Está en la página 1de 43
01000-RHIFA-163a CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais Superintendéncia de Recursos Humanos: Teste de Fator de Poténcia de Isolamento DOBLE-MEU 2,5 kV Treinamento & Desenvolvimento Geréncia do Centro de Formagao e Aperfeigoamento Profissional Belo Horizonte - Junho 2002 aw NS 10. tt. 12, ‘TESTE DE FATOR DE POTENCIA DE ISOLAMENTO SUMARIO pag: +02 Funcionamento do apaxetho DOBLE-MEU nas posicSes da SELETOR em CHECK, mVA e mil... 4.1 - Primeira andllse: Seteton Switch na posigio A (Check) 4.2 - Segunda andLise: Selector Sultch na posicéo B (mVA) 4.3 - Terceina andllie: Sefeton Switch na posigéo C (mil)... seen 04 +06 oe 08 Circuito slmpeisicade de baixa. tensio do DOBLE-MEU ~ 2,5 RV.... Cincuito equivatente de atta tensio do DOBLE-MEU - 2,5 kV, Comentirios de akgumas particutartidades do clrcuito de baixa e atta tensio do DOBLE-MEU - 2,5 RV. 7.1 = Clrcudto de baixa £2NS40....seeveveevenee 7.2 ~ Circuito de atta tensio..... AB 7.3 ~ Funcionamento da chave RANGE. a +16 7.4 = Funcionamento das chaves mittipticadonas de mVA @ ml. 2l7 weed Funcionamento de chave reversona REV. SW. Andkise do gunctonamento do knob POLARITY...++++ Andbises de medicdes com ingeuéncla de cornente de indugio no espécime sob ensaio. 10.1 - Primeina andtise: Infeuéneia da corrente de induciio na connrente de carga do espécime 2ob ensaio 24 10.2 - Segunda andtise: Ingeuéneia da corrente de indusdo na cornente de fuga do espécime sob ensato: Funcionamento da LV SWITCH. LU SWITCH na posic&o GROUND. 18 LU SWITCH na posicho GUARD. . LU SWITCH na posicho UST. a Cineuitos simpligicades do DOBLE-MEU, para destaque da LV SWITCH, nas posigdes GROUND, GUARD ¢ UST.....+ Wd 11.2 11.3 14 Regeréneias Bibtiogndgiens. - pag: 1 4, FUNCIONAMENTO DO APARELHO DOBLE-MEU NAS POSIGOES DA "SELETOR" EM "CHECK", "MVA" E "MW". ircuito simplificado d S50; Fig.1 - 0 esquema baésico do Doble-Mew, mostrado na fig.1, consta de: a) V é um voltimero graduado de 0 a 100 divisGes para Jeitura direta de mVA e mM, acoplado em um amplificador, que pode ser ligado em A, B ou C através de uma chave seletora (Selector - nado mostrada na fig.1), conforme sera visto. b) CS & um capacitor padrdo, proprio do instrumento, a ar. portanto sem fuga, posto em série com o resistor RA sobre 0 qual o cursor K (mWADJ.) pode ser deslocado. c) RS & um resistor padrao, fixo, do instrumento. 4) C e@ R representam a capacitancia e a resistencia de fuga do espécime sob ensaio. NOTA: o instrumento € construido de tal modo que: ° Pag: 4 155A & >> RS W.cs W.cR Assim, as correntes Ics e Ic podem ser consideradas como, praticamente, adiantadas de 90° em relagdo 4 tenséo VF, e Ir em fase com VF, conforme as figuras 2 e 3. . Pag: 5 TESTE DE FATOR DE POTENCIA DE ISOLAMENTO 4. INTRODUGAO Para conveniéncia, o termo “teste de fator de poténcia de jsolamento" 6 usado para referir-se a um teste completo de perdas dielétricas em corrente alternada. Fator de poténcia € uma das muitas caracterfsticas que & possivel medir das que podem ser obtidas de um teste completo de perdas dielétricas em CAL, @ & usado para avaliacao das condigées do isolamento. 2. HISTORICO DO TESTE 0 teste de fator de poténcia de isolamento foi primeiramente usado nos Estados Unidos por volta de 1917, pelos fabricantes de cabos para pesquisas e controle das operagées de fabricacdo. 