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CALCULO E CONSTRUCAO BOBINAS DE Um grupo de bobinas e diversas formas, inclusive uma de nicleo de ferro ajustavel para TV, uma in- tercambiavel, uma de polistirene blindada © diversas bobinas de fa- brieago comercial. POR motivos dbvios, o experi- mentador eletrénico rara- mente constroi valvulas, capa- citores, resistores © componen- tes similares, usados nos apa- relhos que monta. Todavia, vé- se obrigado, amiudadas vézes, a enrolar ou modificar bobinas de rédio-frequéncia, a fim de obter a indutaneia, ou outras caracte- risticas, requeridas por determi- nada aplicacdo especitica. Feliz mente, isso nao oferece dificul- dade alguma, desde que se te- nha uma visdo conjunta do pro- blema. As trés propriedades mais im- portantes de uma bobina sao: indutaneia, tamanho, e perdas. Embora seja possivel concentrar num dado espaco elevados va- lores de indutancia, as perdas avultam & medida que o tama- nho da bobina descresce. Daf porque, mister se faz conside- rar os trés fatores em. conjunto, Vejamos, entretanto, a indutan- cia, em primeiro lugar COMO CALCULAR A INDUTANCIA Ha muitas formulas para o eflculo da indutancia. Umas proporcionam elevada precisao, porém requerem muitos e com- plicados cdlculos, ou a consulta a graficos, para determinar o valor de certas constantes. Ou- tras, sao algo menos exatas, po- rém de emprégo mais conve~ niente. As equagées (1) e (2) per- tencem ao tltimoe grupo, porém os resultados que fornecem sao (©) “RADIO & TV NEWS” — Raicio Brasileira Autorizada — Direitos Reservados. (86/56) antenna ane Por HERBERT S. BRIER Experimentadores e radioamadores fre- quentemenie necessitam de bobinas espe- ciais. Este artigo ensina como dimensioné- las e construi-las. suficientemente precisos para tédas as aplicagées praticas, sal- vo aquelas, digamos, de labora- torio, em que ¢ imprescindivel contar com uma exatidao ultra- extremada. RN Le q@) 9R + 10L + 11D que pode ser também escrita da seguinte maneira: Vix OR + 10L + 11D (2) indutancia em microhen- Tys; ntimero de espiras; raio da forma, mais me- tade da espessura do en- rolamento (D); D = espessura ou profundida- de do enrolamento (omi- tir para bobinas de ca- mada singela); L = comprimento do enrola- mento, Todas as dimen: io dadas em polegadas (1 polegada = 2,54 centimetros). Para maiores de~ talhes, veja a Fig. 1. As férmulas tém a preciso de 1%, aproximadamente, des- de que: a indutancia néo seja muito baixa; a relacio L/R néo seja inferior a cérca de 0,8; 0 espacamento entre espiras. nao seja muito grande; e D, L, e R sejam aproximadamente iguais nas bobinas de camadas mil~ tiplas. Para valores de indutaneia in- feriores a cérca de 1 microhen- rys, os resultados dados pela formula tém um érro para me- nos de 5 a 10% RENDIMENTO DA BOBINA © rendimento da bobina, ou “Q”, € determinado pela rela- co ‘entre a sua reatincia indu- tiva (Xi) e suas perdas (R). Esta caracteristica € dificil de predizer. Entretanto, trabalhos experimentais levados a cabo por muitos pesquisadores per- mitiram estabelecer os fatores que produzem uma bobina de "Q” elevado. * Uma tal bobina teré um dia metro bem grande ¢ conteré um mi{nimo de material isolante, que nao © ar, no interior de seu cam~- po. Seu comprimento néo sera apreciavelmente inferior a me- tade de seu diametro (ideal), 371 FASCICULO 366 NOVEMBRO 1957 nem muito superior ao débro de seu didmetro. Além disso, sera enrolada com 0 fio de maior calibre