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Apocalipse: O Cavalo Branco, capítulo 6

Por Ruy Porto Fernandes

A primeira visão revelada é a do cavalo branco (Ap 6.1-2). Por ser uma visão que
também lembra a de Jesus Cristo montado no cavalo branco (Ap 19.11-16), muitos intérpretes
associam aquela como a vitória do Evangelho e a conquista da Igreja sobre o Mal. Contudo, é
um erro fazer tal associação.

Não é preciso esforço para notar que grande parte da humanidade está inserida na
presença espiritual que resiste à Verdade em Jesus Cristo (Jo 14.16). Não nos cabe julgar (Mt
7.1; Lc 6.37; Jo 7.24), mas não podemos deixar de responder ao chamado de Jesus para
anunciar o Evangelho (At 10.34-43) e avisá-la que o poder desse erro vem da constante e
imanente presença do Mal. Pois, não há ameaça maior do que a Mentira negando que o
Senhor Jesus Cristo veio em carne e osso, morreu e ressuscitou (1Jo 4.2-3; 2Jo.1.7).

Portanto, o que também se destaca no v. 1 é a voz de trovão pronunciada pelo Ser


Vivente, e somente neste versículo, como principal chamado e advertência (Vem, e vê),
reforçando que a falsa religião, ou sistema disseminado pelo poder espiritual representado
pelo cavalo branco, é um fator dominante sobre tudo e todos, que requer cuidadosa atenção.

O arco na mão do cavaleiro, v. 2, revela o mesmo significado, pois lembra o aviso do


apóstolo Paulo em Efésios 6.16, confirmando que o cavalo branco e o seu cavaleiro
representam a mentira, a falsa religião ou sistema que não tem o Senhor Jesus Cristo, ou o
Senhor Deus (Iaveh Elohim), como Verdade.

A mentira, aqui representada por flechas, ou dardos inflamados disparados pelo arco
de Satanás, e disseminada por homens tomados por aqueles espíritos imundos negando a
existência e divindade do Senhor Jesus Cristo, ou a do Senhor Deus (Iaveh Elohim), são as
falsas idéias que devem ser apagadas pela utilização do escudo da fé em Jesus Cristo e em
Iaveh Elohim.

Exato, apagadas pelo escudo da fé que os cristãos possuem ao serem revestidos pelos
sete Espíritos de Deus que estão no Cordeiro (Ap 5.6), e são enviados a toda a terra. E, pela fé
que os judeus (yehudim, ‫ )ְיהּוִדים‬possuem como adoradores do verdadeiro Deus, de Iaveh
Elohim, pois estão revestidos pelos sete Espíritos de Deus que estão diante do Trono de Deus
(Ap 4.5).

Assim, a vitória do poder espiritual maligno se deve, por estratégia, à anuência de


Deus em levar adiante o plano da salvação que se estende a todo o universo sujeito à
imanência do mal. E não podemos esquecer que a Imanência de Deus está amalgamada em
nossa realidade, e isto até a consumação dos séculos (Mt 13.49; 28.20). Daí a advertência para
não julgarmos (1Co 4.1-5), mas resistirmos à presença do Mal (Tg 4.7).

Niterói, 09 de fevereiro de 2010.

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