0 teste de fator de poténcia foi aplicado pela primeira vez, como teste de jsolamento de equipamentos, por volta de 1929 pela Doble Company. Todos os grandes fabricantes de buchas fazem os testes de rotina em novas buchas, em suas fabricas, usando o fator de poténcia. Estes mesmos fabricantes recomendam testes periédicos de fator de poténcia no campo, e fornecem dados tipicos. Muitos dos grandes fabricantes de transformadores fazem os testes de fator de poténcia de isolamento, como teste de rotina da fébrica, em novos transformadores de forca e transformadores de medida imersos em 6leo. Todos os fabricantes de grandes transformadores estdo preparados para fazer o teste de fator de poténcia de isolamento em suas fdbricas e estao familiarizados com as vantagens deste teste. Milhares de testes tem sido efetuados no campo, em maquinas rotativas, cabos, 6leo isolante, disjuntores, para-ratos, etc. 3. VANTAGENS DO TESTE Pode detectar a presenca de mau isclamento, ainda que exista uma camada de bom isolamento em série com o mau isolamento (os testes com corrente continua mostrariam "infinito" ou alta resistencia de isolamento sob esta condicdo). Muitas formas de isolamento deteriorizado envolvem camadas de bom e ma’ isolamento em série, por exemplo: sectes de isolamento de uma bucha mergulhada em “compound” a qual esteve desigualmente exposta a umidade que penetrou através das juntas de uma trinca no corpo da bucha. enna Caraga pane et = Péa: 2 4.1 - 12_Analise: Seletor Switch na posicdo A (Check) Quando V @ conectado em A, ele fica submetido a diferenga de potencial RA.Ics, sendo portanto a sua indicagéo VA um valor de tenséo que o fabricante determinou que deveria indicar o fim de escala (100 divisdes). Se isso nao acontecer, devemos fazé-lo aumentando ou diminuindo o ganho do medidor através do controle "Meter ADJ.", que ndo aparece na fig.1. Na figura 4 0 fasor PG representa RA.Ics. VF Fig. 4 Va = RA.Ics=PG 4.2 - 24 _Andlise: Selector Switch na posicdo B (mVA Quando V 6 conectado em B ele fica submetido a diferenga de potencial RS.Icr, sendo portanto a sua indicagdo VB proporcional A Ter uma vez que RS 6 fixa. A leitura seré na sua escala graduada em mVA, pois corresponde a corrente de carga que percorre o espécime. No diagrama fasorial da figura 5, 0 fasor PS representa RS.Icr. Fig.5 VB = 8S.Icr = PS (5.1) 4.3 - 39 Andlise: Selector Switch na posi C (mW Quando V é conectado em C, ele fica submetido a diferenga de potencial entre os pontos G e S (fig.1). A figura 6 mostra o diagrama fasorial correspondente em que o fasor PG representa RV.Ics. Desloca-se o cursor K (mW ADJ.) até que V indique a menor Jeitura (fig.1), 0 que significa obter o ponto G’, Isto ¢, 3G" perpendicular a diregio PG (fig.6). Tem-se entéo que a indicagio VC = PS.cosp = 5G’. Entretanto, foi visto que PS = RS.Icr, entdo: vc = RS. Icr.cosp (6.1) Mas, na fig. 6, tem-se que Icr.cosp = Ir e a expressdo (6.1) torna-se: vc = RS.Ir A expressdo mostra que VC & proporcional a componente ativa Ir, devendo portanto, nesta posigéo, a leitura ser feita na escala graduada em mw. Na expressdo (6.1) cosp = x. porém, na expressdo (5.1) RS.Icr = VB, entdo: vc -= = FP cose = cos@ ve = RS.Ir VB = RS.Ier vc RS.Ir Fp = 2 = VB ORS.ler a Paq: 8 Fig. 6 péns 9 5, CIRCUITO SIMPLIFICADO DE BAIXA TENSAO DO DOBLE-MEU-2,5 KV FIG. 7 - Aa: 10 Receptaculo para alimentacao do aparetho, 118 VAC; Fusivel principal 3,0 amp; 3 - Laémpada verde; 4 - Transformador para amplificador; 5 - Relé de terra; 6 - Botoeira de seguranca, operagdo local: 7 - Receptéculo para botoeira de-seguranga ,com extensdo; eee 8 - Lampada vermelha; 9 - Controle de. tensdo; 10 - Disjuntor; 11 - Chave reversora (REV.SW.); 12 - Voltimetro; 13 - Transformador, enrolamento 100 v. * Aterramento a ser feito via caixa metalica do aparelho. 