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VOUURUUUUUUUUUULU CER EUUUCUUEUUUUUUE UU DARD U Aaa ANALISE VETORIAL em dez aulas Prof’. Irene Strauch Departamento de Matematica Pura e Aplicada. Instituto de Matematica UFRGS. Matemética Aplicada Il - UFRGS 2008 Irene Strauch ANALISE VETORIAL: 1° AULA Os pré-requisitos necessdrios sao: cAlculo diferencial e integral e Algebra de vetores. A Analise Vetorial é@ o Calculo Diferencial e Integral das fungées vetoriais. © que sao fungées vetoriais? S40 fungdes que associam vetores a ntimeros reais. Podemos citar varios exemplos de fungdes vetoriais que ocorrem na Fisica e nas Engenharias, tais como os conceitos de: deslocamento, velocidade, aceleragao, forca, torque, momentum linear, momentum angular, campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, etc. H& duas categorias de fungées vetoriais, o que j4 pode ser constatado nos exemplos acima. Assim, hd fungdes vetoriais que sé dependem de uma varidvel, e aquelas que dependem de mais de mais de uma varidvel, como os campos elétrico, magnético e gravitacional As fungées vetoriais de apenas uma variavel ou parametro t sao fungdes da forma F(t) . Dentre as fungdes vetoriais de mais de uma varidvel, destacaremos as fungées vetoriais chamadas de campos vetoriais. Campos vetoriais sao fungdes vetoriais mais gerais, que dependem, por exemplo, das coordenadas espaciais e do tempo, tais como o campo elétrico E(x,y,z,f) e o campo magnético Bx, y,z,1)- Iniciaremos o nosso estudo pela fungo vetorial F(t) mais simples e a indicaremos por FO=xO7+yWOF+20k ® onde x(t), )(f),z(t) sao respectivamente, fungdes escalares de um parémetro t, nas diregdes x, y , z dos eixos de um sistema de coordenadas retangulares. Se,t=98 for um Angulo, ent&o a -equagéo (1) 6 a representacdo vetorial de uma curva e estaremos com a notacéo da GEOMETRIA. Se, t for a variaével tempo a equacdo (1) representa a trajetoria de uma particula e estaremos com a notagao da MECANICA wi KKLKLLKLERAKKK KAHL ATARARALL TT KELLLALL LK LLL KT VOU Matematica Aplicada Il ~ UFRGS. 2008 Irene Strauch # Recordando CAlculo II: Curvas em duas (2-D) ou trés dimensdes (3-D) podem ser representadas, respectivamente, pelas equacdes paramétricas: x=x(f), y=) em 2-D ou (2) x=x(t), y=r) , z=2(t) em 3-D. Assim, uma fungdo vetorial da forma (1) representa uma curva em 3-D. A seguir, veremos como representar uma fung&o vetorial da forma F(t) em um sistema de coordenadas retangulares. Graéfico de fungdes vetoriais da forma F(t) : A curva C € 0 grafico tragado pela ponta do vetor 7(¢) em movimento. ou A curva C 60 grifico da fungio vetorial F(t). Nas aplicagdes, a curva C é vista como a trajetéria de uma particula que se desloca no espacgo, em fungo do tempo. sua representagéo vetorial 7(f) € chamada de raio-vetor ou vetor Posic¢so de um ponto da curva C. = Orientacaéo da curva Cc: Toda curva representada vetorialmente pela funcdo 7(f) deve ser orientada, isto é, deve ser convencionado o seu sentido. A orientagao € positiva quando o seu sentido é o do crescimento de t. Se t representa a varidvel tempo, ent&o a orientagdo positiva é no sentido do movimento. 1/2 ‘Matematica Aplicada Il UFRGS 2008 Irene Strauch Exemplo 1: Esboce 0s gréficos das seguintes funcées vetoriais: a) F()=cost i +sentj , Osts2a b) F(t) =costi +senff+2k, ost<2r vamos agora introduzir a curva em 3-D, chamada hélice circular (€ a curva representativa da molécula de DNA). Uma hélice circular é definida na forma paramétrica por x(t) =acost, y(t) = asent, Z(t)=ct, (a>0, ¢>0). Esta hélice € circular porque sua projecéo no plano xy é uma circunferéncia de raio a.0 paraémetro c quando multiplicado por 2x mede o chamado passo da hélice, duas voltas consecutivas. Exemplo 2: Represente a hélice circular acima na sua for isto 6 , a distancia entre vetorial e faga um esbogo de seu grafico. Usando a forma vetorial(1), temos: 7(f acosti + asenij +k 1/3 KELHKKKKKETKK TY KEKCESOROOTKA TOKE ER REEL RES VU Mztemética Aplicada Il - UFRGS 2008 Irene Strauch io de F(A): 4o de uma fung&o vetorial 7(f) é o conjunto de valores de t itidos. 9 dominio no for dado explicitamente como no exemplo acimay So gubentende-se todos os valores de t para os quais cada componente de F(t) esta definida, e d& um valor real. ominio sera a intersecgdo dos dominios de Em certos casos 0 d suas componentes. Exemplo 3 : Ache o dominio de F@=Int-Ditej+vik Suas componentes S40? Seus dominios s40 + Logo 0 dominio de F(f) sera a intersecgao dada por A Norma ou médulo de uma fun¢gdo vetorialF(f) : A definig&o de norma ou médulo da funcado vetorial F(f) é = F@| =JFO-FO = (e+ yey +200" Ou seja, o médulo de uma fungao vetorial #(t) é a raiz quadrada do produto escalar de 7(f) por FO). No exemplo 3, temos : \F@| = afin? (1) + 6% +1 Para t=2, |F(t=2)|= No+e* +2 : se F(f) representa a trajetoria de uma particula, entao |F(2)| representa a distancia da particula a um observador situado na origem do referencial retangular. Limites, derivadas e integrais de fungses vetoriais: limites, derivadas e integrais de funcdes vetoriais S80 definides a partir dos limites, derivadas e integrais de suas componentes . 44 Matematica Aplicada Il - UFRGS 2008 lene Strauch Assim, para uma dada F(‘) em 3-D, temos : im (= flim OV + flim yO + flim 20) FO=x(01 + yO +2'0E [roam foal +{fros}7+ aoa} jo ff Regras de derivagao: Derivada de uma fung&o vetorial constante 7: ae it Derivada do produto de uma constante k por uma fungao vetorial: diane dt dt Derivada de uma soma ou diferenga de funcgdes vetoriais: Huh dt dt Derivada do produto de uma fungao escalar f(t) por uma vetorial: eh Vette an OFO]= Derivada do produto escalar de duas fungées vetoriais: dt Derivada do produto vetorial de duas fungées vetoriais: ix RO|=5x a + Regras de integracao: Integral de uma constante k por uma fungao vetorial: frouat fFod Integral de uma soma ou diferenga de duas fungdes vetoriais: {ios RO = fae [Rae u/s RERKKKeKKeL LLL KEK Ree LAT CKeKKegegggeege TUT D ALOT DEERE REORDER ORES See Matematica Aplicada tl - UFRGS 2008 Irene Strauch ges de derivada de funcées vetoriais da forma F(f): —F(t), — , F(t) ,F() =notacdo da Mecdnica. ?F +e] -2cosatk, calcule Exemplo 4: Dada a fungao vetorial 7F() a) limF(t)= 1490 GF p) Ze dt co) FQ)= 1 d) |F@dt= é e) froa= © terno de vetores T(),N(1),B(t): Nosso objetivo é: dado o terno de vetores unitarios i,j,k, estatico na origem 0 de um referencial cartesiano, definir um terno unitério de vetores em movimento, T(t),N(t),B(t) , neste mesmo referencial. Este novo terno é conhecido como triedro de Frenet-Serret, sendo T(t) 0 vetor tangente unitario, N(f) o vetor normal unitério e B(t) o vetor binormal unitério. 1/6 Matematica Aplicada Il - UFRGS 2008 Irene Strauch Iniciaremos deduzindo o vetor tangente unitdrio 7(f). Para tanto, vamos ver a interpretacdo geométrica da derivada 7'\(t). Seja C uma curva em 2-D representada por F(t)=x(t)it+N7 e seja AF(t)=F(t+Ar)—F(t) um vetor na diregdo da reta secante PP’ do grafico abaixo. AF(t) dF No limite At-—+0, temos : lim <= eee Ota care AF FQ). Geometricamente, no limite At-+0, o vetor Ar coineidira com o t vetor tangente 4 curva CemP. Assim, concluimos que: Ovetor 7'() 6 um vetor na diregdo da reta tangente a curva Cem P. # Recordando Célculo I: Qual a relagaéo entre F(t) e f\(x)=tan@ 2 Para estabelecer esta relacado, vamos usar a notacdo do CAlculo I e representar a curva C em 2-D por y=f(x), cujo grafico é Assim, na notacgéo da An4lise Vetorial, F(f) é o vetor tangente a curva C em um ponto genérico P . Este vetor tangente é dado por F(N=xOi+y'OF, © a raz’o de suas componentes nos fornece a relagdo procurada 1/7 KEKKTATHL HLH TKK KLE LL LATTA ALARA AAA ATR PORWR DUNO R RDU U DD RRO UR U OUR RRR a RRR R Dead edd baaaeD Matematica Aplicada Il - UFRGS 2008 Irene Strauch a dt a y a, J. =tan@ . en ae Se) dt zxemplo 5: a) Calcular o vetor tangente a curva C, dada por #(t)=2costi +2senii , em t 2 b) Calcular o angulo @ que este vetor forma com o eixo x - apes c)Faga o grafico representando a curva C, 0 vetor F'(7>) © 0 angulo 6. Vetor tangente unitario T() + Como o préprio nome diz, o vetor tangente unitario é um vetor com a mesma diregdo do vetor tangente Ff) e com médulo 1. Logo, Vetor normal unitario M(t): Este vetor sera definido a partir da condigdéo de ortogonalidade entre Fe N, isto é, TI)+NW=0 Vamos demonstrar, a seguir, um teorema que sera definigao de Nit). Gtil na 1/8 Matematica Aplicada II - UFRGS 2008 Irene Strauch Teorema : Se a fungdo vetorial A(t) possui médulo constante para todo f, entéo A(s) + A(t) =0, ou seja, A(z) © A'(t) sao vetores ortogonais. Demonstra¢gao: Como por hipétese, [ao] & constante, entéo o produto escalar A(t) -A() seré também uma constante. Usando a regra de derivada de um produto escalar, temos AQ -AD+AO-AM=0 2A(t) t)=0 Conclusdo: Como o vetor T(t) é um vetor constante de médulo 1, entao e,portanto, F(t) 6 ortogonal a T(f). © vetor normal unitaério N(t) fica, ent&o, definido por TO Fol N@=- ' T(t#0 © vetor normal unitério M(t) possui a direcdo de 7) e aponta para o interior da curva, ou seja, para o lado céncavo de C. # Recordando o Movimento Circular Uniforme (MCU), na Fisica. Seja uma particula em trajetéria circular de raio R, representada pela curva #(t)=Reos(wt)i+Rsen(wt)j, com velocidade vetorial dada por W(t)=@xF(t) , sendo 6 0 vetor velocidade angular, conforme 0 grafico abaixo. Ent&o: 1/9 LELTTALTCOCC CEE C RAR OROR RSTO EPEC ECO RGR a te Ty ebbit habe LLL LEO E UOTE UURE LER) Matematica Aplicada ll- UFRGS 2008 Irene Strauch vetor binormal unitério B(n): vetor binormal 6 o vetor unitario, perpendicular a T(t) e M(t), logo B)=TOxNO Pelas propriedades do produto vetorial, B(t) é ortogonal a ambos vetores T(t) e N(t), e est& orientado em relagéo a estes pela regra da mao direita. 3 Regra da mio direita > 4 i Em 3-D teremos o chamado triedro de Frenet- Serret. Concluséo: © terno de vetores T,N,B forma um referencial de vetores unitérios, mutuamente ortogonais, que tem um papel importante no estudo do movimento de particulas no espaco, pois, diferentemente , do terno estatico i,j,k, o terno 7,N,B acompanha a particula em sua trajetéria ao longo da curva C. Exemplo 6: Calcular o terno T,N,B, para a hélice circular FQ) =acosti + asenij +ctk 1/10 Matematica Aplicada Il - UFRGS. 2008 Irene Strauch Texto Complementar a aula 1: Trajetérias de particulas carregadas em campos magnéticos. I)Trajetéria descrita por um feixe de elétrons langado perpendicularmente em um campo magnético uniforme B. Vamos supor que um feixe de elétrons é langado por um canhao eletrénico em uma camara de ionizagéo, com uma velocidade vetorial ¥ perpendicular a B. Numa cémara de ionizagao esta trajetéria fica visivel porque os Atomos de gas da camara emitem luz quando alguns dos elétrons do feixe colidem com eles. A forca magnética F, presente neste movimento é a forca de Lorentz, que é uma forga cuja direcéo 6 sempre perpendicular a velocidade ¥ da particula de carga q e ao campo magnético B e é expressa pelo produto vetorial F,=q#xB. Esta é a forga que ira defletir os elétrons lancados na cdmara de ioniza¢ao e como estamos assumindo que 7LB , esta deflexdo fara com que os elétrons descrevam uma trajetéria circular. Assim, se convencionarmos o plano xy como o plano desta pagina, entéo B estara dirigido para fora do plano da pagina e pela regra da méo direita a forga vetorial instantanea fy sera perpendicular ao plano determinado pelos vetores ¥ e B. Como as cargas sao negativas, F,, aponta para dentro da curva. Entdo, pela segunda lei de Newton, Ff, sera a forga centripeta responsdvel pelo movimento. Esta € a igualdade que permite calcular o raio R da trajetéria circular descrita pelo feixe de elétrons. 