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COMBATE TODDS os PROPAGA AS GRANDE MALES. SOCIAES a DEAS moDERNAS. al | A Revolucao triumphante seguir 0 seu rumo com a_ tronte altiva | | vistumbrando a Nova Era de Paz e de Justiga, que 0 ultimo baptismo | ( de sangue humano fara germinar pela primeira vez, criando uma sociedade cuja vida sera digna de ser vivida. FRANCISCO FERRER. Oy ecg? & sos feos 8). WM: tabi snag taps: “i Ce Palavras de Ouro ‘Tudo quanto, no atholivismo era puro, divino, singela- mente sublime: tudo quanto propendia a interior do homem dom Deus, que ¢ a tao, obliteron se ou presc sem alma e sem verdade, pasto a credulidade + classes ignorantes © manto ao scepticismo culista do minoria illustrada. A tunica inconsutil, 0 santo pre pucio, as imagens animadas, as aguas prodigiosas, os escapu- larios tom bengaos publicas do papa: as peregrinagdes atra- vessam em cam:uho de ferro as grandes ca ciyilisado ; a imprensa cleric] propaga historias de endemonia dos, ¢ exorcismos; as indulg: digalidade que forma, 0 abuso das cerimonias exteriore sacramentos furta 0 tempo a0 trabalho @ turba a. felicidade. 6s deveres intimos do lar: todos os segredos, emfim, da musi a, da Ing, da pyrothenica, do apparaco militar, todos os apu rs de luxo, todas as seduccoes captivadoras dos sentidos se combinam, ¢ requintam e barateiam, para converter a religiéo de uma homedagem immaterial do espirito a Dens, numa f inextinguivel, ruidosa, embriagante, incompativel com a com: municacdo recondita ¢ silenciosa das almas com 0 creador. Deante dos mythos resiveis ou blasphemos o ultramontanismo prostra-se, extusia-se, e ora, Se o trafego mereantil a , ou fanatismo da estupidez inventa alguma erendics seja embora absurda, infantil, irrisoria, os orgaos da seita ba- tem submissamente xox peitos, o solemnemente adherem 4 0000060000000 998%8 SS O80808008 ee renee SOR ORES ESTO 6 DE UM CRENTE Aos catholicos tabe sencia do eulto chris reven-se. Q que ficcn é uma symbolica persticiosa das simulado e cal ues do mundo liberalizam se com uma pro 0 cede talvez em despejo aos tempos da re- procissdes) e dos sta hypo- nov; Ruy Barbosa. NON ANNO I 5 S. Paulo, 1 de Maio de 1920 ‘NUM. 1 ‘QUINTAS-FEIRAS CAIXA POSTAL, 11 i 1.0 DE Redace3o: FLORENTINO DE CARVALHO i Administearzo: ANTONIO DE OLIVEIRA Publicado semana, fundada em 1.0 de Maio de 1920 MAIO Ferida viva que poreja. sangue A Egreja romana ¢ a Burguezia uni- versal S80 duas desavergoahadas que sempre viveram num connubio sadico © que hao-de morrer no mesmo. leito de hospital, unidas pelo abrago impu- ico até ao ultimo estertor, corroidas ambas_ pela sanie moral que hes de- paupera dia a dia 0s organismos, ¢ faz com que 0 homens conscientes, cada vez mais, dellas se afastem coin horror © nojo. Emquanto, porém, no chega a Hora annunciada, emquanto thes esta. um sdpro de vida, para continvarem no seu infame commereio, procuram de mil f6rmas illudir os seus freguezes € as suas victimas. occultando sob flo- 15, fitas e joias as chagas mal-cheiro- sas dos seus corpos corrompidos. E’ dever de todos os homens mos- frat aos seus itmaos as mazellas que as duas megeras occultam, afim de evitar-Ihes 0 contagio. funesto © Lo de Maio, por exemplo, é uma ferida viva, donde borbulha sangue, do corpo da burguezia. Foi nesta data gue 08 burguezes yankees assassinaram no patibulo, ha 33 annos, cinco dos oito trabalhadores honestos & dignos, sccusados como insuiladores de uma gréve lornada sangrenta pelo despo- fismo governamert Esse crime jniquo © barbara — que espera a vindita, ¢ esso feria viva poreja sangue © inspira repucio, ‘guezia procura cynicaniente oc vista dos trabath s de phrases de ot fe intelligencias merce narias, earn joias falsas de pechiseyue que illudem o thos © desviam as. attengées, E! assim que ads vemos hije a im rensa burgueza cantar dilyrambos ac dia de festa dos trabathadores, detur pando em beneficio da canalha dot rada a significagio'da gréve geral de protesto dos. proletarios de todo o mundo contra a chacina de Chir cago. E? assim que n6s vemos hoje a pax ralhada sabuja afoitamente celebrando missas © te-deums en homenagem ao dia consagrado a0 Trabalho pela crise tandade. Insolentes ¢ tartufos ! © que & preciso € que os trabalha- dores nao se deixem embair por essas vis patacoadas da burguezia, que pro- cura desvirluar 0 sentido da gréve de protesto do 1.0 de maio, denominando-a Jesta do trabalho. Seria tripudiar sobre os cadaveres 08 nossos_ irmaos, 0 considerarmos de festa este dia. De festa podera ser para os cobardes assassinos, que até hoje ainda ndo se saciaram e to- dos os dias exigem novas _victimas, Para nés, porém, & odio, éde revolla e de RAYMUNDO REIS, £8: Significs¢éo do Socialismo © socialismo, fal como nés 0 en- endemos, significa que a terra eas machinas devem ser propriedade com: mum do pevo... Quatro horas de raballto cada dia serian suficientes para produzir o necessario 2 uma vida Confortavel. Restaria, pois, tempo para dedicarse a sciencia e si arte. E? um erro empreyar a palavra anarchia como cynnonimo de violencia, pois sé0 cor sas opostas. N6s_propagamos iamhem a violencia, mas contra a violencia, como meio necessario de eivsa, MIGUEL SCHWAB. i Anos 108000 5 ASSIGNATURAS Senter, $5000; Trimestr, gio) ‘Numero avutco, 200 réis ee No tribunal de Chicago Ao dirigieme a este tribunal, comecarsi 0 meu discurso com as palavras que um cidadao ve. neziano pronumeiou ha einco se- culos ante 0 Conselho dos Dez fem situaglo identica: ffimande: Lo, que os que presam © anarchism so extrangeios, inde sejaveis, ou naciondes exploradores, ic abusam da ignorancia em que 0: Governos. patios tem mantido 0 poro, o proletariado: 2.0, que nao ha to Brasil logar pars dovtrinacio d= idsas do iberdade «-teivincieacies entre 0 operariade que é em geral, them tratado, tem 0 earinho dos pa: tuSes © nio morse interamente de fo- me, senio por preguiga: 3.0, que 0 sentimento de “patria € tio intento te opeariado braileize, que aio se -desfari do embate pemicioso ¢ dam- rinko dos aventuteitos prégadoree da subversio da ordem, apostolos da Republico Mundial Contra a forva dot ideses de reno vaio racial que no sio novos, mas que vém trabalhando 0 espirito hu- mano desde seculos, arregimentam-se todos os dyscolos do humanitarismo, do parlamentarismo, do monarchismo, lespatado do torpor da © db anabphabetisne em es interessescapitalsias w ma Viveram, nos regimens colon]. imps ‘ial e tepublicano, Ironia da sorte! © conde Affons “she fea a apologia. de “Tiradents rm uma sessio. civica presidida pelo representante do presidente da Re publiea. aeolytado pelo eardea! Areo- Verde! Entretanto, nunca se destex a crenca de que a familia Cobo tem como antepatsado, em linha recta Joaquim Silverio dos Reis, que rece: beu o pagamento de sua “fideidade de vassalo portugues”, como primeira deaunciante da conjuracie mineira tendo obtida, por deereto de 4 de Ox tubro de 1794, a mereé do habito de Christo ¢ 2008000 de tenea, sendo logo depois nomeado fidolgo da Casa Real. pascando a assignar-se Silve rio dos Reis Montenegro, A ser ver dade o intimo parentesco, 0 neto pa ga hoje 4 memoria de Silva Xavier tuma divida seeular. Ainda pretendem os nacionalistas, fs jacobinos, 05 historicos e o¢ native: tas, com sua loquela illudir @ povo respeito das vantagens ¢ excellenciae do regimen politico de oppressio © de mentira que nos cege © explora? [Nox seus discursos no esquecem de mimosear os propagandistas da revo. fucao social que pord fim & explora 80 do proletariado, que resolveri 0 problema economico e social de igual dade © da justica, nio se deslembram iiimais de dav-lbes as qualidades © os titulos, que tao ‘delles 30, de ex ploradores, em todos os tempos, da raincia © da boa 16 do pove, Quando emphaticamente se “ula nam do seu paiz”, como de una (2 toria e de dominios “sews”, de "suas fazendas ¢ de “sew” latifundios quando dizem cousas maravilhos. dae riquezas elles contcas, que sé braco do trabalhador pide movimen- (ar, inerementar ¢ valorizar: quando fritam que no Brasil nae se moire de fome, fazem desecr o panne sobre ¢ scenatio das seeeas, sabre a miserin dae cidades do litorsl, sobre a desol io dos sertanejoe malaricos, carro: doe pela hypohemia, pela ankilosto miase, pela verminoge e prineipalmsn te pelo analphabetisme, Occultam s exploracia. do. homem. pelo. homem Dceultom a vide infima e miseravel do io agricola, indigena