Está en la página 1de 13
qe 2 CAPITULO 1 LT Conceitos Introdutorios “151. =m SUMARIO Representagées Numéricas Ln. 1-2 Sistemas Digitais e Analégicos 1-3. Sistemas de Numeragao Digital 1-4 Representacéo de Quantidades Bindrias 16 17 1-8 Circuitos Digitais/Circuttos Légicos Transmissdo Paralela e Serial Meméria Computadores Digitais, 2 Sistemas Digitals Prineipios e Aplicac @ OBJETIVOS Ao completar este capitulo, voce deverd estar apto a: 1 Distinguir entre representacdes analigicas e digital. MH Relacionar as vantagens e desvantagens das ténicas digitais quando comparadas com as analéigicas. 1H Compreender a necessidade de utitizagao de conversores analigico-digitais (conversores VD) © conversores dligital-analdgicos (conversores D/). Converter niimeros decimais em bindrios e viee-versa, Wi [dentificar sinals digitals tiplcos, 1 Relacionar as diversas teenologias de fabricacao de circuttos integrados. 1 Identificar um diagrama de tempo. 1 Enumerar as diferencas entre transmissao paralela e serial 1 Descrever a propriedade de memé @ Descrever as prineipais partes de um computador digital e compreender suas func 1 Fazer a distingao entre microcomputadores, microprocessadores ¢ microcontroladores, @ INTRODUCAO No mundo atual, 0 termo digital tornou-se parte do nosso Vocabulario no dla-a-dia por causa da maneira profunda pela qual os cireuitos e as técnicas digitals tornaram-se ampli mente utilizados em quase todas as areas de nossas vidas, ‘como: computadores. automagao, robds, medicina, tran portes. entretenimento, exploracao do espaco etc. Voc® esta prestes a comecar uma excitante Jornada, na quail desco- brird os principios fundamentals, os conceitos ¢ as op ‘cbes que So comuns a todos 0s sistemas digitais, desde a mais simples chave liga-desliga até o mals complexo com- putador. Se este livro for bem-sucedido, voe? adquirird um profundo conhecimento de como os sistemas digitais funci- ‘nam e deverd estar apto a aplicar este conhecimento na analise ¢ manutencdo de qualquer sistema digital Vamos comecar introduzindo alguns conceitos bsicos que Sao a parte vital da tecnologia digital; estes conceitos sergio complementados mais adiante, & medida que se tor- nar necessévio. Também introduziremos alguns termos, importantes para iniciarmos o estudo nesta nov conhecimento, assim como acrescentaremos, a cada capi lulo, novos termos 2queles jd estudados. 1-1 REPRESENTAGOES NUMERICAS Na ciéncia, na tecnologia, nos negécios € na verdade em ‘qualquer outro campo, estamos constantemente lidandlo com, quantidades. Quantidades 10 medidas, monitoradas, gra- vadlas, manipuladas aritmeticamente, observadas, ou de all gum outro modo utiizadas na maioria dos sistemas fisicos, E importante que ao licarmos com diversas quantidades se. jamos capazes de representar seus valores de modo efic ente e exato, Existem basicamente duas formas de rept sentar 0 valor numérico de quantidades: a anal6gica e a digital. Representacdes Analégicas Na representacdo analégiea, 0 valor de uma quantidade proporcional 20 valor de uma tenstio ou Corrente, ou ain- da de uma medida de movimento. Um exemplo disso € 0 velocimetro de um automével, no qual a deflexao do por teiro € proporcional a velocidude do avtomovel. A posicao angular do ponteito indica o valor da velocidade do auto- movel, inclusive acompanhando qualquer mudanca que ‘ocorrer na velocidade do automével ao ser acelerado ov freado. Um outro exemplo é 0 termostato utilizado para contr: Jara temperatura de uma sala, no qual a curvatura de uma lamina bimetilica & proporcional A medida que a temperatura na sala se altera, a curvatura da Kamina também se altera proporcionalmente Ainda um outro exemplo de representacdo analégica pode ser encontrado no conhecido microfone de sudio. Neste dispositivo, a tensio de saida geracla € proporcional plitude das ondas sonoras que atingem o microfone. {As variagdes na tensto de sada acompa variagdes das ondas sonoras na entrada, Quantidades