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1.0 que é Ergonomia Eo eapltulo initial apresenta o conceito de ergonomia. Ela surgiu logo apes a I Guerra Mundial, como conseqiiéneia do trabalho interdiscipli- nar realizado por diversos profissionais, tais como engenheiros, fisinlogistas @ psiedloges, durante aquela guerra, capitulo também da uma visio panoramica dos principals campos de aplicagao da ergonoria. Inicialmente, essa aplicacao.se fazia quase que ex- clusivamente na inddstria e se concentrava no binémio homem-maquina. A ergonomia agora é bem mais abrangente, estudando sistemas complexos, onde de- 2enas ou até Centenas de homens, maqui- nas ¢ materials interagem, continuamente entre si, na realizacao de um trabalho. A ergonomia também expandiu-se ho- rizontalmente, abarcando quase todos os lipos de atividates humanas. Hoje, essa expansdo se processa principalmente no setor de servigos (satide, educagio, trans- porte, lazer e outros) e até no estude de trabalhos domésticos. Houve também uma importante mudanga qualitativa. Antes, o trabalho exigia muito esforgo fisico repe- titivo, Hoje, depende principalmente dos aspectos cognitivos, ou seja, da aquisigio © processamento de informagoes, O ca- pitulo se encerra com discussdes sobre questOes econémicas relacionadas com as aplicagdes da ergonomia. A ergonomia inicia-se com o estudo das caracteristicas do trabalhador para, de- Pols, Projetar o trabalho que ele consegue executar, preservando a sua satide, Assim, 2 ergonomia parte do conhecimento do homem para fazer 0 projeto do trabalho, ajustando-o &s suas capacidades e limitagdes. Observa-se que a adaptacdo sempre ocorre no sentido do trabalho para o homem. A reciproca nem sempre 6 verdadeira Ou seja, é muito mais dificil adaptar o homem ao trabalho. Esse tipo de orientagio Poderia resultar em maquinas dificeis de operar ou condicdes adversas de trabalho, com sacrificio do trabalhador. Isso seria inaceitavel para a ergonomia Definigao da ergonomia Existem diversas definigoes de ergonomia.Todas procuram ressaltar o carater in- terdisciplinar e 0 objeto de seu estudo, que ¢ a interagao entre o homem e o trabalho, no sistema homem-m4quina-ambiente. Ou, mais precisamente, as interfaces des- Se sistema, onde ocorrem trocas de informagOes e energias entre o homem, maquina e ambiente, resultando na realizacao do trabalho. Diversas associagées nacionais de ergonomia apresentam as suas proprias defini- Ges. Aquela mais antiga é a da Ergonomics Society (www.ergonomics.org uk), da Inglaterra: “Ergonomia € 0 estudo do relacionamento entre 0 homem.e sew trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicagdo dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solugda dos problemas que surgem desse relacionamento.”” No Brasil, a Associagao Brasileira de Ergonomia (www.abergo.org.br) adota a seguinte definicao: “Entende-se por Ergonomia o estudo das interagdes das pessoas com a tec- nologia, a organizagao e 0 ambiente, objetivando intervengoes e projetos que wisem melhorar; de forma integrada e ndo-dissociada, a seguranga, o conforto, 0 bem-estar e a eficdcia das atividades humanas.” No ambito internacional, a International Ergonomics Association (www.iea.cc) aproyou uma definicao, em 2000, conceituando a ergonomia e suas especializagées: “Brgonomia (ou Fatores Humanos) é a disciplina cientifica, que estuda as entre os seres luumanos e outros elementos do sistema, ¢ a profissdo i splic teorias, princtpios, dados e métodos, a jetos que visem otimizar : ber estar leumano ¢ 0 desempento global de sistomes " si Os praticantes da ergonamia sao chamados de ergonomistas e realizam © pla- nejarmento, projeto © avaliacdo de tarefas, bostos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas, tornando-os compativeis com as necessidades, habilidades e limitagoes das pessoas. Os ergonomistas devem analisar o trabalho de forma global, incluindo os aspectos fisicos, cognitivos, sociais, organizacionais, ambientais e outros, Preqientemente, os ergonomistas trabalham em dominios especializados, abor- dando certas earacteristicas especificas do sistema, tais como: Fisica — Ocupa-se das caracterfsticas da anatomia humana, antropo- metria, fisiologia e biomecinica, relacionados com a atividade fisica. Os topicos relevantes incluem a postura no trabalhna, manuse{o de materiais, mavimentos repetitivos, distiirbios misculo-esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de postos de trabalho, seguranga e saide do trabalhador. Ergonomia Cognitiva —Ocupa-se dos processos mentais, como a percepeao, me- méria, raciocinio e resposta motora, relacionados com as interagdes entre as pesso- 4&5 e outros elementos de um sistema. Os tépicos relevantes incluem.a carga mental, tomada de decisdes, interagao homem-computador, estresse e treinamento. Ergonomia Organizacional — Ocupa-se da otimizagao dos sistemas sécio-téc- nicos, abrangendo as estruturas organizacionais, politicas © processos. Os tépicos relevantes incluem comunicagées, projeto de trabalho, ‘programacao do trabalho ‘m grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura organizacional, or- Ganizagdes em rede, teletrabalho e gestao da qualidade. Portanto, a ergonomia estuda tanto as condigoes prévias como as consequéncins ‘6 trabalho ¢ as interagdes que ocorrem entre o homem, maquina e ambiente duran- @ realizagao desse trabalho. Tudo isso ¢ analisado de acordo com a conceituacao | Sistema, onde os elementos interagem continuamente entre si. Modernamente, ia ampliou 0 escopo de sua atuagao, incluindo os fatores organizacionais, fas dlecis6es que afetam o trabalho sfio tomadas em nivel gerenetal. basicos da ergonomia .estuda os diversos fatores que influem no desempenho do sistema pro- ra 1.1) € procura reduzir as suas conseqténcias nocivas sobre o trabalha- 0 reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes, proporcionande 9 ¢ satide aos trabalhadores, durante 0 seu relacionamento com consequéncia, Em geral, nao se aceita colocar a eficiéncia da ergonomia, porque ela, isoladamente, poderia justifiear ‘aumento dos riscos, além do sacrificio ¢ sofrimento dos tra- aceitavel, porque 4 ergonomia visa, em primeiro lugar, a Figura 1.1 ‘Diversos fatores que influem no sistema produtivo, Capitulo 1 — 0 que ¢ Ergonomia a satide do trabalhador ¢ mantida quando as exigéncias do trabalho ¢ do ext et itrapassam as suas limitagdes energéticas e cognitivas, de modo a evitar as situacdes de estresse, riseos de acidentes e doen¢as ocupacionais, Seguranga — a seguranga ¢ conseguida cem os projetos do pesto de trabalho, am- biente e organizacao do trabalho, que estejam dentro das capacidades e Timita- goes do trabalhador, de modo a reduzir os erros, acidentes, estresse e fadiga, Satisfagdo — satis! é oresultaco do atendimento das necessidades e expecta- tivas do ieaapadie Cxtiaey hi muitas diferengas individuais e culturais. Uma