que permitiré acomodar 0 mimero de espiras requerido, no comprimento do enrolamen- to especificado, usando um es- pacamento entre espiras pouco inferior a0 didmetro do fio. Mantendo nos valores étimos 0 calibre do fio, 0 espacamen- to, etc., 0 “Q” da bobina varia- ra aproximadamente com o qua~ drado do diametro desta. Para bobinas de frequéncia alta (acima de 1500 ke/s) 0 tio rigido 6 0 mais aconselhavel Pode ser esmaltado ou nd, pa- ra bobinas com espiras espaca- das, porém 0 fio d.c.c. (isola mento duplo de algodéo) pro- duziré uma bobina de espiras unidas de rendimento_ligeira- mente maior do que se fésse en- rolada com fio esmaltado, por- que a maior espessura do envol- torio de algoddo dé um certo afastamento obrigatério entre espiras. © fio Litz deve ser preferido para frequéncias abaixo de 1500 ke/s, aproximadamente. Contu- do, a diferenca entre éste fio © fio rigido é tao diminuta nas frequéncias superiores a 500 ke/s, que € raramente usado nessas frequéneias. As bobinas de camadas miltiplas so geral- mente usadas nas irequéneias inferiores a 500 kc/s, com a fi- nalidade de poupar espaco, em- bora com algum sacrificio do "o ¥? importante proteger as bo- binas enroladas sdbre formas de material susceptivel de absorver umidade, com uma camada de um. verniz para bobinas, de bai- xas perdas, a fim de preservar seu rendimento étimo. Isso ad- quire maior importancia ainda nas bobinas enroladas com fio d.c.c Normalmente, 0 que se dese- ja € que as bobinas tenham o melhor “@” possivel, embora nem sempre assim aconteca. A largura de faixa de um circuito ressonante € definida como a gama de frequéneias ao longo da qual a tensao no capacitor de sintonia nfo caia abaixo de 10,1% do seu valor a frequén- cia de ressonancia, A largura de faixa é determinada pelo “Q” do circuito, segundo as equa- des: 372 FASCICULO 356 NOVEMBRO 1957 (a) NULTIPLAS CAWADAS: f= MAIO DA FORMA LL COMPRIVENTO DO ENROLAMENTO D-ALTURA DOS ENRCLAWENTOS FIG, 1 — Como sio medidas as @imensoes das bobinas de cama- da singela ¢ de miltiplas camadas. Ru = (3) Fe —Fi Fr Largura de faixa (4) Q onde: Fx = frequéncia de ressonin- cia; © quanto o valor da fre- quéncia de ressonancia deve ser reduzido para chegar a frequéncia em que a tensa no capa- citor de sintonia cai a 70,7% do valor corres- pondente a frequéncia de ressonancia; © quanto o valor da fre- quéneia de ressondncia deve ser aumentacio pa- ra chegar a frequéncia em que a tens&o no ca~ pacitor de sintonia cai a 70,7% do valor cor- respondente a frequén- cia de ressonancia. Largura de faixa Fy— Fi. Um circuito ressonante, auan- do ligado a outro cireuito, fica com 0 “Q” efetivo reduzido, em geral de, no mfnimo, 50%; por- tanto, as bobinas de “Q” até cér- ca de 100 podem ser usadas nos estagios de R.F. dos receptores de radiodifusao, sem provocar um. corte excessivo das faixas laterais. Nos transformadores de dupla sintonia, a largura de fai- xa desejada, 0 grau de acopla- mento entre as bobinas, o ntime- ro de estagios e outras variaveis, afetarao 0 “Q” étimo das bobi- nas. Em_geral, os transforma~ dores de F.1, de 455 ke/s usam bobinas de “Q” em térno de 50. ‘Nas frequéncias acima da fai- xa de radiodifusio, 0 “Q” das bobinas usadas nos receptores e nos estagios de baixa poténcia de transmissores é amitide con- trolado pelo espaco disponivel. Forém, nos circuitos tanque dos transmissores € preciso usar bo- binas grandes, de alto “Q”, pois, do contrario, elas pocerao aque- cer=se, a ponto