2 my Seja |¥Fv e |BEB ,entao : qvB= R= @B Exercicio: Calcule o raio da trajetéria para esta configuraco, considerando um feixe de elétrons com velocidade v+3.2x10'm/s ,que entra em um campo magnético de intensidade B=12xl0"7, sendo m,=9.11x10kg e@ g=1.6x10-"C. Resposta: 15cm. Uma importante aplicag’o do movimento circular de particulas carregadas em campos magnéticos uniformes é 0 espectrometro de massa.0 espectrémetro de massa é um equipamento usado para medir a massa m de fons e esta esquematizado na figura a seguir, on ait KEKTHLHLKAK KKH LL ARALALL ALLA L ALLL ALATA TTT { VODUOUANOR DOOR RUT TUURU RRO RRR Rada a aaa) Matematica Aplicada Il UFRGS 2008 Irene Strauch S € a fonte de ions, inicialmente estaciondrios. Estes ions s&o acelerados por uma diferenca de potencial V e disparados para o interior de uma cAmara perpendicularmente a um campo magnético uniforme B. A forga de Lorentz F,=q¥xB faz com que o ion se mova em um semi-circulo e colida com uma placa fotogréfica situada a uma distancia -2R da entrada do feixe.Conhecendo a intensidade do campo magnético,a carga q do ion,a diferenga de potencial V e o ponto x marcado na placa fotogr4fica, temos todos os parametros necess4rios para calcular a massa m do ion.A lei fisica que permite este cdlculo é a lei de conservacdo de energia, isto €, a energia cinética do ion no final do processo Le ‘ ; 7 ee de aceleracio (> nm) é igual a sua energia potencial no inicio do processo de aceleracdo(qV): II) Trajetéria descrita por um feixe de raios gama langado perpendicularmente a um campo magnético uniforme. Neste exemplo, a cémara de ionizagéo esta preenchida com hidrogénio liquide e est4 imersa em um campo magnético uniforme, porém muito forte. Neste ambiente é lancado um feixe de raios gama. Como sabemos, o raio 7 @ uma radiac&o com carga total nula e portanto néo deixa inicialmente rastro de sua trajetéria na camara. Contudo , o raio 7 pode ter energia suficiente para ao colidir com um tomo de hidrogénio arrancar o elétron do hidrogénio e se transformar em um par elétron-pésitron. 0s rastros luminosos deixados por estas particulas sao uma longa linha curva, no caso do elétron arrancado e em duas curvas espirais para o par elétron~pésitron, conforme mostrado abaixo. Neste caso, as trajetérias sdo curvas conhecidas como es; 1/12 Matematica Aplicada Il - UFRGS. 2008 Irene Strauch A mais conhecida é a espiral de Arquimedes, cuja representacao em coordenadas polares é dada por r=a$, com @ dado em radianos e a uma constante positiva.Se @>0 a espiral gira no sentido anti-horaério. Se §<0, a espiral gira no sentido horario. Exercicio : Dada a espiral r=@(9>0), onde r e 8 sao coordenadas polares: a) Faca um esbogo de seu grafico. Um esboco razodvel pode ser obtido plotando as intersecgdes da curva com os eixos xy , observando que raumenta linearmente com @. b) Dé uma representagao vetorial para a espiral r=0. III)Trajetérias de particulas carregadas,langadas em campos magnéticos com velocidade ¥, tais que ¥=ij+i,, onde ij e 3, sao as velocidades na direcdo de B e na diregao perpendicular a B , respectivamente. Caso a) Campo magnético uniforme. A particula, neste caso, se mover4 em uma trajetéria helicoidal em torno da diregdéo de B. A componente paralela da velocidade determina o passo da hélice e a componente perpendicular determina 0 raio de hélice. Veja a figura abaixo. Exercicio: Dada a hélice #()=Reosuti + Rsemtj +ctk , onde w 6a velocidade angular da particula e t é a varidvel tempo, a)determine a velocidade i(f) e a aceleragdo G(f) da particula. b)Suponha que esta é a trajetéria de um elétron numa regido do espago onde ha um campo magnético uniforme B=Bj#. Use a lei de Lorentz F,=qixB e o fato de que esta forga 6 a forga centripeta para determinar o raio da R hélice. 1/13 HURRRALECLTHHK HLTH AKHTAR ATTA EKA PAUUOURUUURUU UOT UU UR U UU UURU UR R RUUD Ua aaa) ‘Matematica Aplicada Il~ UFRGS 2008 Irene Strauch Caso b) Campo magnético néo uniforme. Se o campo magnético n&o for uniforme, isto 6, B nao € uma vetor constante, mas um campo vetorial varidvel, entdo a particula ficaré espiralando, como & mostrado na figura abaixo. © espacamento entre as linhas do campo magnético mede de certa forma a intensidade do campo. Assim, podemos observar que nesta figura, as linhas de campo nas extremidades se tornam mais préximas, indicando que 0 campo magnético é mais intenso ai. Quando temos esta configuragéo, a particula sofre uma reflexio nas extremidades, resultando no seu confinamento dentro desta ‘garrafa magnética’. © Cinturéo de Van Allen: Quando as tempestades solares disparam elétrons e protons, estes sio aprisionados pelo campo magnético terrestre, formando o chamado Cinturaéo de Van Allen que se localiza acima da atmosfera terrestre, entre os pélos norte e sul. 0 movimento de vai-e-vem dos elétrons na ‘garrafa magnética’ d4 origem a formacdo de um campo elétrico.na regiao onde os elétrons normalmente refletem. Este campo acaba por eliminar a reflexio fazendo com que os elétrons escapem e entrem na atmosfera, onde colidem com as moléculas de ar, fazendo-as emitir luz. Esta é a origem do fenémeno chamado ‘aurora boreal’. A luz verde & emitida pelos Aafomos de oxigénio e a luz pink é emitida pelas moléculas de nidrogénio. 1/14 Departamento de Matendtica-UFRGS 1° Lista de Exercieios Matematica Aplicada II- MATOL168- Cétculo Vetorial (revise Area I~ Anilise Vetorial Agr [1] Encontre o dominio da fun¢do vetorial 7(i) e 0 valor Fj.) pare: ©) HQ) =costi - 3¢7: =a (&) F(t) =cos(x t) 7 -Intj +Vt—2 E: 4=3 [2] Expresse as equagdes paramétricas abaixo como uma tnica equacio vetorial (@) x(t)=3 cost; y()=1+sent (b) x(t)= 20: y()=2 sen 31; A) =5 cos 3x [3] Descreva o gréfico das equgdes: = @) 7) = (2-30 7- 4c7 (b) F()= 27-37 +43) E (©) F(t) =3 cost 7 +2 sensj- [4] Encontre a declividade (coeficiente angular) da reta em 2- D representada por: HW) =(1- 29 7- 2-397 [5] Esboce o grafico de 7(1): RHLTARARKRARRARTGA EY @ A) =27 45 (&) 7() = (1+ cos#) 7 +(3- seni)7,.0< 1520 (©) F(t) =cosht? + senh 7 @ rdari tp tek (©) Ha) =17 +P 742% (f) F()=2 cost 7 +2 sen sj +k [6] Dada a hélice circular: F(¢) = a costi +a sent] +t, sendo c>0, encontre c tal que a cada volte . = completa z avance 3 unidades. R: = = = {7} Calcule 7” (,) € esboce 0 gréfico de (1) juntomente com o vetor tangente ¥*(j): -_ ) F()= (0), @=2 () AD = (€'e"), 4 =In2 - si r x - (©) F() =2 sensi +7 +2 oa = - [8] Dados H(1)=P 7- 32k, ¥()=- 477 +(r+1)K, w()=37 7 417- PE. Encontre: -— (@ (wv) + ~3(2¢ +1) = ) (ax)! Ri 480 7- GF +207 - 204 EF = © [# x(¥+ WI Ri 6e- a8P)7~- Qr+ 307 - st')7 +6? - 20 )E = [9] Prove: dS Nee mere dy, Meer ee = @ —[F()xF ] =F(t)x7"(0) ©) SF |= F(0 -? (0). sendo dt dt [FO] -_ 170 |- FOF al 7@]_ FO FOF), OF l= pd - oo) alpall FOL Jrof Sugestéo para o item (c): Lembre-se que ra € uma fungiio escalar, use as regras de derivagdo de Produto de uma fungdo escalar por uma funcdo vetorial. UR ARAAARD WOUWUURURUUE URDU UU OROUEOUU RUN U RDU a Ea ERD LALA) Matematica Aplicada II UFRGS Irene Strauch Analise vetorial : 2" aula Qual a motivagao para introduzir o terno de vetores unitarios T,N,B se 34 dispomos do terno i,j,k Na Geometria : definir curvatura x e torcdo t de uma curva C. Na Mecdnica : © representar o vetor aceleracéo G(f) de uma particula em fung&o de suas componentes tangencial ay(t) e normal ay(t) © redefinir curvatura e torgéo de uma curva (trajetéria da particula) em fungao de parametros cinematicos. Conceitos intuitivos de curvatura « e raio de curvatura p : Dadas as curvas planas abaixo, observe, para cada uma delas, como o vetor J varia em func&o do comprimento de arco s. Na curva (a), que é uma reta, o vetor T é constante em diregao, médulo e sentido. Podemos dizer também que uma reta ndo se curva nunca. A curva (b) € uma curva suave e o vetor T varia lentamente ao longo de C. Esta é uma curva que se encurva lentamente. Jé, a curva (c) se encurva mais rapidamente, ou seja, o vetor T varia mais drasticamente ao longo de C. Comparando estas trés curvas, podemos dizer que a reta é uma curva de curvatura nula e que a curvatura da curva (c) é maior que a curvatura da (b). Isto é, estamos associando o conceito de curvatura x com a taxa de variacio do vetor T com relagaéo ao comprimento s da curva C Observar que estamos apresentando o vetor T em fungao de nova varidvel geométrica, que € © comprimento de arco s em substituigdo 4 varidvel angular t 2/. Matemética Aplicada ll - UFRGS frene Strauch Em sintese : A curvatura em um ponto de uma curva mede o quéo rapidamente a diregéo de seu vetor tangente [ se altera em relagdo ao comprimento de arco s. Define-se, ent&o, curvatura K como: () Assim, a curvatura 6 uma funcdo escalar de s, ou seja « = «(8) onde s é um novo parametro. A definicéo acima sé poderd ser usada se a curva C estiver parametrizada em termos do comprimento de arco s. Mas este néo é um parametro pratico, tanto na Geometria como na Mecanica, a curva C € representada preferencialmente pela funcéo vetorial definida em (1) : F)=xOi+yOJ+2O0F, onde o paraémetro t pode ser um Angulo @ ou a varidvel tempo. Precisamos, pois, transformar K(s) em x(t). Para tanto, vamos usar a regra da cadeia: pal ata LO aa sa (8) dt dt as Apareceu nesta dedugdo a taxa a conhecida do Calculo I. # Recordando CAlculo I: (ds? = (dx? +(dy)? ou ay. (ey, (BY at at at FO| Finalmente, substituindo esta formula na (8) e esta na definigado (7),temos (9) Obsrvacdo: As derivadas com relacdo a variavel t sero denotadas por uma linha. 2/2 TUAGTARCTY HUAARAREEREL ATHOLL RAHA HRT RGA L ARTA ATR VUUUEE EEA VOUUUURRUUURU UDR UUUELURUU CUE Matematica Aplicada II - UFRGS Irene Strauch Um outro conceito associado ao conceito de curvatura € o vonceito de raio de curvatura, indicado pela letra grega p e definido como 1 {E} ee (10) OTE) Assim quanto maior a curvatura x(t) em um dado ponto da curva tanto menor seré o raio de curvatura p(t)naquele ponto. Associado ao conceito de raio de curvatura, apresentamos abaixo © conceito de circulo de curvatura. Circulo de curvatura ou circulo osculador, em um ponto P, sobre uma curva plana, onde « # 0 é o circulo no plano da curva que : * £ tangente a curva em P (tem a mesma reta tangente que a curva). * Tem a mesma curvatura que a curva em P . * Aponta para o lado céncavo ou interno da curva. Exemplo 7: Encontre a curvatura e trace o circulo de curvatura da parabola y = x? na origem. 273 Matematica Aplicada ll UFRGS Irene Strauch Torgéo de uma curva C Assim como o conceito de curvatura mede o “encurvamento” de uma curva, 0 conceito de torcéo mede a capacidade de uma curva se torcer. Neste sentido, s6 é possivel definir torgao para curvas em 3-D. A definicéo matematica deste novo parametro, indicado pela letra grega t, é: B x) =|] (11) ds Usando a regra da cadeia, transformamos t(s) em t(t): t(t)= (12) Exemplo 8: Calcular a curvatura, o raio de curvatura e a torgdo das seguintes curvas: a) uma circunferéncia centrada na origem e de raio a; b) uma hélice circular de raio a e passo c. 2/4 GULL AHT TCA AR AAR ATTA RAAT UUUUULUUURUU ORO U REE RUURUUNa Matemética Aplicada ll UFRGS Irene Strauch Arélise Vetorial : 3* aula No exemplo 8, calculamos a curvatura x(t) para uma hélice usando sua definicgaéo geométrica. Vocé deve ter observado que precisamos executar uma série de operagdes. Vejamos = a)Derivamos F(t) obtendo [Fi - b)Calculamos o médulo de F'(f). c)Dividimos 7) por seu médulo, a fim de definir F(A). d)Derivamos 7(f) usando a regra do quociente. e)Obtido Tf), calculamos seu médulo. f£)Finalmente, dividimos Fol por [Fe obtemos x(t). Voc® h& de convir que esta férmula no é nada pratica. Pois bem, existem férmulas muito mais praticas de se calcular a curvatura. Estas férmulas surgem naturalmente na Mecanica, quando se estuda © movimento de particulas ao longo de uma curva C. & a Fisica ajudando a Matem&tica. Este 6 0 nosso préximo objetivo. Movimento de uma particula ao longo de uma curva C J& foi mencionada a importancia do terno de vetores unitarios T,N,B no estudo do movimento de particulas na Mecanica. Vamos iniciar nosso estudo coma dedugao da f6rmula da aceleracao G(f): G()=4,(OT + ay (ON (43) onde dy © dy. s&0 respectivamente a componente tangencial e normal do see a Oe Esta f6rmula € muito interessante, porque ela mostra que mesmo para curvas em 3-D, 0 vetor aceleragéo esta sempre contido no plano formado pelos vetores T e N (plano osculador) . Apos a dedugdo da formula (13), veremos como aparecem as formulas mais préticas para a curvatura. seja F(f) a curva C que representa a trajetéria de uma certa particula , onde t 6 a varidvel tempo. Seja (f) 0 vetor velocidade desta particula. Por definigéo fisica temos: z T Fo] Gr cu W=vP,—sendo (Esta notacdo mais compacta é usada na Fisica.) We 3/. Matemétca Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch Vamos agora sintetizar todas as formulas necess4rias no seguinte formulario: onde se usou a formula (1) e a regra de derivada de produto. © 1° termo, 77, € @ componente tangencial da aceleragao. Isto é, (3) Vamos usar as formulas (2),(3) e (4) do formuldrio para reescrever o 2° terino, isto 6 : —=TO= |FO|N =x - 2 En= [OR = eo - = Substituindo estes