mesma situa¢do pode ser considerada satisfatdria para uns e insatisfatéria, para. outros, dependendo das necessidades e expectativas de cada um. Os trabalhado- Tes satisfeitos tendem a adotar comportamentos mais seguros e so mais produti- ‘Vos que aqueles insatisteitos. Eficiénca — eficiéncia é a conseqiiéncia de uin bom planejamento ¢ organizagaio do trabalho, que proporcione saiide, seguranga ¢ satisfagdo ao trabalhador. Ela deve ser colocada dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da efi clénela pode implicar em prejuizos a satide & seguranga, Por exemplo, quando se aumenta a velocidade de uma miquina, aumenta-se a eficiéncia, mas hd também uma probabilidade maior de acidentes, Na produgao in- dustrial, hid casos em que se conseguem aumentar a eficléncla sem comprometer a Seguranca, mas isso exige investimentos em tecnologia, organizagao do trabalho ¢ freinamento dos trabalhadores, para eliminar os fatores de risee, 1 scimento e evolucéo da Ergonomia 2 opting © evolucdo da Ergonomia i demi z ‘AD. re Ca Pe Ciencias CUjas origens se perdem no tempo.e no espa- « karjnon ei ta sate a hascimento; 12 de julho de 1949. Nesse : . , 4, Tit Inglaterra, um grupo de centi : res eect eg cae ag © formatizar a existéncia tas roe a cleats clplinar da ciéncia, Na segunda reuniao desse mesmo grupo, ocorrida em POSLO O neologisma ergonomii ‘ iia, formado pelos ter- mos sredos erdon que significa trabalho o Homos, que significa regras, ne eee (Murrell, 1965), Entretanto, esse termo 4 tinha side anteriormente usado pelo polonés Wojciech Jastrzebowski, que publicou o artigo “Bnsaios de ergonomia ou ciéncia do trabalho, baseaca nas Iéls objetivas da cléncia sobre a natureza’ (1857), Contudo, a ergonotnin sg adquirit status ce uma discipline mais formalizada a partir do infeio de déeada de 1960, com a fundagho da Ergonomics p, : tesecurch Society, na Inglaterra, Diversos pesquisadores: ploneiros, ligados essa soc dade, comegaram a difundir seus conhe- Gimientos, visando # sua aplicagdo industrial e nto apenas militar, como tinha acon: tecido na década anterior. Otermo ergonomia foi adotado nos principais paises europeus, substituindo anti- gas denominagdes como fisiologia do trabalho e psicologia do trabalho. Nos Esta- dos Unidos adotou-se a denominagio human factors (fatores humanos), mas ergo- nomia jl 6 aceia Como seu sindnimo, naquele pats, Os precursores da ergonomia Se 6 nascimento “oficial” da ergonomia pode ser definido com precisio, a mesma foi precedida de um longo periodo de gestacio, que remonta A pré-historia, Comegou provavelmente com o primeiro homem pré-histérico que eseolheu uma pedra de for- mato que melhor se adaptasse A forma ¢ movimentos de sua mao, para uséi-la como: arma, As ferramentas proporcionavam poder e facilitavam as tarefas como. cagar, corlar e esmagar, Assim, a preocupagio em adaptar o ambiente natural © construir objetos artifi- clais para atender As suas conveniéncias, sempre esteve presente nos seres humanos desde os tempos remotos, Naera da produgio artesanal, nio-mecanizada, a preocupagio em adaptar as ta- Tefas i necessidades humanas também esteve sempre presente, Entretanto, a re- Volugiio industtial, ocorrida a partir do século XVIII, tornou mais dramitieo esse As primeiras fabricas surgidas nfo tinham nenhuma semelhanga com uma moderna, Bram sujas, escuras, barulhentas e perigosas, As jornadas de tra- egavam a até 16 horas difrias, sem férias, em regime de semi-escravidao, por empresdrios autoritarios, que aplicavam castigos corporais, mais sistematicos sobre o trabalho comegaram a ser realizad| JOS a par- do aéculo XIX. Nessa época surge, nos Estados Unidos, @ movimento da cientifica, que ficou conhecido como taylorismo. Capitulo 1—O que é Ergonomia Franga ¢ paises escandinavos, por volta de fisiologia do trabalho, na tenta- hecimentos de fisiologia gerados em reocupados com as condi- carvao, fundigdes ¢ outras Na Europa, principalmente na Alemanty, de 1900, comegaram a surgir pesquisas na drea tiva de transferir, para o terreno priitico, os con! laboratérios. Os pesquisadores daquela época estavam. Pp «Ges drduas de trabalho € gastos energéticos nas minas de situagdes muito insalubres. Em 1913, Max Ruber cria, dentro do Instituto Rei Guilherme, um centro dedicado aos estidos de fisiologia do trabalho, que evoluiu mais tarde para o atual Instituto Max Plank de Fisiologia do Trabalho, situado em Dortmund, Alemanha. Esse Institu- to é responsivel por notiveis contribuigdes para 0 avango da fisiologia do trabalho, principalmente sobre gastos: energéticos no trabalho, tendo desenvolvide metodo- logias ¢ instruumentos para a medida dos mesmoes. em Estocolmo ¢ Copenhagem, foram eriados laboratorios para estudar os problemas de treinamento © coordenagao muscular para 0 desenvol- vimento de aptiddes fisicas. Nos Estacos Unidos surgiu o Laboratério de Fadiga da Universidade de Harvard, que tornou-se eélebre pelos estudos sobre a fadiga muscu- Jar ¢ aptidao fisica. Na Inglaterra, durante al Guerra Mundial (1914-1917), com a criagao da Comis- sto de Satide dos Trabalhadores na Industria de Munigdes, em 1915, fisiologistas e psiedlogos foram chamados para colaborar no esforgo para aumentar a produgao de armamentos. Ao final daquela guerra, a mesma foi transformada no Instituto de Pesquisa da Padiga Industrial, que tealizou diversas pesquisas sobre o problema da fadiga nas minas de carvao e nas indistrias. Nos paises nérdicos, Esse érgao foi reformulado em 1929 para transformar-se no Instituto de Pesquisas sobre Satide no Trabalho. Com o seu campo de atuagao ampliado, realizou pesquisas sobre posturas no trabalho, carga manual, selegao, treinamento, iluminagao, venti- Jagiio ¢ outras. Entretanto, o maior mérito desse Instituto foi a introdugao de traba- ihos interdisciplinares, agregando novos conhecimentos de fisiologia e psicologia ao estudo do trabalho, Nooriente, o pesquisador japonés K. Tanaka publicou um lin m iente, i ivro sobre “Engenharia ee em 1921 e, no mesmo ano, fundou-se, naquele pais, o Instituto de Ciéncia Com a eclosao da Il Guerra Mundial (1939-1945). i Gue nd }- , 0S conhecimentos cientific tecnoldgicos ent aia utilizados ao maximo, para construir ee sies bélicos relativam complexos come submarinos, tanques, rad si a " u 108, , Tadares, sisternas con- incéndios shee ao habilidades do operador, em condigdes faa bastant ensas, no campo de batalha. Os erros e on ae com conseqiiéncias fatais, cram freqlientes. Tudo isso fez redo! : esforgo peat para adaptar esses instrumentos bélicos As capacidades do operador, methorando 0 desempenho e red aci- brar caracteristicas juzindo a fadiga e os ——_____ 12 = Nascimento e evolugao da érgonomia Aergonomia pés-guerra im ee em tempo de paz. Os seus co- de trabalho e a produtividade dos trabathadores e dap at ne eee a8 Condigaes la populagao em geral. ‘Nos Estados Unidos do pés-guerra, os Profissionais