de, por vézes, fundir'a solda das conexdes ot danificar a forma da bobina. Outra aplicacéo onde é dese~ javel um “Q” muito elevado é nas bobinas de carga usadas em antenas méveis, porque suas perdas determinam, em grande parte, o rendimento das ante- nas. A Tabela I contém algumas bobinas representativas, com os respectivos “Q”, para que o lei- tor possa formar uma idéia do aque poderé esperar quando construir suas bobinas. BOBINAS COM NUCLEO AJUSTAVEL Todos sabem que uma bobi na com nucleo de ferro pulveri- zado tera indutdncia mais ele- vada do que outra das mesmas dimensées, porém com niicleo de ar, por causa da maior permea~ bilidade do néeleo de ferro. Nas frequéncias baixas, os nucleos de ferro auxiliam a obter eleva- da indutaneia num espaco res- trito, Nestas frequéneias, é tam- bém possivel enfiar a bobina num anel de ferro pulverizado para aumentar a indutancia ain- da mais e reduzir o acoplamen~ to com os demais componentes do circuito. Infelizmente, todos os nucleos de ferro pulverizado tém per- das, que aumentam com a fre- quéncia; consequentemente, ha sempre uma frequéncia além da qual o nucleo de ferro faz au- mentar mais as perdas do que a indutancia da bobina. Assim, para as frequéncias mais altas, 6 preciso reduzir a relacao en- tre o ferro e o material agluti- nante do nucleo, a fim de redu- zir as perdas. Isso, entretanto, reduz a permeabilidade do nieleo, de mais de 100 para niieleos de frequéneia baixa, a menos de 5, para os niicleos pro- jetados para emprégo em fre~ ‘Gquéncias de 100 Mc/s em dian- antenna — %— ‘TABELA 1 — “Q” aproximade de bobinas tiplcas em diferentes frequénclas. Os nimeros entre parénteses (tal fabricantes, Diametro | Comprimento porém de caracteristicas semethantes, Calibre Pio (Aprox. Indutaneia inferior) so designacdes de estoque da “National Co.” Formas de outros deverio proporcionar resultados simllares Frequéneia (Mc/s) 230 40 1235 ‘** Bastfio, de_polistirene No 18 Le 6 250% Ne 18 1 pH 15 aggre Forma de baquelite “Q” PARA NUCLEOS DE FERRO PULVERIZADO DE BALXAS PERDAS TRABALHANDO NA FREQURNCIA PARA QUE FORAM PROJETADOS. NUCLEO NA POSICAO CENTRAL Didmetro da Bobina | Frequéneia Frequenela | : Me" CXR 50) 5 Mo/s 2 Me/s 2 Me/s (MR a1, XR 83] 5 Mors (SRO, xR 92)] 5 Mere te, Isto limita o aumento de in- dutancia obtenivel nas frequén- cias altas, com nticleos de ferro pulyerizado. Os nticleos ajustaveis séo lar- gamente usados para variar a indutaneia das bobinas. Tal é, por exemplo, o que sucede nos transformadores de F.1. de niicleo ajustavel, nas bobinas de linearidade de TV e mesmo em certas aplicacdes em que as bo- binas de nticleo ajustdvel substi- tuem os capacitores varidveis nos sistemas de sintonia de re- ceptores de ondas médias e cur- tas. No que respeita as frequén- cias mais altas, a maior vanta- gem das formas com nucleo ajustavel reside na faculdade que proporeionam de ajustar a indutanela no valor exatamen- te desejado. As bobinas de fa- bricacio comercial permitem varlar a indutineia na propor- cdo de 10 a 50%. A porcenta- gem exata depende de relacdo entre os diametros do nticleo e “da bobina. Ha formulas para taleulé-la, porém, é geralmen- te mais satisfatorio calcular o nimero de espiras para uma in- duténcia ligeiramente inferior ao valor desejado, com 0 micleo antenna at toes “qr Frequéneia “a” 330 10 Mo/s 160 100 10 Mo/s 300 120 10 Me/s 240 90 20 Mo/s 120 110 20 Mo/s 140 Capacttinola de ressoninote: 100 jyF até 20 Mo/s; 90 yyuF pare 90 © 50 