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498 ros ror A natureza e a intensidade das restrigtes dependerdo: (1) do regime jurttico de prozegtio estabelocido para cada érea e (2) do zoneamento efetuad fem que for aplicével Desde logo, 0 tex’ ‘mir esses espagos ou alteraro seu regime juridico." Essa medida ter por objeti impedir que atos isolados do Poder Fxecutivo alterem a protecdo estabeleci¢a, sem abrir a possibilidade de ampla discussio com a sociedade, no 4 processo legislative. A Constity ridade di de criagdo dos espacos."™ A base técnica men ‘ada na Constituicée, come fundamento para a defini- iio de um espaco protegido edo regime) excegic das Areas de Preservagao Perm: ia Lei n? 12.651/12, apenas em funcéo de lei jé determina, o regime de protegia dos demais espagos hd que ser estabele- cido caso a caso, por meio de processe administrative especifico, que tramita no Ambito do Poder Pal revogou 0 Cédigo Florestal ¢ define as Areas de Preservacio Permanente (APP) a Legal; na Lei n° 9.985, de 18-7-2000, que dispée sobre o Sistema ce Unidades de Conservagle (SNUC) ¢ as Resezvas da Biosfera; na Lei n° 6.766, de 19-12-1979, que dispée sobre loteamentos, e na lei n® 11.428, de 22-12-2006, que trata da Mata Atlantica, entre outros. F788, a. 225, Lain" 6.930/ 1, coma redagio dads pela Le x 7.804, de 16-7-1969. AREAS DE PRESERVACAO PERMANENTE (APP)! 29.1 Alteragées do Cédigo Florestal” Conforme ja detalhado no Capi que revogon 6 Cidigo Flores: losobre Flora eFlorestas, a Lein* 12.651/12, n° 4771/65: uma série de debates acerca cle supostas violagées constitu pela nova norma. De um modo geral. criticou-se o retrocesso na protegio ambient supressio de eertas dreas especialmente protegidas e, mais grave, a anistia # i fragoes ambientals ocomidas no passado. inconstitucionalidade (ADIn)," apont vos da Lei n? 12.651/12, Posteriormente, uma quarts ADIn fo jerando a relevancia das modificagées instituidas, bem come ‘mica que as mesmas causaram, entende-se importante verificar como fic + Apu 49a7. 400. Dem Anbinal © Gres sareinps # analisar os inconstitucio- Em seguida os rratados sob a luz do novo diploma legal. 29.2 Conceito e delimitago das APP ‘O conceito legal de Area de Preservagao Pei 12,651/12, que dispGe sobre a protecéo da vegetac a protegida, coberta ou fio pe ‘Ac estabelecer uma furngao ambiental para as Areas de Preservacao Per- te a relevncia desses espagos para a vegeta, a Agua, a Daf a importancia de se entender a funcdo ambiental como nutengio do equilbrio entre os vrios recursos, canstituind 0 ddo meio ambiente e que nao pote ser objeto de relatvizacéo, te, como categoria tnica ¢ global, ora.com partes fa montanha, um cérrego especifico, um ecos- sistema iocalizado). Tal & decorréneia da forma macro ou mtcro com que se anatise a questa, No easo em tela estéc-se fazendo uma relagio necesséria entre 0 solo ¢ a vegetacso, associada 4 fauna que abriga. Continuando, Herman Benjamin ensina que © meio ambiente, como bem objeto do funcao ambiental, € género amplo (macrobern) que ume infintude de ou- tras bens — numa relagio assemelhade 4 dos dtomos e moléculas -, menos genéricos e mais materiais (microbens): séo “a atmosfora, as dguas interiores, superficiais esub- 5 Dai 12651/12, 938,11 Sree reg Rezntn(AD) AT ., omar territorial, o solo, 0 subsolo, os elementos da biosfere, u em outras spataras 05 elementos da heitrasjer da atmosjera, da neira muito geral, podo-se dizer « 0 bem ambiental, isco 6, 0 mei As Areas de Preservagio Perman de uma antroposjera. Assim, de tame jente como realidade abstrata e proteijorme.* 1e, quanto zo dominio, acompanham a pro- | maior protege dos elementos que cxercem Embora permaneca na posse do espaga, o proprietirio néo tervengées na 4rca nem suprimir sua vegetacdo, observando-s indenizagio aos respectivos propre 4reas um refiexo da funcdo social e ambiental da propricdade. Conforme enten- dimento do STI, constatads ai quer prejui no se configura do uso da propriadade e L interesse dos autores para a propositura de indirera A protecao das APP refere-se a0 espago get te, osolo € a vegetacio. A Lei nt 12.651/12 est ou nao por vegetagéo nativa. O entendimento desse dis do de que o espago deve ser coberto de vegctacao, 1 serd provido de cobertura vegetal, ecossistemas que ali se desenvolvem que pode garantir o cumprimento da sua fungio ambiental ALei n° 12.651/12 determina expressamente essa obrigagao, a0 dispor que a vegetazio situada em APP deve ser mantida pelo proprietério da drea, possuidor ou ocupante a qualquer titulo, pessoa fisica ou jurtdics, de direito puiblico ou privado.? BENJAMIN, Antonio Herman Vasconcelos @, Fungio Ambiental. m: Dane embiewal: preven fo, reparagio e repressio. $40 Paulo: RI, 1993, p00. Mor tom tlativa & Supress exagio an. APP STU 2° Tz Bel nes EDd no REsp n* 161:545/5 Rel. Min, Francisco Pecans Naw ‘92002, BF LN-L1-2002, p. 171 > Leia? 12651/12, at. 7", | | 462 ire Ambien * Gamer Note-se que a lei earacteriza essa abrigacio como de neureza reai, transmicida ao cessor, em caso de transferéncia do dominio ou posse do imével.® A inexistoncia a 01 da vegetacio em estado secundirio de regeneracio rio camente @ APP: a pri espago € sempre obrigatéria, icao da cobertura ve; 5 dreas.s* 29.2.1. APP definidas por sua localizagiio As Areas de Preservacao Permanente (APP) previstas no art. 4? da Lei n® fem fungto apenes de sua localize- pria lei, Disso decorte que esses espacos podem de acorde com ‘« dominio das areas onde se localizam e em reas urbanas cu rureis, A Tei nt 12.651/12 assim estabelece a Ie leito regular, em largura 2) 30 metros, para os cursos ¢égua de menor de 10 metros de lar- ura; ) 50 metros, para os cursos d'dgua que teaham de 10 a 50 metros largua; ©) 100 metros, para os cursos digua que tenham de 50 2 200 me- os de lergura; 4) 200 metros, para gs eursos d'égua que tenlham de 200 a 600 me ‘wos de larguta; ©) 500 metros, para os cursos digua que kenham lorgura superior 2 600 mer Tl as areas no entome dos lagos ¢ legoas naturais, em faixa com largura minima de: 2) 100 metros, om zonas ruzais, exceto para 0 corpo d'égua com ats 20 hecrares de superficie, cuja faixa marginal serd de 50 metros; ) 30 metros, em zonas urbanas; M—as dreas no. dos reservatérios d'agna antficizis, decor- rentes de barramento ou represamento de cusses d' na feixa definida na licenga ambiental do empreen 681/12, ant. 7.8 2". © Lain 12.851/1, an. 72,5 U aca rmaengin ermatose (AFR) 463 no das nascentes e dos olhos d’gua perenes, inimo de SO Vi ~ as restingas, como fizadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues: VIL - os manguezals, em toda a sua extensio; ‘Vill — as bordes dos tabuleiros ou chapadas, até a ‘XT ~ em veredas, a faixa margii levo, em faixa nunca inferior a 100 n ude superior a 1.800 metros, qualquer que seja m projecso horizontal, com lar: gara minima de 50 metros, a partir do espaco permanentemente Irejoso @ encharcado, 29.2.2 APP declaradas de interesse social Oar, diverso, revendo a poss conter a crosdo do sclo e mitigar riscos de enchentes ¢ desliza- mentos de terra e de rocha; proteger as restingas ou veredas; proteger vérzeas; abrigar exemplares da fauna ou da flora ameagados de extingio; ». proteger sities de cxcepcional beleza ou de valor cientffico, cul- (ou histérico; 2, ot 35 A F TTT TT = G4 beoteAmbiel » Grazers 6. formar faixas de protegto ao longo de rodovias e ferrpvias; 7. assegurar condigies de 8 auxiliar a defesa do ter des militares, 9. protege! nacional reas Gmidas, especialmente as de importénei ‘rica atual é, em primeiro lugar, que a Arca esteja coberta com flor tras formas de vegetagdo. A partir dal, uma vez declareda de interesse por ato do Poder Executivo, seu reconhecimento como APP decorre da iaLei n° 12,651/12, Uma questio a colocar consiste no fato de que, embora as finalidades este jam expressamente definidas na lei, se 2 Srea em questio estiver desprovida de ‘vegetacio, por desmatamento, por exemplo, nao s2 aplica a possibilidade de seu reconinecimento como APP independentemente da nocessidade de recomposicio florestal para atender as finalidades elencadas. 29.3. O regime juridico das APP segundo a Lei n? 12.651/12 icativis akeragées no regime j a0 social ¢ conferindo, na priti ivel is APR compro 10 Ge protecao ‘88a edigdo, pois teve uma preocupecio com o meio ambiente em ép0 inclusive, aos movimentos ambientalistas que deflagravam a Conferén sobre Meio Ambiente Humano em 1972. © Noite, Todavia, ndo concordam: Jue que a norma nao era adequada. Muito pelo cont Thando com vistas a recuperacéo de florestas, da fauno ¢ de outros elementos da ybretudo em biosfera. O Brasil tem sido agente expressivo nesses movime aoc Procrasie Forres 480) 465 Acitncia ¢ a tecnologia, como vém avangando, 40 meios adequados para buscar @ produtividade agricola, sem a expansdo de novas areas ¢ a destrulcéo a vegeraciio naliva. Cabiam, p Florestal. Mas no a des- constugdo de conceites fundamentais para a garantia do equilibrio ambiental constitucionalmente protegido. s espagos protegides, objeto da prdpria Constimigfio Federal, néo existem por aeaso. Sua criagio fundamenta-se na.necessidade de proteger 03 processos ecolgicas essenciais.” as fragilidades ambientais, as espécies em extincéo, entre outros. Tanto a Constituigio reconhece essa necessidade que veio deteninat que a supresséo dos espayes somente pode ocorrer mediante lei, © nfo por outro alo." Entendiz-se 4 época que as casas legislativas seriam guardias dos preceitos no que toca 20 meio ambiente. Por essa razio, a decisao de alterar, is que tratem clos efeitos cé porque, muitos deles podem ser itreversiveis. Daf evoear-se 0 principio da proibigdo do retrocesso em matéria ambient: Por outro lado, merece critica a ideia de que qualquer modificagao ma lei am- jental constitua retrocesso, Mudar a metragem da APE por exemplo, nao signiti- necessariamente, tim retrocesso. O rettovesso, em nosso entendimento, deve estar associado a0 conceito de risco em relacio 20 equillbrio ambiental, cue & dimensio objetiva e essencial do meio ambiente. Dessa forma, sc a diminuigi da metragem de APP comprovademente nao implica riscos ac cquilibrio ambien- tal, entendemos que nao hé retrocesso. Por outro lado, so essa dimi resultar em danos, ai sim, ecorre 9 retrocess0. 