da dr ie propostas eram recebidas freqiientemente com cetici re eee as eticismo e diivida, e eram geral- mente ridicularizados. Foram taxados de homens dos botdes, por terem Sede ; Dal, a conotagao militarista adquirida pelo human factors que, de certa forma, persiste até hoje. Contudo esses conhecimentos desenvolvidos para o aperfeigoa- mento de aeronaves, Submarinos e pesquisa espacial, foram aplicados, também, na indtistria ndo-bélica € aos setvicos em geral, beneficiando a populagao, de maneira mais ampla. i Ao final da décacta de 1940 surgiram, na Universidade do Estado de Ohio e na Uni- versidade de Tiinois, os pnimeiros cursos universitarios de human factors. A partir disso, 6 ensino @ a pesquisa difundiram-se em outras instituigdes dos Estados Unidos. Organizagao e difusao Aprimeira associacao cientifica de ergonomia foi a Brgonomics Research Soote- ty, fundada na Inglaterra, no inicio da década de 1950. Nos Estados Unidos foi cria- da, em 1957, a Human Factors Society. A terceira associacéo surgiu na Alemanha, em 1958. A partir disso, durante as décadas de 1950 e 60, a ergonomia difundiu-se ‘rapidamente em diversos paises, principalmente no mundo industrializado. Dezenas de outras associacées foram criadas. No Brasil, a Associagao Brasileira de Ergonomia - Abergo, foi fundada em 1983. Antes disso, tinha-se realizado, no Rio de Janeiro, o Seminario Brasileiro de Ergonomia, em 1974 (Moraes e Soares, 1989), quando diver- $05 pesquisadores brasileiros apresentaram os seus trabalhos. Em 1961 fundou-se a Associagao Internacional de Ergonomia, que agrega, hoje, “a8 associagdes de ergonomia dos diversos paises. ‘A primeira publicagiio periddica sobre ergonomia foi a Hrgonomaes, editada na a desde 1957. A partir de 1958 publicou-se a Human Factors, nos BUA. seguiram-se muitas outras publicagdes em diversos paises, Atualmente existem ‘de 20 periddicos especializados em ergonomia, Além disso, artigos em ergono- freqtientemente encontrados em publicagdes de areas como engenharias, desenho industrial, psicologia e outras. i $ ). Exis- se em praticamente todos os paises do mundo. ; atuando na area, Anualmente realizam- | para apresentagao e discus- itinuar, pois muitas aergonomia difundi i stituigdes de ensino € pesquisa 1 ntos de carater nacional ou internaciona’ par s das pesquisas. Essas pesquisas deverdo con ‘Capitulo — C.quie ¢Ergoriormis ostas, respostas pareiais. A ergonomia ntas ainda no tém respostas ou Lem somente Y canis enquanto o homem continuar a sofrer as diversas mazelas do trabalh Em muitos paises do mundo, o trabalho ainda é realizado em sagas oe e insalubres, causando sofrimentos, doencas e até mutilagdes e mortes: : cna p- tes. De. certa forma, subsistem até hoje As doengas ea ae la “i ar n entro, 19919). O acervo de conhecime Bernardino Ramazzini, em 1700 (Fundacentro, le a dis a niveis em ergonomia, se fosse dominado € aplicado pela sociedade, ond e ene para reduzir o sofrimento dos trabalhadores e melhorar a produtividade eas condigdes de vida em geral. A cada ano aumenta o nimero de ergonomistas que trabalham nas siiptesas Suas pesquisas e recomendagdes tém contribulde para reduzir 08 erros e acidentes, além de reduzir o esforgo, estresse ¢ doengas ocupacionais. Os beneficios se esten dem também a vida dos cidadaos em geral, que passaram a contar com produtos de consumo mais faceis de operar, seguros e confortaveis. 1.3 O taylorismo e a Ergonomia Taylorismo é um termo que se deriva de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), um engenheiro norte-americano que iniciou, no final do século XIX, o movimento de “administracao cientifica” do trabalho e se notabilizou pela sua obra Principios de Cientifiea, publicada originalmente em 1912 (edig&o em portu- gués da Editora Atlas, 1976). ‘Taylor considerava que o trabalho deveria ser clentificamente observada de modo que, para cada tarefa, fosse estabelecido o método correto de executa-la, com um tempo determinaco, usando as ferramentas corretas. Haveria uma divistio de respon- sabilidades entre os trabalhadores e a geréncia da fabrica, cabendo a esta determinar Os métodos e os tempos, de mado que o trabalhador pudesse se concentrar unica- mente na execugio da atividade produtiva, Os trabalhadores deveriam ser contralacos, medindo-se a produtividade de cada um € pagando-se incentivos salariais aqueles mais produtivos, Ele se justifica, dizendo que até uma simples tarefa como. carregamento com uma pa, deve ser cui- dadosamente estudado de modo a determinar o tamanho adequado para cada tipo de material (antes utilizava-se a mesma pa para se carregar materiais de diferentes densidades, como 0 carvao ea cinga), Para cada tipo de tarefa deveria ser desenvol ¥idoo melhor método de realizar o trabalho, de modo que nada fosse deixado ao Inve arbitrio do operdrio. Esse método era implantado como um padrao, a ser seguido or todos. Para cada tarefa era determinada 0 Seu respective ternpo padi, , As idéias de Taylor difundiram-se Tapidamente nos Estados Unidos. As atividades Se cronometradas eos trabalhadores recebiam incentivos salariais proporcionais . produtividades de cada urn, Em Praticamente todas as fibricas foram erlados de- _Partamentos de andlise do trabalho para fazer cronometragens © desenvolver mé- ae de trabalho, Isso provavelmente contribuiu para a grande hegemonia : dtistrias norte-americanas Na produgdo massificada de bens, mas tam- Aresisténcia dos trabalhadores ao taylorismo ee ae desde o inicio, uma certa resist nica kaceltagto d lefinidos pel: i i go. De um lado, a geréncin da om pela geréncia. Isso provocou uma nitida. ica determinava os métodos e os tempos- para execucao das tarefas. Do outro, o t i Pan sitive, De fala, 6 aylitins » 0 trabalhador precisava executé-las de Tovocou a desa i “i “i do trabalho, dominado pelos trabalhadores, ¢ isso gern dee ne ee trabalho era ex 4 i Pxdoctrabalhadon ‘eculado e nem as caracteristicas 0s trabalhadores achavarn que isso og oj do regras estabelecidas, desregulando m: qualidade. Partindo do nivel de resisté coletivos e sindicais que questionayam, dentro das fabricas, para determinar-the: sem dar-lhes a menor satisfagao, Primia, Diante disso, reagiam, descumprin- diquinas e prejudicando intencionalmente a ia individual, chegavam-se aos movimentos €m menor ou maior grau, 0 poder gerencial S 0 que deve ser feito, nos minimos detalhes, Dessa forma, os trabalhadores sentiam-se moralmente desobrigados a seguir es- ses padroes, que eram estabelecidos unilateralmente, sem a minima participacao de- ese, muitas vezes, sem considerar as reais condicoes de trabalho, Em muitos casos, os tempos padr6es estabelecidos eram completamente irreais. Isso se agravava nas linhas de produgao, onde o ritmo é determinado mecanicamente pela velocidade da esteira, sem © menor respeita as diferencas individuais ou disposigao momenténea ao trabalho. Evidentemente, decorrido