6. CIRCUITO EQUIVALENTE DE ALTA TENSAO DO DOBLE-MEU-2,5 KV FIG.8 Pda: cs - RA-RV RS - RM GR - ep UST - HV - WW - K = mi Amp). v-¥ A-B-C HIGH MED - LOW - Capacitor padrdo, a ar, 200 pf. - Resistor padrao, posto em série com o capacitor CS, com a finalidade de fornecer uma tensdo de referéncia, em fungéo da corrente de carga do capacitor CS, necessério na medigdo das perdas do espécime sob ensaio, pelo método do voltimetro (veja ftem "Funcionamento do apareiho Doble- Meu"). Resistor padrdo, posto em série com o espécime sob ensaio, coma finalidade de fornecer uma tensdo em fung&o da corrente de carga do espécime, necessério na medigdo da poténcia aparente e das perdas, pelo método do voltimetro (veja item “Funcionamento do aparelho Doble-Meu"). Resistor padrdo para a calibragdo do medidor. Ground - Guard Ungrounded Spécimen Test High Voltage Low Voltage W adj. - Amp1ificador oltimetro - Identificago das posigées da chave seletora (Selector), check, mVA e mW, respe:tivamente. - Alta Média Baixa : Pag: 13 14 - Transformador, enrolamento 2,5 kv; 15 - Polarity 16 - Selector 17 - Multiplicadora de mVA 18 - Multiplicadora de mW 19 - Lv Switch 20 - Range 21 - Meter Adj. * Aterramento a ser feito via caixa metélica do aparelho. 7. COMENTARIOS DE ALGUMAS PARTICULARIDADES DO CIRCUITO DE BAIXA E ALTA TENSAO DO DOBLE-MEU-2,5 KV 7.1 - Circuito de baixa tensdo. a) £ obrigatério a ligagéo da caixa metélica do aparelho ao sistema de aterramento do servico auxiliar, com uma cordoalha que o acompanha, antes de fazer a sua alimentacao. A obrigatoriedade do aterramento da caixa metdélica se deve a nao permissividade de funcionamento do aparelho, sem este aterramento, porque além da seguranca, o aterramento desempenha um papel de servicgo (veja item "Funcionamento da LV Switch"). Apos a alimentagdéo do aparelho pode-se verificar a polarizagao correta do relé de terra, atuando na botoeira de seguranga jocal. A polarizagio correta 6 observada quando a botoeira é operada e a Vampada verde € apagada. Caso nado ocorra a polarizagéo correta, inverter os pinos do cabo de forga em relacdo a tomada de alimentagdo. Fazer nova verificagdo. b . Dare 14 Nota: A existéncia do relé de terra no circuito do aparelho, tem como objetivo evitar que o ensatador faga medigdes sem o aterramento do aparelho. c) A botoeira de seguranca com extensdo deve ser operada, quando puder, por quem estiver encarregado de fazer as conexées elétricas do aparelho ao espécime sob ensaio. d) A botoeira de seguranga local deve ser operada por quem estiver, também, operando o aparelho. e) 0 disjuntor do painel do aparelho s6 deve ser ligado com o controle de tensio na posigdo zero. SHEE EEE f) A lémpada vermelha, quando acesa, indica tensdo no controle. g) A chave reversora (REV.SW.) nao pode ficar na posigdo intermediéria porque, assim, nao permite o funcionamento completo do aparelho. Nota: A teoria completa de operagéo do apareiho encontra-se na instrugdo “Ensaiador de isolamento elétrico Meu - 2,5 kv e MH - 10 kv da Doble Eng. Co. . 