Mo/s téo fora da bobina quanto pos- sivel. O niicleo é entaéo para- fusado na bobina para propor- cionar o valor exato da indu- tancia Até cérca de 100 Me/s, 0 “Q” das bobinas enroladas ’ nestas formas € muito pouco afetado pela posicdo do niicleo, embora geralmente aumente levemente 4 medida que 0 niicleo é inse- rido na bobina. Isto, supondo que a bobina seja usada na fai- xa de frequéncias para a qual © niteleo foi produzido. No ex- tremo superior da faixa, 0 “Q” pode baixar um pouco, quando se introduz 0 nticleo na bobina. Convém acentuar que o que vern de ser dito s6 se aplica a micleos de baixas perdas, pro- jetados especificamente | para trabalhar nas faixas de onda em questo. Por exemplo, os miicleos da “National Company” eda “Jamés Millen Company” dio resultados étimos até 10 Mc/s. Entretanto estas fabricam, sob encomenda, micleos para frequéncias até de 150 Mc/s. Nas frequéncias superiores a 100 Me/s, qualquer niicleo de ferro introduz muitas perdas. Além disso, a indutdncia reque- rida € geralmente t&o pequena, 20 Me/s 20 Me/s 20 Me/s 50 Me/s 30 Me/s que qualquer acréscimo dela s6 vern criar complicacées. Assim, usam-se frequentemente niicleos de cobre ou de latéo, em seu Iu- gar. Tais nficleos reduzem a in- dutdncia aproximadamente na mesma proporcdo em que a au- mentam um nticleo de ferro de dimens6es semelhantes. Os miicleos de cobre ou de latéo sempre reduzem um pouco o “Q” da bobina, porém a perda € reduzida folheando o nticleo a prata. Estes niicleos podem ser usados em qualquer frequéncia, mas, sao mais titeis nas frequén- cias mais elevadas. Para o leitor ter uma idéia do que podera esperar de bobinas com micleo de ferro de diferen- tes dimensées, em diversas fre- quéncias, Theodore B. Robin- son, engenheiro encarregado da fabricacio de bobinas da “The National Co.”, coligiu os dados constantes da segunda parte da Tabela I. Os dados referem-se especificamente a bobinas enro- ladas em formas da “National”, porém ndo serao muito diferen- tes para o caso do emprégo de formas similares de outros fa- bricantes. A tabela pode ser usada tam- bém pata fornecer uma indica~ 373 FASCICULO 356 NOVEMBRO 1957 ¢4o aproximada do “Q” das bo- binas convencionais das dimen- sées indicadas, porque as unida- des sio projetadas para permitir uma variagéo moderada da in- dutineia sem afetar maiormen- te as demais caracteristicas da bobinas BLINDAGEM Praticamente falando, quando duas indutncias _ressonantes, sintonizadas na mesma frequén- cia, esto em circuitos diferen- tes, porém em estreita proximi- dade fisica, é preciso blindar pelo menos’ uma das. indutin- cias, a fim de evitar o acopla. mento entre elas. Para reduzir ao minimo as perdas introduzidas pela blin- dagem, & preciso colocar a bo~ bina dentro de um envoltério ou “caneco” de aluminio ou cobre, suficientemente amplo para que nenhuma parte da bobina fique a uma distancia da blindagem inferior 4 metade do diametro da bobina. Nestas condi¢des, a induténcia da bobina ver-se-4 reduzida, aproximadamente, em 10%, quando L/D = 0,5; 13%, quando L/D = 1; e 17% ‘quan- do L/D = 2 (L = comprimento da bobina; D = difmetro da bo- bina) ‘Uma blindagem menor fara aumentar as perdas e reduzir a indutAncia excessivamente. Co- mo exemplo extremo, uma blin- dagem apenas 10% maior do que © diimetro da bobina reduziré a indutincia de 70 a 85%. COMO CALCULAR UMA BOBINA © primeiro a fazer para en- rolar uma bobina ¢ determinar fa indutancia requerida. Num cireuito ressonante, éste