na: encobrem a vil explornese dos in striaes sugando a seiva da mocida- de obteira @ atirando 0 bogace. oo: Ieitos dos hospitaes © 4 mendieidad dag rune, E somos és os explorsdores! om reinen pte do ind triaes, exemplares nae de Pol cone ve far oc tas? De praposito, de mi 48, confan- dem a questio operaria, que & um das faces da questio social, com 3 yuetio social propriamente dita, que uma questi de justiga, de solidae siedide « de Felicidade geraes. O que oo anarchistas querem € um regimen social de igualdade, de trabalho, de ‘eualdade de goso, de igualdade de iret vida e & Felicidade. Como 08 ‘que menos direito tém & igualdade, vietimas de um trabalho extenuante que thes nio di recompensas corres pondentes, nem Ihes di diceito & felt cidade, nem & vida, nem aoe gosos da vida, soo: opersrios: a acgio di propaganda _visa-os prineipalmente, ‘como exemplos flagrantes da injust «a social e da eseravisacio a0 capi lismo absorvente ¢ deshumano. Ora, se 0 proletariado operatio bra~ sileito'em mada dliffere do opera do mundial, por que razio nae tem ‘cabimento, "principalmente no seu meio, a campanha teivendicadora do direto & vida? Quanto ao que se refere a0 senti- mento de patria, que & um sentimento aggressive, diremos que em verdade © eperariado oriundo do Brasil, bem como © de outros paizes, ama este ppedaco de terra fectil, de aguas ean- tantes © sol sempre aquecedor © fe ccundante, como 0 caropo em que suas actividedes acharam surto_perfeito, fem que suas eapacidades de trabalho, sua iniciativa eperosa, encontraram rmeios de melhor garantie para o des. ‘envolvimento de suas personalidades e para a Felicidade de suas familias. As- sim ama a terra que 0 autre com 4 sus proverbial ferilidade, © a quer livre © trande no papel que deverd represen: tar na confraternizacio geval dos ovos Fabio Luz. 21 de Abril de 1920. na HARM Anarchistas expulsas Mais uma leva de_modernos abolicionistas da escravatura vi gente sulcam os mares rumo a terras remotas, expulsos do. Bra: sil Os negreisos modeenos ainda Gar os homens que mais vale podem dar ao progresso do paz. No dia 26, enibarearam, no Rio, a bordo do’ vos sada, envion do:vos um forte amplexo de fra ternidade idealist lah Viva a solidariedade obreira! Nao podemos sileaciar diante de wales inflatios que affligem a humae Didade, maxime quella parte "que pumcto: La tuasene police SS sesesess Julgaes, senhotes, que, quando op nossos cadaverestenham sido ay ttados, estard tudo acabado ? : «Nilo, Sob" voso veredio Recs do pove americano, e do mun- do inteiro.- Alberto R. Parsons “Actualidade Social aI A campanhs que ora se trama nos conventiculos dy policia buraweza, a organisacio de clases, tende 1 allingir proporeées gigantescas na sphera esieita das coneepedes ter E cadeard vuleanicamente, sobre a mul tidio anonyma das vielimas do reteo rida organisse30 politica, que ora preside aos destince da soviedsde Antevemot © final tragico que aeuarda a lberdade individual do ple- bea, asphyxiada pela habilidade ie berticida do clera. cujos processes de feombate aos seus contraries. foram adoptados pela policia delinquente do xorerno burgucz. A persecuicio systematica posta em ppratiea pelos detentores do poder, contra aquelles que reelamam direitos ‘que Thee assistem, conduzicé o pove a tum estado tal gue, ou se deixars lee lucta de morte que se dese var come a carneirads, passiva © pie violenta © silanime, ou romper hetoicamente, as malhas negregadas aque thes cerceam nos movimentos mais lidimos de racionaes, implantaa- do dessa forma a nova sociedade que Vir pér termo a um estado de cousas incompativel com a civilisacio do se elo XX, Nio nos deixemos obeecar por opt mismos, porém, encaremos com cora- gem 0 que vier A situagio creads pela. violencia, sem um objective humanitario come = actual entre és, tem que ser fatal Nio péde eternisar-se uma dicta dura com fundamento na ignorancia, ddama elasse explorada como a mili- tar, nem povo, uma vez descoberto © ebuste, supportars indifferente arbitve dos. seelerades.exploradores de altas posiedes polities A TYRAMNIA Ergue-se altiva, sobre um throno oss Quanto maior a pressio exereids contra a classe que te debate nos pa- ‘oxismos da