representads na forma anal6gicatais como aquelas citadas anteriormente possuem uma importante caracteristica: elas podem tartar em um determinado in- tervalo continuo de valores. A velocidade de um autom6- vel pode assumir qualquer valor no intervalo entre zero €. digamos, 160 km/h. De modo similar, a tensao de saida de um microfone pode estar em qualquer ponto de um intervalo de zero a 10 mV (por exemplo: 1 mV, 2.3724 mV 9.9999 mv), 2 temperatura ambiente, ham as mesmas Representacées Digitais Na representagio digital, as quantidades sao vepresent das milo por outras quantidades proporcionatis, mas por sim= bolos chamados digitos. Por exemplo, um relogio digital, que fornece as horas do dia aa forma de dligitos decimais que representam as horas, os minutos (e As vezes segun- dos). Como sabemos, as horas do dia mudam continuamen- te, masa leitura do relogio digital nao varia continuamente: em ver disso, ela varia em passos de um minuto (ou um, segundo). Em outras palavras, esta forma de representagio digital das horas do dia varia em passos discretos, quando ‘comparada com representacao fornecida por um relégio analégico, em que as mudangis no mostrador ocorrem de modo continuo, A diferenca principal entre as formas de representacao analégica e digital pode entio ser simplesmente simboliz da da seguinte maneira: analégic: digital liscreta (passo a passo) 1 da natureza discreta da representacao digital, no. nbigtidade na leitura de uma quantidade represen- nesta forma, enquanto na representagio analégica a leitura é geralmente sujeita a interpre! Quais dos itens a seguir rel ho digital e quais se referem a forma de representa. ogica? (b) A corrente elétrica na tomada na parede (© A temperatura de uma sala (@) Gros de areia na praia (©) Velocimetro de automével Solu (a) Digital (b) Analogica (©) Analosica @) Digital, uma ver que 0 ntimero de gros pode assumir apenas um cleterminaclo miimero de valores discretos Gnteiros) e mio qualquer valor possivel dentro de um intervalo continuo. (©) Anal6gica, se 0 velocimetto for do tipo de ponteiro;di- gital se possuir um mostrador numérico. | Questo LU 1-2 SISTEMAS DIGITAIS E ANALOGICOS s de Revisio* Descreva, de modo resumido, a principal diferenga entre as formas de representago digital analégica, Um sistema digital ¢ uma combinagio de dispositivos pro- jetados para lidar com infosmagdes logicas ou com quanti des fisicas representaclas ce forma digital, isto &, estas quan tidades $6 podem assumir valores discretos. Estes disposit vos sio geralmente eletrénicos, mas também podem ser mecainicos, magnéticos ou pncumticos. Dentre os sistemas, dlgitais mais comuns podemos citar computadores € calcula- doris digitais, equipamento de atidio e video digital e 0 sis tema telefonico — 0 maior sistema digital no mundo. ‘Um sistema analégico contém dispositivos que poclem manipular quantidades fisicas que sio representadas de forma analogica, Em um sistema anal6gico, as quantidades fisicas podem variar sobre um intervalo continuo de valo- res, Por exemplo: a amplitude do sinal de saida de um re- ceptor de ridio pode ter qualquer valor entre zero e o limi- te maximo, Outros sistemas analogicos bastante comuns S20, (os amplificadores de aidio, equipamento de gravagio e reproduco de fita magnética, e um simples interruptor do tipo dimmer. fa vspont dak quate de revn pode ser encom ofr de cata cape Coneeitos Introdutéros 3 Vantagens das Técnicas Digitais Uma crescente maioria das aplicagdes na eletrOnica, bem como em muitas outras areas, utiliza técnicas digitais para realizar operacoes anteriormente realizadas através de mé todos analégicos. As principais razoes da mudanga para téc~ nicas digitais Sto: 1. Sistemas digitais geralmente sao mais faceis de projetar. Isto se deve a0 fato de que 0s circuitos utlizados circuitos de chaveamento, em que os valores exaios de Tensto ou corrente nio sio importantes, mas apenas intervalo (ALTO ou BAIXO) no qual