7.2 - Circuito de alta tensa a) 0 Knob "meter adj." deve estar todo deslocado no sentido anti- horério. b) A chave “range” deve estar selecionada na posigéo "high". (veja teoria de "Funcionamento da chave range” c) AS chaves multiplicadoras de mVA e ml devem estar selecionadas para o maior multiplicador das leituras (veja teoria de “Funcionamento das chaves multiplicadoras de mva e my"). d) A chave “LV SW." deve ser selecionada de acordo com as pretengées de medi¢ées do operador do aparelho. : Pag: 15 Nota: A teoria completa de operagdo do aparelho encontra-se na instrugdo "Ensaiador de fsolamento elétrico Meu - 2,5 kv e NH - 10 kv da Doble Eng. Co. 7.3 - Euncionamento da_chaye “range”: A poténcia nominal do Doble-Meu-2,5 kv é de 100 VA (40 ma - 2,5 kv). Como, normalmente, nao se sabe a poténcia do espécime sob ensaio, antes da medicdo, o fabricante inseriu em paralelo com o resistor padrao RS trés resistores que podem ser selecionados pela chave "range". A corrente de carga do espécime sob ensaio decompde-se em duas de tal modo que a maior delas circula pelo circuito da chave range (veja circuito equivalente de Alta tensdo, fig. 8). Concluséo: se ao deslocar a selector para a posi¢ao mVA o medidor jndicar na escala um valor inferior a 10 divisdes, atuar na chave range de high para med. . Nesta operacgao a corrente de carga que estva percorrendo o resistor RS vai crescer 10 vezes, fazendo com que a d.d.p. no medidor cresca 10 vezes e, consequentemente, 0 multiplicador de Jleitura reduza 10 vezes. Se ao deslocar a chave da posigado high para med. e a leitura no medidor ainda for menor que 10 divisdes, passar a chave range de med. para low. Nota 1: 0 objetivo da range 6 proporcionar ao operador do aparelho usar o medidor na sua faixa de melhor exatidéo (final de escala). Nota 2: No momento em que se esta fazendo a calibragéo do aparelho (check), a chave range deve estar na posigéo high como garantia de que ndo ha sobrecarga no resistor RS. Nota 3: Ao fazer a leitura da poténcia ativa, a chave range deve permanecer na mesma posigdo da leitura da poténcia aparente, evitando, assim, sobrecarga no resitor Rs. A definigdo da posig8o da chave range é feita no momento da -leitura da poténcia aparente. - Pag: 16 7.4 - Funcionamento d: aves multiplicadoras de mV, L As operagdes, individuais e corretas, das chaves multiplicadoras de mVA e mi fazem uma somatéria de médulos do resistor RS aos terminais do medidor (veja circuito equivalente de alta tensao, fig. 8). Concluséo: Como a corrente de carga do espécime sob ensafo € constante, a operagdo das chaves multiplicadoras eleva, consequentemente, a d.d.p. nos terminais do medidor. Nota 1: 0 objetivo das chaves multiplicadoras 6 dotar o aparelho de mais um recurso para a utilizago do medidor na sua faixa de melhor exatiddo (fim de escala). Nota 2: No momento em que se est4 fazendo a calibragéo do aparelho (check), as chaves multiplicadoras de mVA e mi devem estar posicionadas no maior multiplicador para permitir o maximo de recurso, tanto das multiplicadoras como da range. Nota 3: A operagdo das chaves multiplicadoras fazem 0 ponteiro do medidor deslocar, na escala, na mesma proporgdo em que foi alterado o multiplicador. - Aa: 17 8. | FUNCIONAMENTO DA CHAVE REVERSORA (REV. SW.) A chave reversora tem trés posicdes fisicas, porém, para teste ela s6 possui duas posigées que foram convencionadas