de 1920 est escrito: : Obtém um camponés pobre invadindo uma terr no presente volume, po. 758, ral cultivada? Sem méquinas, sem uma habitagéo no lugar 4, Ver “Operarioe € camponese 40 vidual de grandes génios, que séo ids Solitérias num arido e estéril deserto. O Par- ista foi em grande parte o veiculo desta ideolagia chamada escola 0s Niceforo, os Orano e os sequazes menores®, que ¢m artigos, ensaios, novelas, romances, livros de impressées e de recordagdes repetiram sob diversas formas a mesma ladainha; com eles, mais uma vez a foi chamada para esmagar os miserévei desta vez de sera jeses_reagiram_energicament esta idedlogia, especialmente em Turim, onde os desctiges dos veteranos da 0 € o espfrito populares. Reagiram energica- -onseguindo obter resultedos con- térico © conseguindo obter, espe- rim, embrides daquela que seré 2 solugdo do problema meridional Alguns temas da questéo meridional 1 da cidade Secio socialista loca tores do L’Ordine os futuros reda- jeto de apresentar expoente mais avancado, em sentido ti ponesa do Sul. Estava fora do Partido S conduzia uma campanha ativissima ¢ extremamente pet contra 0 Par ‘suas afirmages © acusagSes tornavam-se, junto 4 massa trabalhadora meridional, motivo de édio ndo apenas contra os Turati, os Treves, os D’Aragona, as das balas que a Guarda Real disparou contra os ope: nos anos de 1919, 20, 21, 22 eram fundidas com o igos de Salve- wer uma pro- exposto a0 prs tore, que se candidatura. "Os operdtios de Turim desejam eleger um depu- tado para os camponeses das Pulhas. Os operdrios de Turim que, nas eleigées gerais de que te dova 308 roy inétodos exteemamente Sul ‘A questéo mer compromisso de espécie alguma com Salvemini, ido, nem de programa, nem de disciplina no grupo mini atenderé aos campo- 3s de Turim, os quais fardo ral segundo seus pri fhuma forma com a prometerao de Salveri Salvemini nao qu ficado abalado e até comovido com a proposta (naquel ainda nao se falava em “perf eram honestos e cordiais): ele propés Mussolini! como can didato e se comprometeu a vir a Turim para apoiar 0 Partido Socialista na luta eleitoral. Houve de fato dois comicios na Cémara do Trabalho e na Praca Statuto que se realizaram entre 6 entusiasmo da massa que via e aplaudia Salvemini ‘como 0 representante dos camponeses meridionais oprimidos @ explorados de forma ainda mais odiosa € bestial do que o proletariado setentrional. ‘A orientagdo contida neste episddio que nao teve maiores desdobramentos apenas por vontade de Salvemini foi retoma- dae aplicada pelos comunistas no pés-guerra. Vamos recordar os fatos mais salientes e sintomét Em {919 formowse aa Jovem _Sardenha”, preambulo ¢ premissa daquilo que mais tarde seria o Partido Sardo de Agéo. A propunhe-se a unir todos os sardos da itha e do continente num bloco regional capaz de exercer uma eficaz pressio sobre 0 governo para fazer com que fossem cumpridas as promessas feitas aos 5 Alguns temas da quesido meridional us para explorar. A ela aderiram advogados, mndrios, com 0 entusiasmo criado por de pescar cruzes, comendas € medathas. tuinte, convocada em Turim pelos sardos hi yponente em fun¢ao do ném gente pobre, popu- icagdo distingufvel, serventes, pequenos pen- , ex-guardas carcerérios, exfiscais fos, que exerciam pequenos ¢ variadissimos negé- todos estavam entusiasmados com a idéia de se encon- trar entre patricios, de ouvir discursos sobre a terra, & qual continuavam ligados por intimeros lagos de parentesco, de recordagdes, de amizade, de sofrimentos, de esperangas: esperanga de voltar @ sua localidade, mas a uma localidade mais rica e préspera, que oferecesse condigGes de viver, mesmo que modestamente. Os comunistas sardos, em ntimero exato de oito, foram & reuniZo, apresentaram uma