1 além do retrocesso ambiental em si. A Tein® 12.651/12 partiu de uma téenica legislativa que gerou uma norma conf Digua, Ce dificil e 2s vezes impossivel interpretagio légica. Além disso, rregras acerca da protecdo ficam invariavelmente condicionadas & disc dade administrativa des agentes ambientais. Mais que retrocesso ambient € instrumento de insegurar 58 que, assim como & érdua a sua ‘érdua também sera 2 saa aplcagio por magistrades, por promotores de justice & por advogndos, hf outra questao a leva 29.3.1 Nascentes ¢ olhos Végua in? 12.681/12, estabelece como APP as dreas no ento ua perenes, quolquer que szja sue situagdo topograf- 10 de 50 (cinquenta) metros. a, no rai Serves, ant 25,8 ™ r/88, art. 225,55 1 466 vision annem ted reseoaoreeamene ame) 467 Everdade, por oucro lado, que 0 feto de ago haver metragem mlnima a scx 10 significa, de plano, que as APP foram des- sna vez que cabe an 6rgio éenico mente d'dgua. Ou sc nascentes que nio do origem Nap cexcluséo de tais éreas do conceito de APP implica uma enorme redugio nas areas especialmente protegides. Iss0 pory so d'igua, clas podem dar origem a dreas tmidas de que 0 drgao licenciador néo estabele outros processos ecoldgicos essenciai fangio ambiental da APP. ‘Além disso, as nascentes ¢ olhos d’égua intermitentes, ouseja, que ndo fuem Cabe, pois, aos Poderes Pablions, destinarem recursos para em determinade época do a fidades ambientais, para que possam de fato, cumprir a obrigacdo de proteger 2 ano em que existem. Por essa daveriam ser objeto de maior protec: pressio de vegetasiio, Caso contr Outro a ser destacado refer . diploma legal, O art. 4°, § 1°, da Lei n® 12.651/12 extingue APP no entorno de t reservatsrios artificiais de égua que néo decorram de barramento ot represamento de cursos de dguet nacurais, Da mesma forma, o art. 4°, § 4”, da referida 29.3.2 Reservatorios artificiais e para geracdo de energia elétrica Segundo a legislagio anterior, os reservatérios artificiuis deveriam possuir APP de, no minimo, 30 metros em reas utbanas consolidadas € 190 mewos em n 2 Lhectare. Tais exe reas rurais©O art. 47, Ill, da Lei n* 12.651/12, considera APP em éreas rurais See que se pode afirmar ou urbunas: . damente, menos importante d referido dispositive legal néo estipula qualquer metragem mi ¢ agoas de maior propor, Pode sim observada, deizanco tal definigio part o érgao ou entidade ei ental. Segunc Procuradoria-Geral fo de pardimetrot sisimcs » carom de reservatérios que nao decorram de represamento ndo tenham s e580 ha protege ambiental, pois aah as de protegao infertores is an- Wio hd sentido em determinar qu o das dreas em questo extingue da protegio das APP espacos que anteriormente eram protegiclos, o que coloca em risco espagos que podem ter grande impoctincia ambiental, deflagrando, nesse caso, um evi- 3s d'igue.artificiais para abastecimento Jece 0 art. 5°, da Lei n° 12.651/12 Na implantagao de reservat6rio d'égua artificial destinado a gera- tebunae snshidadas * 100 metro po Gio de energia o rigatéria a aquisicio, ES 468 Disc Aubin * Gene desaptopriacio ou institui¢io de servidéo administrativa,pelo em- preendedor das Areas de Preservacio Permanente criadas em seu. entormo, conforme estabclecido ne licencie mente ambiental, obser- vando-se a faixa minima de 30 (trinta) metros e maxima de 100 (cem) metros em drea rural, ¢ a faixa minima de 15 (quinze) metros e maxima de 30 (trinta) metros em érea urbana. Ao impor uma faixa maxima de APB a ser definida no procedimento de Ticea~ ocorria na legisla¢io anterior, 0 dis ‘ambiental da APP do que a dererminada. Na para que se campra, efetivamente, a funcéo ambi watorios,seré neceséria uma faixa maior que Ha Nao obstante, ainda sobre reser ¢ geracio de energia elétrica, estabcleve o art. 62, da Lei n* 12,651/12: Para os reservatprios art de a desis « gergio de energia rem seus contratos de concesso ou autorizagio assinados ante- riormenté & Medida Proviséria n° 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Area de Preservacao Permanente seré a dis- téncia entre o nivel méximo operative normal” e a cota maxi- ma maximorum.” turbana; 2. para os cemais caso Para entender a sistemstica edotada pelo art. 62 pata definir a faixa de APR deve-se ter em conta que a expressio nivel maximo operative normal significa o nivel maximo de Sgua em um reservatéria, sem atingir a capacidade plena, sein otingir capazidade plena, com vistas 6 mar 1ade Agua disponied pare amaior hein Arandetrenaio femanson (498) 450 com vistas a manter a seguranya em caso de noves precipitagies ¢ a expressio cota maxima maximorum é a maior cota de agua que um reservatorio consegue suportar, em casos de enchentes. corre que a disténcia en hipsteses, a dos reservatdrios registrados ou cujos contratos de concessi ham sido assinados antes da edicio da MP n° 2.166-67/ suas fangées ambientais. Essa divisdo de tratamento ji ‘questi coloca em risco espacos que podem ter grande importancia ambiental. 29.3.3 Areas com inclinagéo entre 25° ¢ 45° n? 12.651/12, estabelece que em dreas de inclinagio idos © manejo floresral sustentével e exercicio de Segundo 2 Procuradoria-Geral da Re rada durante 0s debates no Congresso Nacional clonalmente cuttivadas em tocats com inclinagao entre 25° ¢ 45°, tuva. Noentanto, o critérie de cutivo tradicional nessas dreas néo foi sequer mencio- nado, bastando ¢ antiguidade da atividade agrossilvipastoril® do, hd que se considerar que nem toda a atividade desenvolvida Del 4771745, an.10. ™ 0 termo azressivipagoril abcange a plantagio de florestas,inchsive com espécies exélicas ¢ ‘qualqnerativades de peciciae ai eal 470. rer brn» Gessoes lem ser autorizadas pelo ordenamento juri fades so desenvolvias ha vanias décadas, Ent atividades, que comprometem a funcio ai Repiblica para uma interpretagio conforme a Co: arividades e autorizar outras, dependendo caso especifico. 1s impaccos que as mesmas 29.3.4 Faixas marginais de cursos @égua art. 4,1, da Lei nt 12.651/12: Considera-se Area de Preservacgio Permanente, em zonas rurais ou ticbanas, para os efeitos desta Lei: 1~as faixas marginais de qualquer curso q’agua natural perene 8) 30 (einea) metros, para os cursos d'Sgua de monos ée 10 (dex) ‘metros de largura; ) 50 (cinquenta) metros, pare os cursos gua que tenham de 10 (dex) 250 (anquena) mesos de lege metros, para os cursos d'égua que tenham de 50 (cin: (uzentos) metros de largura; 4) 200 (duzentes) metros, para os curses d’égua que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; ©) 500 f tos, para 5 cursos dligua que tenham lar- iscentos) metros. -ginais de qualquer curso d'dgua, cabe uma profunda alteragio no que 4.71/65 estabelecia que © rea séca da margem do rio, durante todo se desenvolver, ‘Anova lei modificou esse conceito, estabelecendo que o calculo da faixa mar- ginal deve sor feito desde a borda da calha do leito regular, ou seja, considerando sno, wa qual 2 vegetacao poderia Arse doprecogia henarenin 056) 471 ‘um periodo médio entic a enchente c a seca. Isso significa, na pritica, que a APP incluira uma faixa coberra de agua durante uma parte do ano, taco € composta por gramineas endo consegue se desenvolver durante o ano inteiro. Dessa forma, houve de fato, uma diminvigio na faixa da APR jd que parte de protecao é destinada p: vegelaco € escassa ¢ nilo Cu a fungio da APP 29.3.5 Intervengéio em APP por baixo impacto ieresse social, utilidade priblica e Aci n® 12.651/12 dispde que a intervengio ou u supresséo de vegetagtio nat wuiz. Quando se menciona a express stura vegetal da Srea, Jd 0 terme intervir possui ‘menéutica, podem ser traduzi to decarrerte de poder. Embo de referir-se 2 uma modificacao, que em tose, poderia ser pers ja menor protesio. cearto esforgo de her: Jo € o conjunto de vegetais que ocupam uma determinada comunidade de plantas de um lugar & rigor, 0 sentido da expressdo pres permanente refere-se a um espaco geogrdlico cuja cobertura vegctal deve ser ne eesrariamente mantide, garantira protegio do solo, dos recursos hidricos € aestabilidade geold ou degradagiio, 1 geografica definida ou espe vvegerais ameagadas de extingdo, adotandk s preventivas legal sérias cas medidas de vigiléncia adequad nio pode deixar de exist, sob pene de graves danos a natureza. reservacio permanente. © Codigo Florestal 472. vite anos Federal, quando necessdria d execusdo de obras, plaaos, avividades ou projetos de pém as hipoteses de interess= star, todavia, do interesse so- pulblico em que a supresso seria permitida, sem cial nem do baixo impacto. Essa indefinigéo sobre o que era de fato permitido realmente prejudicou a efetividade da norma, resultando em um verdadeiro descaso com 2 proteyao das advento da Politica Nacional do Meio Ambiente, na década de 1980 € dac gio Federal de 1988. Allein? 