quase um século a partir das idéias de Taylor, muita coisa modificou-se. Os trabalhadores de hoje so mais instrufdos, mais informados € mais organizados e nao aceitam tao passivamente as determinagdes impostas de “cima para baixo” pela geréncia. A partir disso, muitas mudangas foram introduzidas para adaptar as idéias originais de Taylor As transformag6es do taylorismo Otaylorismo surgiu dentro das fabrieas, através da observagio empirica do trabalho. As suas propostas nao se baseavam em conhecimentos cientificos. Como j4 vimos, os estudos cientificos, relacionados com a fisiologia do trabalho, desenvolveram-se pa- talelamente em laboratérios, acumulando conhecimentos sobre a natureza do traba- tho humano. Esses reconhecimentos contribuiram para transformar, gradativamen- te, 0s conceitos tayloristas. -Otaylorismo atribuia a baixa produtividade a tendéncia de wadiagem dos trabalha- res, @ Os acidentes de trabalho A megligéneia dos mesmos. Hoje ja se sabe que as 0 so tao simples assim. H4 uma série de fatores ligaclos ao projeto de maqui- entos, ao ambiente fisico (iluminagao, temperatura, rufdos, vibragoes), ento humano ¢ diversos fatores organizacionais que podem ter uma forte re o desempenho do trabalho humano. Os acidentes nao acontecem sim- ‘so conseqtléncias de diversos fatores pré-existentes, Rivet Cements ‘Outro conceito taylorista cada vez mais questionado-¢ o do “homem econémico’, ‘Segundo ele, o homem seria motivado a produzir simplesmente para ganhar dinhe;. To. Entiio, cada trabalhador deveria ser pago de acordo com a sua produgao indivi. dual. Hoje se admite que isso nem sempre é verdadeiro. H4, de fato, certas pessoas que se motivam mais pelo dinheiro. Mas estas se incluem entre os trabalhadores de ‘menor renda e aqueles de temperamento individualista, que s40 mal yistos € isolados eee motivados por fatores: realizagio, col i diversos como:a auto-realii , coleguismo, Justiga, rae Forhacioetin ds trabalho que realizam. Um psic6logo norte. americano estudou o comportamento dos trabalhadores, convivendo diariamente eles e chegou a conclusio de que muitos preferem “manter a cabeca erguida do que o estémago cheio”, referindo-se & questéo do dinheiro, que nem sempre era considerada a mais importante. Portanto, essas duas vertentes, de um lado, a resisténcia dos proprios trabalha- dores e, de outro, os novos conhecimentos cientificos sobre a natureza do trabalho, influenciaram a geréncia industrial a rever as suas posigdes, ao longo do século x. Aescola de relagdes humanas Na década de 1920 surgi a escola de relagdes humanas, em conseqiiéncia de uma famosa experiéncia realizada por Elton Mayo na empresa Western Electric, situado em Hawthorne, EUA. ‘Mayo pretendia investigar a influéncia dos niveis de iluminamento sobre a produ- lividade. Para isso, preparou uma sala, onde um grupo de trabalhadores foi colocado sob observacao continua. A medida que o nivel de iluminamento na sala foi aumen- tando, a produtividade do grupo também subiu. Numa segunda etapa, esse nivel foi reduzido, Porém, surpreendentemente, a produtividade continuou a subir. Isso foi chamado de efeito Hawthorne. Nesse caso, o aumento da produtividade nao seria 1.3 ~ © taylorismo e a Ergonomia As experiéncias de Mayo langaram novas luzes para o entendimento do trabalho e-deu origem & sociologia industrial, Contudo, nao deixa de ter seu lado perver- a produtividade, sem necessidade de pagar Os incentivos fnanceiros preconizados pelo taylorismo. Avisao atual Atualmente hé um respeito maior as individualidades, necessidades do trabalhador e realiza tarefas simples e altamente repetitivas, definidas pela geréncia. Essas linhas, consideradas, até pouco tempo atris, como o ‘supra-sumo do taylorismo, parecer que esto condenadas a serem substituidas Por equipes menores, mais flexiveis, cha- madas de grupos auténomos (Figura 1.2). No sistema produtivo de grupos autonomos, cada grupo se encarrega de fazer um produto completo.Ha um movimnto inverso ao taylorismo, promovendo a apro- priagao do conhecimento pelo grupo. A distribuicdo de tarefas a cada trabalhador é decidida pelos préprios elementos da equipe. Portanto, hd mais liberdade para cada 14 Figura 1.2 As linhas de pro- dugao tayloristas, com divisio de tarefas, podem ser substituidas por grupos auténo- mos, com tarefas mais integradas. (OMT, 1996). —Oque da. equi rodizios periédicos dentro um escolher as suas tarefas, e Ree aistis abalho 6 regulada pelo proprio ‘combater a ruonotonia © a {adie . regulagem mecanica da oppo, ka send mais imposta “de cima para Daze oupel F asaae inn aR TT réncia de responsa- Assim, parando-se com 0 taylorismo, houve uma transferen * Fone " ceva Tangjamento e controle do trabalho, da Soa eed alia iN ism, muitos trabalhadores executavam apenas: Pe hs trabalhadores. ete iam. o “fim’ do seu trabalho (para eet ). No pean a oo aie contrario, os objetivos-fim sao claramenie etal xa ae aaacie conurckes ntermedérios Cobjetivos-meio) @ cargo 408 qeropiiog stabalhado- res. . i do laissez faire. Os Lacan gat tN cea Aine cir individualmence, cada controles continuarn existindo, Mas, em vez de se contro! ene iee trabalhador, esses controles foram direcionados para os aspectos mais an a produgao ¢ qualidade, Essa mudanga trouxe mais liberdade e responsabilidade aos trabalhadores, dando-lhes maiores oportunidades para manifestagdo dos talentos e individualidades de cada um. i de Assim, on resultados globais podem ser melhores do que no caso anterior, ond todos o# detalhes eram rigorosamente ‘controlados, ¢ as individualidades, sufocadas. ‘A maioria das pessoas costuma trabalhar melhor quando ha objetivos claramente estabelecidos, em termos de quantidade, qualidade e prazos. Assim, de certa forma, sentern-se desafladas para que essas metas sejam aleangadas. Naturalmente, as con- digtes materiais e organizacionais para a execugao do trabalho também devem estar dispantvels, 1.4 Abrangéncia da Ergonomia A-ergonomia pode dar diversas contribuigdes para melhorar as condigdes de traba- tho, Em empresas, estas podem variar, conforme a etapa em que ocorrem, Em alguns casos, so bastante abrangentes, envolvendo a participacao dos diversos escalées administrativos ¢ varios profissionais dessas empresas. No Brasil nfo existern cursos superiores para formagao de ergonomistas, mas so disponivels varios cursos de pés-graduag’o. Nas empresas, mesmo nao existindo de- partarvertos especializatias em ergonomia, hé diversos profissionais ligados a satide noc, 4 organiaagdo do trabalho e ao projeto de maquinas e equipamentos 9 poder colaborar, formecendo conhecimentos titeis, que poderao ser aproveita- na solugio de problemas ergondmicos. Entre esses profissionais, destacam-se: * Médicos do trabatho — podem ajudar na identificacao dos locais ° ‘Acidentes ov doencas ocupacionais e realizar Seiperseeniss hy a a © Engenheiros de projevo — podem ajudar