moco & presidéncia, procuraram fazer uma intervengao de minoria, Apds o discurso inflamado ¢ retérico do relator oficial, adornado com todos os enfeites belezas da oratéria regional, aps terem os oradores cho- rado as recordagtes das dores passadas e do sangue derramado nna guerra pelos regimentos sardos, e estatem entusiasmados até 0 delirio com a idéia do bloco compacto de todos os generosos da Sardenha — apés tudo isso, era muito dif “fazer passat" a intervencao minorité-'s; as previsGes mais michamento, pelo menos um passeio a chefatura da policia apés terem se safado das conse- jas da “‘nobre indignaggo da multidao”. A comunicago pelos comunistas, embora tenha suscitado enorme estupe- | fagio, foi porém escutada com e, uma vex rompido © encanto, rapidamente — mi te — chegouse & dilema — sois vés, pobres diabos sardos, favordveis a um bloco com os senhores da Sardenha jinaram ¢ que sio os guardiies locais da explora- ista, ou sois favordveis a um bloco com os operdrios mam um corpo especial de soldados, ‘da ordem pibica. tes ‘A questio meridional revoluciondrios do continente, que desejam abolir todas as exploragdes © emancipar todos 0s oprimidos? — foi intro- duzido nos cérebros dos presentes. O voto por divisio foi um formidavel sycesso: de uma parte, um grupinho de vis- 10508 senhotes, dé funcionérios de cartola, de profissionais los de raiva e de medo com trés ou quatro dezenas de policiais em busca de consenso e, de outra parte, toda a mul- tiddo dos pobres-diabos e das mulherzinhas vestidas de festa em tomo da mindscula célula comunista. Uma hora depois, na Camara do Trabalho, era co © Cireulo Educat Socialista Sardo, com 256 inscritos; a formacéo da “Jovem Sardenha" foi adiada sine die e no teve mais vez. Foi esta @ base politica da acdo dos comunistas entre os soldados da brigada Sassari, brigada essa de composicao quase totalmente regional". A brigada Sassari havia patticipado da repressio a0 movimento insurrecional de Turim em agosto de 1917; todos estavam seguros de que ela nao se confraternizaria mais com os operdrios, em virtude das recordagées de ddio que toda represso deixa na multidéo (até mesmo contra os instrumentos materisis da repressio) e nos regimentos em de- corréncia das recordacées dos soldados caidos sob os golpes dos insurretos. A brigada foi recebida por uma multidao de damas e cavalheiros que ofereciam flores, frutas e cigarros aos soldados. O estado de espirito dos soldados pode ser caracte- rizado por este relato de um operdtio de curtume de Sassari, incumbido das primeiras sondagens de propeganda: “Aproxi- mei-me de uma tenda da Praca X (nos primeitos dias os sol- dados sardos acamparam nas pragas como se est cidade conquistada) e conversei com um jovem camponés que, por ser de Sassari como cx, me acolhei ecrdialmente. ‘O que vooés vieram fazer em Turim?” “Viemos para disparar contra os senhores que fazem greve.’ Mas ndo so os senhores os cue fazem greve, sf0 0s operatios e sio pobres.” ‘Aqui todos do senivores: todos tém gravata ¢ colarinho e gavham 30 liras 14 Chanda » Torin por astso da osupar dat (reas (920, 2 tein Saar vi soo srment da repress evn do ee Srinioturnée son TBI? so fvor do. pao ¢ sonra = guetta Sobe te trovimencs de Turin, ver oe Seat gion de Gramet (Turin 3B © Proto Spene, Forno pers nella gran guerra, Trim 1360 Alquns temas da questto meridional Ms por dia. Os pobres eu conheco bem e sei como se vestem; em Sassari, sim, ld ha muitos pobres: todos nds lavradores’ Czappatori”) somos pobres e ganhamos 1,50 lira por dia.’ ‘Mas eu também sou operdrio © sou pobre.’ “Vocé é pobre porque é sardo." ‘Mas se eu fizer greve com os outros, dispa- ard contra mim?" © soldado refletiu um pouco e, apoiando fa mio em meu ombro, afirmou: ‘Ouga, quando vocé fizer greve com os outros. fique em casat””” Era este 0 espirito da absoluta maioria da brigada, que contava com apenas um pequeno nimero de operérios, minei- ros da bacia de Iglesias. No entanto, poucos meses depois, as ‘vésperas da greve geral de 20-21 de julho, a brigada foi afas- tada de Turim, os soldados mais velhos foram dispensados e a formagao dividida em trés: um tergo foi mandado para Aosta, tum tergo para Trieste e um tergo para Roma, Fizeram a briga- da partit de noite, repentinamente; nenhuma multidao elegan- te a aplaudia na estacdo; seus cantos, apesar de serem ainda guerreiros, jd no tinham mais 0 mesmo contetido dos cantos da chegada. Tais acontecimentos ficaram sem conseqiléncias? Nao, tiveram resultados que ainda hoje subsistem e continuam a ‘operar nas profundezas da massa popular, Eles iluminaram por um momento cérebros que jamais tinham pensado naquela Girecdo © que ficaram impressionados, modificados radical- mente. Nossos arquivos se dispersaram; muitos papéis tiveram que ser por nds destrufdos para ndo provocarem prises perseguigées. Mas nos recordamos das dezenas ¢ centenas de cartas chegadas da Sardenha 3 redagdo turinesa do Avanti!; cartas freqiientemente coletivas. freqiientemente assinadas por tados os ex-combatentes da brigada Sassari de uma determi, Por caminhos incontrolados ¢ incontrolaveis, a posigdo politica por nés sustentada se difundia; a formagio do Partide Sardo de Aco foi influenciada fortemente pela base e seria possivel recordar, a este propésito, alguns episé- dios rieos de contevido € de significado. A diltima repercusséo verificada desta agao ocorret. em 1922, quando, com os mesmos propésitos da brigada Sassari, foram enviados a Turim 300 carabinieri da legiéo de Cagliat Na redagdo do L’Ordine Nuovo, recebemos uma declaraga de principio assinada por uma grande parte destes carabinieri Sciacca casas REET! 6 ‘A questo meridional Alguns tomas da questte meridional 7 tal declaracao repetia toda a nossa impostagdo do problema ‘meridional. era a prova decisiva da justeza da nossa orientagio. © proletariado deve fazer sua esta o Ihe eficdeia politica: isto esta subenten: formasse em coopera conquistada pelos de dispensa. de massa € possivel se a massa mesma no esté convencida A Sesio soci ida pelos comunistas interveio dos fins que deseja atingir € dos métodos a aplicar. Para ser energicamente na questio. Foi dito aos operérios: uma grande capaz_de_governar como_classe, o proletariade deve se des- ) POET Ee Jodo tesidva.corportio, de. todo. precon crustacio_sindicalista. O que significa isto? vio sé devem ser superadas as distingdes existentes entre as empresa cooperativa como a FIAT pode ser assumida pelos operdrios estdo decididos a entrar no as burguesas que hoje governa a I ‘enquadra-se no plano politico plano? [4 antes da 3 3 £ 3 5 5 & 5 g 3 8 smos que podem subsistir, e em 1898 im, na classe operéria como tal, mesmo quando ja de- ‘Apés 0 deck m de seu seio os particularismos de profissio. O gada a rerun 0, 0 carpinteiro, 0 0} : violenta ¢ devem ndo 36 pensar como prol © ndo mais como met embora gio, carpinteito, operdrio da construgao, etc., mas devem inda dar um passo & frente: devem pensar como membros de ima classe que tende a ditigir os camponeses € 08 i de uma classe que s6 pode vence i © prol no se torna sse dirigente © aqueles estratos, que na representam Qt maioria da populaao, permanecem sob a diregéo burguesa industriais\ ou um bloco industrial capitalista-operdrio, sem ¢ ddo 20 Estado a possibilidade de resistir ao impeto prole- sufragio utiversal, a favor do ptotecionismo alfandegécio, da € de dobré-to. tengo da centralizacdo estat s bem: 0 que ocorreu no terreno da questéo meridional és sobre 0s