12,651/12 define da seguinte forma a expressiio utilidade piblica:* 1. as atlvidades de seguranga nacional e protegao sanitéxia; infracstrutura destinadas is concessbes © a0s ser. jstema viétio, inclusive aquele le solo urbano aprovados pelos nicagSes, radiodifusio, competigées esportivas ome mineraczo, exce areia, argile, saibro e cascalho; 3. atividades e obras de defesa civil; 4. atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na protegdo das funces ambientais das APP; ca c locacional ao empreendimento proposte, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal. No que se refere ao iter 5 acima, a lei em vigor introduziu uma nova forma de regulamentar a supressio de veget (c interesse social), transferindo a competéncia normativa do Conselho Nacional ando, ao longo de década iversos segmentos da sociedade. Essa sistematica foi Jacionades no teato legal, a Decreto Presidenc alteragio ralevante no sistema de decis6es sobre as normas Tet IDSA, an. 38, VIL forte Reena Remanewe (WP) 473 {erir as decisbes do CONAMA para a Presidéncia da Repiblica, a sociedade civil perde espago na participaso em politicas puiblicas ambientai determina que a supressio de das de utilidade piblica, trazido pela L nado, abrange, entre outras, as obras de necessirias & realizagio de competicdes esportivas estaduais, nacionais ou internacionais.2 controle da eroséo, erradicay tios com espécies natives; (0 agroflorestal sustentével praticada na pequena pro- urbanas rurals consolidadas, ol lecidas na Lei banas consolidadas, observadss as condigdes estabelecidas na Lei nt 11.977, de 7-7-2009; gto de instalagbes necessdrias & e de cfluentes tratados dricee so partes integrantcs e essenciais da ativic 6. as atividades de pesquisa e extracdo de arei catealho, outorgadas pela autoridade competente 7. outras atividades similares devidamen ‘vadas em procedimento administrative préprio, quando inexistir altemativa técnica e locaclonal & atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal. a feréncia de atribuicgo normativa do CONAMA para a Presidéncia da R « Resolugéo CONANA n# 369/08, que fxidas por dees do Ghete do Pocter Frecullvo Federale nfo jtada resolucao perdeu seu objeto naquilo que se refere & utilidade publica e interesse soci As atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental em APP consis tem em:* 2. implantagao de instalagdes necessalas & captaglo € conduséo de dgua e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da Agua, quando couber; tacdo de trihas: 4. construgdo de rampa de lanameato de barcos e pequeno anco- xra © desenvolvimento do ecoturismo; 5, construgao de moradia de agricultores fe tes de comunidades quilombolas ¢ outras p Bein 1265012, at. 9, ys do Reena Preanee ie") 475 tas e tradicionais em éreas rurais, onde o abastecimento de Agua se dé pelo esforgo préprio dos moradores; ode carcas na propried: ais, respeitados ‘outros requisites provistos na legislacao aplicavel; 8. coleta de predutos nfo madeireiros para fins de subsisténcia e odugio de mudas, come sementes, castanhas e frutos, respei- tada a legislagao especifica de acesso a recursos genéticos; 9. plantio de espécies nativas produtoras de feutos, sementes, es produtos vegetals, desde que nao imp da vegetacio existente nem prejudique a fungao am- da drea; ragio agroflorestal e manejo florestal sustentvel, Juuindo a extragio de pro madeircios, desde que no descaracteriz nativa © ‘nem prejudiquem a funcac 11. outras agdes ow atividades similares tuais e d= baixo impacto ambient nal do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Bstadu: de Meio Ambiente. 10. al, mantevese idades. No caso das atividades eventuais ou de baixo impacto ervengiioe supressio de vegetago em APP A mo. 1 apenas para estabclecer que a intervengdio ou a supressdo de vege: tocdo nativa em Area de Preservazao Permanente ~ restinga e manguezal - poderd ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a funcio ecol gic inguezal esteja comprometida, para execurdo de obras habitacionais ¢ de urbanizayéio, inse- ridas em projetos de regularizagao fundicria de interesse social, em dreas urbaras, consolidades ocupadas por populagiio de baixa renda? baixo impacto ambiental, a competéneia pat 476. vesno ann a0 conceiruar no inciso X do art. 2* atividades eventuais ou de baixo impacto ‘ambiental. Iso significa que para caracterizar-se uma atividade de baixo impacto ambiental nao é necessrio comprovar sua eventualidade, o que aumenta o leque de possibilidade de intervengio c supressio de vegetacao em APP ‘Ainda sobre a Resolugio CONAMA n! 369, o critério basico para que se eli- inasse a cobertura vegetal da APP era 2 excepcionalidade, traco de distincio tre uma necessidade especial e uma sit - A rigor, sempre haverd hi que possam justificar a supressiio da vegetacio cm APR. essa hipétese encerre uma excepcionalidade, um fato incomum, claramente ca racterizado no processo, que dé ensejo 4 eliminagio da veget: to da fargo ambiental das APP ¢ a regra; 56 excepcior sceracterizada, imente pode ser Aléin disso, o art. 4%, da Lei n® 4.771/65 previa que a supresstio de vegeta do em drea de preservacio permet leré ser autortzada em caso de ttilidade pitblica ow de interesse social imente caracterizados ¢ motivados em procedimenco administrative pripric, quando inexistir alternat ocacional ao empreendimento proposto. Ji o art. 8, da Lei n* 12.651/12, ndo prevé expressamente a aut das intervengées cm APP na hipétese de inexisténcia de alternativa técnica ou ocacional. Apenas estabelece que a intervene ou a supressio de vegetagiio nati- va em Area de Preservogéo Permanente somente ocorrerd nas hipdteses de utitidade iiblica de interesse socal ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Let. ‘A caracterizagio e a morivacio consistem em justificat preended lbgieas que o em- pata suprimir a cobertura Gad ATTI/ES, art. 47: “A supresio de vegetagdo em drea de preservagto permanente soreente poderd ser auorizaa en case de uilidade publica ode inter derdamentecoractertandos ‘emorivedos em procedimento udninisretivo préprin, quando inexsirakernativa tence locaconal to empreendlimente proposto.” oes te esa Kemanete (ARP) ATT descrigio da simacéo vegetal em AP? Fmbora a norma nio ex] i 3s, das compencagdes fisica e bidtica de drea, des fragilidades ambientais exist e medidas mitigatérias a serem propostas. Esse tema impée © enquadramento da supressfio de vegetagio em APP na necessidade de licenciamenco ambiental e do préprio Estudo de Impacto Ami tal, conforme pondera e defendendo a ideia de que 9 pro% preender: (a) os atternativas técntcas e lecact ipacto ambiental (art. 4% § 29, para poder wpacio; ¢ (¢)estudo de medidas mitigadoras e compensatdrias a serem adotedas se hhowver supressto de vegetacto.* a que a rea de Preservacio Permanente (APP) poss ger 05 TecUrS0s hidricos, a paisagem, a estabilidade yeoldg génico de fauna e flora, do solo € o bem-estar das popu- ples supresto da vegetato i const, eftiva 04 po todavia, e nos termos das condigées fixadas, esse dano deixa de produzir efettos, io quese refere a responsabilizacéo do agente, prevista no § $° do art. 225 da Ch/88:* De acordo com o principio da precaugio, se nfo ficsr earacterizado com segu- a supressio da cobertura vegetal que dard lugar a um empreendimen- torizada essa supressao da APR © es prin A Resolugio CONAMA n’ 369/06 havia condiciol a intervencéio ou supresséo de vegetaczo em APP pelo érga Apesar dea estabelecer novas hipdteses de utlidede piblica c interesse so ma mencionado, esses instrumentos (Hane Diretor, 2 MACHADO, Panto tose ‘2010, p. 782, 2 Cr/ss, an 25. % Regolngio CONANA a* 369/06, a. 2", i E i 478 binke at 1s Unidades de Conservagio) deve pautar sistas em outras consonancia nommas, nio poderd ser aprovadlo. Além disso, outras condigées fixadas na Resolugo CO- as para o empreendedor. (1) 0 atend- condigdes e pacrées apliciveis aos corpos de agua; (2) a inexisténcla wvamento de processos enmo enchentes, erosio O11 movimentos serigio da Reserva Legal, nos termos da Lei Lcon6mico © no Plano de Manejo sempre a decisio auministrative, zen Jo nativa que proteja efetivamente esse o remédio ¢ valer-se das disposicdes gerais sobre o Ucenciamento ambiental. F poder discrieionario dos Grados ¢ eatidades a fixacdo das medides dat polo erapreendedor. autorizar — ou niio ~ a supressie da cobertura vegetal em APP A razoabilidade tefere-se as decisées de mérto, em que 0 administrador exere 0 poder diseri rmprinde a determinagd normativa de ajuisar sobre 6 neio de dar satisfapdo ao interesse priblico por forea da indetermi- agdo legal quanto ao comportamento adequado 4 sarisfagdo do inceresse puiblico lequacio da mesma aos fins de interesse piblico de uma decisao que desaccessa- prejucique os objetives da supressio. A pro- soabilidade no caso eoncreto, em que o admi- nistrador busca uma solagie proporcionalmente adequada como Tesposta a0 pedido de supresséo. lade ¢ a proporcionalidade tém a ver com a imposigéo de obsi- compensatéria ou mitigadora -, equivalente & supressio da co- cxigente, sem uma razfio de ordem técnica, pode se for pouco exigente, em relagao aos efeitos da «80 da vegetagio, ambiente. Em qualquer dos casos, ocorreria © desvio da finalicade, que é justa- tagio mente permiti, de modo sustentivel, e cm carter excepcional, a impl 2 Resoluga CON % MELLO, Celso Antinin Bandeixa de, Curso dedireio admins 0s, 2006, p. ce empreendimentos de Areas de Preservagio Permant Dai a necessidade de d bientais, para i estudos conjuntas e a toca de experiéncizs, considerando as diferencas regio- ais, podem conferir efetividade protecéo das APP no exercicio de poder discri- em gerel of mesmos.enecesctam Go mesmo Spo de proto. As acordo prévio, entre os érgdos estaduals, sobre as autorizagce: imeras situagdes que podem ocorrer, ca nisistentes, entte os Orgtios e entidades de wa protec &s APP APP fol objeto de acérdao a constitacionalidade da questi twazida a0 crivo do STF pele Procura le a cada MP delegar & Administra. Federal exige lei para a supressio de espagos protegidé AA decisio do Tribunal Plea foi na linha de no preveleceu, pois a competéncla conferlda aos érgios ambientais ni a supressio dos espacos protegidos, estes sim