eles se localizam, 2. Facil armazenamiento de informagao. Iso € aleangado por circuitos de chaveamento especiais, capazes de cap- Turar a informacio € guardé-la pelo tempo que for ne- 3. Maior exatiddo e precisa. Sistemas digitais podem ma- nipular quantos digitos de precise forem necessarios, para 0 que basta adicionar um atimero maior de circui- tos de chaveamento. Em sistemas analdgicos, a precisio esti geralmente limitada a és ou quatro digitos, porque 0s valores de corrente e tensto sto diretamente depen- dentes dos valores dos componentes dos circvitos e tam- em sao afetados por flutuagdes randomicas (ruido), A operacao do sistema pode ser programada. E bastante simples projetar sistemas digitais cuja operacao pode ser controlada por um conjunto de instrugoes, constituindo tum programa. A medida que a tecnologia avanga, a pro- gramacio de sistemas vem se tornando cada vez mais, simples. Sistemas analdgicos também podem ser progra mados, entretanto, a variedade e a complexidade das operacoes disponiveis sio bastante limitadas. Circuitos digitats sdo menos ajetados pelo rusdo. Flotwa- {90es espurias na tensio (ruido) nio Sto io exiticas em sistemas digitais porque o valor exato da tensio nao € 10 importante, desde que a amplitude do ruido também nao seja to grande que nos impeca de distinguir corre- tamente os niveis l6gicos Lm maior niimero de circuites digitats pode ser colocado em um circuito integrado. & verdade que citcuitos ana- logicos também foram beneficiaclos com o grande desen- volvimento da tecnologia de fabricacio de cireuitos inte- sgraddos, mas sua complexidade e a utilizacio de compo: Rentes economicamente invidveis de serem integrados (capacitores de alto valor, resistores de precisio, induto- res, transformadlores) tém impedido que sistemas anal6- gicos alcancem o mesmo nivel de integract 4, Limitacées das Técnicas Digitais Realmente existe apenas uma tinica desvantagem quando utilizamos técnicas digitais © mundo real é quase totalmente analégico. isicas € originalmente analogi- cca, ¢ elas sao freqiientemente as entradas e saidas monito- radas, operudas e controladas por um sistema. Alguns exem, plos sto temperatura, pressito, posicao, velocidade, nivel de liquidos, vazdo etc. Estamos habituados a expressar estas quantidades digitalmente, de modo que quando dizemos que a temperatura € de 64° (63,8° se quisermos ser mais istemas Digitals Principios e Aplicagaes tenasgcaGanewar }] (Oata Temperaus_, [ Oeponto de ce Preatanere tanaogce) >] eos =| sige Sa Daa Gonversar |] (Aran) gta | contador Alto do antiiieo temperatura Fig. 11 Diagrama de blocos de um asconversdes analogico-cigiais, precisos) estamos na verdade fazendo uma aproximagao di- gital de uma grandeza inerentemente analgica Para tirar proveito das técnicas digitais quando estiver mos lidando com entradas e saiclas analdgicas, trés passos devem ser seguidos 1. Converter as entradas anal6gicas para a forma digital 2. Processar a informagaio digital 3. Converter as saidas digitais de volta 2 forma analégica A Fig. 1-1 mostra um diagrama de blocos de um tipico sistema de controle de temperatura. Como se podle ver no dliagrama, a temperatura é medida por um dispositivo ana- logico € 0 valor medido € entio convertido para uma re- presentacio na forma digital por um conversor analégi- co-digital (conversor A/D). Esta é, entao, processada por um circuito digital, que pode incluir ou nao um computa- lor digital. A saida digital é entio convertida de volta a for ‘ma analgica por um conversor digital-analégico (con- versor D/A). Esta saida analogica é fornecida como entra- da a um controlador que realiza algum tipo de acao para ajustar a temperatura Um outro bom exemplo de conversio entre representa- ces nas formas analogicas e digitais € a que se verifica na sgravacao de audio, Compact disks (CDs) se sobressairam e tomaram conta da indtistria fonogeifica por oferecerem melhores meios de gravacao e reprodugao de