dado & controlado pela frequéncia e pela capacitancia, segundo a formula: 1.000 000 F(ke/s) = ———_ (5) an VLC onde: 25 = 6,28; L = indutancia em micro- henrys; C = capacitancia em micro- microfarads.. ‘Uma bobina para a faixa de ondas médias deve sintonizar até 374 FASCICULO 356 NOVEMBRO 1957 1650 ke/s com o capacitor de sintonia na minima capacitan- cia. Bste valor minimo de ca- pacitancia é aproximadamente igual a 50 waF. Resolvendo a equacio (5), na base déstes da- dos, L = 185 wH (aproximada- mente). Para caleular as dimensdes de uma bobina de 185 nH, escolhe- mos, arbitrariamente, o diime- tro de 1%” e o comprimento de e resolvemos a equacio (2): V Ux (OR + 10L) R V 185 (9X0,75-+4+-10x2) 0,75 5 = 94 espiras Pela Tabela II, vernos que 94 espiras de fio esmaltado N.° 28, com espacamento entre espiras de cérea de 2/3 do didmetro do tio, ou 94 espiras de fio N.° 28 d.c.e. com espiras _unidas, preencherdo o comprimento da bobina especificado. Raramente h4 diferenca sig- nifieativa nos’ resultados, quan- do se altera pouca coisa no ca- libre do fio, desde que o ntime- To de espiras e 0 comprimento do enrolamento se mantenbam inalterados. Mas, com bobinas de espiras juntas, mesmo uma pequena variacdo no calibre do fio pode produzir grandes va: riagdes na indutancia. Entao, quando for necess4rio usar um fio de calibre diferente, ou uma forma de outro difimetro, que © especificado numa tabela bobinas, serd aconselhavel de ealcular a indutaneia da bobina original e, depois, dimensiona- la _novamente (para a mesma indutineia) com auxilio das equagées (1) € (2). Em igualdade dos demais fa- tores, as bobinas com espaca- mento entre espiras, do tipo auto-suportado, isto é, sem for~ ma, sio as de melhor rendimen- to. Entretanto, tais bobinas tor- ham-se muito ‘frégeis quando enroladas com fio fino. O po- listirene tem perdas apenas 1: geiramente superiores s do ar, de modo que, uma bobina enro: lada numa forma delgada déste material compara-se favoravel- mente em rendimento com uma bobina auto-suportada das mes- mas dimensdes. Teflon , seria provavelmente ainda melhor do que o polistirene, mas é bastan- te caro e, ao que sabemos, ain- da néo se fabricam formas de bobina déste novo material. In- felizmente, 0 polistirene no po- de ser usado em temperaturas muito superiores a 65°C. Além disso, 0 teflon nfo € bastante estavel mecanicamente para usar em bobinas de circuitos cri- ticos, dos quais dependa a fre- quéneia de operacio dé equipa- mentos. As formas de ceramica sio re~ comendadas nos easos em que é imprescindivel contar com a maxima estabilidade mecinica e elétrica e nos quais a tempera- tura elevada danificaria outros tipos de substancias isolantes As bobinas enroladas em fér- mas de outros materiais que nao TABELA 11 — Tabela de fios abreviada, Use 0s dados em conexio com as formulas do texto, Espiras/Polegada (sem espagamento) ‘Esmaltado 20 2 4 26 28 30 32 34 Pés/Libra D.e.c @.C.6.") * Os dados correspondentes no flo esmaltado sho malores do que os consignados, em até 25%, nos calibres menores. antenna — 3 — os citados, teréo perdas algo maiores, porém a diferenca de rendimento entre uma bobina construfda numa forma de pou- quissimas perdas e outra sobre forma de qualidade nao tao boa, raramente é considerdvel, até frequéncias da ordem de 15 Mc/s. Isto acontece porque as perdas da forma raramente con- tribuem com mais de 20% das perdas totais da bobina. As bases, ou culotes, de val- vulas velhas podem ser