resultados em G() temos : pe Paya a@=a,7+2N Pp @ componente normal da_—saceleragéo_—por: Assim, finalmente demonstramos que: G=a,F +ayN (43) 3/2 KEKKCRKHKAHLALL LALLA RAT ATTA VAGGHAERERSS VEUARULULUULEED ODED Matematica Aplicada ll - UFRGS rene Strauch Conclusdo : 0 vetor acelerag4o por estar expresso em termos dos vetores Fe N nado necessita de um sistema de referéncia, conforme € mostrado ao lado. ic a whee ¥ Vamos agora deduzir formulas mais prdticas para as componentes G; © Gy da aceleragdo e para a curvatura x(t). Partimos da férmula (13) multiplicada escalarmente pelo vetor D: FeG= a veF + ayieN Mas, T=v e PN=0, pois t// T e PLN. (14) Multiplicames, agora, vetorialmente o vetor ¥ pelo vetor @ ¥xG=ap¥xF +aydxN Mas, 0xT=0, pois ¥ // TF e vxN=vPxN=wB. Logo, : ux ayvB Calculando 0 médulo deste produto e lembrando que o vetor binormal B(t) é unitario , temos: [pxal fezia} (15) v ay = Vimos anteriormente que a definigao da componente normal da 2 y' aceleragdo € @y=—. Assim igualando esta definicdo com a Pe formula (15), temos uma nova formula para calcular a curvatura : 3/3 ¥(W=F"@) entao podemos, Lembrando que v(t) finalmente, escrever x(t) = (16) Esta é a formula mais praética de que faldévamos anteriormente ¢ que substitui a definigdo geométrica . Vamos us4-la nos exemplos que se seguem, contemplando aplicacSes geométricas e fisicas. Exemplo 9: Calcular a curvatura e o raio de curvatura nas extremidades dos eixos da elipse F()=2costi + 3sent7 x O< t<2x 3/4 TUPTRAGHEHLLALL LAL ACK A AAA HRGTLLHLL LALA RTA PEPE ERr reer ee PUTT U URE EEE eee erro eree) Matematica Aplicada il-UFRGS Irene Strauch Exemplo 10 : © tragado de uma estrada plana e horizontal € o de uma paraébola y = aw ( as unidades de x e y s&o as do SI). Um caminhéo carregado trafega por esta estrada com velocidade constante em médulo. O caminhdo poder4 derrapar se a componente normal de sua acelera¢éo exceder 1.5m/s’. Quais os valores possiveis para a velocidade do caminhdo que permitem a sua passagem pelo vértice da par4bola seni perigo de derrapagem ? R: v<21.2 m/s Exemplo 11: Uma pessoa em uma asa delta esté espiralando para cima devido ao ar ascendente muito veloz em uma trajetéria com vetor posigao dado por F()=3cost i+ 3sentj+ CR A trajetéria é similar a uma hélice. Encontre dp(t),ay(é) € «() para esta curva. 3/5 Matemética Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch Exemplo 12: A curva descrita por um ponto da beira de uma roda de raio R que gira sem deslizar e se desloca ao longo do eixo x @ chamada de cicléide. Seja P(xy) um ponto da beira da roda que ira descrever a cicléide e vamos supor P, jinicialmente, localizado nas coordenadas x=0 e y=2R, conforme o grafico abaixo. As equagdes paramétricas da trajetéria do ponto P sao: xQ=Rsenot + Rot , —y(t)=Reosot +R Calcule para esta cicléide os vetores velocidade e aceleracao nos pontos onde y é maximo e minimo. 3/6 qf LUGCRRCHOEHEORA EER RERAANAG ROTOR ECAC HAART ARS eee TUR UU UU R UU UU eka kaa aaa UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL-UFRGS Areal DEPARTAMENTO DE MATEMATICA 2° Lista de Exercicios - Geometria Diferencial MATEMATICA APLICADA IT Movimento de uma Particula ao Longo de uma Curva C [1] Encontre os vetores unitérios T e N para as curvas abaixo em ) HO=5 cose +5 send), == Ee ean © r=), % 2 SECEEnCaoe [2] 0 vetor binormal unitério foi definido em aula como 2(e)=7(0)xN(). Argumente, sem [3] Use esta tiltima férmula para calcular B(t) para a curva C: F())=(Gen tre0s1) 7+ (cose +4sen 1) +E {4} Para cada uma das curvas ao | (a) ©) Lado, use a respectiva : circunfer€ncia de curvatura para estimar o raio de | curvatura p, R: (@) p=0,5 (b) p25 a [5] Calcule a curvatura x(r) e faga um esboco da curva com a respectiva circunferéncia de curvatura: sh © y=e,em x=0 Ri cach wr [6] Calcule o raio de curvatura p(t) da elipse x()=2 cost, y(i)= sent, 05452, em Tae +=. Esboce as circunferéncias de curvatura nestes pontos. R: p0)= 4 AZ) e 17] Ein que ponto a curva y =e" tem a méxima curvatura? Rite Su(4) [8] Seja 7(:) 0 vetor-posicao de uma particula em movimento e 10 tempo. Encontre ¥(1), a(r) e []#(9 |]. Faca um esbogo da trajetéria representando i(/), € a(¢) em 4 ©) H)=3 cost? +3 sens}, =F () Fase T+e"7, g=0 2 es)-C3} 46) 4) i R FO) =(L-1), HO)= (4) (©) #() =coshti +senh ej, 4 =In2 R: F(1n2) (4) #0) =cos ¢F tsensF4rk, y= 5002) (3.3) w)-(-£4)),f “B 4)"\ 2%22 19) Conforme 0 grafico ao lado, a trajetdria de uma particula é representada na forma paramétrica por: x()=a cost, y(t)=b senor (@)_ Mostre que aaceleracdo a(t) esté voltada em directo a origem. (©) Mostre que [[(#){] € proporcional & distancia da particula & origem. [10] O movimiento de uma-particula é descrito por 7) =(e-F)F—7]. Encontre o valor minimo gas para {[7(9 || da particula e sua localizacio quando tiver esta velocidade. EEOTTRTT ET We v2 AZ L [FO la e. AZ-H) [11] Encontre 0 ngulo entre #() € a(t) para (=P 7T+F7, t=h. R: 15° [12] Onde ao longo da trajetdria F(1) =(¢°-51) 7 +(2r+1)] +37 £, os vetores velocidade e ” = os 3 racto s is. R: (22 aceleractio sto ortogai 233 [13] Prove que se 0 médulo da velocidade de uma particula é constante, entdo os vetores velocidade e aceleracdo sto perpendiculares. (Sugestio: Considere | =% +7) [14] Prove que se a aceleragéio de uma particula em movimento é zero para todo 1, entdoa particula se move ao longo de uma reta. (Sugestao: lembre-se que x(1)="——5~ I [15] Calcule a componente tangencial a, ea componente normal ay da aceleracéo, em para: (0) *() =2 cost? +2 sene, [16] Dados 5 = instante. * * Bj+iak Ri aaa m j ess E 3v29, [17] Calcule a componente tangencial da aceleragto dado [7 [= V3" +4, 1=2. R 2 AEKKTCCEHARAT RAR TAAREA [18] O acelerador do Laboratério Enrico Femi é circular e possui um raiode Lkm. Achea componente normal da aceleracdo de um préton movendo-se em torno do acelerador com uma = velocidade de médulo constante e igual a 2,9x10° *” R 841x110" bf = Tee DOUUURUUUURUR RRR U UE UU CUR UU CUR U UU Uae deed kata) Matematica Aplicada ll UFRGS Irene Strauch Analise Vetorial : 4* aula Campos Vetoriais Iniciaremos esta segunda parte da Andlise vetorial apresentando o conceito de campos vetoriais. Esta nomenclatura vem da Fisica, onde a palavra campo significa ago a distancia. Existem campos escalares e campos vetoriais. Os campos escalares sio representados matematicamente por fungées escalares das coordenadas espaciais, isto é, por fungdes da forma: w=f(x,),2) - Dentre os campos escalares, podemos citar os campos de temperatura, de pressdo, os potenciais gravitacional, elétrico e magnético . Os campos vetoriais s&o xepresentados matematicamente por fungdes vetoriais que associam um tinico vetor a cada ponto P do espaco bi ou tri-dimensional, isto 6, por fungdes da forma: Foey2) =flay.2)7 + g%2F + ho y2)k (1) Na Fisica, os campos podem, também, ser fungéo do tempo. Podemos citar como exemplos: os campos de velocidade de um fluido 5(x,y,z,0), © campo elétrico E(x,y,z,f) e 0 campo magnético B(x,y,2,) - © campo vetorial F mais simples é o campo vetorial que posiciona os pontos P(x,y,z) do espago 2-D ou 3-D, isto é + F(x,yz)axTtyjtzk (2) & importante n&o confundir esta fungdo que representa todos os pontos do espaco com a funcéo vetorial F(f) da primeira parte. La, as coordenadas x(#),»(),z() sAo fungdes do parametro ft, de tal forma que #() representa uma curva C. Como representar graficamente um campo vetorial? Ou, como usar um sistema de coordenadas retangulares para representar campos vetoriais? A resposta a esta pergunta é: Por um conjunto de vetores representativos desta fungéo vetorial.f uma representagdo pictérica, pois o campo vetorial é formado por um niimero infinito de vetores. Os exemplos que veremos a seguir s&o muito simples. Campos vetoriais em 3-D ou mesmo campos vetoriais em 2-D porém mais complexos s6 poderao ser visualizados com computagdo grafica. ant Matematica Aplicada Il UFRGS. Irene Strauch Exemplo 1 : Represente graficamente o campo vetorial dado por =Jyi , yO Foy) Na Mecanica dos Fluidos, este campo poderia ser um modelo para descrever o escoamento de um fluido ao longo de um cano, Sabemos que os modelos mais simples partem do chamado © escoamento laminar, onde o campo de velocidades do fluido se distribui ao longo de laminas, como o ilustrado acima. Exemplo 2: Use um sistema de coordenadas retangulares para representar o seguinte campo vetorial: Fuy)=xi . x>0 Este poderia ser um modelo para um campo de velocidades em um ténel de vento, ou um campo de velocidades de um fluido em movimento em um canal que se estreita. 412 CCCCCKRLEAAAELTALALOLORALAHRTAHNONE LECCE Kege UUUUELEEL LAL POUUUUUUR UU U UR Ree UTE U Uae Matematica Aplicada ll- UFRGS Irene Strauch Exemplo 3: Represente em um sistema de coordenadas retangulares © campo Foy)=-yi + x7 Observar que neste exemplo o campo vetorial se distribui tangencialmente a circunferéncias de raios crescentes. Na Fisica, estas circunferéncias constituem as chamadas linhas de forca e campos desta natureza sao chamados de campos de spin. Um exemplo é o campo magnético dado pela lei de Biot-Savart que descreve o campo magnético induzido por uma corrente elétrica que percorre um fio condutor. Este tipo de campo serve também para descrever sistemas fisicos em rotagdo.Para ilustrar, vamos lembrar © exemplo de um disco rigido girando no plano xy, com uma velocidade angular =(0,0,0,)), sendo z o eixo de rota¢gdo. #Recordando a Mecénica de Rotagéo: A definigdo de velocidade linear de um corpo em rotacéo é cou nm ou seja, F=a,(-yi + xj) Observar que o campo entre parénteses 6 o campo de spin, representado no exemplo 3. Da mesma forma, fluidos em movimento como um liquido derramado em um funil ou certos ciclones podem ser modelados por campos vetoriais do tipo campos de spin. 413 ‘Matematica Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch Campos inverso-do-quadrado: Lei da Gravitagado Universal e Lei de Coulomb. As duas leis fisicas mencionadas acima s&o representadas matematicamente pelas fungées: |FRG™™ r ———> lei da Gravitacdo Universal, onde G é a constante de gravitacdo universal, m © m, sao as massas de dois corpos e r= |?| a distancia entre eles. || = 2 = ——— tei de coulomb lage ane, onde €, 6 a constante de permissividade elétrica no sistema SI, % © % S&o duas cargas elétricas e r a distancia entre elas. Os campos ditos “inverso do quadrado” sintetizam estas duas importantes leis da Fisica e podem ser expressos genericamente pelo campo F, cujo médulo é : [FI Ou, na forma vetorial Ff ’ (3) onde F=xityjtzk e Introduzindo o versor f=, podemos ainda escrever r 1, Pek? (4) © carater vetorial deste campo, tanto na forma (3) como (4) o caracteriza com um campo radial. Observar que a notag&o acima, com F em fungdo de r é muito mais concisa, e sera usada preferencialmente a : pec Ouest G2 +y'427% Fay.2= Se a constante k for tal que k>0, o campo é dito um campo repulsivo ou de fonte. Se a constante k for tal que k<0, 0 campo é dito um campo atrativo ou de sumidouro. A representagao gréfica destes campos é: hae LULA ATTTLALHTTAKH HARARE RAALRLRKTAL ALLA ARARAAAC AS PAWWWUUUOU RROD ODEO UU LUE OULU EUR U Raab ad adeaaeaee) Matematica Aplicada !l~ UFRGS Irene Strauch k>0 k<0 © operador vetorial del os conceitos de gradiente, divergente, rotacional e laplaciano . No CAlculo, o operador por exceléncia é a derivad: Z7@)-F@) Na Anélise Vetorial, o operador por exceléncia é © operador vetorial, indicado pelo simbolo V e definido por : dEmennd ROE eu f eo ce (5) ae apliiact Este operador pode ser aplicado tanto em campos escalares f(%y,z) como em campos vetoriais F(x,y,z) -Em resumo: fG,¥2) ——®¥ f=gradf v a FQy.z) ye ———> fz) ——» FeadivF vo —— Fy.) 41s Matematica Aplicada li - UFRGS {rene Strauch DEFINIGGES: a)Gradiente de um campo escalar (x,y,z): % F754 (6) Winy2= LiF 54 Uf (%,¥.2) pore, Observar que o gradiente de um campo escalar é um campo vetorial. b)Divergente de um campo vetorial F(x,y,z)=fi+g} +h: ve O., 65 a7 aie z ¥-Feno-(2 +Zi-2:) (fF +87 +hk) Ou, ainda, VF oii ose Oh ) Ned 2) ea ‘aye Be Observar que o divergente de um campo vetorial é um campo escalar, ¢) Rotacional de um campo vetorial F(x,y,z): xk (Z-% +(E-%)j+(%- Mas esta nfo 6 uma definig&o facil de ser memorizada. Por isso, usa-se um recurso mneménico que consiste em interpretar o rotacional como o ‘produto vetorial’ entre o operador vetorial del e o campo F, Entdo, como na Algebra dos Vetores, representa-se o produto vetorial como um determinante, onde a 1* fila 6 formada pelos vetores unitarios i,j,k, a 2* fila pelas componentes do ‘vetor del’ e a 3* fila pelas componentes do vetor F. Ao se calcular este determinante, pela regra de a ; Sarrus, produtos da forma Sh devem ser interpretados como a derivada de h com relagaéo a y. Assim, 7?) g Sa SRiss 2 So Ms = Qlo a & LECCE ECCCOOOOO CO OORCeeeengeeeeeeeggggegggngggggy See eee eT eee UU U Uke ea) Matematica Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch d)Laplaciano de um campo escalar /(x,y,z): Vif =div(grad f)=VeVf ou 74274 25).