objeto do art. 225. § 14 vegetacho existente nesses expagy Aqui, duas questées se des pode suprimirum es; a supressio da veget icam. Uma refere-se ao fato de que lo. Aoutra diz respeite é argumentagio de que vinculada & supressao da APE o STF teve uma scluggo coerente com 0 ordena- lico brasileiro. A MP que alterou o Cédigo Hlorestal é, de fato, a let A questio suscita mento 3 STs Plena: ADLIMC 9540/08, Re le Melo, 1-9-2005, DJ 3-2-2005, 9.14 480 Diet Abin» Cones Ao Federal, para supsimir um espago protegide. Daf o STF jonsilidadc da Medida Proviséria n° 2. Todavia, 0 argum vogetagao refere-se te.a0 uso da drea, nada tendo a ver com a eliminagao do espago, quer 6 protecao a ele confer ivorado, pois 18 se disse, e com a implantacdo de um empreendimento, seja ele de Interesse jade publica ou mesmo de baix cto, a frm mente fixada pode ser eliminada, \dentemente das justficativas e das possibilidades que a Iei prevé. a Je cobertura vegetal em APP represents 2 possi a iminar vegetacio de APP é eliminer a protecéo ‘que no a de cunho ambiental exigida pela Const ter confirmado De scordo com a ADI formulada, o STF solucionou -se: a vegetagto nas Areas de Preservacéio Permanente protocio desses espacos fisicos? Como pode a APP cumprir a funeao leg biental de preservat os recursos hidricos, a paisagem, a estabilidade geoldgica, a Diodiversidade, o fuxo génico de fauna e flora, proteger o solo ¢ assegurar 0 bem-estar das populagées humanas nao s6 com a supresséo da cobercura vegetal, mas com 2 construgo de um empreendimento - loteamentos, atividades mine- rérias, obras de infraestrutu inadas tos setvigos piblicos de transporte, mento e energia etc.? fio ds rie de condi tando-se que a excepcionalidade ha que ser do érgiio ambi . gue no veio a baila, até porque nao era esse 0 objeto dit agdo, mas que 6 de fundamental importdacia, foi o leque de alternativas para a supressao da 101 APB ainda que submetidas a processo administrative, Se os Srgios is nao forem extremamente cautelosos em suas declsbes, < xximo do irrelevante. deve estar plenamente capacitade para proceder &s anélises necesss stantes de cada processo administrativo de autorizagao de supressio de beriura vegetal, o que nem sempre é um fato comprovado. , pois, de fundamental importancia o papel da Ac processos administratives, em que se exercea diseri concreLo que 0 érgio pode aferir se, realmente, os danos nio serio i ‘eis, restringindo-se o desmatamenta das APP e autorizando-se apenas 0 estrita- mente necessirio, em caréter excepcional moe Pesos ene (APP) 8 29.3.6 Areas consolidadas em APP art. 38, I, da Tai nt 12.651/12, conceitua dea rural consolidada como rca de imével rural, com ocupago antrépica preexistente 1 22 de julro de 2008, com edifcagdes, benfetorias ow atvidades agrossitvipastors, admitda, neste ulema caso, a adogao do regime de pou 0 coneeito trazido com a nova lei merece ser aprofundedo. im primeiro lu- ‘5% area rural consolidada s6 se apliva para iméveis rurais. A ocupagao an:ropi- a, necessariamente ocorrida antes le 22 de Julio de 2008, deve apresentar pelo menos um dos trés elementos: - Edificagdo — obra coberta destinada a abrigar atividade humane, quer instalagio, equipamento e material? cultura, Para a ctividade agroseilvipastoril, a lei admite ainda a adogio do regime de pousio, ou seja, a pritica de interrupeao temporaria de atividades ou usos agricolas, pecudrios ou culturais, por no maximo 5 anos, para possi da capacidade de uso ou da estrutura fisica do solo.” Lei n° 12.651/12, em tind anistia as infragSes 0 de 2008, ¢ isenzando scus causadores da responsabilidade por dano ¢ da obrigacao de sua reparacio, Quesriona-se, em primeiro lugar, qual o sentido de atrelar o conceito juridico (22 de julho de 2008), lembrando-se que tal data refere-se & edigdo do Decreto n® 6,514/2008, que dispie sobre infragSes 12651/12, a ineerptoremportta dea as ogres, pecurios ou svi, por ne més & (ana) anes pare postr s ‘recuperagio de capocidade de usc ou da estrutera fisice do sole, pe 228, 6 254-1992, que aprovao Cgo de Obras e Eases Aro 11, nore congo ea so ele para Minklpo de sea, dea urbana, ele se ap XXIV pousiog a prion pio de Si 2 Paula, ou reque de Holanda. Diiondrio da Lingus Poruguss. 9.4 i de deci: it 482 Dio Anema » Gazi istrativas ao meio embiente, danos ambientais ororridos Parece que a imposicéo dessa data extrapola ymento que tenha ocort io, enquanto um desmatamento de 23 de julho Dispde o art. 61-A que nas Areas de Preservagdio Permanente ¢ eutorisada, 1 eontinuidade das atividades agrossilvipastors, de ecoturisrno ¢ de § 122 79) tratam da recomposicio de APE de ambiental dessas doe pelo artigo (0s parherros uti ptia Lei 12.651/12, em seu art, 4°, na protes fuer intervenches itegulares carts sas chamadas éreas ruralscontolidadse e sua Tpcuperacdo dispensada, Iso fee os principios da responsa sparagio do indamento go art. 225 da CF/88. Oart, 61-Bestabeleve un ssilvipastoris nas areas consol rea tora pols a lei n adotando como critério sinico para a imposigio de tis limites, so sho da propriedade rural re equi observar q du origem & Lei forme exposto nos debates acerca do projet Gade de proprictarios ¢ possuidores rurais, que estavam ‘legais de acordo com legislacio anterior. “vere 6514/2008. 1 ANTUNKS, Paulo de Roses. Comenr 264-265. Gonforme jd mencionado, medidas como a Resolugdo do Banco Central r® 3.545/2008,” que estabeleceu a exigéncia de documenta, regulatidade ambiental para fins de finan Decreto n° 6.514/2008, que definin multas e penalidades para proprie: ivessem sua reserva legal averbada no registro do imével, ou APP sem co- Tura Vegetal, foram motivo de fortes presses para que houvesse uma flexibi- lizagio das normas ambientais. Merece critica essa ida pelo legislador para tirar' da ilege dade esse universo de proprietarios ¢ poss os danos cometidos contra 0 lernativa es ansnco pelos desmatamentos cometidos. seria‘elaborar mecanismos para recuperar as APP dlegradadas, atra- ‘blicas de incentive para recuperagdo das mesmas. Se perpetua ‘© ao meio amblence 0 que € prejud pata o Brasil eomo um todo, Nese context, dé-sc total razdc a Paulo Alfonso Leme Machado, so afirmar certo e que se pode fazer o que qui que leva @ alguma revaragao a organizagéo do pais, po portamento desrespeitosos ao meio ‘megadiverso como ¢0 29.4 Aspectos tributdrios As Areas de Preservayio Permanente (APP) sio isentas de pagamento do Imposto ‘Territorial Rural (1 ‘cola, instituida pela Lei n° 8.171, de 17-1-1991, determi jsengéio, em scu art. 104. A Lei n* 9.393, de 19-12-1996, que dispoe sobre o ITR, estabelece que a rea tributavel constitui a érea total d menos as areas de preservacdo perma- nente ¢ de reserva legal.” JetalharNormative.do?®=1080 es eorconcete-de- ate 1UIaL C0. 2854 ete Ambiental + amin A instrugdo Normativa SRF n* 256, de 11-12-2002, que exclui a Area de Preservac&o Permanente da tributacao do ITR, em seu art. ser exeluida da tributagio, deve ser obrigatoriamente cis meses, contado a partir do término ragdo de Imposto Territorial Rural (DITR) {Janno que se rofere 40 Imposto Predial ¢ Territorial Urbano (IPTU), tencia municipal, fica a cargo de cada Municipio estabelecer ou nio a respectiva isengho. fixado para 2 entrega da Decla- 29.5 Areas indigenas A Constituigéo Federal incluiu, nos bens da Unido, as terres rradicionalmente ocupadas pelos indios.°* Da mesma forma, eompetem a Unido todas as atividades concementes & protegdo dessas Arcas. I de 1965, em sa oder Executive, a manuteneéo do ambi ditso, o art, 9°Ado consideraclas em regime de preservario permanente, de acordo com a letra g € § 2%, do art, 3, do Cédigo Flozestal de 1965, esti condicionado i existéncia de rogramas ou projetos para o aproveitumenco cas terras respectivas na exploragio agropecudrio, naindiistria ou no reflorestamento. Com 2 edigao da Lei nt 12.651/12, desapareceu 0 disposiulvo que carace isava as tervas indi nesses espagos nie se entende tactemente revogado. (CF/B8, art. 20, XL ® ® ei n° 6.001/73, an. $6 Acad Freres emetAte) 485 29.6 Crimes contra as APP A lei de Crimes Ambientais, n° 9.605, as scguintes agécs, relativas s Arcas de 12.2-1998, earacteriz: rvagde Permaneate Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservaga0 permanente, mesmo que em formagio, ou utilizé-la com in‘ringén- ‘sia das normas de protecio: Peng ~ detencéo, de um a trés anos, ou mutta, cu ambas as penes cumulativamente, Pardgrafo nico. Se o crime for culposo, a pena sera re ade ida & me (0 bem tutelado consiste na floresta de preservagio permanente, ainda que em Jonmagdie, Sobre esse tema, o Supremo Tibunal Federal pronunciou-se quanto ao entendimento da excensio do termo floresta, estabelecendo que o elemento norme- tivo floresta’, censtante do tipo injuste do art. 38 da Lei n* 9.605/98, é a formogao arbérea densa, dealto porte, que recobre a drea de terra mais ou menos extensa. 0 elemento centr: vores de grande porte. provocados a veyetagi civil e adminiswaciva, esse caso esperifico, & 0 fato de ser consti nao abarca a vagetagio rastei addstritos & respor As condutas de destruir © denificar constitue crimes de dano, a0 pease que ‘0 dano, Mas imp@e risco a0 npetene: Pena — dotengio, de um a ts anos, ou mi cumulativemente. ou ambas as penes Note-se que o dispositive do art. 39 na Jloresta em formagaa co ‘que em Direito Penal é vedada a ap sxpressamente 0 estigio de excluir essa hipétese, visto Stu $8, REsp 782.652/SP Rel. Min, Felix 165.2006, Dy 19-6-2096, p. 196, RE ‘de, Crimes contra a matures 9. ‘12. L478. de, Crimes contra @ natures. 7. cd is, 201, p. 122. 486 cisco Aube ‘Aconduta cortar drvores significa seccionar seu tronco de mode que a copa Perea eontato com a raiz. E separar do todo; & derruba. A hipétese deserts refere-se a falta de autorizagio do érgiio compecente. Ox seja, ainda que excep: interesse social ou supresséio de lorizacfio em proceso administra: tivo formal constitu! crime. 