miisica, O processo dle produgao e reproducio em CD pode ser des- Grito genericamente como se segue: (1) 0s sons dos instru mentos ¢ das vozes produzem uma tensio analdgica no microfone; (2) este sinal anal6gico é convertido em um for- ‘mato digital, usando um proceso de conversio de anal6gi- co para digital; (3) a informacio digital € armazenada na superficie do CD; (4) durante a reproducao, 0 CD player coleta a informacao digital da superficie do CD e a conver- te em um sinal analégico, que é amplificado e enviado aos alto-falantes de onde pode ser captado pelo ouvido. A necessidade de conversio entre formas analdgicas € dligitais pode ser considerada uma desvantagem por causa do seu custo e complexidace adicionais. Um outro fator que xgeralmente € importante € 0 tempo extra necessirio para realizar estas conversoes. Fm muitas aplicagdes, esses fato- res 8 Jos pelas numerosas vantagens de usar mos técnicas digitais, em raz3o das quais a conversio entre ‘quantidades digitais'e analogicas tornou-se algo bastante comum na tecnologia atu tema de controle de temperatura que utiliza eenicas de processamento digital, possivels gracas Existem situ; cOes, entretanto, em que utilizacio de tée- nicas anal6gicas € mais simples e econémica. Por exemplo: :vamplificacao de sinais € mais facilmente realizada com o auxilio de circuitos analégicos. E comum observar as téenicas analigicas e digitais se- rem utilizadas em um mesmo sistema de modo a se tirar proveito das vantagens de cada uma das técnicas. Nesses sistemas hibridos, uma das mais importantes etapas do pro- jeto € determinat em que partes devem ser empregadas 2s teéenicas analogicas € aquelas em que devem ser utilizadas técnicas digitais O Futuro £ Digital E bastante seguro prever que a maioria cos futuros avangos ‘em muitas (Sendo em todas) Areas da tecnologia ser reali- zada no dominio digital. O ritmo acelerado desses avangos pode inclusive exceder o crescimento fenomenal que tem sido verificado nos tiltimos anos — um periodo em que vimos: 35% das familias amer 0% dos jovens na faixa dos 13 aos 19 anos com computadores pessoais em, casa; aproximadamente 30 milhoes de pessoas na Internet; 90% de todos os computadores pessoais vendidos em 1995 possufam modems e unidades de CD-ROM; automdveis com ‘50 microprocessadores; microprocessadlores presentes nas coisas mais comuns, descle torradeiras, termostatos © car- tes de cumprimentos até secretirias eletrOnicas, video setes e miquinas de lavar. E 6 futuro nos promete ainda mais. No inicio do século vinte € um, suas abotoaduras ou seus brincos poderio se comunicar com outros, através de sat tes, € terio matis poder computacional do que o computador ‘que voc? possui hoje em cast ou no escritério. Telefones serio capazes de receber, ordenar e talvez.até responder chama- das, como um secretdria bem-treinada, Na escola, criangas serio capazes de colher ideias e informagoes © entrar em ccontato com outras criangas de todo o mundo, Quando voce assistir televisio por uma hora, o que estari vendo foi trans: miitido para sua casa em menos de um segundo e armazena- do na meméria do computador presente na sua TV, para ser visto de acordo com a sua conveniéncia, Ler sobre um lugar istincia pode incluir uma experiéncia senso- apenas a ponta do iceherg* “As nformagiese provinces cada sgui form etal ‘Digi de Nichola Negroponte, Wnage Boks, 1993, p57 Em outras palavras, a tecnologia digital vai continuar a invadir rapicamente 0 cotidiano de nossas vidas, hem como vai alcangar novas fronteiras que talvez. nao tenhamos nem sequer imaginado. Tudo 0 que podemos fazer € aprender (© maximo possivel sobre esta tecnologia, agdentar firme € aproveitar a viagem, Questies de Revisio 41. Quais sto as vantagens das téenicas digitais sobre as analogicas? 2. Qual € a mais limitagdo que existe para se usar téeni- as digits? 