(%7, 4,4). 8, ee, oF 9) OOH 2g © operador V? pode ser aplicado também a um campo vetorial, gerando o campo vetorial dado por: Importante: Observe como a notacéo operacional desempenha um importante papel na correta maneira de expressar os entes matematicos acima definidos. Assim, por exemplo, ao calcular o divergente e rotacional de um campo vetorial F, associamos o respectivo produto escalar e vetorial entre o operador del e o campo F. Exemplo 4: Dado o campo escalar f(x,y)=x+y, encontre o campo vetorial que € o gradiente de f(x,y) e faca seu grafico. Exemplo 5: Calcule o divergente e o rotacional do campo vetorial dado por F(x,y,z)=x’yT + 2y'zj + 32k. Exemplo 6: Dados os campos f=xyz, F. Ga3xy27+2xyj-xyzk, determine ( an Matemética Aplicada ll UFRGS Irene Strauch Analise vetorial : 5* aula Tabela de Férmulas envolvendo o Operador V : Vocé esté recebendo uma tabela que vai lhe prestar um grande servico , nado s6 aqui nesta disciplina mas também nas Gisciplinas mais avangadas de seu curso. Portanto, use-a aqui e guarde-a para o futuro. Esta tabela ser4 usada como material de consulta no dia da 1* Prova: € fundamental néo acrescentar nenhuma anotacgdo a seu contetido. Assim sendo, € preciso entendé-la e saber que tipo de informacao ela contém. Sua notagdo é a sequinte: as letras maifisculas F e 6 indicam campos vetoriais diferenciaveis e as letras minisculas fe g campos escalares diferencid4veis. A fim de ndo confundir f e g com as componentes escalares dos campos F e G, usaremos aqui a seguinte notacdo : B (x,y,z) = Fi(xsy,2)1 + Fo(x,ye2)5 + Falxry,z)k G txs¥rz) = Gilxry,z)i + Gelxsyez)J + Gslx,y,z)E As formulas (1), (2), (3) da Tabela tratam respectivamente do gradiente, divergente e rotacional da soma de duas fungées. Observar que estas férmulas vém acompanhadas de uma outra possibilidade de notagao . A demonstra¢ao destas f6rmulas 6 evidente se lembrarmos que o operador del € um operador diferencial da forma : @ que a derivacdo é uma operagdo linear : a derivada de uma soma é a soma das derivadas. As formulas TAB(4),(5),(6) tratam respectivamente do gradiente, do divergente e rotacional do produto de duas fungdes. A formula (4) 6 facilmente demonstravel a partir da regra de derivada de um produto de fungdes escalares. Ja a demonstragao das formulas (5) e (6) mais elaborada, pois entra em jogo os conceitos de produto escalar e vetorial envolvendo o operador V . 5/1. AHORA RARRCR ORCC OV CUO UT ORC Ogg WALLET tren i See eee eee Uke kaa k ka Mateméiica Aplicada lI - UFRGS Irene Strauch Vamos ent&o, apresentar uma demonstragao répida para estas duas formulas. Dedugao da TAB(5) v- any - (Zieh + 2eye (itm JR B= w2ieg y+ Bren is 5168) Be (ey One e es ee es (25 + 98S ian Ba oa pale at @-H+e-F Dedugdo da Tab(6). Para. simplificar, faremos a demonstra¢éo apenas para a componente x. Isto é, 4 a9 oe euroleeal|iaes lax By 2) ffm, £5 a a z aE) = (Ze e Zu) ae ieee flies - 8): Usando a regra da derivada de um produto de fungdes, no lado esquerdo desta expressdo, obtemos uma identidade. Isto € verificamos que a componente x do rotfF satisfaz a Tab(6). Procedendo de forma andloga para as demais componentes, teremos verificado a formula Tab(6). Continuando pela tabela, chegamos 4 formula (7). Esta, apenas contém a definigao do chamado operador Laplaciano V" . O Laplaciano é 0 divergente do gradiente de f , isto é: 4854 ae Fe Pe 2 ae af on w 5/2 Matematica Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch As formulas Tab(8) e Tab(9) afirmam, respectivamente, que 0 rotacional dos campos gradiente e o divergente dos campos rotacionais so nulos. Estas expressées contém grande significado fisico, como veremos mais adiante. Dedugdo da Tab(8): ijk Gaver (2. ene (ieee sete) se (etl oe 4) (ieee = eels lax @y @2| \dydz dzdy. Ozdx — Oxdz. dxdy dyax Jee Of ot! jax dy 22 onde, por hipétese, £ possui derivadas parciais de 2* ordem continuas, isto é, as derivadas ‘cruzadas’ se cancelam aos pares. 2 Dedug&o da Tab(9): AECKEHHKOHKTHRAR GALT VeVi (Z+23+ %x)- = ey, &F onde, # possui derivadas de 2* ordem continuas. As formulas Tab(10) a Tab(13) n&o seréo demonstradas aqui, pois suas demonstragdes sdo muito longas. Contudo, a despeito da mao de obra, segue-se o mesmo tipo de procedimento usado para demonstrar as anteriores. Interessados poderao consultar o livro Anélise Vetorial da colecéo Schaum. Veremos, agora, alguns exemplos de uso da tabela do operador V. Exemplo 7: Mostre que + (We x Vg) = 0 5/3 = oo -_ — = cae = = -< <= a <= = =a = — -— = oS = a = = = ae = —_— DUDUUUUR TAA UUUUULUVLUU LUDA CUE UR ACU Matemdtica Aplicaia ll - UFRGS Exemplo 8: Simplifique a expressio V«(FV + B+ Fx [¥ xx hl +x VE Exemplo 9: Verifique a Tab(10) para F = xyl + xyzj + “yk Irene Strauch 5/4 | ‘Matemética Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch © _gradiente de um campo escalar : seu significado, suas aplicacée: © gradiente na Matematica ~ © conceito de gradiente foi apresentado no Célculo II, no capitulo das derivadas parciais de uma fungdo de duas ou mais varidveis, mais especificamente, na definicao de derivada direcional de uma fungao da forma z = f(x,y). #Recordando CAlculo II: Seja S a superficie representada por z = £(x,y) e seja 0 um vetor unitaério dado por G = ui+uj - 2=Floy) Ess Define-se a derivada direcional de f(x,y) na diregéo 0 por : Defbe y) = Fo + Ou na forma de um produto escalar como : Dyfixy y) = VE + G © 1° vetor no produto escalar 6 chamado de gradiente de f e denotado pelo simbolo Vf. Esta definigSo foi apresentada em duas dimensdes, mas pode ser generalizada para trés dimensdes. Neste caso, a fungdo w sera uma fungdo de trés varidéveis, isto é, w = f£(x,y,z) , a qual nado poder4é ser graficamente representada em um sistema de coordenadas retangulares. Importantes conclusées podem ser tiradas da definicao de derivada direcional como o produto escalar entre o gradiente de £ @ um vetor unitario. Vejamos : 1°) Se o Angulo @ entre os vetores Vf e Gi 6 zero, entdo a derivada direcional ser4 m4xima , e sera igual ao médulo do gradiente, isto é DoE xey)= [WE| [| cos 0” Daftar y fae = [PE] 5/5 VURARERELEHSREA ELAR GRO RA ARTA EERE H ROCK ROARK eee eee eee teak UU k kaka Matemética Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch 2°) - Se 0 Angulo ® entre os vetores Vf e i for 180°, entdo a derivada direcional tera seu valor minimo e seré igual a menos o médulo do gradiente, isto é D,flx, y) = |¥4| [a] cos 180° Date vibe = — 3°) Se £(x,y) for uma curva de nivel dada por f(x,y) =k, e @ um vetor tangente a curva de nivel, entdo a derivada direcional seré nula. Isto é, VE-i logo Vf sera perpendicular a i, e portanto normal a curva de nivel f(x, y) = Kk. Se a funcio f for w = £(x,y,z) ,ent&o no lugar de curvas de nivel teremos superficies de nivel f£(x,y/z) = k - Resumindo : ¥e aponta na direc&o em que £ cresce mais rapidamente. |¥£| 4a 0 miximo valor da taxa de variacao da funcao f - -|¥e | a4 0 minimo valor da taxa de variagao da fungao f. ¥£ xepresenta um vetor normal as curvas de nivel ou as superficies de nivel. Exemplo 10 : A temperatura de um ponto (x,y) de uma placa metélica é : xy ey = eer er a) Encontre a taxa de variagéo da temperatura em = (1,1) na 5 diregao do vetor 4=2i-j - b)Uma formiga em (1,1) deseja se deslocar na diregao em que a temperatura cai mais rapidamente . Encontre o vetor unitario nesta diregao. 5/6 ‘Matemética Aplicada Il-UFRGS Irene Strauch Exemplo 11 : Em uma certa montanha, a elevacdo z acima do ponto P(x,y) localizado em um plano horizontal que esté ao nivel do mar é = 2=2000-2x*-4y?_(m) © eixo x aponta na diregéo leste e o eixo y na diregdo norte. Um alpinista se encontra em (-20,5,1100) . a)Calcule a diregao em que a fungdo z cresce mais rapidamente a partir de (-20,5). b)Se o alpinista usa uma bissola e decide seguir a direc’o nordeste, estara ele comecando a subir ou a descer ? E com que taxa 2 0 gradiente na Fisica . © conceito de gradiente na Fisica esta estreitamente relacionado aos conceitos de campo conservativo e de funcao potencial, de tal forma que também na Matematica se define campo vetorial conservativo. Na Fisica campos conservativos s4o campos que conservam a energia do sistema, isto €, campos onde nao hd dissipacdo de energia quer por atrito quer por efeito Joule. H& uma diferenca de sinal entre as duas definicdes que ser4 comentada posteriormente. Definiggo : A fungao vetorial F 6 um campo vetorial conservativo se existe uma funcao escalar q, chamada funcdo potencial , tal que = Vo (9) 3/7 TUCCHERCEAOC TOTO OROCRAE RRR E ROAR OREO ORK A RTA, Matematica Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch Assim, dada uma fungo potencial (x,y,z) ou uma fungao potencial do tipo g(r), basta calcular o gradiente para encontrar o campo vetorial conservativo associado a @. Se g @ uma fungéo explicita de x,y,z entao é Peo reer Emly) = git ate Se @ 6 uma fungdo implicita de x,y,z através de m= jx +y' +7, isto 6, @(r)= @(xr(x,y,z)) entéo 6 necessdrio usar a regra da cadeia para calcular o gradiente de @. Potenciais desta forma sd ditos potenciais centrais. CAlculo do gradiente de potenciais centr Usando a regra da cadeia para cada uma das derivadas parciais que compdem o gradiente temos : oni Pe) oc tel nite yee eet) ace jax] eee SE ewe ty +28 = 9 [Zee ty + cy 4ox Lembrando que r = jx +y* +z, podemos simplificar a expressio acima e escrever dor) _ ote), ox r De maneira andloga podemos expressar as demais componentes do gradiente de 9 : a ete, a a _ ote, ey r az © Somando estas trés derivadas temos finalmente o grad@ (x): For) -2O (at + 542k) ou f For) = et WE ou ainda a g't)é (10) Muitos modelos de potenciais fisicos s4o centrais, e esta ltima f6rmula acima nos fornece o campo gradiente com apenas uma derivagdo . Assim, sempre que vocé estiver diante de um 5/8 ‘Matemética Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch potencial central dé preferéncia a esta formula simples que é facil de ser memorizada se vocé associar o operador del com a derivada na direcao radial. $6 para ilustrar, é interessante saber que muitos potenciais na teoria eletromagnética sao expansées de poténcias de r do tipo : a) =o De ‘tal forma que : Voir) = nr? Observar que se usou a ‘velha’ regra de derivada de poténcia acrescida de carater vetorial. Exemplo 12 : Calcule o campo conservativo associado ao potencial central er) zs r Onde mais aparece o gradiente de campos escalares ? HA trés leis empiricas conhecidas como Lei de Fick, Lei de Fourier e Lei de Ohm que se expressam em termos de campos gradiente. Estas leis, como veremos, guardam uma certa analogia entre si, pois regem os chamados ‘fendmenos de transporte’ da Fisica . A Lei de Fick rege o transporte de massa , a Lei de Fourier 0 de calor e a Lei de Ohm o de carga. Vejamos como se expressam : F(x,y,2,t) = — DVp (x,y,z,t) G(x,y,z/t) = - «VT (x,y,z) T(xry,z,t) = - oV@ (x,y,2,t) 5/9 HAR AAAAAEDARRARARRARAD RRA TRS RARRAA CACAO RAGA DUET ER ERs eee eee ee ‘Matemética Aplicada Il - UFRGS. Irene Strauch Observe que as trés leis relacionam um campo vetorial com o gradiente de um campo escalar. A 1* 6a Lei de Fick que rege a difusdo de substancias em meios continuos, tal como a difusdéo da fumaga no ar, a difusdo de neutrons, ou a difusdo nos processos quimicos . A funcg&o vetorial indicada por J 6 chamada de densidade de corrente. J & um vetor na direg&o do escoamento e de médulo igual A quantidade de substéncia que atravessa uma unidade de rea normal a diregso do escoamento, na unidade de tempo. Sua definigdo matematica é : I= pt ‘i onde =p (%¥r2,/t) € 0 campo escalar que descreve a densidade do fluido'e % = %(x,y,z,t) © campo vetorial que representa a velocidade do fluido. A constante D, €-a chamada constante de difusdo e depende do meio. A 2° expresso é a chamada Lei de Fourier e rege a condugdo térmica. A fungdo vetorial indicada por @ 6 chamada de densidade de corrente de calor e é definida por : onde Equacao do calor V?