cemponeses, esp ul ra que o proletariado compreendeu estes seus deveres. de uma politica reformista em relagio aos saldtios ¢ fo em Turim, ica de liberdade alfandegéria, de sufre outro na Reggio Emil corporativismo de classe, do prot como exemplo pelos “meridional enzre os camponeses do Sul Apés a ocupacio das fébricas, a diego da FIAT propés que os operdtios assumissem a gestéo da empresa em forma de cooperativa, Como € natural, os reformistas foram favo- riveis. Delineava-se uma ctise industrial. O espectro do de. semprego angustiava as familias operdvias. Se a FIAT se trans- tomado sm sua_propaganda ee Hee i Eeeereereaeeaeeaeeat M8 A questio meriionel “. Escalhe. nio_por acaso,_esta_segunda ersonificou_o dominjo burgués_e_o. Partido tornou-se o instrumento da_p server bem, io dec mais radicais do“movimento soci porém saudavel, da reacdo operatia contra © bloco com a burguesia € a favor de um bloco com os cam- poneses e em primeiro lugar com os camponeses meridionais, Precisamente assim: ir op fdo 0 micleo dirigente do si Observando-se be m torno dos quais giraram as suck smo e a passagem gradual dos dirigentes istas para o campo burgués: a emigragio e o livre- cambismo, dois motivos estreitamente nalismo. A emigragio fez nascer a idéia da “nagdo prolet 16, Com de uma parte du de fora. Cf. G. Proce 4 sua mais complete exp fedlogo reconhecido do movimento) Alguns temas da questdo meridional 49 yassou para o nacionalismo e, ‘Todo um grupo de sindic Pe sta foi inda, 0 propria Partido Nad naviamente por it Davanzati, Mar: ‘Ao longo destes dez anos o capi desenvolve, concentrando parte de sua do Val poneses do Nortes,veriticase uma profunda diferenciacao de classe (0 nidimero dos trabalhiadores bracais aumenta em 50 oF cento, de acordo com os dados do censo de 1911) e a ela reelaboragio das correntes pol parece tormar-se 0 protagoni sm seus organismos de esquerda (a Azione, meri istas: os Fancell Ciccoti tornam-se seus as Salvemini nio esconde suas 10s colaboradores; ¢ 0 pr patias por Mussolini, que se [A questéo meridional ‘erin que pagar aos portadores de obrigagées um qualquer que fosse © movimento dos negécios. retathada de todos os modos pelos 08 que permaneceriam em maos de burgueses, int em reduzit'os operdrios & sua discregio. Os operdrios através da obra dos cdo do partido po- Eis af 0 plano de em sua plena aplicago. O proletariado turinés néo is como classe independente, mas apenas como um. apéndice do Estado burgués. © corporativismo de classe terd infado, mas 0 proletariado perderd sua posigo e sua Fungo aparecerd & massa dos operdrios mais ido, apateceré aos camponeses como dos burgueses, pois a burguesia, como fentaré 2 massa camponesa os niicleos opetirios privilegiados como a tinica causa dos males ¢ da ades. Mas essa experiéncia néo podia Com toda uma série de agées, tha demonstrado haver ale de maturidade e de capa jorar suas - Para refrear is propuseram aos operd- novos chefes ios que indicassem eles mesmos, de turma e chefes de segdo: os operiitios rej ss taz6es pata entrar em conflito com os embora tivessem vai cos, que # repressio © de persegui¢do. Naquela ocasiao, os jornais desen- cadearam uma furiosa campanha para isolar 03 técnicos, des- tacando seus elevados saldrios, que chegavam a 7.000 lires por més. Os operérios qualificados apoiaram a aj serventes, que apenas assim conseguiram se das fébticas foram varridos todos os das categorias mais qualificadas em prejufzo das menos @j ficadas. Através destas ages a vanguarda prol q Alaurs temas de questo meridional 13 ‘sua posigo social de vanguarda; foi esta a base do desenvol- vimento do Partido Comunista em Turim. Mas, e fora de Turim? Pois bem, desejamos a propésito apresentar a questo fora de Turim e