1-3 SISTEMAS DE NUMERAGAO DIGITAL Muitos sistemas de numeracio sto usados na tecnologia di- gital. Os mais comuns sao 0 decimal, 0 bindrio, o octal e 0 hexadecimal. O sistema decimal é naturalmente o sistema ais familiar para todos, uma vez que ele € uma ferramen- que utilizamos todos os dias. Examinar algumas de suas caracteristicas nos ajudara a obter uma melhor compreen- 'si0 dos outros sistemas, Sistema Decimal O sistema decimal é composto de 10 alg 5 bolos. Estes 10 simbolos sao 0, 1, 2, 3. 4,5, 6,7, 8€ 9. U lizando estes simbolos como digifos de um numero, pode- mos expressar qualquer quantidade. O sistema decimal € também chamado de sistema de base 10 porque possui 10 digitos € evoluiu naturalmente do fato de que as pessoas tém 10 dedos. De fato, a palavra “digito” é derivada da pa- lavra latina usada para denominar “dedo”. O sistema decimal é um sistema de valor posicional, isto 6, um sistema no qual o valor do digito depende de sua posicao. Por exemplo: considere 0 ntimero decimal 453. Sabemos que o digito 4, na verdade, representa 4 cente- nas, 0 5 representa 5 dezenas e 0 3 representa 3 unida- des. Em esséncia, 0 4 possui o maior peso dos trés cigitos a ele nos referimos como digito mais significativo (MSD — Most Significant Digit. O 3 possui © menor peso € € chamado de digito menos significative (ISD — Least Significant Digit. ‘Considere um outro exemplo, 27,35. Este ntimero & na verdade igual a 2 dezenas mais 7 unidades mais 3 décimos mais 5 centésimos, ov 2X 10+.7X 1+ 3X 0,1 + 5X 0,01. A virgula decimal € usada para separar a parte inteira da parte fracionaria do ndmero. Be modo mais rigoroso, as virias posigdes relativas & virgula decimal possuem pesos que podem ser expressos em poténcias de 10. Isto pode ser visto na Fig. 1-2, onde o niimero 2745,214 estd representado. A vitgula decimal se para as poténcias positivas de 10 daquelas que 840 negati- vas, O ntimero 2745,214 € entao igual a 2x 10% X 10") + 4 X 109 + G x 10 42% 10 +X 10) +4 X 10), Conceitos Introdutérios 5 Em geral, qualquer numero é simplesmente a soma dos pro- tos de cada valor do digito pelo seu peso devido 2 sua posigao, ‘Valores poscionas as | LLY Lovo rote 2 2B eleva, ePelTPer | t fal Vigule Mae) decma SP. Fig. 1-2 Valores posicionais do sistema de numeragio decimal Sto poténcias de 10, Contagem Decimal Quando fazemos uma contagem no sistema decimal, come- amos com 0 na posicio das unidades ¢ vamos tomando cada simbolo em progressio até atingimos 9. Quando isto acon- tece, adicionamos 1 & posicao de maior peso e mais préxima @ comecamos de novo com 0 0, na primeira posicao (veja a Fig. 1-3), Este processo continua até que a contagem de 99 seja alcangada, Neste momento, adicionamos 1 a terceira posigdo e comegamos de novo com 0 nas duas primeiras posicoes. Este procedimento pode ser seguidlo continuamente, qualquer que seja 0 mimero que desejemos contar. E importante notar que, na contagem decimal, a posigio correspondente 4s unidades (ISD) troca de valor a cada passo da contagem; a posi¢io correspondente as dezenas muda a cada 10 passos da contagem, a posicio correspon- dente As centenas muda a cada 100 passos da contagem e assim por diante. ‘Outra caracteristica do sistema decimal & que, se utilizar mos dois digitos, podemos contar até 10? = 100 nimeros diferentes (0 a 99); utilizando 3 digitos, podemos contar ° 20 103 1 21 2 22 ' 3 23 ' 4 2a ' 5 25 ' 6 26 ' 7 a7 ' 8 28 | 8 28 ' 10 30 \ 1 " : 2 " 199 13 i 200 14 it 15 i ' 16 99 ' 7 100 | 8 101 28 19 102" 1000 Fig. 1-3 Contagem decimal 6 Sistemas Dighais Prineios ¢ plieagdes té 1000 ntimeros (0) a 999), e assim sucessivamente, De mode geral, com Ndigitos, podemos contar até 10° ntimeros distintos, comegando do zero ¢ incluindo-o na contagem. O i sempre igual a 10° ~ 1 Sistema Binario Infelizmente, o sistema decimal no se presta para ser im: plementaco satisEatoriamente em sistemas dligitais. Por exem- plo: € bastante dificil projetar um equipamento eletronico que possa trabalhar com 10 niveis diferentes de tensio (um para cada algarismo decimal, do 0 a0 