@=0 ——» Equagdo de Laplace Regime estacionério ou permanente: Entende-se por regime estacionaério (steady-state, em inglés) o escoamento de um fluido cuja densidade nfo depende explicitamente do tempo, isto é GF (12) Neste caso a equacdo da continuidade se reduz a : Vd t (13) 6/4 A pUURUaLLEAD PRUUUUEL EO Matemética Aplicada lI UFRGS Irene Strauch No caso de fluidos incompressiveis (como os liquidos) a densidade p € uma constante po , € a equagéo da continuidade do regime estaciondrio se reduz a : Ve pov 1 Ss S « aay Logo a Esta Ultima forma da equagao da continuidade 6 conhecida como condigéo de incompressibilidade dos fluidos em regime estacionario e 0 campo de velocidades 4 @ dito solenoidal. Assim, na Mec&nica dos Fluidos em regime estacionério teremos v.3 = 0 para fluidos gasosos e vapores, ¢ @ = 0 para liquidos de densidade constante. Todas as conclusées acima so vdlidas desde que o escoamento do fluido se dé em uma regido livre de fontes ou sumidouros de particulas. Cabe a pergunta : 0 que acontece se, no regime estaciondrio, houver fontes ou sumidouros ? Neste caso a equacdo da continuidade ficara v.540 Se V.d > 0 —* haverd fontes. se V. <0 ——» haverd sumidouros. Exemplo 13 : Verifique se esté livre de fontes e sumidouros 0 campo J dado por F-w-wity-yit+e-vk 6/5 Matematica Aplicada = UFRGS ~———Irene Strauch Rotacional de um campo vetorial_: seu significado, suas aplicagées. J& foi visto uma representagio gréfica de um campo vetorial que da idéia de giro, de rotagdo. Todos estdéo lembrados do campo de spin dado por Fay)=-yitxj . Mostramos que este campo poderia ser uma representagao do campo de velocidades ¥ das particulas de um disco rigido em rotagéo no plano xy com velocidade angular =a, k. Calculamos o campo de velocidade e encontramos Vey) = acyl tx) - Vamos agora calcular o rotacional deste campo de spin, isto é: air aa Se oe ay a” eae 4 e me aoe Assim, Vx¥=26 ou Nae Campos vetoriais cujo rotacional é diferente de zero s40 ditos campos de vértice (vortex, em latim). Assim, 0 campo de velocidades de um corpo em rotagéo é um campo de vértice e no exemplo acima o rot¥=Vx¥ d4 duas vezes a velocidade angularé. Como se vé, o rotacional de um campo ‘medira’ a capacidade de giro deste campo. Agora € o momento de entender o significado fisico da formula Tab (8): VxVE ou rot(grad f)=6. Vimos que campos conservativos sao campos gradientes, isto é, ‘Vp. Assim, o que a Tab(8) estA nos dizendo é que os campos conservativos s40 campos irrotacionais. Conhecemos--os—campos~conservativos~dados-pela-Lei-da~Gravitagao— Universal e pela Lei de Coulomb. Estes sao, pois, campos irrotacionais, ou em outras palavras nada giraré sob a acao exclusiva destes campos. 6/6 TTT TETRA ERS R OTRO ORR A AAA A ARTA STATS VALU) ALLL Matematica Aplicada I—Area I 4 Lista de Exercicios Aplicagao dos Conceitos de Gradiente, Divergente ¢ Rotacional 6. [1] Mostre que se Fé um campo vetorial conservativo, entio Vx [2] Dado o campo vetorial regido pela lei inverso do quadrado F =k r coordenadas cartesianas, mostre que: @V-F=0 , fix0. & VxF=0. k © m= a fungo potencial associada ao campo iE [3] Uma particula de massa me velocidade 7 ¢ atraida para a origem por uma forga central dada por E(F)=f (OF. Mostre que o momentum angular L=¥xm¥ é constante, isto & a dt [4]Use a equagdo da continuidade para mostrar que para um fluido incompressivel ¢ em estado estaciondrio o campo de velocidade V étal que V+V=0. [5] O escoamento de um fluido incompressivel e estacionério é regido pelo campo vetorial. ¥ Verifique em cada caso, se hii fontes ou sumidouros em alguma regio do espago: (@) V=(x+y) i-x]j+x’senyK —@) V=xy i-xyit yk ov +yj+7k [6] Supondo que um flufdo gira como um corpo rigido com velocidade angular d=, k mostre que @=>rot7 a [7] Bm cada caso é dada a velocidade ¥ do movimento estaciondrio de um fluido. Encontre Vx ¥ ediga seo campo V 6 um campo irrotacional ou um campo de vértice: 2yi + 2xp @v=y7i xi + 2yj ) ¥ @y [8] Um campo central dado por F(f) = £(4)f € irrotacional? [2] Qual a lei da Fisica que esté por tris do conceito de campo conservativo? [10] Discuta o significado fisico da equagao da continuidade. Matemética Apicada Il UFRGS Irene Strauch Exemplo 14: Mostre que os campos inverso do quadrado sao irrotacionais. Exemplo 15 : A forma diferencial das equagdes de Maxwell num espago livre de cargas e correntes é dado pelo conjunto de equagées : ala TAB(S) Ane, Amey 1 of-3e het +3r7]=-3 vee 0: rey r Assim, rigorosamente falando n4o poderemos usar o teorema da divergéncia para calcular o fluxo, exceto se a regiao limitada por § nao incluir origem x = 0. Esta dificuldade foi contornada por Gauss, que construiu uma superficie esférica de raio ‘a’ centrada na origem, na qual o raio 6 suficientemente pequeno para que a esfera fique inteiramente dentro da regio envolvida por $. Chamaremos esta esfera de superficie S, . A regido V compreendida entre S e 5, é pois, uma regido multiplamente conexa , ou seja o volume V contém uma cavidade interna.( Ver figura abaixo. } R 9/4 ‘Matematica Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch Da mesma maneira que se pode aplicar o teorema de Green 2 regides multiplamente conexas no plano (regiées com cavidades internas), também é possivel aplicar o teorema da divergéncia para volumes no espaco 3-D com cavidades internas, desde que a integral de superficie fechada abranja toda a fronteira, sendo a fronteira externa orientada para fora e a fronteira da cavidade interna orientada para dentro. Assim: [Joi Bav- fB-nas+ ffE-aas-0 , reo Conseqiientemente, 0 calculo do fluxo ® através da superficie genérica S$ ficou reduzido a menos o fluxo através da superficie esférica $,. Esta superficie S, é representada pela equagao r=a, seu vétor unitdrio normal aponta para dentro de S$, e € dado por Ro longo da superficie S,, 0 integrando deve coincidir com os pontos da superficie, isto €, os pontos tais que gfe nas - -( ade- Lat =2 , c.gd. & Em resumo : A lei de Gauss para campos elétricos afirma que o fluxo ® para fora através de qualquer superficie orientavel fechada S$ que circunda a carga q é © = ff£- i as Esta lei, juntamente com a lei de Gauss para o magnetismo e as leis de Faraday e Ampére forma um conjunto de quatro equacées conhecidas como as equagées de Maxwell. 9/5 LAL. COORDENADAS CILINDRICAS 5 ESFERICAS a) Coordenadas cilindricas : p,¢,z b) Coordenadas esféricas : r,6,¢ Matemética Aplicada lI -UFRGS lene Strauch Andlise Vetorial : 10° aula © Teorema de Stokes : Vimos que o teorema da divergéncia relaciona o fluxo do campo F através de uma superficie fechada com a divergéncia de F através do volume limitado por esta superficie. Pois agora, encerraremos a AnAlise Vetorial com o teorema de Stokes, que relaciona o fluxo do rotacional do campo F através de uma superficie aberta com o trabalho realizado por F ao longo da curva que limita essa superficie. Este teorema tem grande utilidade na Mecanica dos Fluidos e no Eletromagnetismo e por envolver o fluxo do rotacional esté relacionado 4 capacidade de giro dos campos vetoriais. © teorema de Stokes 6 a versdo 3-D do teorema de Green, visto no CAlculo Ir. Contrariamente ao teorema da divergéncia, no teorema de Stokes as superficies orientéves S sdo abertas e limitadas por curvas fechadas, as curvas contorno C. Precisamos pois, orientar também as curvas C. Supondo que as superficies estejam orientadas para fora, entdo temos duas possibilidades para a orientacio de C. Se um observador se desloca ao longo de C, deixando a superficie a sua esquerda, diz-se que C esté orientada positivamente. Se o observador deixa a superficie a sua direita, entao C esta orientada negativamente. Estas duas possibilidades de orientacao so mostradas na figura abaixo. Enunciado do Teorema de Stokes: Seja S uma superficie orientada , suave por partes, limitada por uma curva C, fechada, continua por partes, orientada positivamente. Seja o campo vetorial Fix, ye 2) = £8 yr 21 + ole ye 21) + lee ys 2k cujas componentes sao continuas, de derivadas parciais de 1° ordem continuas em aiguma regiao aberta contendo S, entao SFist all Voce ara a3 10/1 LUAU COCO O CCC M eee eee eee eee ert ea cere ace aie encanta ney nae ae eee cc Matemétca Aplicada ll- UFRGS Irene Strauch Comentarios: Se F for um campo de forcas, ent&o o teorema de Stokes afirma que o trabalho realizado pelo campo de forgas F ao longo de um caminho fechado C @ igual ao fluxo do rotacional de F através da superficie aberta S, limitada por C. De Se 0 campo de forcas for um campo conservativo, isto é,VxF = 6, entSo 0 trabalho ao longo do caminho fechado C é nulo. Ou seja o teorema esté coerente com a definigdo de campo conservativo. Se F for o campo de velocidades % de um fluido incompressivel em regime estacionario, entéo a integral de linha $@ - dz ,define, como j4 vimos, a circulagdo de @ ao longo de C. Neste caso, a circ ¥ € igual ao £luxo do retacional de ¥ através de S. Muitos autores, atribuem um significado fisico ao rotacional de um campo de velocidades a partir do teorema de Stokes. Consideram 0 m4ximo valor do £fluxo do rotacional de ¥V, isto é, quando rot e ji Séo paralelos, e tomam um valor constante para rot? rot¥(P9). Assim a integral do fluxo se reduz a uma integral dupla de superficie, dando a 4rea A da superficie. Consequentemente “ J “ “ 1 rot Loe ia als , ov seja o rot% (P. ) € visto como a ‘densidade de circulagao de % em Po ’. Ou ainda, em cada ponto do escoamento de um fluido em estado estacionério a densidade de circulacdo m4xima ocorre na diregao do rotacional. & usual aqui, mencionar a situagdo de uma roda-d’4gua imersa num fluido de modo que o pivé seja o ponto Po, entéo as pas giram mais rapidamente quando o eixo de rotagao estiver alinhado com rot¥ (Po),conforme figura abaixo. Apés estes comentarios com relagao aos possiveis significados fisicos contidos no teorema de Stokes, voltemos 20 seu enunciado, com vistas aos cAlculos. 10/2 Matemética Aplicada lI-UFRGS Irene Strauch & importante reconhecer que h4 um atalho embutido na afirmagdo matematica do teorema, qual seja, se Si e¢ Sz forem duas superficies com a mesma curva contorno C, com orientacao positiva com relacdo a S$, e S: , entao f[¥xt- ads - f[VxF- nas 5 = Como vdrias superficies podem ter a mesma curva contorno C , a idéia é escolher a mais simples com vistas a integracao de superficie. Ilustramos, na figura abaixo cinco superficies que possuem a mesma curva contorno C : © paraboléide, o cone, o hemisfério , o cilindro e o disco, todos circulares. lista . Vamos ilustrar esta situagdo como exercicio n°2 da 7 Dado F = 4yi+xj+2k encontre ff¥xF+fids através do ran ze. hemisfério x* + y? + H4 trés maneiras de fazer esta integral : 18) Realizar a integral como a integral de fluxe através de uma superficie aberta. *)Usar o teorema de Stokes e calcular pela integral de linha. 3)Usar o atalho embutido no teorema de Stokes, calculando o fluxo através da superficie mais simples contornada por C :0 disco circular dado pela equa¢gao t+yaa. Esta superficie mais simplés é 0 disco circular, com vetor normal i= k . Optando pelo atalho temos: Logo, 10/3 Matemética Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch Este resultado foi obtido substituindo o hemisfério pela superficie mais simples limitada pela circunferéncia, que é 0 disco circular de raio a. Vamos, agora, fazer o exercicio n°3 da 7° lista : Use o teorema de Stokes para calciilar o trabalho realizado pelo campo de forcas fF = xl + 4xy°j+y*xk ao longo da curva C , que limita o ret&ngulo no plano z = y, mostrado no grafico dado a seguir. MUU 2 aan Observe a regido de integracéo e veja que esta ndo possibilita construir uma superficie mais simples limitada por C. Mesmo assim, ainda sera mais répido calcular o trabalho pelo teorema de Stokes do que pela integral de linha, uma vez que a curva C é uma curva continua por partes e teriamos quatro integrais de linha, isto é §-fefepes an Usando pois, o teorema de Stokes, precisamos calcular o rotacional de F e montar o VG. Assim, ieee | Quon a te cage xbal[2 2 2). ayi yi + aye ae bag ESE vi — v4] + ay’ pe? xy? y*x| v 10/4 xF + Vo an = [f(y + 4y’) aa Zembrando que a regido R € o retangulo 0 Lei de Gauss do Magnetismo a) xe =- B => Lei de Faraday 4°) Vx B= pod +. Hobos. => Lei de Ampére-Maxwell Dedugdo das equagées de Maxwell na forma diferencial: A 1° equacdo diferencial € obtida usando o teorema da divergéncia na forma integral da Lei de Gauss, lembrando que a carga q deve ser expressa em termos da densidade de carga p como a= fff pave: ities ates few a av Igualando os integrandos das integrais de volume , obtemos a 1° equagao de Maxwell na forma diferencial: (E interessante relacionar a existéncia de divE#0 com a existéncia de fontes, conforme vimos a partir da equacao da continuidade.) Usando agora, o teorema da divergéncia na forma integral da 2° equagao de Maxwell e lembrando que ela expressa a auséncia de fluxo magnético através de uma superficie fechada, entaéo a forma diferencial fica: v-B=0 a qual expressa matemSticamente o fato de que até hoje nao se constatou a existéncia de monopolos magnéticos na natureza- Para obter a 3* equagdo, usaremos o teorema de Stokes e assumiremos que as varidveis temporal e espacial dos campos s30 independentes. 