em posigéo “normal” e@ posigéo “reversa". Quando esta chave é acionada para qualquer uma das duas posigdes convencionadas acontece uma mudan¢a do sentido de fluxo da corrente de carga (Icr), do espécime sob ensaio, no resistor padréo (RS), conforme € visto nas figuras 9 e€ 10. Os diagramas fasoriais 9.1 e 10.1 ilustram as posi¢des do vetor corrrente de carga (Icr) dentro do circulo trigonométrico. Nota 1: A justificativa da necessidade da chave reversora no aparelho de teste sé sera entendida no item “medigéo de fator de poténcia com influéncia de indugées no espécime sob ensaio". Nota 2: A terceira posigdo fisica da chave reversora que poderia ser chamada de posigdo intermediéria, nao tem funcao elétrica, ou melhor dizendo, nesta posigao a chave corta a alimentago do enrolamento de baixa tensdo do aparelho, n&o permitindo a execug3o do ensaio. - Pag: 18 CHAVE REVERSORA NA POSICAO "NORMAL" Fig. 9.1 : Pag: 19 CHAVE REVERSORA NA POSICAO "REVERSA" “ e 10 Fig. Fig. 10.1 Pag: 20 9. ANALISE DO FUNCIONAMENTO DO KNOB POLARITY 0 Knob Polarity tem instalado no seu eixo uma mola de retengdo fazendo forga antagOnica no sentido anti-horério. Quando o Knob @ acionado no sentido horério ele percorre um resistor "RK" fazendo com que uma corrente resistiva pura IR’ seja {ntroduzida no circuito do capacitor padrao CS, mudando as caracteristicas do vetor Ics que passa a ser vetor IcSR. O vetor IcRS aumenta de m6dulo em relacdo ao vetor Ics e diminui 0 angulo em relacéo ao vetor tensdo, conforme € visto nas figuras 11 e 11.2, 12 e 12.2. Nota 1: A justificativa da necessidade do Knob Polarity no aparelho de teste so seré entendida no item "medigdo de fator de poténcia com influéncia de indugdes no espécime sob ensaio". - Pag: 2 REV. SW. NA POSICAO “NORMAL” Bf Fig. 11 Ics, 1eg---a 1ESR Vv IR" Vv Fig, 11.1 Fig. 11.2 Polarity na posi¢éo Polarity na posi¢ac de repouso (Pos.1) de acionamento (Pos.2) - Pag: 22 REV.SW. NA POSICAO "REVERSA™ Fig. 12 Vv IR’ ics IcsR Fig. 12.1 Fig. 12.2 Polarity na posigap Polarity na posigéo de repouso (Pos.1) de acionamento (Pos.2) Pag: 23 40, ANALISES DE MEDIGOES COM INFLUENCIA DE CORRENTE DE INDUGAO NO ESPECIME SOB ENSAIO Nos testes de fator de poténcia de isolamento de equipamentos que possam estar submetidos a campos eletromagnéticos (indugées), existe a possibilidade dos resultados das medigées (0 fator de poténcia) sofrerem alteragdes devido a estes efeitos. Pensando nesta hipétese, o fabricante do Doble-Meu instalou no circuito do aparelho dois controles (REV.SW. e Polarity) fig. 9 e 11, que possibilitam minimizar, ou até mesmo eliminar, a influéncia da corrente de indugdo nos resultados das medigdes. Por este motivo deve-se fazer duas leituras da corrente de carga do espécime sob ensaio, atuando na “REV.SW." e duas leituras da corrente de fuga, atuando na "REV.SW." e "Polarity". As analises a seguir ilustram os efeitos das operagdes da REV.SW. e Polarity em um exemplo de uma das muitas situagdes que possam ocorrer no campo. 