precisamente em Reggio Emilia, onde exist a maior concentragio de reformismo e de corporativismo de classe. — era como que a expresso lento que se disseminava entre do Norte. Em Reggio E de FIAT de T os dos operarios fa, Os teformistas de Reggio eram jento © 0 alardeavam . Um com expos todo 0 conjunto da ques © “milagre”: 0s operdrios, em sua jaram a tese reformista ¢ corporativa, Foi demonstra indo representavam 0 espf- rito dos operérios de Regi representando apenas a passividade e outros aspectos negativos. Dada a notével con- centragao em suas fileiras de organizadores e absoluta maioria, rej ‘© desenvolvimento € a organizacao de uma corrente revoluciondria: mas bastara a presenga de um tevo- lucionério competente pata ridicul ¢ revelat que os operirios de Reggio séo valorosos combatentes © nao porcos smamentados com a ragdo governamental 991, 5.060 oper emits pela FIAT, os Conselhos de Fabrica foram abolidos © 0s salérios is rebaixados. Em Reggio Emilia ocorreu pro- Alguns temas da questo meridional 34 ‘A questdo meridional ‘ Os intelectuais meridions interessantes e Important convencer disso, basta pensar que estatal_sdo_constituides de . Para se fa_burocracia para se com- “intelectuais meridionais, yuns dados de fato: tamos certos de que registrar toda uma sér mais dificeis e quase im. 'da mais dificeis no que se refered mana \camponesa do Sul inantemente camponese ¢ artes, Q Sul da Itélia pode ser definido como.uma grande de- tado, para organizar 0 comérci sagregacio social. O3 campo US _constlivem @ lara da sua populigto, no ian tenkos CE evidente que ocorrem ‘oxcer i ‘aplicada, Forgas econdinfeas se -devenvelveram, até chegar a absorver a s Brande bloco agrétio constituido pe da age mE CamipOnESa, amortae desagrepadar te i tals da_pequena e média burguesia rural e, por fim, 08. grandes Proptictitios de terra e os grandes intelectuais Oe ‘campone- ais €5to eri constante efervescénci sat, so incapazes de dar uma expresso uais weigeoes © necessidades. © estrato médio de is fecebe da base camponesa os imputsns para sua ica ¢ ideolbgica. Os grandes propriets, 2 intelectual. Ao con- ainda exerce um papel mntinua prevalecendo o 1a andlise, todo este se Ome é natural, € no campo ideol6gico que tino Ragat© 5° verifica com maior eficdcla e precese Gius. seas niunato © Benedetto Croce representans Por isso, as dras angulares do ©. as duas maiores figuras da reagao italiana ima, meridional so, em certo sen. (quand fou uma certa simpatia pelo fascismo), Croce retirouse de 8, Vida po ra senador) © assumia uma atitude de oposigao individuel 20 Cultura Croce inspizavase no liberal # no momento. da. grande 136 A questdo meridional 20 intelectual meridional deriva predomina yma camada que.1o,Sul ¢ ainda notével: o burgués tural, ou fia, © pegueno’e medio propriety dee eee camponés, que néo trabalha a terra, que se envergonhava de ser agricuiter, mas que, da pouca ten que poste cab ce aluguel ou em les meagao, deseja arrecadar o su! para viver conve itemente, para mandar os filhos 4 uni sidade ou ao seminéri ), para fazer o dote as filhas que devem esposar um oficial ou um funcionério civil do Estado. Os lec is recebem desta camada uma aspera aversio pelo cam- Ponés trabalhador, ecnsiderado como méquina de trabalho 4 deve ser sugada até 0 osso e que pode ser facilmente sublth, tufda em decorréncia da superpopulagéo trabalhadora: rece, bem também ¢ sentimente savice redo petante 0 eamponts at suse Conteduentemente, un refinadissima arte de en; refinada e uma « ¢ domesticar as massas campo- 3} Como o clerg pertence a0 grupo soci sri a diversidade de caract ém seu conjunto e 0 clero setentrional. cormalmente € 0 filho de um artesao ou de um camponés; tem sentimentos democ ligado & massa