10/7 = = = Matemétca Aplicada ll -UFRGS rene Stach Parte-se da lei de Faraday na forma integral, onde o fluxo magnético ®y através de uma superficie aberta é = f[B-fas - Assim + cds , 2B -aas=--ff fJ¥x8- nas -- tas ae onde a dltima igualdade expressa a independéncia entre a varidvel tempo e as variaveis espaciais. Compare 0 lado esquerdo com a tltima igualdade da direita . Como as integrais de superficie sdo iguais, entéo os integrandos também sdo iguais, isto é : vxE ou seja o campo elétrico B sera um campo de vértice desde que os campos de indugdo magnética B variem com o tempo. © procedimento para deduzir a 4* e ultima equac3o de Maxwell € andlogo. Parte-se da Lei de Ampére-Maxwell, onde o fluxo elétrico ®; através de uma superficie aberta , € @ f[®- as © a corrente elétrica i, 6 oda Assim: E+ i ds [ors nan fT F seme lf Como todas integrais acima s4o integrais de superficie, entao esta igualdade se mantém para seus integrandos, isto é, Vx bend ems S A Concluimos 4 dedugio das equagdes de Maxwell , e com isso finalizamos a apresentagdo dos conteédos da 4rea I de nossa disciplina. 10/8 Maremarica Apuicapa t—Anea L 7 sittima) Lista Integragio Vetoriat: 0 Teorema de Stokes {1 Dar significado fisico do Teorema de Stokes contemplando os conceitos de trabalho ¢ de cicculacdo. sig simples de ealeular 0 fluxo do rot F(=VxF]) [2] Dado Foay 7 +x}+2zh encontee 2 mancira através do hemisfério x*+ y+ 2 =a". 220. R:-3xa" [3] Use o Teorema de Stokes para calcular o trabalho 1 realizado pelo carmpo de foreas Jest 44y?] +y'xk a0 longo da curva C que limita 0 rexéngulo no plano z= y, dado pelo gréfico 20 lado R90 [A Calcule a circulagao do campo de velocidade ¥ = 3c +4x] +2yk a0 longo da curva C que limita paraboléide c= 4 -x*—y*, 220. RAG {5} “0 Teorema de Stokes & uma extensto dé Tedrema de Green para 3~ D, envalvendo superficie $e sus curvas limites C no lugar de regides planas R limitadas por curvas C." S-3) Mostre que se Fx.y)= sey) P+ e( ED De ea a+ D? + D3 +...) Aplicando estas séries em x* © usando a regra Dx" = nx", temos: (D-1) Diminuindo um termo do outro, encontramos finalmente a solucao da ED, isto é yoy) = det 4 3x 2 5 2 pier’ a qual pode ser testada por substituiggo na ED dada. Pois bem, esta € uma répida visio do espirito do CAlculo Operacional aplicado a uma equagéo diferencial ordinaria 2 coeficientes constantes. Neste exemplo, foram usados 1/3 Matomética Aplicada Il- UFRGS lrehe Strauch Procedimentos meramente algébricos, transformando um Problema do cAlculo diferencial em um problema algébrico. Este método ngo faria sentido dentro da teoria formal do CAlculo. Contudo veproduz o mesmo resultado. £ portanto, um método operacional. (& a Matem4tica Experimental de Heaviside ). Aplicando esta idéia a Transformada de Laplace, esta passa a ser wma método de reduzir uma equagéo diferencial € suas condicges iniciais a uma equagao algébrica. Na Transformada de Laplace, este processo conaiste de trés etapas fundamentais : 1") Transforma-se um problema de valor inicial em uma equacac algébrica, chamada de equacio subsididria. 2") Resolve-se a equagéo subsididria por Procedimentos algébricos. 3") 4% solugéo da equagéo subsidiaria 6 transformada de volta afim de obter a solugao. do problema. com a ajuda de TABELAS, que integrais, Esta Ultima etapa é feita pada mais s4d que tabelas de conforme veremos mais adiante. Pefinicao de Transformada de Laplace Seja f(t) uma fungado definida para t20 + Multiplica-se £(t) por e“* -| sendo-8>0, © integra-se com relacéo a t de 0 a wo Se esta integral existir, entéo ela seré uma fungSo de s, isto F(s) = fat) eat Matematica Aplicada I! UFRGS Irene Strauch A fungéo F(s) € chamada de Transformada de Laplace, ou integral de Laplace . Notagado : £ usual a seguinte notacao Lf}, onde £(t) 6 a fungao original e £ € 0 operador Transformada de Laplace. F(s) A operacao inversa que recupera a funcdo original £(t) é chamada de Transformada Inversa ou simplesmente Inversa: 27 FO} = 27 eo} = £0) Adotaremos a convengéo de usar letras mintsculas para as fungées originais f(t), g(t, h(t), y(t), x(t), ete; e. letras maitsculas para as respectivas fungdes transformadas F(s), G(s), H(s), ¥(s), X(s), etc. Esta € a convengéo adotada nas edicées mais modernas, contudo ha livros mais antigos que adotam notagées diferentes. Comentarios : No nosso estudo de Transformada de Laplace assumiremos que a variavel s é real. Contudo em aplicagées mais avangadas s podera assumir valores complexos. Neste caso, a. restricio s>0 da definigao de Transformada de Laplace, fica Re(s}> 0. Também , em certas aplicagses, € definida a Tansformada de Laplace Bilateral, quando entdo a integral em t, vai de -w a ta. Assim, tanto a ‘Transformada de Laplace Bilateral como a Unilateral sdo integrais impréprias e em vista disso precisamos atentar para os processos de limite que decorrem da integraco . Felizmente, como veremos, s40 poucos os casos em que, efetivamente precisaremos calcular a integral para encontrar uma determinada transformada. Da mesma forma , outro aspecto, que num estudo mais rigoroso, deveria ser considerado, € a condigdo de existéncia desta 1/5 Matematica Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch integral imprépria. E de se esperar que existam fungSes para as quais a Integral de Laplace diverge para s>0 ; em outras palavras, estas fungées no possuem Transformadas de Laplace. £ © caso da fungdo e”. Esta fungdo cresce mais rapidamente que uma fungaéo et. Felizmente, na maior parte dos problemas prdticos, estaremos tratando de fungées para as quais existe a Transformada de Laplace. Por.outro lado, nao hd nenhuma restricdo matematica com relagéo as fungdes continuas por partes, ou seja podemos calcular Transformadas de fungdes continuas por partes . Esta é a grande vantagem do método, pois, as entradas de forcas elétricas ou mecanicas em sistemas fisicos ocorrem, na pratica, de forma descontinua. Tabela de Transformadas de Laplace : Apresentamos, a seguir, a Tabela que usaremos no nosso curso . Para usé-la de forma eficiente é necessaério que entendamos como est4 organizada e como cada uma das férmulas que ai aparece é obtida. Na coluna da esquerda estéo as funcgdes. transformadas e na da direita as fungSes originais. Observar que a tabela serd usada nos dois sentidos. Da esquerda para a direita para achar a fungao original conhecida a sua Transformada, edasdireita para @ esquerda, para achar a ‘Transformada conhecida a fungdo original . Deduggo de algumas transformadas usando a definicao Iniciaremos o estudo da ‘Tabela deduzindo as férmulas TAB(1),(2),(3) e@ (7) usando a definicio de Transformada de Laplace. Como vocé observou nossa Tabela possui 43 férmulas, mas ndo se assuste. Veremos que h4 propriedades gerais que nos permitirao justificar cerca de 808 das formulas desta Tabela. 1/6 Matemética Aplicada ll - UFRGS Dedugdo TAB(1): f(t) = 1 ripeor Retell eas dt =T onde se usou lime = 0 Dedugao TAB(2): f(t) = t Prey Dedugdo TAB(3): Iniciamos coma func3o £(t L(t? )=[ trewtae = - =e - Continuando, calculamos a Transformada para fith=at 3 3 2 Li} = = Lye?) = F Finalmente, por inducto matemética, obtemos a TAB(3): Siem) Dedugdo TAB(7): £(t) = ett Lier h=f e%e“dt @ + 20 e so. 6 f- t20 , a = constante wT ‘Tabela de Transformada de Laplace F(s)=LEf()} F(t) 1 1 t + (@=12,.) > &>0) std T(k) * ace —t (n=1,2, Lyn Gear OTD ane 1 + (k>0) pal Gap #9 mor I yn woe 7). aa”) eaey 0"? aa eine deen o cosat sd senh at a cosh at pens Ea Carta J etsen ot i o Gao < cosat T T sere) commen Fees Zr@r-sen of) ao sirlen ox atcos ot) Grey 20° tae Lsen ot ay 20 F(s) =£(F0), Fa) 3 vor shen a+ evens a) 24 ifaxairieolen pale E Paya oth) ad gaaptoctay 25 : Z i Groen atcosh at— cost sen at) Fad 6 5 shesen at senh at Strat 20 2 sisleenh at—sen at) 28 1 gar loosh at—cosat) 29 Vs-a-Vs-b i 30 |. Voralerb--- - Hae aes 2 31 z Ns? +a Jo(at) s 1 r e% (14 2ar) 2) eae ve 33, Te AE eye (at) ores Jg(eNia) 5 L cos 2k 35 + a Is 1 -senh 2 ie : BA ivf Ve 37 2 ea et, (k> 0) ave 38 tus emery 39 | wit cy = 2 ry eee s #5 es 2 (-cosor) 2 la F(-coshar) AL o. 1 arctg( 1 (2) ae 43 tarecots s SO FangGes especiais: {[e]Fungio de Bessel de ordem zero: [alFungdo Gama pays fereae', 0) cae {b}Funcaa de pa smodificada de ordem “ a =e SEN ge SiI)= {ett ieee Pea Peer ee Irene Strauch Matematica Aplicada il- UFRGS ‘A TRANSFORMADA DE LAPLACE: 2*aula A partir desta 2* aula, imiciaremos o estudo das propriedades das Transformadas de Laplace. Estas irao facilitar em muito a dedugio das formulas da Tabela de Transformadas de Laplace, apresentada na 1* aula. : 1*)Propriedade da linearidade : A transformada de Laplace é uma operacao linear, isto é, se a e b sA0 duas constantes, entdo = Llat(t) + bg(t)} = a L{E(t)} +b L iglt)} Demonstragao: Parte-se da definicao, Llat(t) + bglt)) = fe (afte), + bgit)] dt = maf ecte(tydt + bf et aitidt = al {eity} + PL {o(t)} com esta 1° propriedade poderemos, sem usar a definigdo de T.L., demonstrar onze formulas , quais sejam : TAB(11) (12), (13), (14), (15) ¢ (16) ¢ (19) (20); (24) 4 (27@ (28) - Comecemos pelas TAB(11) e (12). Olhando a..TABELA da direita para a esquerda, fazemos a seguinte leitura 1 ‘TAB (11. Seatac ra #b (a1) iets Deana mayeab aé eu bet - eo (a-b) (s-aX(s—8) Apliquemos a 1* propriedade ao lado esquerdo da igualdade acima, ou seja a Transformada de vma soma € a. soma das Transformadas. Cada uma das Transformadas é da forma TAB(7),j4 demonstrada a partir da definic&o de T.L. Assim, temos 1 a-b 1 Peete rere shoe mee 2 a (ete end clean) gael Onl ara beep el Ga KS=B) ‘Matemética Apicada ll - UFRGS lene Strauch De maneira andloga, vocé demonstrara a TAB(12). A leitura desta férmula na TABELA, também deverd ser feita da direita para a esquerda, preparando-a para usar a 1* propriedade, ou seja TAB (12) fifa et - bp &} = (ab) —*+ _ a2) ed cl) omen m AS proximas a serem demonstradas sdo as TAB(13) e (14). Como usar a linearidade na Transformada,das fung3es seno e co~ seno? Precisaremos recordar a famosa formula de Euler, que 3A deve ter sido apresentada no CAlcnlo II, no capitulo de séries de poténcias : a e“* = coswt + isenwt e™ = coswt - isewt Estas formulas permitem escrever as fungdes seno e' co-seno como a) 1 (gist — gist, 2i cont = Lieto Demonstraremos a TAB(13) e vamos deixar, a (14) como exercicio para o aluno. Nao se esquega que estamos sempre fazendo a jeitura das formulas da direita para a esquerda. TAB(13) “£2 (senwt) = oe Zisenutj= 2 {eh ~ eS) = fie) — i 2i : = avi ce s+iw-(-iwi iw s-iw s+iw saw Saw 5 4 u TAB(TY——taB(7) asin ariw Analogamente, se demonstram as TAB(15) e (16), basta lembrar as definigées das fungses seno e co-seno hiperbélico: 2/2 ‘Matemética Aplicada ll - UFRGS leone Seach senhat = Fie Se) e coshat = zit +e) TAB(!5) # {senhat} £{senhat} = zt Piet A. demonstragio da TAB(19) seré mais facil ainda, pois j4 conhecemos as Transformadas das fungées 1 e coswt. Vejamos 1 TAB (19) = 2 <0 — ss, Be (19) (2-coswe) = w? a, 1 s saw-s eae - 20-2 i - SS {1 - coswt} = £(1) (CoswE] rrr = eee areca acre carat u y i ma3(1) ma (14) EA Nesta demonstragéo, usamos as TAB(1) e (14); ou seja é a propria "TABELA fornecendo as formulas necessérias - i Olhemos agora a TAB(20). TAB (20) : 2 2 twe-senvt} = => w s(s' + w’) Mais uma vez, usamos a linearidade e formulas j4 demonstradas- Neste caso, TAB(2) e (13), fornecem as Transformadas de.t e@ ' senwt. é Deixaremos como exercicio a demonstragéo das TAB(24),(27) © (28). Vamos agora. conhecer a 2* mais importante propriedade. 