sobretudo nos is - - difeandoas méquinas ¢ ambientes de 04 aspectos técnicos, mc de produgda — contribuem Na organizagao do trab le tm fio rcional de matoras © postos de trabalho etn sobeecereen, oo __14 = Abrangtncia da Ergonomia © Bngenheiros de sequranca e manutengdo — identifica iméquinas -tencialmente perigosas © que devern ser modificadas; ee a « Desenhistas industriais — ajudam na adaptagéio de méiquinas e equipamentos, projetos de postos de trabalho e sistemas de comunicagao; « Analistas do trabalho —ajudam sobretudo no estuda de métodos, eae . tempos € pos- + Psiedlogos — geralmente envolvidos na andlise dos processos cognitivos, relacio- namentos humanos, selegao e treinamento de pessoal, podem ajudar na implanta- cdo de novos métodas; + Enfermeiros e fisioterapeutas — podem contribuir na recuperagdo de trabalha- dores com dores ou lesdes e podem também atuar preventivamente; + Programadores de produgdo — podem contribuir para criar um fluxo mais adap- tado de trabalho, evitando atrasos, estresses, sobrecargas au trabalhos noturnos; + Administradores — contribuem no estabelecimento de plano de cargos ¢ salé- fios mais justos, que ajudam a reduzir os sentimentos de injustigas entre os traba- Ihadores; e * Compradores — ajudam na aquisigao de méquinas, equipamentos e materiais mais seguros, confortaveis, menos t6xicos ¢ mais limpos, Muitos desses profissionais j4 tiveram oportunidade de freqdentar cursos de pés- graduacdo em ergonomia e se especializaram para atuar profissionalmente na area. Essa abordagem interdisciplinar reproduz, de certa forma, aquela adotada pelos ingleses durante a guerra e que j4 foi apresentada anteriormente. Agora pode-se conseguir resultados mais ripidos e objetivos sob a coordenagdo de um especialista em ergonomia, Ele sabe quando e porque deve ser convocado cada um desses pro- fissionais, para resolver os problemas. ira que isso se torne vidvel, é imprescindivel o apoio da alta administragio da para facilitar, encorajar ou até exigir o envolvimento de todos esses pro- ‘na solugdo de problemas ergondmicos, Contudo, ressalta-se que cada um 96 tem um viés proprio. Estao acostumados a ver o problema do seu ponto de pa . Deverao ser feitos esforgos para derrubar as barreiras que separam s, para que eles passem a trabalhar cooperativamente na solucao de de fazer isso 6 com a realizagao de reunides periddicas, de curta s profissionais, para discutir conceitos, apresentar de resultados Jos sobre a evolugao dos trabalhos, Quando surgir algum pro- o pedir a colaboragao de algum deles, esta pode- com menor resisténcia, pois ja saberao do que se mia, de acordo com a ocasiao em que ¢ feita, classifica-se n o (Wisner, 1987) e participagao, Capitulo 1— 0 que é Ergonomia Ergonomia de concep¢ao i mica se faz duran- ‘A ergonomia de concepgao ocorre quando a contribuigao Lg alte a arc aad te 0 projeto do produto, da maquina, ambiente ou eae ies ior ezine 40, pois as alternativas pocterso ser amplamente exarnina' es on Perches Sept, PRB 8S jel eas deci Fc ituagdes hipotétieas, ainda sem uma téncia real. ; 3 Fereenoaen buscando-se informacSes em situagdes semelhantes que ja — ou construindo-se modelos tridimensionals de postos de trabalho em ee ou papeldo, onde as situacbes de trabalho podem ser simuladas a custos rel a ome baixos, Modernamente, essas situagoes podem ser simuladas no computador, com uso de modelos virtuais. Ergonomia de correcao ‘A ergonomia de corregao é aplicada em situagoes reais, j4 existentes, para resol- ver problemas que se refletem na seguranga, fadiga excessiva, doencas do trabalha- dor ou quantidade e qualidade da produgao. Muitas vezes, & solugdo adotada nao € completamente satisfatéria, pois ela pode exigir custo elevado- de implantagao. Por exerplo,a substituigao de maquinas ou materiais inadequados pode tornar-se muito onerosa, Em alguns casos, certas melhorias, como mudangas de posturas, colocagao de dispositivos de seguranga e aumento da iluminagao podem ser feitas com relativa facilidade enquanto, em outros casos, comoa. reducao da carga mental ou de ruidos, tornam-se dificeis. Ergonomia de conscientizagao A ergonomia de conscientizagao procura capacitar os préprios trabalhadores para a identificagdo e corregdo dos problernas do dia-a-dia ou aqueles emergenciais. Muitas vezes, os problemas ergonOmicos nfo sdo completamente soluciona- dos, nem na fase de concep¢ao e nem na fase de corregao. Além do mais, novos Problemas poderio surgir a qualquer momento, devido & prépria dindmica do processo produtivo. Podem ocorrer, por exemplo, desgastes naturais das ma quinas e equipamentos, modificagdes introduzidas pelos servigos de manuten- alteracao dos produtos e da programagao da produgao, introdugao de novos lentos, suibstituicéo de trabalhadores e assim por diante. Os imprevistos Surgir a wer eae Momento e os trabalhadores devem estar preparados eats = ioe aaa ‘0 @ OS postos de trabalho assemelham-se a nee a ie aoe e adapta 40. Portanto, é importante an cursos ct Sales e feces reciclagens, forma segura, endo os fatores de riseo que po- momento, Ba el de trabalho. Nesse caso, ele a8 . Providéncia sae numa situagio de emergéncia. Por ie de manutengdo, 1.4 — Abrangéncia da Ergonomia ‘Esse conscientizagho des trabalhactores nem sempre é feita sé em termos indivi- duals. Bla pode ser feita coletivamente, em niveis mais amplos, como envolvimento do sindicato dos trabalhadores, quando o problema afetar a todos, como no caso de poluigdes atmosfericas ou radiagées nucleares, Ergonomia de participagao Aergonomia de participagiio procura envolver o proprio usudrio do sistema, na 50- judo de problemas ergondmicos, Este pode ser o trabalhador, no caso de um pos- tw de trabalho ou consumidor, no caso de produtos de consumo, Esse principio & paseadlo na crenca de que eles possuem um conhecimento pritice, cujos detalhes passar desapereebidos ao analista ou projetista. Além disso, muitos sistemas ‘ou produtos nao so operados na forma “correta” ou seja, como fol idealizada pelos projetistas. Enquanto a ergonomia de conscientizagado procurava apenas manter os trabalha- dores informados, a de participagao envolve aquele de forma mais ativa, na busca da ‘solugio para o problema, fazendo a realimentagio de informagées para as fases de eonscientizacio, corregio e concepgao (Figura 1.8), Difusao da ergonomia na sociedade Bmvalguns pafses, principalmente aqueles europeus, existem esforgos para difundir certos conhecimentos bisicos da ergonomia para uma faixa maior da populagaio. Os sindieatos de trabalhadores, por exemplo, procuram consclentizar 05 seus membros. sobre os ambientes nocivos a satide (Oddone et ai. 1986), para que eles nao se sujei- tem as condig6es que podem provecar danos a sade, Para isso, preparam cartilhas flustradas e promovem palestras com os trabalhadores. Em muitos paises existem também associagdes de defesa dos consumidores, que