dos camponeses; moralment correto do que 0 padre meridional, que com freqiiéncia convive quase abertamente com uma mulher; por isso, completo socialmente, o idade de uma familia. No Nor Sul o padre apa. fece a0 camponés: 1) como um administtador de terras com 9 qual 0 camporiés entra em conilito pela questo dos aluguéis; 2) como um usurdrio que cobra elevs 8 taxas de jur « faz intervir 0 elemento religioso para arrecadar com segue ranga o aluguel e @ usura; 3) como um homem submetide as paixées comuns (mulheres ¢ dinheiro) e que, portan Alquns temas da quesiéo meridion 1 confianga quanto & discrigao ¢ a im- isso uma escassa Funsao se com freqiiéncia é ‘u- joso em sentido pagio, ndo ¢ clerical. Todo este con: ‘plica porque, no $ io Popular (excetuadas ‘uri posigio destacada, igdes € de organizacies de ide do camponés frente a0 clero esta resumida do popular: “O padre € padre no altar: fora é um homem como outro qualquer’ Q camponés m igado 20 grande_proprieté- rig dé Tertas por meio Go Th I Os movimentos dos eam- poneses, na medida etm que nad-se fesumem a ser organizagées de massa autGnomas ¢ independentes ainda que formalmente 0 &, capazes de selecionat quadros camponeses de origem scamponesa e de registrar ¢ acumular as diferenciagées © os m no movimento), terminam sempre as ordindrias articulagées do’ aparato estatal — ias, Camara dos Deputados — através de composigdes e decomposigdes dos partidos locais, cujo pessoal é {do de intelectuais, mas que so controlados pelos grandes proprietérios © por seus homens de confianga, como Salandra, Orlando, di Cesard**. A guerra pareceu introduzir uum elemento novo neste tipo de organizagdo com o movimen dos ex-combatentes, no qual os camponeses-soldados e os lectuais-oficiais formavam um bloco mais unido entre ia de tradigo de organizagao explicita dos intelec- democrdticos no Sul, mesmo este agrupamento deve set relevado e levado ei uma caudalosa © grossa corrente. A tinica regiéo em que o 26.0 duque Giovanni Colonna di Cessrd, exposmte da dem social, era expr Chegow a 138 A questdo meridional to dos excombatentes assumiu uma chegou a criar uma estrutura social mais sélida foi a Sardenha, Compreende-se a classe dos grandes propri sempenha nenhuma func (© social dos grandes props es recebem em cheio este estimulo © dio frente mais no Nacional. A situacéo bem mais profundas Sardenha como em relagdo a0 Sul. Li os mais coesos e de que no Sul continen méreio muito desenvol todo o Sul e uma das m: riores percebem muito bem sua impor € a fazem pesar. A Sicilia e 0 Piemonte sio_as ue _deram o maior numero de dirigentes italfano, sto as duas resides que exerveraim urta Fung einiente desde 1870. As massas populares avangadas do que as , Mas seu progresso assumiu uma forma tipicamente existe um socialismo de massa NO que tem toda uma tradico ¢ um desenvolvimento Peculiar: na Camara de 1922, contava com cerca de 20 depu- tados entre os 52 que eram ele’ Afizmamos_que_o_camponés me ande proprietério de_terras por im de organizacio €o mais difundido em. jor 30 exis ‘uma luz intelectual, nenhum programa, nenkt para progressos ¢ melhoramentos. Se alguma id programa foram afirmados, isto aconteceu porque tiveram sua ‘rigem fora do Sul, nos grupos agrétios conservadores, espe- cialmente da Toscana, que no Parlamento estavam associados 05 conservadores do bloco agrétio meridional. Sonnino e 7 Alguns temas da questio meridional 139 ” foram dos poucos burgueses locaram op tracaram um plano de governo visando sua solugdo. Qual foi ista de Sonnino e Franchetti? A necessidade de estrato médio independente de , conform dizia, © moderasse o insui Sonnino e Franch fez com que incorressem em enganos freqiientemente grotescos. Numa de suas publicagdes, por