10.1 - 1? Andlise: Influéncia da corrente de indugdo na corrente de carga do espécime sob ensaio. - Como ilustracdo tormar-se-a: Ic = 10pu [90° IR = 4pu [0° Jer = fLO' m+ 4" pu 682° Ti = 2,5 pu [220° a) Com a REV.SW. na posigao normal (fig. 13), 0 diagrama fasorial da fig. 13.1 mostra que, devido a corrente de indugdo, 0 aparetho indicaria a corrente de carga Ter’ (soma de Ter + Ti) igual a, aproximadamente, 8,6 pu. b) Com a REV.SW. na posigdo reversa (fig. 14), 0 diagrama fasorial da fig. 14.1 mostra que, devido a corrente de inducdo, o aparelho indicaria a corrente de carga Icr" (soma de Ter + 11) igual a, aproximadamente, 13 pu. - Pag: 24 Conclus6es: > 0 fabricante do aparelho pede para considerar a corrente de carga como sendo a média aritmética dos dois valores (10,8pu). Se ndo houvesse a "REV.SW." o aparelho indicaria uma das duas correntes (Icr’ou Icr"). Com a operagio da REV.SW. 0 resultado é, aproximadamente, igual ao resultado do teste sem inducéo. Para minimizar, ou até eliminar o efeito da corrente de indugdo, basta, somente, o controle “REV.SW.", porque a corrente de carga do espécime sob ensaio sempre sera (quando possivel executar o teste) maior que a corrente de indugéo. iat Pag: 25 Fig. 13.1 Pag: 26 al 14 Fig. Pag: 27 10.2 - 2% Analis. Influéncia da corrente de indugdo na corrente de fuga do espécime sob ensaio. yo a) b) Co Caso: Ie = 14 pulgoe IR = 8 pu Lo Ti = 3 pu [220° Com a REV,SHW. na posigao normal, o diagrama fasorial da fig. 15 mostra que, devido a corrente de indugdo, o aparelho indicaria a corrente de fuga IR’ igual a, aproximadamente, 5,6pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que o vetor IR’ (fig. 15) diminui de médulo, causando o deslocamento do ponteiro do medidor no sentido do inicio de escala. Com este deslocamento, transitério, a polaridade da corrente de fuga IR’ € positiva (+5,6 pu). Com a REV.SW. na posigdo reversa, o diagrama fasorial da fig.16 mostra que, devido a corrente de indugdo, o aparelho indicaria a corrente de fuga IR" igual a, aproximadamente, 10,4 pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que 0 vetor IR" (fig.16) diminui de médulo, causando o deslocamento do ponteiro do medidor no sentido do inicio de escala. Com esse deslocamento, transitério, a polaridade da corrente de fuga IR" "6 positiva (+10,4 pu). nclus6es: 0 fabricante pede para considerar a corrente de fuga como sendo a soma algébrica dos dois valores dividido por dois: [(+5,6 pu)+(+10,4 pu):2], ou seja, aproximadamente, 8 pu. Como a corrente de carga ICR’ da fig.15 permanece no 1° quadrante, as polaridades das duas Teituras das correntes de fuga IR’ e IR" foram positivas. Neste caso, ainda, nao justifica a necessidade do Knob Polarity, ou seja, bastava somente atuar na "REV.SW.". Sem a REV.SW. 0 apareiho poderia indicar qualquer uma das duas correntes de fuga IR’ ou IR". i Pag: 28 Fig. 45 29 Pag: ese Fig. Ab. Pag: 30 2° a) b) Caso: Ic = 14 pu [gar IR - 8 pu [oe li = 9 pu [220° Com a REV.SW. na posigdo normal, o diagrama fasorial da fig. 17 mostra que, devido a corrente de induc&o, o aparelho indicaria a corrente de fuga IR’igual a, aproximadamente, 1,2 pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que o vetor IR’ (fig. 17) diminui de médulo, causando o deslocamento do ponteiro do medidor no sentido do inicio de escala. Com este deslocamento, transitério, a polaridade da corrente de fuga IR’ 6 positiva (+1,2 pu). Com a REV.SW, na posigdo reversa, o diagrama fasorial da fig. 18 mostra que, devido a corrente de indugéo, o aparelho indicaria a corrente de fuga IR" igual a, aproximadamente, 14,8 pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que o vetor IR" (fig. 18) diminui de médulo, causando o deslocamento ~do ponteiro do medidor no sentido do inicio de escala. Com este