0 elemento subjetivo € 0 dolo, nao sendo provista a forma culposa. ir de florestas de dominio piblico ou consideradas de fem prévia autorizagio, pedra, areia, cal ‘ou qualquer espécie de miner Pena — detengio, de scis meses 0 ym ano, e mul. © dispositivo repete a redacto da alfnca 0 do art. 26 do Gédigo Floresial. A conduta refere-s Art. 48, Impedir ou dificultar a regeneraco naturel de florestas demais formas de vegetagio: Pena — detengio, de seis meses a um ano, e multa. art. 26 do Cédigo Florestal. A jabilizar a xegeneragdo da floresta, o Earecomposicao das ue a redacio do dispositivo confere extre- que a grama, por exemple, é parte integrante da expresso dernais formas de vegetagdo.* ‘Art, 0, Destruir cu danificar florestas nativas ou plamtadas ou ve; tagdo fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de esp preservagiio: Pena —detengi, de trés meses a um ano, ¢ multa fs cent ese Dunas so acunuelages erenosas litardneas, produzidas pelo vento, a partir do retrabalhamente de praias ou restingas especial de animais e plantas que badxes, ao longo de estudrios, deltas, éguas salobras Gontorme a Resolugaio CONAMA n# 303/02, j4 MA n° 341/03, trata-se de ecossistema litordn 18 & agtio. das marés, for ocia, predominantemen a vegetacio ipica de solos o longo da coste brastetra, erure os Estados do Ama- O der é 0 dolo genérieo, nao sendo prevista 2 forma culposa. ~reclusio de 2 (dois) a 4 (quat fio é crime aconduts § 2" Se a drea explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena sera aumentaca de 1 (um) ano por milhar de hectare. O crime ora previsto pode incicir sobre uma Area de Preservayio Permanente se, quanto a0 dominio, tratar-se de tervas devolutas ou da excepcionalmente, ¢ em caso de w de vegetacio de pequeno impact srocesso administrative formal ci rime, Quanto a definigdo do sujeito ative, quando necessiiia & subsisténcia imediata pessoat do agente ou de sua 5 MOREIRA, tera Verocai Dias. Vou 488 Dine Ambiental» Gain 29.7 Infraghes administrativas contra APP 0 Decreto n# €.514/08, que revogou 0 Decreto n* 3.197/99, estabeleceu, nas infragées administrativas contra a flora, dispositivos espectficos para as ‘Areas de Preservacao Permanente (APP), que sete equi brevemente comen- tados, Releva notar que outros dispositives do mesmo decreco, embora néo se refiram expressamente x APR também se aplicam a esses espacos, caben leitura do presente item juntamente com o item relativo 8 Infragées Adm as contra a Flora. O art. 43 do Decieto n* 6514/06 define como infragio administrative a se- guinte conduta: Destruir ou danificar florestas ou demais formas de vegetacio natu- ral ov ul ‘com infiingéncia das normas de protegdo em Arca rada de preservacio permanente, sem autorlzagio do digo competente, quando exigivel, on em desacorddo com a obtida. A reddagio do dispositive, embora 0, remete ao art, 38 da Lei de Crimes Ambientais. A multa estabelecida é de R$ 5.000,00 a RS 50.000,00, por hectare ou fragio. A conduta & destnuir ou causar dano a vegetacio natural, Jer estagio sucessional, vale 4 que se; ingéncin da devida autorizagéo, concedida pelo drgio ou entidade competente. ‘Ainfragio contida no art. 44 refere-se a: Cortar devotes em dee considerada de preservagdo permanente ou cuje espécie seje especialmente protegida, sem permissio da auto- ridacle competente: A redagio do dispositive remere ao art. 39 da Lei de embora a infragio administrativa abranja as espécies especialmente protegidas, juer que seja a sua localizagio. A multa fixada para essa infragio é de RS 5.000,00 a RS 20.900,00 por hectare ou ou R$ 500,00 por arvore, metro ibico on fracio, cabendo ao agente administrative definir 0 criterio a ser adota ‘passivel de modificagio quando do julgamento do processo. art. 45 estahelece, como infracéo administrativa, 9605/98. art, 38: Detrair ou danfiar flores considennda de preservogao permanente ‘mesmo que em formapia, ou uid la com infingéncic des normas de proto ° 9.606/96, at. 99: Geriurdinvores ere furestx considereda de preserva pes permisido da autoridade a ‘Avasderisesaco Rematene (020) 489 Extrair de florestasde d manente, sem prévi pleie de jo publico ou dress dle preservacéo per- itorizacio, pedra, areia, cal ot _ A redagio do dispositive & praticemente idéntica § do ert. 44 da Lei de Crimes Ambientais.® A multa simples estipulada na norma é de RS 5.000,01 cardter preventivo de embargo, nas hipéteses previstas no art. 108 do Decreto n° 6514/08." 7 pibice x considerades ¢e preservapao permanente sem prévie auterizago, pedro, ari, eal a qualquer expécie de mineras. © “Yer cspitulo sabre Rerponsailidade Adminstati por Dano Ambiental. 30 RESERVA LEGAL! 30.1 Alteragdes do Gédigo Florestal Gonforme jd que revogou 0 Codigo iratamento juridico apt de certat drens expecialmente protegida fraches ambientals ocortidas no passado. Neste contexte, a Procuradoria.Gei idede (ADIN), 12.651/12. Posteriormente, uma quarts ADIn fot ajuizada pe imo e liberdade-(PSOi.), questionando dispositivas da mesma lei.® 30.2. Conceito e delimitacdo de Reserva Legal A Reserva Legal é definida pela Lei 1° 12.651/12 como dre lovalizada no inrericr deuma propriedade ou posse rural, deliruitada nos termos do art. 12,coma Este capitulo ft escrito em coautoria com Beatrie Machado Granicr © Abbe 4.901, 4.9026 4.00 > avin 4937 Nocrm eg 49 nover a conservagio da biodiversidade, bem conto o abrigue « protegdo de fauna ivestre © da flora nativa.* A origem da cestinagdo de uma dres & protegio da vegeragiio nativa en- contta-se no art. 23 do Cédigo Florestal de 1934, seguni prietdrio de tervas cobertas de matas poderd ebater mais de eés quartar partes da vegecardo existence, embora muites excegtes estivessem ali previstas. © COdigo Florestal de 1965 estabcleceu limitacées sobre a propriedade, tan ‘Amazénica como em outias regiées do pais. A Lei n® 7.803/89 alterou o Cédigo Florestal de 1965, acrescentando dols paragrafos ~ 2* e 3 — a0 art. 16 coma seguinte redacioz §2°A reserva legal, assim entendida a drea de, no minimo, 20% de cada propriedade, onde néo € permitido o corte raso, deverd ser aver- ode é margem da inseriséo de matricula do imével, no registro de iis competente, sendo vedadta, a alteragéo de sux destinagéo, nos casos de transmisséo, a qualquer titulo ou de desmembramento da lembrar que, na lei de 1965, a funcdo da Reserva Legal el dos recursos naturais, a conservacio e reabil biodiversidade ¢ a0 abrigo e proteciio de fauna dos dispositivos que regem o instituro da Reserva Legal, a norm: regras pare sue ullizacio, pondo em risco a biodiversidade, a a prépria mata nativa. 10 da Reserva Legal, prevista na Lei n" 12.651/12, | rural deve manter dzea com cobertura de vegetasio nativa, a titulo de Reserva Legal, sem prejuizo da © Le nt 12.681/12, ar. 12, 492. VeetoAmbiea + Gears Areas de Preservacao Permanente, obsesvados os seguintes pereentuais minimos ‘em relagiio & rea do imével: | situado em drea de cerrado; imével situado em érea de Campos gerais; jtutada am érca de flo 8 ina os percentuais fixados nos diversas bion pblico reduzir a Reserva Legal para até 50%, pare fs de recomposigio, quando (0 Municipio tiver mais de 50% da érea oaupada por unidades de conservacao da natureza de dominio piblice ¢ por terras indigenas homologedes rentario. O antigo Cédigo Flor n* 4.71/65) defi regeneracdo, recomposicéo e compensardo da Reserva ‘ sendo que recomposigdo era caracterizada pal 1? Jd 0 Decreto n° 7.830/13, que regulamentou Legal em seu att up de especies le bioldgica nativa degradada ou ser diferente de sua condiglo original 10 trazida pelo decreto nio esclarece como deve ser feita a de ecossistema du de comunidade biolégica nativa degradeda 0 Lei nt 4.71/65, a 44.1 * peerero n°7.830/12, ar. 2, Vt Deserta 499 nodalidade, avt porque, quando 2 let wate de regenerasdo, esse terme vern fo co plant 5, como no caso do art. 65, § 3°, ue a recomposigito poterd ser reatizada mediante o plant nativas com exéticas ou frutiferas. © dispositivo em questo (Let n* 12.651/12, att. 12, § 4") menciona a possi- idade de reduzir a Reserva Legal para fins de recomposicao, ou seja, segundo nosso entendimento, de espécies ‘Todavia, néo aborda as modalidades de regencragio © compensagao. A adoctio dessas duas alternativas de cumprimento da Reserva Legal, pois, ficaram excluf- dade de redhugao da Reserva Legal, pe §48do art. 12. Analisando-se esse dispositivo, pode-se inferir que o legisiador optou por con- dicionar 0 beneficio de tedugdo da area de Reserva Legal somente & modalidade recomposigéo da mata nativa, por ser essa a forma mais répida de recuperagio, com 0 efetive plantio de espécies. Nao caberia af a regeneragco, em que nko se tealiza qualquer plantio e, portanto, é normalmente mais demoraéa, Na mesma ir que a rogularizacio da se na prpria dred a ser recuperada, Ainda sobre os iméveis rurais situados om érea de floresta, na Amazénia jpotese de o Estado possuir Zoneamento Ecol6gico-Eeonbmico (ZEE) aprovado e mais de 659 do seu tertitdrio set ocupado por unidades ce conser- vacio da natureza de dominio piblico, devidamente regularizadas, e por terras omologedas, o poder piblico também poderd reduzir a Reserva Legal Dara até 50%, curndoo Conselho Estadual de Mev Ambiente.” da esclarece acerca das modalidades de recuperagio da ercalado de especies . 