exemplo, menciona-se 0 fato de que uma cant regia da Cal para demonstrar quio di seriam as tas. O fi deiro (como deve ser, dada a probidade res), explica-se muito'simplesmente, se lembramos que no Sul eram numerosas as coldnias de aibaneses ¢ que a palavra “Skipetari” tinha sofrido, nos dialetos, as deformagdes mais estranhas e curiosas (assim, em alguns documentos da repi- blice véneta false de formagées militares de “'S’ciopetd”). Ora, no Sul as teorias de Bakunin néo eram ai ‘que provavelmente teri sugerido sponeses pobres muito antes que fa me ci © cérebro de Bakunin tivesse cogitado da teoria da “‘pan- destruigéo”” : O plano governamental de Sonninc ¢ Franchetti nfo che- iado. E nem podia sé-lo. O né das rela- se refere & organizacao da I que o nas gou sequer a ser delle province napoletane, Fitenze, 1950), Agus remas da guestdo meridional A questo meriional Afirmamos que @ Itélia meridional gregacdo social. Esta {6rmula pode ser a smponeses como também aos intelec nsformam seus Iu- transferindo-os para outras localidades, is formas gigantescas caracte- ras levas comegaram a afluir ‘Quando a emigragio sas do século XX e as 0s economistas i mente: 0 sonho de Sonnino lugio se vetifica no Sul, q organizacdo da cultura méd wraa ea revisa La Critica, culturais de enorme erudiga i; uma silenciosa revo- lenta mas seguramente modi a estrutura econdmica e social da regio. Mas 0 nciosa foi sufocada no nas- us do Tesouro a juros fixos lerveio e a revolucio si cedouro. O governo ofereceu béni r0s0 realizador do programa de Sonnin © melhor agente do ca liltimos recursos de poupanga m: dos pelo Banco de Descont ismo setentrional para capturar os ional. Os bilhdes engoli- eram quase todos devidos ao Sul 8 400.000 eredores do BIS* eram na sua enorme maioria Poupadores meridionais. Por sobre © bloco por sobre © bloce lectual que praticamente s ciona, no Sul, um bloco erviu até agora par in MUI perigosas mato ¢ Benedetto Cr 7 lerados como os reaciondrios mais ‘grupos de iste uma intelectuais, 20 mesmo tempo em que néo ex ea Existem no Sul a editora La- tem academias © empresas mas néo existe revistas pe- , nem editoras em torno dus quais se agrupem lectuais meridionais. Os_meridionais rocuraram sair do bloco agririo e abordar a. questo meridional_de forma ra‘ ‘como uma homenagem pessoal 20 amigo Gobet, que, refusiado na Franca, anos em 13 de eve secre? ers, eles conseguiram fazer com que a sar fazendo abstragdo deste elemento. No trabalho comum do abordagem dos problemas meridionais nao ultrapassase certos posto por nés em contato com um mundo s-€ ndo se tomasse revoluciondria. Homens de enorme apenas através a ¢ inteligéncia, nascidos no terreno tradicional do Sul gados & c jornal, Gobet vivo, que ele havia conhecido ant das formulas dos livros. Sua caract ta de qualquer vaidade lura européia e, conseqiientemente, & mun- 162 A questio meridional ‘Alguns temas da questdo meridional 163 t di 1am todas as qualidades para der uma satistagdo as 0, no podia deixar de necessidades dos mais honestos representantes da juventude se convencer de que toda uma série de modos de ver ¢ de culta do Sul. para consola iriquietas veleidades de re- pensar tradicionais acerca do proletariddo er volte contra as condivdes existentes, para orientélos segundo tos. Que conseqiié iveram para Gol 1a linha média de serenidade cléssica do pensamento ¢ da com o mundo proletério? Eles foram a origem ¢ 0 estimulo acdo. Os assim chamados compreenderam que na Itélie, como nao péde Reforma sa _de massa, em virtude das condigdes mo- dernas da civilizagdo, a inica Reforma historicamente possivel ; Yerificou-se com a filosofia de Benedetto Croce: foram_alte- rados a otientago ¢ 0 método de pensamento, foi consti uma nova concepgio