9). Por outro lado, é muito fieil implementar circuitos eletrdnicos simples ¢ pre- cisos que operem somente com dois niveis de tensio. Por esta razio, quase todo sistema digital usa o sistema de au- meragao bindrio (hase 2) como sistema de numeracao ba co para suas opel 0s sistemas de nume racao, is vezes, sejam usados em conjungao com o sistema riches, embora 01 No sistema binérlo existem apenas dois simbolos ou valores possivels para os digitos, Oe 1. Ainca assim, este ‘Sntema de base 2 pode ser usado para representar qualquer {qualquer outo sistema, Eniretanto, de wim modo get ele uilizara um miimero maior de digitos binisios para expres: sar um dado valor, sistema decimal s20 apliciveis do mesmo modo 20 sistema binario, O sistema bingo também ¢ um sistema de valor posicional, onde cada digito binario poss seu proprio valor fu peso expresso como uma poténcla de dois. Iso € lus. tado na Fig. 1 ‘Nivfigur as posigdes a esquerla da gla bind (cone teapanida ca virgula decimaD representam as potenctas positvas de 2, es posigdes a direta representam 5 pO- tEncias negatvas de 2. O numero 1011,101 € mostrado na ial, simplesmente fazemos a soma dos proxktos de cada digo (0 ou 1) pelo seu respectivo peso. 1011101, = AX 29 + (OX 29-4 1x 2) + Ax 2 +X 2) + OX 2°) + 1X 2) =840F24140540 40,125 = 11,625, Observe que na operagio anterior os indices (2 ¢ 10) usados para indicar a base na qual © niimero em que: lest expresso. Esta convencao € usada para evi confusio postscnass Lae eek tetaded t i) Virus se Vegua se Fig. 1-4 Valores posicionais do sistema de numerido bindrio si0 poténclas de 2, sempre que mais de um sistema de numeracaio estiver sen do empregadto. No sistema binario, 0 termo digito bindrio & geralmente abreviado para bit (inary digid, que usaremos daqui por diante. Assim, para o miimero mostrado na Fig. 1-8 existem quatro digitos 2 esquerda da virgula bindria, representando {parte inteira do nlimero, ¢ trés bits a direita, representan- doa parte fracioniria. O bit mais significativo (MSB— Mast Significant Bid & o bit mais a esquesda (0 de maior peso) © bit menos significativo (ISB — Least Significant BID é 0 bit mais direita (o de menor peso). Estes bts esto indica dos na Fig, I+ Contagem Binaria Quando lidamos com ntimeros binarios, geralmente iremos nos restringir a um ntimero espectfico de bits. Esta restrigio € baseada no conjunto de circuitos que esti sendo usaco part representar estes ntimeros bindrios. Vamos usar ntime- ros de 4 bits para ilustrar 0 método para a contagem em bindrio. A seqiiéncia (mostrada na Fig. 1-5) comeca com todos os bits em 0; € a chamada contagem zero, Para cada conta- gem sucessiva, a posicdo reference as unidades (2°) comu- 1a, isto é, ela troca o seu valor bindrio pelo outro, Cada vez ‘que o bit das unidades trocar de 1 para 0, a posigao de peso dois (2 vai comutar (trocar de estado). Cacla vez que o bit da posipao de peso dois mudar de 1 part 0, o bit da posi- ‘ho de peso quatro (2) vai comutar (mucar de estado). Do mesmo modo, cada vez que 0 bit da posicao de peso qua: tro mudar de I para 0, 0 bit da posicio de peso oito (2°) comuta (muda de estado). Este proceso continusria par os bits de mais alta ordem, se o ntimero binirio tivesse mais, do que quatro bits A sequiéncia de contagem bindria tem outra importante caracteristica, como esté mostrado na Fig, 1-5. O bit das unidades (LSB) muda de 0 para 1 ou de 1 para Qa cada contagem. © segundo bit (posi¢ao de peso dois) fica em 0 contagens ¢ depois em 1 por duas contagens, ¢ Pesos > Bae [ca eae ee Decimal equivalents of of of} o —+ ° ofofof 1 —+ 1 ese rao | 2 at eet ites | sat 3 fanaa. agora 4 o}1]oa | 5 ofafrfo ! 