deslocamento, transitorio, a polaridade da corrente de fuga IR" @ positiva (+14,8 pu). Conclusées: 0 fabricante pede para considerar a corrente de fuga como sendo a soma algébrica dos dois valores dividido por dois: (41.2 pu)+(14,8 pu):2], ou seja, aproximadamente, 8 pu. - Como a corrente de carga Icr’ da fig. 17, ainda, permanece no re quadrante, as polaridades das duas leituras das correntes de fuga IR’ e IR" foram positivas. Neste caso, ainda. nado justifica a necessidade do Knob Polarity, ou seja, bastava somente atuar na "REV.SW." - Sem a “REV.SW," 0 aparelho poderia indicar qualquer uma das duas correntes de fuga IR’ ou IR". a Pag: 31 fro. Li. 18 Fig. Pag: 33 3° Caso: Ic = 14 pu [90° a) b) IR = 8 pu Loe I} = 12 pu [220° Com a REV.SW. na posicdo normal, o diagrama fasorial da fig. 19 mostra que, devido a corrente de inducdo, o aparelho indicaria a corrente de fuga IR’ igual a, aproximadamente 1,1 pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que o vetor IR’ (fig. 19) aumenta de m6dulo, causando o deslocamento do ponteiro do medidor no sentido do fim de escala. Com este deslocamento, transitério, a’ polaridade da corrente de fuga IR’ € negativa (-1,1 pu). Com a REV.SW. na posig&o reversa, o diagrama fasorial da fig. 20 mostra que, devido a corrente de indugdo, 0 aparetho indicaria a corrente de fuga IR" igual a, aproximadamente 17,1 pu. Atuando, agora, no Knob Polarity, observa-se que o vetor IR" (fig. 20) diminui de médulo, causando o desTocamento do ponteiro do medidor no sentido do inicio de escala. Com este deslocamento, transitério, a polaridade da corrente de fuga IR", & positiva (+17,1 pu). ConclusGes: > 0 fabricante pede para considerar a corrente de fuga como sendo a soma.algébrica dos dois valores dividido por dois: [(- 1,1 pu)+(+17,1):2], ou seja, aproximadamente, 8 pu. Como a corrente de carga Icr’ da fig. 19 deslocou-se para o 2° quadrante, a polaridade da leitura da corrente de fuga 18’ foi negativa. Observa-se através das andlises feitas nos trés casos que sé nado houvesse a REV.SW. 0 aparelho indicaria um valor falso da corrente de fuga. Observa-se, também, através das andlises feitas nos trés casos, mesmo que o aparelho possua a REV.SW., que a Polarity é necessaria para distinguir o momento em que a corrente de indugdo € t&o maior que a corrente de fuga que desloca o vetor corrente de carga Icr’ (fig. 19) para o 2° quadrante. Tem necessidade da Polarity na corrente de fuga, porque a corrente de fuga pode ser maior ou menor que a corrente de indugdo, acarretando a obten¢ado de um resultado falso se analisassemos s6 os médulos das leituras. : Pag: 34 19 Fig. 35 Pag: 36 Fig. 20 41, FUNCIONAMENTO DA"LV SWITCH" 0 aparelho ¢ provido de chave comutadora denominda de LV Switch, cuja funggo é selecionar o cabo LV em trés posigées convencionadas pelo fabricante do Doble-Meu em: ground, guard e UST. Os esquemas que se seguem servem como exemplo para que possamos entender a filosofia de funcionamento da chave LV Switch. Nos exemplos, é usado um transformador de dois enrolamentos, onde: AT - Enrolamento de alta tensdo BT - Enrolamento de baixa tensdo M- Aterramento da carcaga do transformador CAB - Isolamento elétrico entre AT e BT CAM - Isolamento elétrico entre AT eM CBM - Isolamento elétrico entre BT eM " PAa: 37 11.1 - LY SWITCH na_posicdo GROUND: Conclus6es: a) Com LV Switch na posi¢ao ground o aparelho faz