do toes as demas el ‘roce cumpriu ut levadissima fung: st lectuais radicais do Sul das massas camponesas, ‘erm is indo-lhes participar da cultura nacional e européia, ¢ atta ices posteto de frbitres das disputss, do sta cl fossem absorvidos pela burguesia 4 idores de prémios e punicdes. Praticamente, Got ia, pelo bloco agrério. escapou deste destino. Revelou-se um organizador da cultura io valot e teve nesse tiltimo perfodo uma fungao que nao deve ser esquecida e nem subestimada pelos operarios. Cavou uma trincheira para além da quai nao retrocederam (os grupos de intelectuais mais honestos ¢ sinceros que nos anos de 1919-20-21 viram que o proletariado como classe di- para uma concep¢o que no queremos uma concepgao que em grand rotestantes ou calvin ta concepeao, projetados da a.a ordem dos fenémenos de massa. As quali icas da vida dos do e a0 puro registro dos méritos e LOrdine Nugvo eos comunistas de Turim, num certo sentido possam estar unidos & tanto, a mesmo tempo, uma c m rigente seria superior a burzucs esta tradigao © 0 inicio de um novo desenv 4 tamente, outros de péssima {6 ¢ sem nenhuma honestidade, s € que ainda os daré. Os comunistas, com: andaram repetindo que Gobetti nada mais era do que uth ola ram 0 proletariado urbano como protagonis comunista camuflado, um agen’ 2. ital fa nista, pelo menos do grupo comunista do L'Or. essas boatarias Nao € preciso sequer desmet . figura de Gobetti e 0 movimen representado foram proditos espontineos do novo érico italiano: a4 tepousam seu significado © sua importancia. Nés mesmos fo- ‘mos algumas vezes repreendidos por camatadas do partido por nndo termos combatido a corrente de idéias de La Rivoluz Liberale: tal auséncia de luta parecia set a prova de uma art 104 A questio meridional, que 0 podiamos © representava um que nao deve ser combatido, ao menos em linha sna luta de classes, ammente nos servia de ligaca a lect idos TO terreno da técnica capita- ham assumido uma posicéo de esquerda, favo- ra do prok Q} com uma mento de La Riv ele constituido por comunistas puros que tivessem aceitado de A a Z 0 nosso programa e a nossa doutrina? Isto néo podia ser perguntado porque teria sido politica e paradoxo. Por sua prépria natureza ¢ funcao histérica, os lectuais se desenvolvem lentamente, muito mais fentamente do que qualquer outro grupo social. Eles representam toda a tra: digio cultural de um povo cuje bi (0 especialmente do velho ascido no terreno camponés, Considerar como poss{vel que ele possa, como massa, romper com todo o passado para se colocar completamente no terreno € absutdo. E absurdo para os vez absurdo também para mi mo massa e iais tomados individuaimente, no obstante todes os honestos sm fazer. Ora, a nés ressam 0s i jo apenas como duos. € sem il para 0 proletariado que um ou mais ralmente, cheguem a aderir confundam-se no proleta- ‘Alguns temas da questio meridional 165 intelectuais ocorra uma fratura de cardter joricamente caracterizada: que se con g massa, uma tendéncia de esquerda, no significad mmoderno de pelvra, sto €aentada para 0 proletariado revo- jonério, A alianca entre o profetariado e as massas camp fae igs cnn fotaato ada mais 4 O06 ais letariado ¢ as massas camponesas 66 Sul. O prote © bloco agrério me ¢ seguir, através de seu partido, organizar em formagdes autd- nomas ¢ independentes massas cada vez mais numerosas de ‘mas enormemente agrério. Para a solugdo desta tarefa 0 iado por Piero Gobeiti © pensamos que , mesmo sem a sua dirego, dardo prosse Iho jé empreendido, que é gigantesco e di amente por iss0 é digno de todos os sac vida, como ocorreu no caso de Gobetti) por ue so muitos, mais do que se cré) jul o manuscr Taterrontpe-se agi

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