494 retort» Gata sento de metas ngcionais de prote- de gases de efeito cs determina que no caso dos iméveis situados em area de fi ' Legal, o proprietario ou possuidor de imvcl rural que man ‘ver Reserva Legal conservada ¢ averbada em drea superior nos percensus dos no referido inciso pod ituir servidao ambiental sobre a drea exced fe Cota de Reserva Ambiental plica-se aos Fstados que e'aboraram seus Zoneamentos E fiégico-Eeonémicos (ZF) segundo a metodologia tnilicada, estabelecida em n mia federal. Os Estados que ainda nfo possuem 0 ZRE terio 0 Fontades da publicacao twazida com @ 1 Legel. De anten sserva Legal com 2 Arca de 08 protegidas sob regimes jur a 12,651/12. As Arcas de Fre te sobre as propricdades locali stiver localizado em perimetro é obrigado a manter a Reserva Legal, ento do solo para fins nas expanses urbanas é um dos ins ‘caja efetivagaio deve ocorrer de acordo 0 direito anterior excluia as Areas de Preservagéo ? puto da Reserva Legal, salvo em propriedace em que imites fixados na lei.!® manente - APP do cém: yma da vegeracao aadva igba de Recor gal 2. Cinguonm por canco de propriedade sual localized nas deniais regiies do esa tne 495 ‘Agora, essa sistemitica esta revogada e a nova lei possibilita 0 cémpute das ‘Areas de Preservacio Permanente no célculo do percentual da Reserva Legal do imével, abrangendo a regeneracio, iso e a compensacéo." se possa viabilizar essa incluso, o proprietdrio rural deve observar os seguintes requisites 1. o beneficio previsto no paderé alternative dk icar a conversio de novas solo; {ada deve estar conservada ou em processo de imme eomprovagio do proprietirio a0 érgio ante do SISNAMA; e vel au Cadast 12.861/12. ‘ago ambiental, Entretanto, obrigagoes aces ocercamento da rea, pederio ser exigid 1 regene: 1de de recormporigdo o enteadiment é no seacido de que nio basta q rural permaita que a érea 2, sendo necessdeio eet plantio de espécies para re wo relevante a vegetagao medida em que, de acordo jegil pode tender a ze70. Em uma area rmontanhosa ‘que a extensiio de APP seja superior a 20%, , Por exemple, em. sobrigado de manter a de pros da Area de Preservagio Per se altera nessa hipdtese.” Esse dispositive é ainda mais grave, pois Taig; €3, Vinee cinco por cento de pequena propriedads, « norma em vigor pemtge 1 APP como Resersa Legal, que tem 0 cfc te tore Lein' 12.65/12, are 15. 2.65/12, art 15, 5° PGE Sk Parecer GDOG 18487-403348/2013, p14 © Lain 12.651/12, art 15,8 1 seule meaner 496. Dich ambien » Gracin a APB ao contririo da Reserva Legal, estd sujeita & hueervencio ¢ A supressao de vegetagio, nos casos idade publica, € de baixo impacto. Dizor que a APP permanece como tal, significa que, além da a iputada como Reserva Legal verdade, quando a APP é do APP# ‘computada na Reserva Legal, valeré o regime ju 30.3 Regime juridico da Reserva Legal A Reserva Legal impie restricbes a0 uso da propriedade, sem gerar indeniza ‘gio, trata-se de limitugio administrativa 20 exereicio do direito de ‘A funcao social da propriedade rural inclui a preservacao ambient ional dos recursos naturais, conforme determina e CF/88, no art. 18¢ 1.228, § 12, de Cédigo Gi No que se refere ao domi ides de Conservagio, cue ‘possum qualquer uso de nature: consagradas como dominiais, quer dizer, que se assemelhem as reas privado, salvo no que se refere & pessoa que detém scu dor caberia qualquer excecso a regra, cabendo a implantacao sao de potencial de enersitt Kldrdutica, nas quats fun gerugio de energia elétrica, subestagées ou sejam instaladdas linkas de trarsmuissdo & de distribuigdo de energia eléurica O mesmo se aplica ds dreas adquiridas ow de- 9 e ampliagé de capacidad de rodovias ssa dispensa de instituigio de Reserva Legal néo possul fundamento em relagio ao conceito di Legal € 0 fato de a Leia? 12.651/12, ar. 12, § 8 aecrategh 497 10s essenciais, da produgio de Sgua ¢ da protegéo ambiental - macrobem, micleo essencial da Constituigio Federal. Segundo a Procura Umplantagzo dos empres com vegetardo nativa que seria mantidas como reserva legal, deve( no processo de ticenciamento ambiental, « devida compensagio, meth servagio de drea equivalence, ainda que isso demande a aquisigdo de outras creas. A dispensa trazida pelo art. 12, §§ 64 7*e 8*diminuird as funcOes ecossistérnicas das propriedades afetacias ¢ prejudicard a conservagio de biomas em extensas éreas.” A localizagio ¢ a dolimitagfo da ‘rea dest elo proprietétio ou posseiro, ¢ devem ser aprovadas pelo drgdo ambicr estadual competente, que deverd considerar, em primeiro lugar, a funedo so que se cumpre quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segui previstos no art. 186 da CF/S8. Fssa anise ororre quando da incluso do imével no CAR. ‘A aprovagie da localizacao da Reserve Legal deve pauti é legaimente fixados levando em consideragio os s2 se em critérios fines estudos & 1 o plano de bacia hidrografica; 2. 0 Zoneamento Ecoldgico-Econdm 3, a formacio de corred: com Area de Preservagdo Permanente, com Unidade de Conser- vac ou com outre area legalmente protegida: 4, as Areas de maior importancia para a conservacao da biodiver- sidade; e 5, asdreas de maior fragilidade arn nal. ambiantal da Reserva Legal deve ser otimizada, devendo des ou em contiguidade com outros espagos protegidos, feréncia de genes entre as pop ‘a localizasao cesse es- ado & Reserva Legal, pois, ‘camprimento da sua fungio ™ bein? 12.651/12, at. A 629, de 25-2-1993, regulamenta os dispositives sla Constinuigdo ¢ reformna agratia, prevendo a possibilidade de desapropriagio da proprieda- de que nio cumprir a funcao socal, respeitedas os dispositivas consttucionais.® A norma considera preservasdo do meio ambiente « manutenedo das coracteristices proprias do meto nctural ¢ da qualidade dos recursos ambientais, na medida ede- quada & manutengdo do equilibrio ecolégico da propriedade e da sauide e qualidade de vida das comunidades visinhas. jigdo da Reserva Legel em regime de condominio ov cole- * O condominio é uma instituigio do Direito Gvil, rogido palo Cédigo Civil, e consiste na propriedade comum de um imével, por mais de uma pessoa.® Sendo proibido alterar a destinagao da Reserva Legal, nos 2 qualduer titulo, de desmembramento ou de retfieagio «serva Legal do imével original pode permanever em sistema 0. B, no parcelamento de iméveis rurais, a area de Reserva Legal podera ser agrupada em regime de condom quirentes" Ainda, em ‘caso de fracionamento do imével rural, tamentos pelo Programa de Reforma Agr antes do fracionamente. fetermina que a Re: vegetagio nativa pelo ‘Legal deve ser couservada com cobertura de vel rural, possuidor ou ocupante a privado.* 10 se impede o manejo sustentdvel da rea destinada & Reserva a exploracdo econdmiica da Reserva Legal mediante ma- fio competente do SISNANIA,"* desde que adotadas préticas de exploragéo sel tentivel ser propésito comercial para consumo na propriedade ¢ ‘para exploragéo florestal com propdsito comercial Essa regta permite que 0s proprietarios e possuidores de iméveis rurais pos: (8629/93, an 2. bein 12.651/12, at 16, 406/02, ars, L318 21.358, art 16, parégrafo nico, 12.65/22, ar 17. art. 17,875 12.61/12, ar. 17,92" oer tga 4997 va Legal na pequena propriedace ou posse rural familiar, os érgiios integrantes lo SISNAMA deverio estabelecer procedimentos simplificados de elaboragio, A lei permite a livre coleta de produtos florestais ndio madeizeiros, tais como frutos, cip6s, folhas e sementes, desde que observados os limites fixados.” O mi nejo Mlorestal sustentvel da vegetacao da Reserva Legal com propésito comerci depende de autotizagao do Grgdo competente ¢ deverd atender as seguintes di: retrizes e orientagoes:"” 1. niio descaruetoriz a cobertura vegetal ¢ no prejudicar a con- ‘a0 da vegetagio nativa da rea; 2, assegurara manutengio da diversidade das espécies 3. conduzir o manejo de espécies exécicas com a adogio de medi- das que favoregam a regeneracao de espécies nativas. Além disso, 0 maiejo sustentivel para exploracao Nlorestal eventual ser pro- ito comercial, para consume no proprio independe de autorizagao dos 6rgdos competentes, devendo apenas ser declarados previ ‘ bi motivacio da exploragio ¢ o velume explorado, anual a 29 met cada a exploragio ‘Apés tratar da pequena propricdade ou posse, a lei passa a tiatar de outro toma. Obriga a suspensao imediata das atividaces em arca de Reserva Legal des- matada irragularmente apés 22 de julho de 2008." A lei estubelece a suspenstio ce atividades ilegais, desmatadas em desconformidade com a norma. esté correto, Ali agra, jd que os poderes piblicos tém 0 dever-poder de fuck €0 fato de essa suspensio ser obrigat6ria apenas para quem desmatou apis uma data espect é de publicagao do Decreto n* 6.514/08, sobre sangées. sivas ambientals, Aoi nt 12.651/12 6 dura ao t nF 6.514/08, e penais onbive em até 2 apés a ediggo do Decreto sonz6es administrativas, civeis rocesso de recomposigéo da Reserves Legal os contados a partir da daca da publivagdo da Lei, devendo tal processo ser concluido nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularisasto Ambiental 68/12, art 17, § 2 © teint 12.651/12, a. ey EEE (PRA). Porém, simplesmente anistia os danos ambientais ocasignacos antes da edigéo do referido decreto. ‘Trata-se de flag concede a0 proprietitio ow posseixo rural que averbou a Reserva La ve a mata nativa, um tratamento menos favordvel que o dispensado aquele que deixou de cumprir a lei anterior A lei, de certa forme, beneficia aqueles que em 22-86-2008 se encontravam om situagdo irregular, concedendo beneficios para a recomposicao parcial das reas degradadas. 30.4 Regularizacio da Reserva Legal Segundo o direito anterior, a érea destinada & Reserva Legal poderia ou néo ria com vegetagio. Fm fungio de sua finalidade legal ~ uso sustenti coaservagao ¢ real idade ¢ abrigo e protegfo da fauna e flora quando houvesse desmatament ‘A inexisténcia de cobertura vegetal na Reserva Legal no desobrigava 0 seu Ges inerentes & recuperacao. Tampouco © novo proprie- t4rio, fica Justiga (ST. Jue 0 novo pro para a aco que o obrigava a proceder & recomposicao ca Reserva Legal. De acordo com o ST, em se tratando de reserva flore eveatual dano ambitnial ocorrid proprietdtio, 20 ten Ge reparagao ambiental, responder por ela. O Jmével £ parte legitima para responder acio civil pif obrigagio de fazer consistemte no reflorestamento da reserva legal, pois assume a propriedade com énus restrinvo.