procuram advertir os mesmos sobre produtos ou servigos inconvenientes, de forma mais ampla, abrangendo a po- pulagio em geral. Os conhecimentos sobre ergonomia geralmente so gerados através de pesquisas realizadas em universidades ¢ institutes de pesquisa. Esses conhecimentos originals 880 apresentados em congressos clentificos ov publicados em periédicos, sob forma. de artigos, Daf se difundem para o ensino universitério ¢ a midia em geral. A Associa- go Internacional de Ergonomia considera cinco niveis de difusio dos conhecimen- ‘tos cientificas € tecrolégicos: Redseeemyenrsese 15 Ocasides da con- igo ergond: Capitulo —Oque Ergonomia Méoet 1, 0 conheciinento ¢ dominado apenas por um riimero restrito de Pesquisa, dores e professores. Niwel 2. O conhacimenta 6 daminado por especialistas da area e por estudantes de pés-graduagéio. Nel 9, 0 conhecimento 6 dominado por estudantes universitérios em geral. Nivel 4.0 conhecimento é dominado por empresdrios, politicos e oulras pessoas da sociedade, que tomam decisdes de interesse geral. Né@vel 5, © conhecimento é incorporado ao processo produtivo e passa a ser “consu- mido” pela populagao em geral. Verifica-se que até o nivel 3, os conhecirnentos circulam no Ambito restrito de pesquisadores e estudantes, A partir no nivel 4, passam ao dominio mais amplo dos nao-especialistas da drea. No tltimo nivel, costuma-se dizer que 0 conheeimento chegou 4s “prateleiras dos supermercados” ou seja, fol incorporado aos produtos @ servigos disponiveis no mercado. Os tempos que decorrem entre esses niveis podem ser muito varidveis, No século XVIII, decorreram cerca de 80 anos entre a invengao e a aplicagie do alto-forno e baterias elétricas. J4 0 telégrafo e radio, in- ventaros no século XIX, eneontraram aplicacdes ap6s 40 anos. No século XX, para invengdes como a televisio ¢ a penicilina, esses tempos foram reduzidos para 20 anos. Para o nylon eo transistor, cerca de 10 anos. Atualmente, algumas invengdes encontram aplicagées quase imediatas. Contudo, para um conjunto de conheci- mentos como 4 ergonomia, o tempo necessério para difundir-se na sociedade pode ser mais demorado. Em alguns pafses industrializados, pode-se dizer iia ja ating: h que a ergonomia ja atingiu os niveis 4 of poe seus conhecimentos foram ineorporados em legislagoes e normas técnicas, No Brasil, pode-se considerar que jé foi ultrapassado o nivel 1 e se caminha A contribuigio ergondémica também pode variar, ci o de acordo com a magnitude e abrangéneia do Problenta, em andlise de sistemas @ andlise dos postos de trabalho. de sistemas i pie Pets com 9 funcionamento global de uma equipe de q méquinas, nue @spectos mais gerais, como a dis- 1.4 — Abrangéncia da Ergonomia Anilise dos postos de trabalho. A.ndlise dos postos de trabalho ¢ 0 estude de uma parte do sistema onde atua um trabalhador. A abordagem ergondmica ao nivel do posto de trabalho faz a andlise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e das suas exigéncias fisicas & cognitivas. Considerando um posto mais simples, onde 0 homem opera apenas uma maquina, a andlise deve partir do estudo da interface homem-méquina-ambiente, ou seja, das interagGes que ocorrem entre o homem, a maquina e o ambiente, Essa abordagem ¢ diferente daquela tradicionalmente adotada pelos projetistas, que se preocupam inicialmente apenas com 6 projeto da méquina, para posterior- mente, fazer adaptagOes para que ela possa ser operada pelo trabalhador (Figura 1.4). Muitas vezes, devido a dificuldade de modificar a miquina depois de pronta, essa adaptagdo pode tornar-se precria, sacrificando o trabalhador. Caracteristicas do trabalho moderno Modernamente, poucos trabalhadores dependem da forga fisica, mas principalmente dos aspectos cognitivos. A cognicio refere-se ao processo de aquisigio (aprendi- mgem), armazenamento (meméria) e uso dos conhecimentos para o trabalho. A melhor imagem que se faz de um moderno trabalhador @ aquele que esta sentado diante de um computador ou painel de controle, onde se requer pouea forga fisiea, mas muita atengao, concentragao mental e tomada tte decisdes a) Desenvolvimento mecinico do posto de trabalho. Projeto de maquina Posio de trabalho. eos tran defictente e desconfortivel b) Desenvolvimento ergondmico do posto de trabalho. iNGoes: Posto de trabalho. ee efic! fente e confortavel 7 Figura 1.4 Desenvolvimento de um posto de trabalho aplican- do-se um enfoque mecinico (a) ¢ ergondmico (b). (Damon, Stoudt e McFarland, 1971) Capitulo 1 — 0 que é Ergonomia _ Ao longo dos anos, o objeto da ergonomia também foi se modificando. Como ja vimos, nas décadas de 1940-50, os ergonomistas foram conhecidos como estudio- sos de botdes (knobs) ¢ mostradores. Assim, ocupavam-se apenas de urna pequena parte da maquina ou equipamento. Numa segunda fase, a partir de 1960, a visdo foi ampliada, passando-se ao estudo do homem integrado 4 m4quina, no sistema ho- mem-méquina-ambiente. A partir da década de 1980, com a difusdo da informatica comegaram a surgir os estudos das interagdes homem-computador € sobre o uso de softwares. Comparada com aquela situagao anterior, o trabalhador moderno recebe informa- ges em maior quantidade e deve tomar maior numero de decisdes. Em alguns casos, essas decisdes podem envolyer enormes riscos de perdas materiais e vidas humanas, justificando plenamente as modernas pesquisas em ergonomia. Outra caracteristica do trabalho moderno 6 a necessidade de interagoes cada vex maiores com outras pessoas. Isso pode exigir certas habilidades pessoais, conheci- mentos de linguas, habitos ¢ culturas diferentes. Macroergonomia © escopo da ergonomia ampliou-se bastante a partir da década de 1980. Essa ver- so ampliada foi chamada também de macroergonomia (Hendrick, 1995). Segun- do essa nova visao, a ergonomia ¢ definida como “desenvolvimento e aplicagao da tecnologia da interface homem-maquina, em um nivel macro, ou seja, em toda a organizacao”. Hoje, uma empresa inteira, que pode envolver milhares de trabalha- dores, é considerada como um sistema global, que deve ser estudado em seu todo. Portanto, a ergonomia passou a participar do projeto e geréncia de organizacées Para essa atividade cunhou-se, em inglés, a sigla ODAM - Organizational Design and Management. De acordo com essa nova concepgao, muitas decisdes ergonémicas sao tomadas nivel da administracao superior da empresa. Isso produz uma melhoria da segu- satisfagao, com redugao de erros e acidentes, e melhoria da satide e produtl de na empresa toda. HA relatos de casos em que o indice de acidentes e o tempo com o5 mesmos foram reduzidos acima de 70%, justificando plenamente as ‘trabalhadores, organizagao da producao e realizagio de investimer a onémica tem proporcionado, em alguns casos, resultados abordagem micro dos trabalhadores individuais ou 1s. Enquanto essa abordagem micro produz melhorias de macro pode proporcionar melhorias de 60a 90% (Hendt! icant