apro- veitadas como boas formas de bobinas de pequenas dimensdes. Possuem perdas razoavelmente baixas, especialmente as bases de cor castanha (Micanol), usa~ das em certas valvulas’ para aplicagdes especiais de trans- missfio de pequena poténcia GRAGY, 807, 811, etc.). O método convencional de ti- Xar as pontas das bobinas pe- quenas nas formas consiste em fazer uma série de furinhos na forma e passar as pontas da bo- bina por éles (saindo de um e entrando no outro). Nas formas de bobina intercamblaveis (com base propria), as vézes basta um s6 furo, pelo qual passa a pon- ta do fio antes de ir diretamen- te 20 pino correspondente na base, e ser ali soldada. Um método que costumamos usar consiste em inserir um pe- daco curto de fio de certa gros- sura entre o furo e o pino da base, ao qual é soldado. Faz-se com que a ponta do fio fique para fora do furo da forma na extensio de %4”, de modo que a extremidade do enrolamento Possa nela enrolar-se algumas vézes, sendo depois, soldada. ste sistema € especialmente conveniente nas montagens ex- perimentais, em que se costu- ma variar’ frequentemente o ntimero de espiras da bobina. As bobinas de fio de grosso calibre sio arrematadas da me- Thor maneira fazendo com que as pontas dos fios terminem em parafusos de latéo, atarrachados no lado da forma. Qualquer que seja o método adotado, fa- ¢a os furos na forma antes de comecar a fazer 0 enrolamento. ‘Talvez a melhor maneira de enrolar bobinas 4 mio seja de- senrolar do carretel a quantida~ de de fio necesséria, prendendo éste num torno de bancada. En- role um pedaco de pano na mao €, a partir do térno, v4 puxan- do 0 fio para alisi-lo bem, antenna = 39 — Prenda a ponta do fio na fér= ma, e afaste-se do térno até o fio ficar esticado. Comece a en- rolar a bobina girando a forma em sua direcéo. Mantenha o fio estieado e, A proporcio que progride o enrolamento, va ca- minhando devagar para o torni- nho. Conte as espiras enquanto as for enrolando, Se a bobina é para ser feita com espiras espacadas, faca o enrolamento com 0 espacamen- to aproximadamente correto. Se vocé fizer primeiro o enrola~ mento com espiras unidas, e de- pois tratar de separd-las, a bo- bina afrouxaré. Depois de en- rolado 0 mimero de espiras de- sejado e fixadas as pontas do fio na forma, o espacamento po- dera ser entao uniformizado, en- rolando temporariamente outro pedaco de fio, ou barbante, nos intervalos entre espiras Raspar o esmalte da ponta do fio da bobina, enquanto se ten- ta, simulténeamente, manter o enrolamento apertado, é coisa dificilima, capaz de pér A pro- va os nervos de um cristio. A tarefa pode ser muito simplifi- cada, se voc parar o enrola- mento faltando mais ou menos meia espira para completé-lo, raspando entao o esmalte do fio com um pedacinho de lixa fina. BOBINAS AUTO-SUPORTADAS Estas bobinas podem ser cons- trufdas da seguinte maneira: Enrole uma camada de papel en- cerado em térno da férma e dis~ ponha por cima, no sentido lon- gitudinal, trés a cineo tiras de polistirene, ou outro plastico qualquer, um pouco mais com- pridas que o comprimento do enrolamento e igualmente espa~ cadas entre si. Mantenha-as em Posic#o com fita adesiva, apli catia em ambas extremidades de cada tira. Uma vez feito 0 en+ rolamento, passe uma camada de cola-tudo nitrocelulésico (do tipo para alto-falante) em cada tira. Deixe que endureca du- rante algumas horas e aplique nova demo de cola-tudo. De- pois de endurecida a nova apli- eacéo do