medi¢ao do jsolamento que se encontra entre os cabos HV e LV, HV e massa. No exemplo acima o isolamento medido & CAB+CAM. b) Com LY Switch na posigéo ground o cabo LV fica no potencial de massa do aparelho. c) A. filosofia de funcionamento da LV ‘Switch depende do aterramento do Doble-Meu e do equipamento sob ensato. d) No exemplo acima dizemos que o isolamento CBM encontra-se guardado, ou seja, fora da medigao. - Pég: 38 11.2 - LV SWITCH na posicdo GUARD: Low 50x) ow Conciusées: a) Com LV Switch na posi¢éo guard o aparelho faz medicdo do jsolamento que se encontra entre os cabos HV e massa. No exemplo acima o isolamento medido € CAM. b) Com LV Switch na posigdo guard o cabo LV fica no potencial de guarda do aparetho. c) A filosofia de funcionamento da LV Switch depende do aterramento do Doble-Meu e do equipamento sob ensaio. d) Ne exemplo acima dizemos que o isolamento CAB e CBM encontram- se guardado, ou seja, fora da medi¢do. : Pag: 39 11.3 - LV SWITCH na _posicdo UST: Conclusées: a) Com LV Switch na posigéo UST © aparelho faz medicao do jsolamento que se encontra entre os cabos HV e LV. No exemplo acima o fsolamento medido 6 CAB. b) Com LV Switch na posigaéo UST 0 circuito de massa do aparelho fica no potencial de guarda do aparelho. c) A filosofia de funcionamento da LV Switch depende do aterramento do Doble-Meu e do equipamento sob ensaio. d) No exempio acima dizemos qu2 os isolamentos CAM e CBM encontram-se guardados, ou seja, fora da medi¢do. Nota: Veja mais detalhes sobre a posigdo UST na instrugao "Ensaiador de isolamento elétrico Doble-Meu-2,5 kv e MH-10 kv da Doble Eng. Co. EE Pag: 40 by 9 11.4 - Circuitos simplificados do _ DOBLE-MEU para destaque da LV SWITCH, nas posicdes GROUND, GUARD e@ UST: - LV SWITCH NA POSIGAO GROUND. Ww Ca Get, (ret fi a Pate ‘7 iN Hoan ca \ \ : Wythe dba e Log J seu Cae YAS ae " | com | “ fet gh ay has - LV SWITCH NA POSICAO UST. wy Mh Pag: 41 12. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS MEDIDAS ELETRICAS - SOLON DE M. FILHO LIVRO DE REFERENCIA DA DOBLE - IT-3.10.70 PREPARADA POR: ROBERTO CARLOS IRENO DE MELO Pag: 42 Fornece uma indicagéo das condigdes globais de operacdéo do isolamemto em termos de uma relacéo (o fator de poténcia do isolamento) o qual € independente do volume do isolamento sendo testado, por exemplo: modernos transformadores de forca, isolados com papel, imersos em 6le0, em boas condigées, terdo um fator de poténcia de menos de 1% a 20°C independente do fabricante, tamanho e tens. O fator de poténcia de um fsolamento aumenta quando o isolamento torna-se deteriorado, e a experiéncia tem mostrado os valores anormais os quais indicam perigos de falhas. Fornece uma medida global das condigdes de isolamento do equipamento em C.A, sob condigdes simuladas, a frequéncia normal de operagio, a qual independe da duragdo do teste. Testes em C.C. requerem mais tempo, nado simulam condicées normais de operacdo do isolamento, exceto para equipamentos de C.C., e os resultados sao afetados pela duragdo dos testes. Fornece dados os quais permitem uma analise das condigées do isolamento de equipamentos, pela comparacdo com resultados correlatos de muitos milhares de testes e investigagées feitos em equipamentos similares desde 1929. SEW) SPz2 OOTIL Hea »fp% seid Jo M6 be ne O09 eae ye eiC Eas bs § ee ee O95? a e Oo phar ws Ye Mt ; aon mea f-<5° pe { A= Cons

También podría gustarte