6 ead) ta ata 7 vf ofo}o { 8 Hi roa On asta ° er ett 10 eee ee 4 1 n crea) ea nga bel acon! 2 rfrfofa 3 13 1 r}a fo 14 eee | ae 15 t 6 sqléneia de contagem bina depois em 0 por mais duas contagens © assim sucessiva- mente, O tesceiro bit fica em 0 por quatro contagens e de- pois fica em | por quatro contagens e assim sucessivamen- fe, 0 quarto bit (posigio de peso oit0) fiea em 0 por oito tagens ¢ depois fica em 1 por oito contagens. Se dese- jdssemos continuar a contagem, adicionariamos mais bits, € este padrio continuaria com grupos de 0s e Is altermando- se em grupos de 2", Por exemplo: usando © quinto bit, teriamos este alternando dezesseis 0s com dezesseis 1s € assim por diante. ‘Como vimos no sistema decimal, também € verdade para o sistema bindrio que usindo NV bits possimos contaraté 2° con- tagens. Por exemplo: com dois bits, podemas contar até 2! 4 contagens (00, até 11,); com quatro bits, podemos contar até 2' = 16 contagens (0000, até 1111,), ¢ assim por diante. A Uk tima contagem sempre tert todos os bits iguais a1 sera igual 42° I no sistema decimal, Por exemplo: usando quatro bits, at tihima contagem seri LIM, = 2° 1 = 15, EXEMPLO 1-2 Qual & © maior ntimero que pode ser representado usando ito bits? Esta foi uma breve introdugio ao sistema de numeracao bindrio e sua relagio com o sistema decimal. Vamos des- pender muito mais tempo nestes dois sistemas € em varios outros no proximo capitulo, ‘Questdes de Revisio 1. Qual € 0 ntimero decimal equivalente a 11010117 2. Qual & 0 proximo ntimero binario que se segue a 10111; ha seqiiéncia de contagem? 3. Qual é 0 maior valor deci tado usando-se 12 bits? que pode ser represen- 1-4 REPRESENTAGAO DE QUANTIDADES BINARIA: n sistemas digitais, a informacao que esta sendo proces- sada geralmente se apresenta sob forma bindria. Quanti- ILS, a (a) 0) Coneettas Introdutérios 7 dades binarias podem ser representadas por qualquer dis- positivo que apresente apenas dois estados de operac: ou condi¢des possiveis. Por exemplo: uma chave possui apenas dois estados: aberta ou fechada. Podemos arbitrar que uma chave aberta represente o digito binario 0, ou sim- plesmente bindrio 0, e a chave fechaca represente o bind rio 1. A partir destas indicagdes, podemos representar qual- {quer niimero binario como esti’ mostrado na Fig, 1-6(a), em que os estados das varias chaves representam 10010,. Um outro exemplo é mostrado na Fig, 1-6(b), em que as perfuracdes no papel sao usadas para representar ntimeros bindrios, Um furo representa 0 bindrio 1, € a auséncia de furo representa o bindrio 0. Existem varios outtos dispositivos que possuem apenas dois estacios de operacao, ou que podem ser operados ape- ‘nas em condligdes extremas, Entre estes podems citar pada eletrica (acesa ou escura), diodo (conduzindo ou nao conduzindo), relé (energizado ou desenergizado), transis tor (cortado Ou saturado), célula fotoelétrica (iluminada ou escura), termostato (aberto ou fechado), embreagem meci- nica (engrenada ou desengrenada) e um ponto especifico de um disco magnético (magnetizado ou desmagnetizado), Em sistemas digitais eletrOnicos, a informacao bindria é representada por tenses (ou correntes) que esto presen- tes nas entradas € saidas dos varios circuitos. Tipicamente, ‘0s 0 € I bindrios sto representados por dois niveis de ten- sto, Por exemplo: zero volts (0 V) poderia representar 0 bindrio 0, © +5 V poderia representar o bindrio 1. Na ver dadle, devido a variagdes nos circuitos, os bindrios 0 € 1 sto representados por intervalos de tensio, Isto esti mostrado na Fig, 1-7(a), onde qualquer tensao entre 0 ¢ 0,8 V repre- senta o binario 0 e qualquer tensio entre 2 5 V representa © binario 1. Todas as entradas e saiclas normalmente est- mio em um destes intervalos, exceto durante transicoes de ‘um nivel para 0 outro, Agora, podemos notar uma significativa diferenca entre sistemas analégicos e digitais. Nos sistemas digitais, 0 valor exato da tensio ndo € importante. Assim, para as tensdes mostridas na Fig, 1-7(a), uma tensao de 3,6 V significa 0 mesmo que uma tensio de 4,3 V. Em sistemas analdgicos, walor exato da tensdo 2 importante. Por exemplo, se uma roporcional a temperatura medida por um trans- dutor, 3,6V representaria uma temperatura diferente