2/3 ‘Matemética Aplicada ll-UFRGS Irene Strauch Como nosso objetivo é usar a T.L na solugéo de equagdes diferenciais, precisamos desenvolver a regra para o cAlculo de Transformadas de derivadas de todas as ordens. 2°) Propriedade : Transformada da Derivada Supondo f(t) continua e f(t) continua por partes para t20 entao #Lt£(t)} = 8 L(£(t)) - £(0) Demonstragéo : Vamos considerar “inicialiente, o caso em que £"(t) € continua para t20. * Parte-se da definicdo de T.L. e integra-se por partes, i L(f (ty) = ome ett fr (tydt = fest eit) f + sf em e(tyat es i # a Apenas o limite inferior do 1° termo a esquerda contribui, dando -£(0) , e 0 2° texmo recupera a “T.-L. da func&o f(t) multiplicada por s. Isto é: Lif (t)} = s L{£(t)} — £(0) c.g.d. Se f(t) for continua por partes, entdo o intervalo de integracdo deve ser fracionado em partes -tais que f’(t) seja continua em cada parte. Para obter a T.L. da derivada segunda aplica-se a regra da derivada primeira, ou seja LUE (ty = se (Er (t)} - £°(0) = s [9 (£(t)}-£(0)]} - £° (0) Lif" (t)} = s*L(£(t)} - s £(0) - £7 (0) Similarmente LE (t)} = 9° (£(t)) - s? £(0) - 8 £7 (0)-£77(0) 2/4 as Matemética Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch E por indugdo matem&tica se chega 4 uma expressdo geral para a Transformada de ordem n, L4£™(t)} = 8” L{£(t)} — s™? £(0) - s™?£" (0) - .....-£°" (0) Observagio: Esta férmula supde £,f7,f7"...£") fungdes continuas e apenas f!(t) poder ser continua por partes. Exemplo 1. a7 Usar o método da Transformada de Laplace para resolver o seguinte problema de valor inicial, yer (t) + y(t) = t e y(O)=1 py! (0)= 1 2 Vamos destacar as trés etapas do método: 1*) Transforma-se a ED ou, em outras palavras, aplica-se o operador £. em toda a ED, Ly (t)) + Lty(ty} = Let} : Aplicando a 2* propriedade no 1° termo € consultando a TABELA para encontrar £{t}, s*l{y} - sy(0) - y'(0) +f tyh= => Usando a notagaéo £{y(t)} = ¥(s) e cofsiderando as condicdes iniciais dadas, temos a a 2 s'¥(s) - s- 1+ ¥(8) => (s) (eh = 35 Esta € a equacdo subsididria. Caractériza-se por estar no dominio da variavel s e por ser uma equagao algébrica. (Compare com a.ED tratada pelo método operacional, da 1* aula) . Se, a variavel t for tempo, entdo “s sera yma: variavel reciproca, ou seja seraé frequéncia e com isso o expéente dee; seré adimensionai, como deveria ser. Assim, a Transformagéo de Laplace transformou--um, problema definido no dominio do tempo em uma equagao algébrica definida no dominio de frequéncia. : Vamos agora & 2° etapa. 2°) Resolve-se a equacéo subsididéria , por'métodos algébricos, é légico. s 2/5 Matematica Aplicada il - UFRGS Irene Strauch (s? + ays) = 24541 ou 3 frie deere) 1 s(s' + 1) eal Sere, X(s) = 3*) Procede-se a Transformacéo Inversa, afim de recuperar a fungao original y(t), solugdio do nosso problema, 1 =} + sis? +1) y(t) -274¥(s)} = 27 — a hora de consultar a TABELA pela esquerda, procurando as fungdes de s e identificando as respectivas fungdes de t na direita. Assim, devemos fazer a seguinte leitura da TABELA: A i 2 Mss) = (t-sent => TAB(20), cont w = 1 ss ray ieee, aie eat = cost > TAB(14), com w = 1 el 2 Ms=—)} = sent > Tab(13), com w = 1 Finalmente, a solugdo procurada € y(t) =f - sent + cost + sent = t + cost Se vocé lembra como procedia para resolver um problema’ nao homogéneo como este, hé de concordar com pelo menos duas grandes vantagens do método da T.1. quando comparado com o8 deiais, quais sejam a)Nao ha necessidade de encontrar a solugdo geral da homogénea associada. b) N&o ha necessidade de calcular as constantes arbitrérias. 2/6 Matemética Aplicada l- UFRGS rene Strauch A Fungdo Transferéncia Nas aplicagdes, 6 usual definir na 2* etapa do método a chamada fungao transferéncia . Vamos ver como ela aparece. Para tanto tomemos um problema genérico de valor inicial yit + ay’ + by = r(t) y(0) = Ko y?(0) = Ky , onde a, b, Ky, Ky so constantes. A fungao r(t) 6 chamada de entrada do sistema (forga motriz aplicada) e y(t) € a saida (resposta)do sistema. No dominio de freqiéncia s , temos a equa¢io subsididria.i ¢ E (s*.8 as + b)¥(s) = (s + a)y(0) + y’ (0) + Ris) - onde R(s) = £ {xt}. A Fungéo Transferéncia é definida como 1 eee oe Ss +as+b Em termos desta fun¢gao podemos escrever ¥(s)=[(s + a)y(0) + y’ (0)10{S) + R(s)Q(s) R(s)Q(s) ou, Q(s) € 0 quocienté Se y(0)=y’ (0)=0, entao ¥(s) _Xs) _ _£ {saida} 8) "50 fentrads) Esta Ultima formula justifica o nome de fungéo transferéncia ~ para Q(s)- 2 2 No Exemplo 1, a funggo transferéncia € 1 i as) = so 8 2/7 Matematica Aplicada ll - UFRGS rene Strauch Uso da 2° propriedade para calcular T.L. Exemplo 2 : Use a 2* propriedade para calcular a Transformada de £(t)= tsenwt . £/(t) = senwt + wt coswt £1" (t) = weoswt + wcoswt - wtsenwt Nesta altima derivada voltou a apdrecer a fungao f(t)= tsenwt . Isto nos sinaliza que poderemos aplicar a T.L. na f’’ , ou seja Of (t)} = 2w 21 coswt} - w L¢£(t)} Usando a 2° propriedade no lado esquerdo desta expressdo, e lembrando que £/(0)= 0 e £(0)= 0 , obtemos s s? L{f(t)} = 2v == en = Soe ere LECH, oc ou (s? + w? )2{£(t)} = aw —S ou e407) 5 #{tsenwt} = 2w =—— u re Concluindo: acabamos de demonstrar a TAB(22). Use esta mesma técnica para calcular £{tcoswt}. Apos, use o seu resultado para deduzir a TAB(23). 2/8 [1] Use a definigao de Transformada de Laplace para encontrar a T.& das fung MATEMATICA APLICADA II-AReA It I" Lista de Exerefcios: Transformada de Laplace Definigio, Propriedade de Linearidade, Uso da Tabela Ses cujos gréficos sao: fal ” {bl fel wo) so) RB: 4 (i-e) (@] Use a propriedade de so constantes): jee a tabela para encontrar aT. & das seguintes fungies (a. b, we @ fal 3244 Rea z fb] P+ar4b lel a+b)” Tal costar 6) scos 0-@ sen 0 +a Pll +eoe 2a) ZF 4R Qe 4a Ta] Dado F(G) use a tbela para encontrar /(@) hs 1 fl F@)=5 1 F@=s45 Rae RE sent s-4 lel = 3g Re cos 2t=2 sen 2 R: cos ttsent fh] FQ)=44+545 (a, a6 4 sio constantes) | (@'¢ @ sto constantes) e R: sen(1 Rgtatta £ ee Th Matemética Aplicada ll - UFRGS. . Irene Strauch A TRANSFORMADA DE LAPLACE : vamos dar seqiiéncia ao estudo das propriedades da Transformada de Laplace, apresentando a 3* propriedade. Esta propriedade é conhecida como deslocamento no eixo s. Por deslocamento no eixo 8 estamos querendo dizer, que estaremos substituindo a variavel independente s, pela varidvel s-a ou pela varidvel sta . No 1° caso, 0 gr4fico da funcdo F(s) sofre uma translagéo a direita e no 2° caso, uma translagdo & esquerda . A figura abaixo ilustra esta nomenclatura ‘deslocamento’ A direita e A esquerda no eixo s. 3*) Propriedade: Deslocamento no eixo s se F(s) @ a Transformada de £(t), entéo Fi(s-a) sera a Transformada de e™ f(t), isto € £4 e £(t)} = F(s-a) , sa ou, se tomarmos a Transformada Inversa de ambos, os lados, et f(t) = 27 (F(s-a)} Demonstragao: : Obtém-se F(s-a) substituindo s por s-a na definicdo de T.L., ou seja Fis) = ome est £(tydt fo SE (sca) (ene ae (tydte = Q = fem fe £(tyjat = 2fe™ £(t)) - com a condigao s>a ,que garante a existéncia da nova T.L. Para demonstrar a Inversa é s6 aplicar o operador £* em ambos os lados da igualdade acima. 3/i Matemética Aplicada I -UFRGS rene Strauch Comentarios : Esta propriedade 6 muito importante na téoria de sinais elétricos. vamos assumir que os sinais elétricos sejam representados por fungées no dominio do tempo . Sabemos’ que a T.L. de uma fungao no dominio do tempo nos d4 uma fungdo no dominio da freqléncia . Supondo que conhegamos a T-L. F(s) de um dado sinal f(t), e estamos diante de um analisador de freqiéncia © percebemos que 0 gréfico de F(s) na tela sofreu uma translacao a direita .Poderemos concluir com base na 3* propriedade que ela €aT.L. do sinal £(t) amplificado por e* (a>0). Por outro lado, se F(s) aparece a esquerda, entao cdncluimos que a funcao original est4 atenuada ou amortecida por e** (a>0). Uso da 3% propriedade para justificar férmulas da TABELA: Atentar para a coluna da direita da Tabela e identificar as fungdes f(t) que estado multiplicadas por e* . Vocé selecionaré: TAB(7), (8), (9), (10), (17), (18), (25), (26). Tomemos a TAB(7), que inclusive. j4 demonstramos usando a definigao de T.L. Temos agora uma outra maneira de demonstra-la usando a 3* propriedade, que basicamente consiste em substituir 8 por s-a na TAB(1). De maneira andloga teremos : TAB(8) <= TAB(2) TAB(17) <= TAB(13) TAB(9) <= TAB(3) TAB(18) “<= TAB(14) TAB(10) <= TAB(6) TAB(25) <= TAB(13)+TAB(14) TAB(26) <= TAB(13) A leitura que vocé. deve fazer das relagdes acima 6 que, por exemplo, a TAB(8) 6 obtida substituindo s por s-a na formula TAB(2). Da mesma forma as demais. Assim j4 somam 25 formulas da“TABELA ‘que conseguimos ‘desionst rar. Vamos ver alguns exemplos de aplicagaio da 3° propriedade. 3/2 Matemética Aplicada Il - UFRGS Exemplo 3. Encontre a T.L. de Encontre £(t) dado trene Strauch a)£(t)= senht cost ; b)£(t)= (1+t)? ef c)£(t)= e** coshst aE(s b)F(s)= ¢)F{s)= e+ a(s+ +9 3/3 Matemética Aplicada ll-UFRGS ‘rene Strauch Exemplo 4: 0 Oscilador Harménico Livre : caso amortecido. Um corpo de massa m é ligado a extreiidade inferior de uma mola elastica de constante k , cuja extremidade superior é fixa. Seja y(t) © deslocamento do corpo de sua® posicéo de equilibrio estatico. Determinar as vibragées livres do corpo, partindo da posic&o inicial y(0) com velocidade inicial y’(0), supondo que existe um amortecimento , conforme esquema abaixo . yo Um OHS livre significa que ndo hé forgas externas atuando no sistema. A equagao do movimento é obtida da 2° lei de Newton Dh- ma . ou seja a soma vetorial das forgas que atuam na massa m deve ser igual ao produto da massa pela aceleragdo 4 do sistema. Neste caso, temos um sistema fisico sujeito a Lei-de-Hooke, a. Em a fungdo n&o est4 definida © possui, neste ponto, uma descontinuidade por salto, chamada descontinuidade ordindria. Esta é, pois, uma fungdo continua por partes“. Usando a ‘notagdo” do Calculo, podemos expressé-la analitica e graficamente, xespectivamente, como ul(t-a) = ou Qires eecral Teta 3/6 Matematica Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch No caso particular em que a = 0 temos: u(t)=0 para t<0 e u(t)=1 para t>0. A funcado de Heaviside, neste caso, € descontinua em t=0 e ndo estaré definida em t=0. A figura abaixo, mostra os gr4ficos da fungdo de Heaviside para a#0 e a=0, tal como apresentado nos livros de Matematica Aplicada e de Engenharia. A obstrvagéo que fazemos aqui , € que este grdfico ndo esta constiwido com o rigor matemAtico do CAlculo I; os gr&ficos nao deverfam incluir o ponto t=a e t=0, respectivamente. Véremos, contudo, que a prépria Matematica Aplicada fornece um Procedimento que justifica a inclusao destes pontos no grafico. Tomemos o gréfico da fungao degrau unitério em a=0. Nas situagdes em que € necessério definir a transicdo 0° a 0* , 6 usual supor que ela ocorre de forma linear; 6 a chamada aproximagéo linear da fungao de Heaviside. Esta aproximacio linear, introduz a fungéo rampa. Esta afirmagdo est4 ilustrada no grafico a seguir. Vamos, agora, usar a funcSo degrau unitario para definir uma fungdo! muito utilizada nas aplicagdes, 6 a fungao pulso, que , faz 0 papel de uma chave . ‘liga-desliga’ (on-off), com amplitude unitdria. Matematicamente, os pulsos sdo expressos ém termos de fungdes de Heaviside por fp = u(t-a) -ult-b) , ab 3/7 Matemética Aplicada Il - UFRGS Irene Strauch Comentarios: A fung3o de Heaviside e a fungao pulso foram Griadas para simular situagdes de laboratério, onde € preciso representar matematicamente fungdes que ‘ligam’ ou ‘ligam— desligam’ forgas motrizes, as quais podem ser de natureza mecanica, elétrica, ou eletromagnética. Assim, multiplicar uma fungdo f(t) por u(t-a) significa que esta fungdo. ser ‘ligada’ em-t=a . Ilustramos abaixo com a fungéo €(t)=5sent ligada em t-0 e desligada em t=2r no 1° grafico e ligada em t=n/4 e desligada em.t>2m, no 2° grafico. Ao expressar analiticamente estas fungées, em vez de usarmos a notagdo do CAlculo, usaremos a fungao de Heaviside u(t-a) ~ Assim, estas fungées so, respectivamente: £(t)=Ssent [u(t)-u(t-2m)] e £(t)=Ssent [u(t-2/4)- u(t-2m)) Exemplo 5. Use a funcdo degrau unitdrio para representar a fungdo do grafico ao lado. Exemplo 6. Faga 0 gréfico da fungao £(t) = 2fu(t)-u(t-*)) + sent u(t-22) 3/8 ‘MaremArica ApLicapA J1—Area II: TRANSFORMADA DE LAPLACE 2? Lista de Exercicios: Transformada da Derivada (2" prop.), Solugio de ED, Deslocamento no Eixo = @" prop.), Fungo Degrau Unitario (Fungo de Heaviside), Deslocamento no Kixo # (4° prop.) oF Gro} A seguir, demonstre a férmula 21 éa, [1] Use a 2* propriedade para demonstrar que Zfrcoso i} Tabela. [2] Use 0 método da T. 2: para resolver os seguintes problemas de valor inicial: [al y” #2y' ty =e" y(0)==1, yO) =1 R: y()=e" (34-1) Tb) y+ y=2e0st YO=3, y O=4 R: y@)=t sen t+3cost+4sen¢ [3] Use a propriedade de deslocamento no eixo 5 para encontrar as seguintes T. 2 (al Zfre"} [b] Z fe7'sen 47} [ce] Z {e" coshse} [a] Z {e™ (3cos6r= Ssen 62)} pe, aaeiaed) . 