te Ergon 1.5 Aplicagées da Ergonomia O problema da adaptagdo do trabalho ao homem nem sempre tem uma solugéo ttri- vial, que possa ser resolvido na primeira tentativa, Ao contririo, geralmente é um problema complexo, com diversas idas e vindas, para.o qual néo existe resposta pronta. As pesquisas fornecem um acervo de conhe- ‘cimentos, princfpios gerais, medidas basicas das capacidades fisicas do homem € téenicas para serem aplicadas no projeto e funcionamento das mAquinas, sistemas & ambiente de trabalho. Numa situagao ideal, a ergonomia deve ser aplicada desde as etapas iniciais do projeto de uma maquina, sistema, ambiente ou local de trabalho. Estas devem sem- pre incluir o ser humano como um de seus componentes. Assim, as caracteristicas desse operador devem ser consideradas conjuntamente com as caracteristicas ou restrigbes das partes mecinicas, sist€micas ou ambientais, para se ajustarem mutu- amente umas 4s outras. As vezes é necessdrio adotar certas solucdes de compromisso. Isso significa fa- zer aquilo que € possfvel, dentro das restricdes existentes, mesmo que ni seja a alternativa ideal. Essas restrigdes geralmente recaem no dominio econdémico, prazos exiguos ou, simplesmente, atitudes conservadoras, De qualquer forma, o requisite mais importante, ao qual nao se deve fazer concess6es, é 0 da seguranga do opera- dor, pois nao hé nada que pague os sofrimentos, as mutilagbes e 0 sacrificio de vidas humanas. Inicialmente, as aplicagdes da ergonomia restringiram-se & indistria e¢ ao setor militar ¢ aero-espacial. Recentemente, expandiram-se para a agricultura, ao setor de servigos e A vida didria do cidaddo comum. Isso exigi: novos conhecimentos, camo as caracteristicas de trabalho de mulheres, pessoas idosas e aqueles portadores de deficiéncias fisicas. Ergonomia na industria A ergonomia contribui para melhorar a eficiéneia, a confiabilidade e a qualidade das operages industriais. Isso pode ser feito basicamente por trés vias: aperfeigo- amento do sistema homem-madquina-ambiente, organizagéio do trabalho e melhoria. das condigdes de trabalho. aperfeigoamento do sistema homem-maquina-ambiente pode ocorrer tanto na fase de projeto de maquinas, equipamentos e postos de trabalho, como na introdugdo de modificacdes em sistemas j4 existentes, adaptando-os as capacidades e limitagdes do organismo humano. Por exemplo, a cabina de uma ponte-rolante, usada em uma empresa sidertim gica, apresentava sérias dificuldades operacionais (Sell, 1977). Essa cabine tinha 08 controles colocados em posigdo inadequada (Figura 1.5), na frente do operador, atrapalhando sua visao para fora, e prejudicando as operagdes de carregamento, que Tesultavam em frequientes colisées com vagoes de trem, que deveriam ser carregados com a ajuda da ponte-rolante. A empresa gastava, em média 500 délares por semana 20 Figura 1.5 ‘Uma cabina de idaste que =o ‘0 trabalho ‘em pé com uma postura forgada, fadiga do operador, foi redesenhada para permitir o traba- tho sentado, com melhor visao e fa- cilidade de opera- Go dos controles. (Sell, 1977). ‘Capitulo 1 — 0 que ¢ Ergonomia a) Cabina antiga es com Os consertos dos vag6es. A propasta para a mudanca da trols a ca da posigda das con para facilitar a visdo do operador sobre a carga em movimento e plan ‘da cab. ha, fol estimado em 2 500 ddlares, ou seja, um investimento que seria recuperado em cerca de cinco semanas de operagio. ‘Uma segunda categoria de atuacio da ergonomia esti relacionada com 0s-aspec- tos organizacionais do trabalho, procurando reduzir a fadiga e a manotonia, prince palmente pela eliminagio do trabalho altamente repetitive, dos ritmos meciriicos impostos ao trabalhador, ¢ a falta de motivagie provocada pela pauca participagio do mesmo nas decisées sobre o seu prdprio trabalho, Em terceiro lugar, a melhoria é feita pela andlise das condigées ambientals de tra- balho, como temperatura, ruidos, vibragées, gases téxicos e Huminagho. Por exem- plo, um iluminamento deficiente sobre uma tarefa que exija precisio, pode ser muito fatigante. Por outro lado, focos de luz brilhantes colocados dentro do campo visual podem provocar reflexos ¢ ofuscamentos extremamente desconfortaveis. A aplicagao sisteriatica da ergonomia na industria é feita identifieando-se 0s lo- cals 6nde ocorrem problemas ergondmicos mais graves, Estes podem ser reconhect- dos por certos sintomas como alto indice de crros, acidentes, doengas, absenteismas © rotatividade dos empregados. Por tris dessas evidérieias podem estar ocorrendo uma inadaptagio das méquinas, fulhas na organizagio do trabalho ou deficiéncias ambientais, que provocam dores musculares e tensées psiquicas nos trabalhadores, resultando nos sintornas acima mencionados. Ergonomia na agricultura, mineracdo e construgao civil As aplicacées da ergonomia na agricultura, mineragio € construgio civil ainda np o¢orrem com a intensidade desejdvel, devido oo cariter relativamente disper 50 dlessns alividades ¢ ao pouco poder de organizagic ¢ reivindicagtio dos minéiros. garimpeiros, trabalhadores rurais ¢ da. construc. ( mesmo se pode dizer do setor pesqueiro, que tem uma participagao economicamente pequena em nosso pals, ———$—_——_______15—Anlicages da Ergenomia Alguns estudos tém sido realizndos por empresas industriais que produzem ma- quinas ¢ implementos agricolas. Entre estes, os tratores tém sido objeto de diversas eo te bosh ip acidentes que vem provocaco, e as condigSes adversas de tra- Outros trabalhos relacionam-se com as tarefas de colheita, transporte e armaze- namento de produtos agricolas, Em particular, no nosso pais, diversos estudos foram. realizados sobre o corte da cana-de-agticar, devido a répida expansao dessa cultura para fins energéticos. Merecem destaque as Pesquisas sobre os efeitos danosos dos agrotoxicos sobre a satide de homens ¢ animais. Recentemente, problemas semelhantes estao surgindo: com a contaminagao pelo merctitio, usado indiscriminadamente em garimpos. A construcao civil absorve grande contingente de mao de obra, geralmente de baixa qualificagdo ¢ baixa remuneragao. Envolvem muitas tarefas arduas & perigosas, As grandes empresas do setor ji tem uma organizagao eficiente e tarefas estrutura- das, mas néio é o caso da maioria das empresas de pequeno porte e das construgdes informais. De qualquer forma, na agricultura, mineragéio e constru¢ao civil, concentram-se a maior parte dos trabalhos mais drduos que se conhecem. As maquinas ¢ equipamen- tos utilizados nesses setores ainda sio quase sempre rudimentares, e poderiam ser consideravelmente aperfeigoados com a aplicagdo dos conhecimentos ergonémicos e tecnoldgicos ja disponiveis. Ergonomia no setor de servicos O setor de servigos ¢ 0 que mais se expande com a modernizagao da sociedade. Com a mecanizagao crescente da agricultura e a automacao da indtistria, a mao-ce-obra excedente desses setores esta sendo absorvida pelo setor de