adesivo, retire a bobi- na da férma. Apare as partes excedentes das tiras. Outra tira, mais forte, de po- listirene, podera ser colada pela parte de fora da bobina, face a face com uma das tiras internas, a fim de permitir prender a bo- bina numa base intercambiavel, ‘ou monta-la. ‘Quando s6 uma bobina vai ser construida, pode-se usar uma forma de papelao, que sera des- truida quando da retirada da bobina. Porém, se o construtor vai fazer mais de uma bobina, poderé mandar tornear em ma- deira a forma nas dimensbes desejadas. Esta forma seré serrada dia- gonalmente, no sentido do com= primento. Em cada extremo da forma sero colocados paratusos om poreas para manter unidas as duas metades, e para fixar as pontas do fio, durante a cons- trucéo da bobina, Para manter a bobina redonda e tornar mais f4cil sua retirada da forma, encaixe entre as duas metades da forma uma fdlha metalica de espessura_aproximadamente igual 4 madeira consumida pe- Ja operacao de serragem da for- ma. Retirando em primeiro lu- gar esta folha metélica, a bobi- na sairé com maior facilidade. A “Barker & Williamson Co.” fabriea bobinas auto-suportadas, que podem ser recortadas no ta- manho desejado. Flas variam em diametro, de %” a 2%”, sen- do tédas enroladas com 32 es- piras por polegada. As meno- res (“Miniductor”) tém 2 ou 3 polegadas de comprimento, ¢ as maiores, 10 polegadas. BOBINAS COM TOMADAS. As bobinas com tomadas, fre- quentemente usadas em trans- missores de amador, introduzem alguns problemas especiais. Em primeiro lugar, as tomadas sem- pre reduzem um pouco o rendi- mento da bobina, porém, isso 6 compensado pelas vantagens que proporcionam, quanto a comu- tacdo de faixas e & economia de espaco. As perdas podem ser reduzi- das, levando na devida conta as seguintes consideracées: nas fre- quéncias mais altas, as espiras postas em curto atuam como uma capacitaneia em paralelo com as espiras ativas. Isto re~ duz o ntimero de espiras ativas requerido para aleancar deter- minada frequéncia. Além disso, quando a maior parte da bobi- na é posta em curto, o fator de forma da parte ativa torna-se bastante baixo. Por isso, raramente se usa uma s6 bobina com tomadas pa- (Conclui & pag. 396) 375 FASCICULO 356 NOVEMBRO 1957 CALCULO E... (Continuacio da pis. 275) ra abranger uma faixa de fre~ quéneias superior a 6 para 1. A norma entre os amadores & usar uma bobina independente te terminal, e passd-lo por éste para a faixa de 28 Mc/s, em sé- furinho feito na forma, conti- rie com umia bobina maior com nuando 5 tomadas, para as faixas de 21 a 3,5 Me/s. As tomadas nao usadas séo interconectadas. ‘Ocasionalnente, a parte posta em curto de ‘una bobina com to- | madas auto-ressonaré numa das faixas de frequéncia mais ele- : vadas, absorvendo a maior par- te da poténcia gerada nesta fre- quéncia. Deslocando a tomada culpada ligeiramente, a resso- naneia passaré a ocorrer numa frequéncia em que nao mais re- presentard problema. As tomadas, em bobinas en- roladas sobre formas, podem ser teitas durante o enrolamento das espiras, dobrando o fio sobre éle mesmo, na extenséo de alguns centimetros, e torcendo-o varias vézes, depois do que, prossegue- se com 0 enrolamento. Outro sistema seria fazer um furinho na férma e, uma vez enrolado © numero desejado de espiras, cortar 0 fio, passa-lo pelo furo € soldé-lo ao terminal adequa- do; em seguida, soldar a ponta do outro fio que foi cortado, nes- antenna —6—

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