* Sobre 0 mesmo tema, entende o STS que essa legislagdo, ao determinar a separagio de parte das proprieda- ces rarais para constituicao da reserva Oorestal legal, resultou de uma feliz e necessdria consciéncia ecolégica que vem tomande cor- in. Jia Dtivin 15-6-2010. ow taal SOT pona socicdade em razio dos efeitas dos desastres natarais ocorti- oa qualidade de vida das geragSes vindouras. Cabe abservar que a aquisicio de uma éree rural equivale 2 aquisigio de qualquer outro empreendimento. 0 adquirente assume tedos os énus existentes quando da transmissdo da propriedade. S40 05 chamados passives: trabalhista, tributirio, previdenciério etc. A falta de Reserva Tegal em propriedade raral & sum passivo ambi ja mesma forma que a disposicdo de residuos téxicos que contamina o solo nos fundos do terreno de uma indistria, Cabe ao adquirente verificar a regularidade do bem que estd comprando em relagio aos varios cam os obrigacionais regicos por lei, inclusive o ambien de Justiga, com co em repetido, que @ adqui- idade para figurar de repari-lo ¢ transmitida quando da existdncia ou no de culpa (responsabilidade objetiva) (cf. Const de 1988, act. 225; cf, Lei n* 4.771/65, art, 29; Let nt 8.171/91, art. 995 Lei n® 6.939/81, art 14). le Justica do Estado de Sao Paulo vem, reiteradamente, do no sentido ée que a obrigacdo de manutengdo de area de reserva legal, nz extenszo Vistas alguns poste cesses que descrover a légica da Reserva Legal, passamos a coment dia Lei n* 12,6517 12, no que concere a regulericaséo de Reserva Legal. Avanélise desses dispositives forga & conclusao de que os mesmos 36 se ap! Aquelas propriedades rurais que, er 22 de julno de 2008, detinham drea de Re- ‘serva Legal formalmente instituida,'ou seis, averbada na matricula do imé Ja nos casos em que a propricdade rural possuia mate nativa corresponden 20 percentual devido de reserva legal, porém sem averbagao em 22 de julho de 2008, como foi o caso de muitas propriedades pelo Brasil, tals dispositivos nao Jo de tais artigos ainda est4 condicionada a comprovacio de que @ ji uma area rural consolida: termos do art. ural com ocupasio anerdpica preexistente a 22 de jue rias ou atividades agrossilvipastorss, admitica, regime de pousio oprietirio ou possuidor de imével ou posse do 6 que se conduna com 0 entendimento da doutrina ¢ jurisprudénc: sentido ce a obrigagio de instituir e recuperar a Reserva Legal ter a nature "ji mencionado. A lei trata da modalidade de recomposigfo stipulados pelo drgéo competente do SISNAMA\ acada 2a nimo 1/10 da dre: ‘Além disso, a lei permite que a recomposigio seja realizada mediante o plan- tio intercalado de espécies narivas com exéticas ou frutiferas, em sistema agro orestal, devendo (1) o plantio de espécies exoticas ser combinado com as espé cies nativas de ocotréncia regional; ¢ (2) a frea rccomposta com especies © Leia? 12651/12, > Leiar 126812, 66, 81% 66, 92" eo tagal 503 nia exceder 50% da érea total a ser recuperaca.*® Por fim, a lei estabelece que a recomposigao da Reserva Legal confere direito 2 sua exploragio econbmica.” A permissfo pars utilizar vegetagio exética na Reserva Legal & objeto da de repereséo des donos ambientai rocessos ecoldgtcns essenciats (art especialmente protegido de modo rictdrio ou pesseiro de uma caberto de vegeta A compensagio da Reserva Legal de uma propriedade X é feita em proprie- dace ¥ civersa da primeira, sem prejuizo da insttuigio da Reserva Legal dessa segunda propriedade. A alizagéo da area le compensagéo cora no mesmo bioma.®” © Cédigo Florestal revogado cxigia que a compensa- fasce feita em rea equivalents em importincia ecoldgica e extensao, dese ss ao mesmo ecossistema c estivesse localizada na mesma miere- bac ra titha por finalidade assegurar que a compensago da Rese: Legal em Y fosse feita em drea préxima a X, evitando que houvesse espacos muito extensas desprovides de cobertura vegetal. ao adotar-se o bioma como critério para compensacéo, permi- mamente diverses. Por exemple, o bioma Mata Atldntica compreende desde as florestas de arauedria no sul, até a zona da mata do nordeste, yensacdo da Rescrva Legal deverd ser prece- CAR e poder ser feita mediante: pentar os termos, a Legal se desses dispositivos forca a s propriedades rurais que, em 22 de julho de 2008, detinham area de Re~ serva Legal formalmente inst ou sea, averbada na matricula do imével. nos casos em que a propricdade rural possula mata nativa corespondente 420 percentual devido de reserva legal, porém sem averbacéo em 22 de julho ée ss propriedades pelo Brasil, tais dispositives no aa ja estd condicionada & comprovacao de que a ima rea rural consolidada, nos termos do art. 3°, 1M ou seja, crea dew tha de 2008, com edificagdes, benfeitories ou reste tdci Oar. 66 em 22 de jul ido no ai 12, poderd re 20 PRA, adotando as seguintes altemativas, isolada ou conjuntamente: 1, recompor 2 Reserva Legal, 2. permitir a *egencracdo natural da vegetagao na area de Reserva Legal 3. compensar a Reserva Legal. Em seguida, determina que a obrigacio prevista tem natureza real ¢ é ou posse do imével pelo érgia comper ‘cada 2 anes, no minimo 1/10 da drea Local nece ‘com as espe mi espécies cxoticas eine 12.651 © Lett 12.65/12, wr. 66, § 2 ora gal 503 nio exceder $0% da area total a ser recuperada.** For fim, « lei estabclece que arecompasigao da Reserva Legal confere direito & sua exploragio econdmica.” A permissio para utilizar vegetagio cxética na Reserva Legal & objeto da ‘ADIN 4201, na medida em que viola o dever geral de protegéo ambiental previs- processos € vedagito de u especialmente protegi os atritutes qui ional de que a propriedade da vedagio do retrocesso em mi erminada érea rural, mediante a utilizagao de um es cio existente em outra propriedade, que acle é concedido para compensar a falta de cobertura vegetal no percentual exigido em sua propriedade. A compensacdo da Reserva Legal de uma propriedade X ¢ feita em proprie- dade ¥ diversa da primeira, sem prejuizo da instituigéo da Reserva Legal dessa mma exige que a localizagio da arca de compensagio écigo Florestal revogado exigia que a compensa io fosse feita em Area equivalente em import nso, desde que pertencesse ao mesmo ecossistema ¢ estivesse lo na mesma micro- bacia Essa regra tinha por finalidade assegurar que a compensagéo da Reserva em drea préxima a X. evitando que houvesse espagos muito como a abrangéncia muito grande na escolha dos espacos, uma vez que os iros So extensos e possuem, em seu ‘caracierfsticas extre mamente diversas. Por exemplo, 0 bioma Mata Atl compreende desde as ia no sul, até a zona da mata do nordeste. ADINAZD1, p 2. Lain? 12.651/12, a 68, 56, [ein 12.651/12, at 65,55 504 arem amenal » Grauete 1, aquisigdo de Cota de Reserva Ambiental (CRA); 2. arrendamento de drea sob regime de serviddo ambiental ou Re- serva Legal; 3. doagéo a0 poder pablico de area localizada no interior de Uni- dade de Conservacio de dominio publico pendente de regulari- zacéo fundiéria: 4, cadastramento de ourra érea equivalente e excedente & Reserva Legal, em imével de mesma titularidade ou adquirida em imovel de tereeiro, com vegetagio nativa estabelecida, em regeneragio ou recomposigdo, desde que Para que se possa utilizar # compensacio, a lei impoe os seguinte requisitos centre as dreas a serem compensadas:® 1. serem equivalentes em extenséo a area da Reserva Legal a ser ‘compensada; 2. estarem localizadas a ser compensa no bioma da drea de Reserva Legal 3. se fora do Estado, estarem lovalizadas como prioritarias pela Unido ou pelos Esta gico, pois no que se refere & exrensio da drea, é esperado que a lei exifa a equivaléncia entre a Reserva Legal a ser comperss € a area de compensaga0. No que se refere & compensaciio no mesino bi nforme jé mencionado, apesar da tentaiva ce resquatdar a biodiversidade, cise critério flexibiliza demasiadamente a escolha dos espages a serem obj compensagao. : © item 3, todavia, é mais polémico ao permitir cue 2 compensagio de Re- serva Legal se d® emt quo Estado, o que nao era possivel na vigéncia do Cédigo Florestal de 1965. ‘Além da questo ecolgica; hé que se verificar o tema a luz do direito admi- nistrativo, em relagéo a protecao do meio arable: feders Se 0 érgao ou a entidade amt umn estado. compensagio de Reserva Legal em outro Estad centidade, como garentir o controle dessa compens Na linha de garantir a devida protegio a vegetaci “Geral do Esta parecer no sentido de que a compens a Reserva Legal ime regularizacdo ambiental somente poderd ser autorizada pelo Poder haja um coavénio em vigor firmado cntre ambos os Estados, a fim © Loin? 12.651/12, ar. 66.8 6 Feera apa 505 assegurada o controle efetivo da manutengio da Reserva Legal compensatéria, uma vez que o poder de policia somente pods ser exercido no Ambito do tertité- rio de cada Estado.” ‘Ainda sobre o item 3 acima transerito, a definigdo de reas prioritérias buscar favorecer, entre outros, a reeuperagao de bacias hidrogrificas excessiva- mence desmatadas, a criacdo de corredores ecoldgicos, 2 conservacao ce grandes fireas protegidas ¢ a conservagio on recuperagzo de ecossistemas ott ospécies ameacados.