miseria, mais intenso seré ‘0 desejo de sacrifiear-se por wm ideal, unico que justifcars 0 direito de vie da, num meio em que se nao tem direito a outa couta. E necesario antes de tudo que, © ovo em geral, com excepcio apenas dos grandes capitalistas, comprehend (0s motivos que dio vide & agitacio proletaria que convulsion © mundo inteiro, para depois se pronunct conhecimento de causa sobre of as sumptos sociaes © nao fazer apresia- 5s de accorde tio sémente com as informacées capciosas da oligarchio rmiseravel que a todes nés, indistineta mente, com maior ou menor intensida de, exerce os primores do seu requ tado banditixmo, Nio se deve divoreiar a classe ope- aria da classe popular em geral, am- boas vietimas da mesma tyranria que thes atrophia completamente a alma © © corpo. A causa social exige do pov ums ‘comprehensio mais exacta dot seus fins, e necessita para coneeeucio com- pleta do seu"desideratum”, de uma congregasie mais ampla de todas a classes populares, em torno do ideat aque deverd centralinar todas as ent ias dispersas em div ras ifferentes inelinagées semsitvas do pensamento humane. Centralicar, organisando para 3 Iucta todos os elementos de energia fem dispersio, & © grande problema do momento, & 6 maximo dee prin! pios que urge par em pratiea, para a vietoria da magna causa, que sym- thetisa a nossa razio de ser. que jus- tifiea @ nosso direito 4 vida, gue dé ito & nossa aes%0.. Alexandre Montenegro, Aure 0 cheiro de sangue com prazer : Allegeathe a alma crua, a morte ver lacera os membros nossos. Com vohipi Nos albersues sem luz, nos fundos fossos, Onde 08 poves arrastam seu viver, Ve, sem prazer, os prantos, 0 sore, } Es passa, tindo, sobre 0s seus destrogos, Escraviza, accorrenta a Humanidade, Foreeia por matar a Liberdade, No sangue derramado dos seus crentes! ma 0S que accordem um sae A A CANTOS NUEVOS A MAYO 7 Saludemos a Mayo con ta venia! 7 Es ef mes protetario ! Ondea al sol, como giréin de carne, Ja gloriosa bandera de combate, Brota del corazén et hinno santo al conjuro feliz det entusiasma. {Mayo simboliza la labor ! Cada dia de Mayo es una pagina escrita por un pueblo libertarto gue se yergue soberana sobre et mundo. Mayo es una cancién de tibertades que de ta mente del hombre se levanta entre auroras de Paz y de fusticias Hay en las horas inclitas de Mayo rumores de corceles y clarines, Aamear de banderas desgarradas, (quejidos que surjen elamarosos cual lejano fragor de las batathas, cual acorde trixnfal de ta victoria, jeuat Poema sonoro de las almas !. i Mayo es et heroisma! ; Mayo es el Sol! i Mayo es el pueblo libertario ! ARSENIO PALACIOS nan my i. 1, DE MAIO A ephemeride gloriosa de solidariedade dos povos cIDADAOS © valor e a signifieayio das manifastagdes populares de hoje, sao de transcedencia incomparavel na Historia. ‘A confraternisagio universal do proletariado, os seus protestos contra as iniquidades soeiaes, as sas revoltas, as suas aspiracées ideologicas de transformacio social, segundo 4s grandes concepgies scientificas e philosophicas dos pensado- res modernos, é a luz que ilumina a todos os homens, mos- trando-lhes 0 derroteiro de um novo estadio social em que 2 liberdade syuthetisada em todos os direitos ¢ dignidades serd a fonte de uma existencia superior de bem estar e de progresso, Visto que a emancipacao social, intellectual ¢ moral é © glorioso sonho da humanidade, todos os cidadaos realisam um acto sublime, dando, com o set concurso, com a sua soli- dariedade, 0 maior brilho e imponencia 4 grandiosa commemo- ragao que o povo de S. Paulo promovo, porque ella representa a queda de um regimen autoritario, gerarchico e explorador, © fim de uma sociedade de miserias economicas e moraes, de dores ¢ de lagrimas que sémente 0 genio de Dante soube des- erever. CEDADAOS ! z J& é hora de que a Liberdade, Igualdade ¢ Frateruidade sejam uma reulidade, sequente do triumpho da justica, 0 grande ideal em cujo holocausto milhares de martyres deram a vida sorrindo e cantando, pelejando come bravos, caindo como herdes da grande epopeia lihertaria. oo ™ Ser Oromo —Ssem ocor———Serer F010 SEE IO ORSON GENES ONC RSET OOO SENG IO OTOL

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