servigos: comércio, sati= de, educagao, escritérios, bancos, lazer e prestagéo de servicos em geral Osetor de servigos tende a crescer, criando sempre novas necessidades na socie- dade afluente. Por exemplo, a expansio da TV, a partir da década de 1950, eriou uma. série de profissdes que nao existiam. Evolugio semelhante ocorreu com a introdugao do microcomputador e telefone celular, Hoje ha muitos pesquisadores em ergonomia envolvidos no projeto e racionalizagiio de sistemas de informagio, centros de proces- samento de dados, projeto de videos, teclados, postos de trabalho com terminais de leo € na organizacao de sistemas complexos, como centros de controle operacional e sistemas de transportes. gao de um hospital moderno & tio complexa quanto a de uma empresa diversos tipos de sofisticados equipamentos que nao podem parar, su- ‘varios materiais, envolvimento de diversos tipos de profissionais em tho continuo, programagées de tratamento e acompanhamento indi- | e assim por diante. bancos, centrais de abastecimento e outros exigem operacoes eomplexos, oferecendo muitas oportunidades para estudos. capitulo que é Ergono! i ida diaria jonomia na vida : =... Erg! : tribuido para melhorar & vida cotidiana, toman mel ae - eS le e seguros, a mobilia doméstica mals fortavel ranspo conte icos mais eficientes © seguros. ' relhos eletradomésti! ae dedica ao teste de produtos de consy. i uum ramo da er fesa dos consumidores, Pda esses servigos esto lipo ae oieates tere 2 que avaliam o desempenho dos produtos e divulgan aa i Tiscos, como os alguns easos especificos de produtos que ee a to compris sens 6 sso aver ta POMOIENAD PENS: necida ao fabricante, por um instituto de pesquisa devidame ee an essa homologagao, o fabricante nao esta auitorizado a produzir 4 ae on produtos. Isso ocorre, sobretudo com os produtos relacionados com ranga da populagao. ? 1 Portanto, a contribuicao da ergonomia nao se restringe as indistrias. Hoje, os estudos ergondmicos sao muito amplos, podendo contribuir para melhorar as resi- déncias, a circulagia de pedestres em locais puiblicos, ajudar pessoas idosas, crian- cas em idade escolar, aquelas portadores de deficiéncias fisicas e assim por dian- te, 1.6 Custo e beneficio da Ergonomia A ergonomia, assim como qualquer outra atividade relacionada com o setor produti- vo, 86 serd aceita se for capaz de comprovar que € economicamente vidvel, ou seja, Se apresentar uma relagao custo/beneficio favoravel. A andlise do custo/beneficio indica de um lado, o investimento (quantidade de dinheiro) necessério para implementar um projeto ou uma recomendacao ergonomi- Ca, Tepresentacio, ‘pelos custos de elaboracao do projeto, aquisi¢ao de maquinas, ma- teriais ¢ equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o Periodo de implantagao, Do outro lado, sao computados os beneficios, ou seja, quan- to, Af podem ser computados itens como lergia, redugao de acidentes, absentefsmos economias de material, mao de obra e en - aumento da qualidade e produtividade. Em principio, 0 projeto 6 sera considerado economie 4 eneficio, expresso em termos monetari eamente vigivel se a razio ios, for menor que 1,0, ou sei; be- Vy Ja, os be ustos. Ha diversos relatos de resultados » €Nquanto os beneficios, ou tempo. Algumas empresas : 1.6 —Custo e beneficio da Ergonomia_ ‘estabelecem um prazo miiximo para esse retorno, digamos cinco anos. Os projetos que t@m um retorno maior ou em menor prazo, silo considerados aqueles mais inte- ressantes. Ha duas: quest6es associadas a analise do custo/beneficio e que nem sempre sio quantificaveis: orisco do investimento e os fatores intangiveis. Risco do investimento (Os riseos S40 associados a incertezas, que ocorrem inesperadamente e produzem restiltados imprevistos. E como uma tempestade, que tira o navio de sua rota, levan- do-o a um outro destino. Assim, devido a alguma razdo imprevisivel, é possivel que 0 beneficio previsto no projeto nao se realize, ou se realize parcialmente. ‘Na area de ergonomia, isso pode ser provocado principalmente pelo avango tec- noldgico, que promove mudangas substanciais na natureza do trabalho, a ponto de extinguir certas tarefas e cargos. Por exemplo, um banco investiu no redesenho dos pastos de trabalho dos caixas executivos, na década de 1990. Alguns anos depois, muitos bancdrios foram substituidos pelos caixas eletrOnicos, elimminando-se cerca. de 80% desses postos de trabalho. Como isso aconteceu antes do prazo previsto, 0 retorno dos investimentos realizados no novo posto de trabalho foi aquém do espera- do. Muitas vezes, essa aceleracao das mudangas ocorre pelo barateamento das novas tecnologias e pela necessidade de manter-se competitivo no mercado, Fatores intangiveis Fatores intangiveis sao aqueles n4o quantificaveis, em termos monetarios. Nem por isso deixam de ser importantes. E 0 que ocorre, por exemplo, com 0 aumento do moral, motiva¢do, conforto e melhoria das comunicagées entre os membros da equipe. Portanto, esses riscos do investimento ¢ fatores intangiveis, mesmo nao sen- do economicamente mensurdveis, podem ser tdo importantes ou até mesmo mais importantes que aqueles quantificdveis. As decises que envolvem riscos e fatores intangiveis sio tomadas em niveis mais altos da administracdo, enquanto aqueles q ca podem ficar a cargo de escaldes intermediérios. ‘geral, costuma-se fazer uma andlise custo/beneficio com os fatores quantifi- e depois complementa-la com a descrigao daqueles fatores qualitativos, para ‘um julgamento subjetivo, Muitas vezes, esses fatores subjetivos podem os demais. Eo caso da geréncia que resolve implementar um pro- nos beneficios indiretos, por consider4-los mais importantes que Por exemplo, uma empresa pode implantar um programa para para os seus empregados. A médio e longo prazos, pode ob- com a satisfagdo dos empregados e¢ fidelizacao dos mesmos & “horia da produtividade a longo prazo, contule = O.qve Ergon, itulo 1 introduzidos no capi Conceitos int ae precursores da ergonomia ergonomia de eorregao ari ergonomia de conscientizagao relagées humanas ergonomia de participagao feito Hawthorne macroergonomia Questées do capitulo 1 1. Quais so os principais objetivos da ergonomia? 2, Que aspectos caracterizaram os estudos precursores da ergonomia até a II Guerra Mundial? 3, Trace um perfil dos conceitos tayloristas e os conflitos com 0s trabalhadores. 4. O que caracteriza a escola de relagdes humanas ¢ como ela se difere do tayloris- mo? 5, Explique as 4 ocasides da contribuigao ergondmica. 6. Como evoluiu o enfoque ergonémico até hoje, desde a sua origem? 7. No que consiste a abordagem macroergonémica? 8. Apresente pelo menos 3 exemplos de possiveis aplicagées da ergonomia. 6 ‘pessoas ee on ee amigos, colegas de trabalho ou alunos de Investigue conhecimento deles sobre ergonomia. Avalie se $ sobre ergonomia sdo corretos.

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