** Mais uma vez, aqui, a lei remete a protegio da vegetagéo a um ato administrativo discriciondrio, qual seja a definiyao de dreas prioritétias, que & feita a partir de estudos téenicos, em que é necesséria a eplicagio de recursos financeiros e capacitacéo des érgios e entidades do SISNAMA Na hipStese de iméveis de dominio puiblico, a compensacio efetuaca fora dos Estado poderd ser fei ox pare da peso je interesse publico. da estabelece que, nos iméveis rurais que detinh de 2008, vedadas novas conversdes para uso altemativo do solo. allei extabelecen o seguinte beneficio para os iméveis mencionados: jdade de a Rescrva Legal ser constituida com « area ocupada com vege- 506 tino Aatiual + Gascre tagio nativa, sem a nevessidade de roouperar 0 perceatual estabelecido em lei, Os reauisitos previstos na le, para que seje concedidlo esse beneficl, so: 1. ser imével rural que, em 22. de julho de 2008, possuia «rea de até 4 médulos fiscais; € susie remanescente de vegetacio nat res ao estabelecido em lei. Questiona-se como ficam os iméveis rurais de até 4 mSdulos fiseais que niio ‘qualquer remanescente de vegetacio nativa em Reserva Legal, cm 22 0 de 2008 Fm outras palavras, estariam esses iméveis desobrigados de recuperar a Re- sorva Legal? Entendemos que no. A andlise do texto legal leva & conclusao de que 0 be- mma rea |, devendo, portanto, recuperar ce Reserva Legel, aplicando-se, nesse eas0, o art. 12. 2651/12, Cabe considerar que a lei, zo nfo estabelecee um percentual minime razoével sara que a vegetacdo nativa remanescente fosse passfvel de regularizar a Reserva Legal, gerou um efeito perverso. Assim, quem manteve 0,5% da vegetazao, fico desobrigado de recupgrer a Reserva Legal. é que aio manteve nenbus tacdo nativa, fica obrizado a repor até 80%, nos imsveis Iocalizados em area de florestas na Amazbnia Esse dispositivo one manescente de vegetac! muito, 0 pequeno proprietirio qe no possuta re- jue recuperar a 2. Eatretanto, esse fixado na pr do agricultor familiar © empreendecor familiar ru tos e projetos de reiorma agraria, e qUE Aten a 12.326, de 24-6-2006.* Ocorre que 0 médulo fiseal pode alcangar dirensoes muito felevantes, como serd explicado a seguir. ho pessoal .luindo os assentamen- Executivo; IV dine seu estabelecimento eu emproendinento eom sua femfiz. § Remnatags SOT 0 médu da Terra, sent seguintes critérios:® 1964 — Estatato jo, mediante 03 (© que é importante ressaltar nesse tema é al estabelecidos vatlam entre 5 hi, no caso de capitals e m metropolitanas, até 110 ha. Vale dizer que-a grande m: encontra.se entre 30 ha e 70 ha midulos fiseais jas de xegibes dos médulos fiscais| © Lat 4.04/64, an. $0, 82° Desca forma, sob 0 argumento de proteger e beneficiar os pequenas, a , a0 adorar 0 parametro dos quatro médulos fiscais, concede is beneficios as grandes propriedades. 0 critério utilizado pela cerva Legal previstos pela legistaco em vigor a época em ‘io dispensados de promover a recomposicao, compen- sacdo ou regeneracéo para os percentuais exigidos na Lei podem ser comprovadas por documentos, tais como a deseri- de ocupagdo da regio, registrus de comercializagio, dudes as relativos a produgdo, is rurais, na Amazénia Legal, e seus herdeiros necessirios que possuam indice de Reserva Legal maior que 50% de codertura lorestal e no realizaram a suptessio da vegetagao nos percentuais previstos pele legislacdo em vigor época, serd possivel unllizer a rea excedente de Reserva Legal também pare fins de constitu ambiental, Cota de Reserva Ambiental (CRA) ¢ outros instrumentos congéneres previstos na Lei de 1 foram alterados pela Lei 18-7-1989, quando os percentuais de Reserva Legal 7.803/89. ‘Ao longo do tempo, os preceitos legais se modificaram, sendo que, por exem- plo, em certo momento, 0 percentual do espaco protegido referia-se 20 total da cobertura vegetal vegeragdo existente e nao ao total da rea da propriedade, Ou- 110 exemplo a mencionar& ofato de que a Reserva Legal s6 passou a ser exigivel ‘no bioma Cerrado a parc de 1989. Poderia haver casos em que eveniualmente se discutisse a p 0 que se refere, por exempl iidade de 3s obrigacies 12651/12, a. 68, 81% 12.651/12, an. 68, 82° rewratigd 509 obrigagbes relatvas & propriedade. Mas isso s6 pode ocorrer caso a caso, ¢ 080 le imbito nacional, ce cardter gerel lo de implementar a discussio, vejamos © caso do Bioma Cerrado. iniciov-se a sua exploracéo agricola, nos anos 60, seus atributes ecol6- presiacdo? E legirimo simplesmente anistiar todas a iedades ¢ posses que desmataram anteriormente a 1989, lembrando que, nessa €poca, a exploragiie do cerrado j4 estava bastante adiantada? Entendemos que nao. 0 art. 68, na forma como foi colocado, generalizou las as situagies tanto no especto temporal como no aspecto de cumprimento obrigagies relacionadas ao direito de propriedade ~ em um mesmo bloc, concedendo anistia geral a todes e ignorando que a recuperacio da vegetaca nativa ¢ parte oldgions essenciais . Acceso em 16 ot, 2013, Esp. 77.359/SP Mi 516 nuekoam ora tesst S37 2, inaplicabilidade da indenizagéo: na drea denominadg Serra do ciando-se coisa fora do comércio. Se por um lado, a existénc r onde se localizara restos da Maca Atlnied, cujas terras de. rmatas de preservagio permanente impede sua explor composigio calaéria e aguda elevacdo, réo permiter um fai ma ‘ou 0 uso do solo para fins agricolus, por outro, sem divida, implica 2 que, por isso mesmo, vinham sendo submetidas a uma ‘em agregacdo de valores outros ao imével, como rea de potential desordenada « predatéria devastagéo, com a derrubada exacerba u 0 ¢ ecoligico, O certo, de qualquer modo, ¢ que a cobertura da da vegetagdo, a um 36 tempo agregadara do solo esoarpado vegetal pertence aos proprietarios, estando resguardada pelo direito abrigadora da fauna; [...] sendo tais limmitagoes ditadas por lei, an- de propriedade constitucionalmente assegurado, nao sendo passivel terior & aguisigio da propriedade pelos Autores, poderd condusir de expropriagéo pelo Estado sem a correspondente justa © prévia 4 expropriagto pelo Estado? Penso que néo, pois nao hi indenvzagio em dinheino. nder, proibigao de uso, mas co «esto hoje todas as propriedades rurais, veriando as Otrecha acima reproduzido dispensa maiores comentirios, na medida em condigdes ambientois de drea geogrefiea onde se situam que coloca, de modo cristalino, a natuceza juridica de APP: trate-se de uma limi- a limitagdo nfo se configura proibigio, mas condiciona~ taco ao direito de propriedade, mas nao de negagéo ao mesmno. Assim, ndo pode ‘mento do uso da propriedade. Assim, nao se indeniza a coberti- ‘© proprietirio ser prejudicado pelo fato de ter mantido, em sua propriedade, 2 co- ra vegetal; bertura vegetal c, consequentemente, sua funcéo ambiental legelmente prevista 3. aplicabilidade da indenizagao, quando ficar comprovada & possi- fade de uso. A indenizagao € dio © se destina a promover o equilibria enire a situagie anterior posterior do expropriade ¢ neto a acender ds exps [..} @ indenizagio pela col 30.10 InfragSes administrativas especificas contra a flora em Reserva Legal 6.514/08, que revogou 0 Deere aprovelcamente econémi hipétese dos autos, considerando « dificuldade de ac sgrafia com declives acentuadas e a inexisténci J @ cobertura vege ‘enn separade case Ort. 51 trata de atividade em drea de Reserva Legal sem a aprovaco do ér- 580 0u entidade competente, ou ainda em desacordo com tal ato, dispondo que: processo expropriatiri sicuagao verificada nos presentes autos. STE, todavia, € no sentido de indenizar a cobertura le Preservacao Permanente (APP),-em caso de de- sapropriagéo. Em acérdio sobce esse tema, cabe destacar a seguinte passagem, que expe; com clarezay, a questéo: .ceitavel a nao indenizacdo de parte da coberura vege- mmgumento de que nfo poderia set explorada, consubstan- BDREsp, 161.545/S0 HS RE-267817, ce 29-12.2002. Relator: Min. Ma vréa, No mesmo sentido, RE 369.469 — Rp 196.456/50 ‘Agr/SR Relator Min. Ero2 Grau, 318-2004; RE 10077, Relator Francisco Rec, 10-4-1984, RE Esp 595.748/SE 14297, Reletor: Ministr Celse 6 Mello, 22-9-1995. EDRsp 254.246/S2 "Com a redagéo dada pelo Decreco n° 6.686/08. S18 Dreta t espécies nativas plantadlas. A infragdo, par essa hipétese, congiste na falta da sacordo com podetia autorizar © Decreto n 6.686708 intro por hectare ou fragiio 8 quem execurar Grado ambiental compecente, sem obser PMES ou ern desacordo com a autorizacdo concedide. Iterado pelos Decretos nm 7.029/09, 7.497/11, 7.640/11 € zou adm regularizado a debxar de ituacio relativa a Legal. Todavia, a infragdo a verbar a reserva legal esta descaracterizada, em funcdo da no 20.11 Reflexes sobre APP e Reserva Legal o desmatamento desde 0 século XVI, © que cavsou a 10 4 monocuirura, que comprovadamente nido contribu recursos naturais, quedo confrontado com 2 riqueza da bicdiversidade do Jc ums raflexto sobre 0 futuro, © uso do solo nic pode implicara sua destruigdo. A exploragio da proprieda- de rural no pode inviabilizar a agriculrura para os tempos futuros. Enecessé adogio de préticas sustantiveis, coma pura menifertagio de-prinefpio do desen. stentivel, de mado que 2s ¢ falando dos herdeiros dos atuais , para usar sempre. & Reserva Legal exerce esse ental &s proprledades curais, como meio de mos de propricdade proprietérios. Deve-se usar b o de assegurar eq dv a continuidade de Perna tesal S19 Diga-se de passagem que a degradago am! agora nutorizada da forma ‘como oconreu ne Lei n* 12.651/12, gerard, eo longo do tempo, a perda da biodi versidade, da produgao de agua e da floresta nativa do solo agricola, 54 que a Natureza nao consegue se 2 agressfio a0 seu equilibrio, O Brasil éum rat se for excessive a fs megadiverso e como tal se comportam seus atrib desenvolvimento, sobretudo dos menos favoreci Diante do contetido desses dispositives mencionados, sobretudy a anistia, ¢ incluindo o solo agri socledade live, a erradicagéo da ea promogio do bem de tod ores cree, ant cree, an. a5 R] corr, ar crres, art

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