38-24 "6-37 "445420 * 445440 [4] Encontre (#) dado Z{F()}: us s 45412 ©) pane Oa z Sy asti6 R: esen(n x1) Ri e™"(cost—3sens) _ | Ri e*(Geos4r+2sen4s) | R: 4e (1-1) [5] Representando as fungGes hiperbélicas em termos de fungBes exponenciais e usando a propriedade deslocamento no eixo s, mostre que: (zone ene) s*+ 4a" _De maneira andloga se demonstra que: (s* - 2a”) 2a’: [b] Z {senh at cosat}= Aen 2a) [ce] f{senh at sen gh- staat Pois bem, a partir das igualdades fa}, [b], e [c], demonstre as férmulas (25) e (26) da Tabela. [6] Fazer 0 grifico das fungoes: (a) iI) #2 Wi 3)-6 hia) E 3-3) [TT FED) ue2), para FD) =22 [7] Represente as seguintes fungdes em termos da fungao degrau unitério e.encontre suas T. .Z: fa} {b} {e] {dJ 4 t i : on : + Li | 4 (Fungao periédica) 3 zie R: A(e" = 26" +e" kA “Stairs to the stars” ae Be) ) |e Aft) 3 [8] Use a propriedade do deslocamento no eixo para encontrar aT. Z° de fa] [b} Ad (=) [Sugestao: Compare estes graficos com os graficos [c] e [d] do exercicio [7]. [9] Use a 2* propriedade (transformacao da derivada) para calcular TZ das fungdes cujos grificos sao: fa] {b) r A a 2g-e%) (eee) Observagio: A idéia aqui € estabelecer a relagio entre os grificos acima © os grdficos [7-a] © [7-b], respectivamente, [10] Encontre (4) ¢ faca seu grifico sendo {o(i)} igual a: i 2) a ass R:Yult—2)-1dt~4)] R: (a) ea) R: c0s2(t—n) ult~a) as (ey tee Ge Re sen(e—n) dtm) | R (Nu e—1) + ((-2)ule=2)-3(¢-3)ule=3) + 6i-ule-6) 111] Faga o gréfico das seguintes fungées e encontre suas T. Z: fa) (=a) iia) fe) sent ult—zx) Tb) rute—2) coe) “S41 | Matemética Aplicada Il - UFRGS lrene Strauch TRANSFORMADA DE LAPLACE: 4* aula Vimos pela propriedade do deslocamento no eixo s que se F(s) € a Transformada de f(t), entéo e“£(t) possui a Transformada F(s-a). Agora veremos propriedade do deslocamento no eixo t. 4) PROPRIEDADE: deslocamento no eixo t Se F(s) 6 a Transformada de f(t), entao f(t-a)u(t-a) possui a Transformada e“* F(s). Isto é& (£(t-a)u(t-a)}= e* F(s) Ou, tomando a Inversa em ambos os lados, podemos escrever £(t-a)u(t-a) = £4{ e** Fls)}. Demonstrag& Parte-se da definigao de T.L., ou seja £(f(t-a)u(t-a)} =f £(t-aju(t-aje** dt =f £(t-aje** at Usamos, na 2* igualdade, a definigao de fungao de Heaviside. Faremos, agora, a conveniente substituigdo de varidvel t-a =r ou to=rtae dt = dr , de tal forma que quando t = a, tr = 0 @ quando t30, ro. Assim ££ (t-a)u(t-a)} =f £(rye8* 9 dz =e f £(r ye dr A Ultima integral recupera a T.L. da fungdo original f(t). Observar que a variavel de jintegracdo de uma integral definida, ¢omo a acima, 6 uma varidvel ‘muda’, no sentido de que néo faz diferenga .a letra usada ( t ov t ), pois ela se esgota apés a realizacdo da integracio. Assim, finalmente @{£(t-a)u(t-a)} = *L{f(t)} =e F(s) , c.q.d. 4/1 Matemética Aplicada ll- UFRGS Irene Strauch Transformada da fungdo de Heaviside : Um caso particular da 4° propriedade é a T.L. da funco de Heaviside u(t-a). Toma-se £(t) = 1, na 4° propriedade, isto é #{alt-ay} = ee) = et + logo 5 L{u(t-a)} No caso particular a temos 1 # {uty} =.= s Esta € a TAB(1), pois u(t) = 1 para t>0 e u(t) = 0 para t<0 é a fungao £(t) = 1, t>0 . Em outras palavras, nossa TABELA comeca coma fungdo de Heaviside ou fungao degrau unitario. Comentarios : Temos, portanto duas propriedades de deslocamento. 0 deslocamento no dominio- de fregiéncia corresponde multiplicacdo por uma exponencial no dominio do tempo e o deslocamento no dominio do tempo corresponde 4 multiplicagao por uma exponencial no dominio de freqléncia. Com estas duas propriedades, alcangamos o estdgio, onde a Transformada de Laplace , como método de solugdo de ED's é insubstituivel , como veremos nas aplicagées mais adiante. Muitas“fungées definidas ‘por partes poderéo agora ter suas T.1. Observar que a TABELA nao fornece Inversas da forma e“* F(s). Vejamos alguns exemplos. Exemplo 7. Para cada um dos itens encontre a Inversa e faca seu graficos: 1 Re a) G(s)= e A a )8 (a= el Ss pes 4/2 Matematica Aplicada ll UFRGS. Irene Strauch Exemplo 8. Resposta de um circuito RC a um pulso de amplitude Vo. Encontre a corrente i(t) no circuito RC se wma tensdo vit) é aplicada. 0 circuito encontra-se em repouso antes da aplicacao da tens4o. 0 circuito e 0 gréfico da tens&o s80 mostrados abaixo. hd vt) | % wv) * iS Rg A resposta é a corrente DC, representada por i(t), que obedece a lei de Kirchoff dada por ri(t) + 4 git) = vit) Lembrando que q(t) = [ i(r)dr e expressando o pulso vit) em termos das respectivas fungdes de Heaviside temos: 1; ¥ A(t) + [2] ileiar = 2 fult-a) - ult-b) (Ot Gea J ( 2 } Observar que esta ndo é uma equagdo diferencial, mas uma equacao integral . Cabe perguntar : seré que poderemos usar o método da Transformada de Laplace para resolvé-la ? A resposta é sim. Entaégfaremos uma r4pida pausa nesta aplicagéo para apresentar a 5° propriedade: a Transformada da Integral. PROPRIEDADE: a Transformada da Integral Se £(t) 6 continua por partes entao 2tf f(rydrh = tris) ; 5 Demonstragao : ‘Matemética Aplicada ll - UFRGS Irene Strauch Seja g(t)= f £(r)dr gt (t)= £(t) 2 Aplicando a T.L. nesta Gltima igualdade e usando a propriedade da Transformada da Derivada temos, Lig’ (t)} = s£igit)}- (0) (L(t) }. Como g(0)=0 ,entao Liglt)) = 2 L{£(t)} ou t 1 £tf £(r)dz}= +K(s) c.g.d. 4 s Voltando ao Exemplo 8 e usando a 5* propriedade’ na equacdo integral do circuito RC temos Ofa(t)) + zt Liilt)} = 2 [2 {u(t-a)} - £{u(t-b)}] Usando a notagaéo f{i(t)} = I(s) e a 4" propriedade £ {u(t-a}} 1 chegamos a subsididria s ii rT rei (8) + Zegtts) Para mais facilmente isolar I(s), vamos multiplicar ambos os jados desta igualdade por s e ap6s reagrupamos os termos, 1 % ras (Sec ee! € ou ti) = Be Para encontrar a corrente i(t), precisamos calcular 1 i s+ 2" = e7, oP 4/4 Matematica Aplicada Il - UFRGS {rene Strauch Estas Inversas esto na forma da 4* propriedade, onde F(s) = —1_ ¢ pela 1AR(7) identificamos £(t)= eT IRC sto RC Assim 2*t eo = £(t-a)u(t-a) e casey = £(t-b)u(t-b) Logo, a solugao i(t) é alt= = te “MIRE ycenay — eC “DURE y(t-by) Esta formula sintetiza o comportamento da corrente nos trés intervalos de t, quais sejam ie) tea i(t)=0 2°) acteb i(t)= Ke WRC 3°) toh —i(tl= (ky ~ KepeT IRC onde m= % ef/RC ng Ka = % @Af/RC R R Como na escala do tempo b>a entaéo K, < K, © a corrente neste intervalo é negativa . Esta é a chamada’corrente de descarga . © grafico de i(t) é mostrado abaixo. 1) ve ® vamos supor, agora, que em vez da corrente i(t), o Exemplo 8 ‘peca para encontrar a carga q(t)), mantendo as demais condi¢oes do enunciado. A equacdo do circuito seria entao uma equacdo diferencial, isto é 4/5 Matemética Apicada Il UFRGS Irene Strauch agt) | 1 % Oe) Ge ej = Se (ote = a} = le = att Re wt) = Fp tutt ~ a) - we - Aplicando a T.L. na equagéo e usando as propriedades 2 e 4, e a notagao Q(s)= (q(t) }chegamos a 1 % s0(s)-q(0) + ReQIs) = R Lembrando que q(0)=0, temos Qis) = Usando’a 4* propriedade e a TAB(11), temos como solugdo g(t) = VoCl (1-279) u(t-a)— (1-2) (t-b) ] Esta tnica férmula contém a solugao nos trés intervalos, 1°)tb alt)= Woe et = grin racy a Como um exercicio, mostre que a derivada i em cada um dos intervalos, reproduz a corrente obtida anteriormente e que o grafico da carga como fungao de t é dado por q(t) Assim como o método da T.L. pode ser usado para resolver equagées integrais e mesmo equagées integro-diferenciais (como veremos mais adiante), também pode ser usado para resolver sistemas de equagses . TIlustraremos esta possibilidade, resolvendo pelo método da T.L. 0 seguinte circuito constituido de duas malhas: 4/6 Matematica Apicada Il - UFRGS Irene Strauch Exemplo 9. 0 Método da Tranformada de Laplace para resolver um sistema de equagdes diferenciais. Encontre as correntes is(t) e iz(t) no circuito simples constituide de duas malhas, abaixo representado, sujeitc a uma tensdo v(t)=110u(t), supondo i,(0)=0 e i2(0 Usando as leis de Kirchoff, a corrente total do circuito € A(t)= is(t) + i2(t) e a soma das quedas de tens40 ao longo do circuito é dada, para cada malha do circuito por: 224 410 at) +30 sity = 110 at a: S24 20 afty-10 4¢e)- 22% 20 dt at Dividindo por 2, cada um dos termos destas equagses e substituindo a corrente i(t) por is(t) + iz(t), obtemos o seguinte sistema de equacdes Shy Sitty + 151, + 15i,(t) = 55 apes 29% + 10isey- si, - $2 = 0 at at Aplicando a Transformada de Laplace e suas propriedades nas equagdes acima, lembrando que i:(0)=0 e i2(0)=0 € usando a notagdo £ {i,(t}} = I(s) e {i,(t}} = Is), obtemos 55 s 2(s + 5)Iz(s) ~ (s + 5)Ti(s) (s + 20)Ta(s) + 15T2(s) Fela 2* equagéo T1(s) = 2Iz(s), que substituido na 1* nos leva a (a) sis + cuja Inversa 6 dada pela TAB(11), com a=0 e b=-55/2 , ou seja in(t)= 20 - e @ consequentemente da(t)w (1 - 7) cla Sh eiaay MATEMATICA APLICADA II—AREA II: TRANSFORMADA DE LAPLACE 3* Lista: Circuitos, Osciladores Harménicos e Vigas, sujeitos a pulsos e impulsos [11 Um capacitor de capacitincia C é carregado até que seu potencial seja v,. Em 1=0, a chave do circuito 20, lado é fachada e o capacitor comega a se descarregar is através do resistor de resistencia R. Use o método da T. para encontrar a carga q(t) no capacitor. R: (=e [2] Dado 0 circuito LC ao lado, encontre a corrente {0 © faca seu gréfico, assumindo L=1 henry, C=1 ‘farad, corrente inicial nula, carga inicial no capacitor nulae v(¢)= (i) —u(e—a), R: i(e) =sen t—sen(t—a) ofa) [3] Dada a equagio do movimento de um oscilador harménico simples: ~K y(t)— By’) + fan = ™. iy Calcule a resposta (¢) deste oscilador sujeito a forgas externas f,,, do tipo dado abaixo. Considere m= 1, k=2, B=3, y)=0,e y')=0- fal fe} fea w= gf +e%9] (1) [1-2 +e] u(t=-2) 4) Considere um Oscilador Harménico Simples (OHS) nado amortecido, isto é f=0 na equacdo do OHS dado no exemplo 4 da 3* aula. Suponha agora que este oscilador esté sujeito a uma forca externa dada por Fex=F.senjijmt. a)Use o método da Transformada de Laplace para calcular as oscilagées forgadas y(t), sabendo que y(0 e y’(0)=0 . b) Como se comporta o grafico destas oscilacdes ? Que fendmeno fisico vocé identifica (senfilmt — Jijmt cosJfifmt) R: y(t) Matemética Apicada Il - UFRGS Irene Strauch TRANSFORMADA DE LAPLACE: S*aula A Matemética e a Poesia : “Eterno é tudo aquilo que dura uma fracdo de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica © nenhuma forca jamais o resgata”. Carlos Drummond de Andrade. A fungao Delta de Dirac ou funcdo impuls: Em Fisica, chamam-se de forcas impulsivas, forgas muito intensas que atuam em curtissimos intervalos de tempo e que ocorrem durante os processos de colisées. Sobre estas forcas pouco se conhece, pois ndo hd como medi-las. Esta situacéo é contornada com a definicdo, em Mecanica, da grandeza fisica Impulso. Sabemos que o Impulso é a integral no curto intervalo de tempo da forca impulsiva e é igual a variagdo de momentum. Fenémenos de natureza impulsiva ocorrem também em outras situagdes praticas, tais como uma viga sujeita a uma carga muito concentrada, ou em circuitos elétricos na presenga de correntes e voltagens muito intensas. Dai a necessidade de representar matematicamente uma fungdo que tenha essa caracteristica impulsiva, ou seja, uma funcdo dita altamente concentrada. A fung&o impulso procurada deve representar o processo de limite de uma certa fun¢do quando um parametro € tende a zero. & conveniénte que este processo de limite seja tal que a funcao impulso apresente as seguintes caracteristica: 1°) A amplitude da fungao tende a infinito. 2°) A duragdo da fungao tende a zero. 3°) A Area sob a curva que representa a fungdo nao depende det . Existem muitos tipos de fungdes que atendem a esses requisitos. Como acabamos de apresentar a fungao de Heaviside, vamos definir a fungao impulso a partir da seguinte fung&o pulso: 1 (oa) el (ea eg (eae Seu grafico é mostrado ao lado. A area deste retangulo é 1, ou! us wey a=f fett-ayat - f — at =2 Es et oe Venos que a area nao depende do valor de € , permanecendo constante mesmo se fizermos o limites>0 . 5/1

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