de 4,3 \V, Em outras palavras, o valor da tensao possui informacio significativa, Esta caracteristica significa que 0 projeto de Gircuitos analégicos precisos é geralmente mais dificil do que © projeto de circuitos digits, em razao do modo pelo qual os valores exatos de tensdes Sio afetaclos por variag valores de componentes, pela temperatura ¢ pelo ruido (hu- tuacdes randmicas de tensio). Fig. 1-6 Representagio de ndimeros bindrios utilizan- do (a) chaves ¢ (b) perfuragoes em um fita de papel Sistemas Dightals Pr 7 Vos Binéro 1 1 ay - eo nee utlizado 8" ae J ° ° ov! e ov ~ | t Co ekeeGe Gees (® & Fig. 1-7 (a) Indicacao de intervalos de tensio tipicos para bi Sinais Digitais ¢ Diagramas de Tempo A Fig. 1-7(b) mostra um sinal digital tipico e como este varia no tempo, Isto € na verdade um grifico de tensao verststem- po (De € chamado de diagrama de tempo. A escala hori zontal do tempo € graduad em intervalos regulares, come- sando em & e depois em f, fe assim por diante. Para exen- plo de diagrama de tempo mostrado aqui, o sinal comeca em, 0. V ( binatio) em fe af permanece até t, Em 4, 0 sinal faz ‘uma rpida transicao (um salto) atéatingie 4 VL binario). Em. 4 ele volta a 0 V. Transigoes semelhantes ocorrem em f,€ As transicoes no diagrama de tempo sio desenhadas como linhas verticais, de modo que elas parecem ser ins- lantineas quando na realidade no o sao, Entretanto, em Iuitas situacdes a duracao das transigoes é tio pequena quando comparada com 0 intervalo de tempo decortido entre transicdes que podemos representar essas tiltimas como linhas vertcais no diagrama, Encontraremos mais tarde situagdes em que seri necessirio mostrar as transigoes de modo mais exato, em uma escala de tempo expandida, Diagramas de tempo sio bastante utilizados para mostrar como os sinaisdigitais variam com o tempo, e especialmente part mostrar @ relago entre dois ou mais sina digitais no Circuito digital [> Ye ° Fig. 1.8 Um circuito digital respond a um nivel bind indrios O € 1; (b) tipico diagrama de tempo de um sinal digital ‘mesmo circuito ou sistema. Utilizando um osciloscdpio ow um, analisador logico para observar os sinais digitais, podemos compari-los com 0 diagrama de tempo esperado, Este proce- dimento é uma parte muito importante dos mécodos de teste reparo usados em sistemas digitais, 1-5 CIRCUITOS DIGITAIS/CIRCUITOS LOGICOS Circuitos digitais sao projetados para produzir tensoes de saida que estejam dentro dos intervalos determinados para 08 bindrios 0 € 1, como aqueles definidos na Fig. 1-7. Da mesma maneira, circuitos digitais sto projetados para res- ponder, de modo previsivel, a tensdes de entrada que este- jam dentro dos intervalos definidos para 0 e 1. Isto signilica que um circuito digital responder do mesmo modo a to- clas as tensdes de entrada que estiverem dentro do interva Jo permitido para o 0; de maneira semelhante, ele nao dis- tinguira entre tenses de entrada que estejam dentro do intervalo permitido para 1 Para ilustrar este fato, a Fig. 1-8 representa um tipico cir- cuito digital, com entrada v, € sada v,. Mostramos a saida (Caso! ——sv ov —+t av ov aso! a7 sv ——_ st av L—§_oy io (0 ou 1), © nao ao valor exato da tensio de entrada, correspondente a dois sinais de entrada diferentes, Obser- ve que ¥,€ 0 mesmo em ambos os casos, porque embora as duas formas de onda de entrada possuam diferentes va- lores de tensao, elas possuem © mesmo valor binario. Circuitos Légicos A maneira pela qual um circuito digital responde a uma en- trada & chamada de dgica do circuito, Cada tipo de circuit digital obedece a um determinado conjunto de regras log cas, Por esta raz0, circuitos digitais também sao chamados circuitos légicos. Usiremos ambos os termos de modo intercambidvel ao longo do texto. No Cap. 3, veremos mais, claramente o que se quer dizer por “logica” de um circuito, Estudaremos toclos os tipas cle circuitos l6gicos que sto atualmente utilizados em circuitos dligitais. Inicialmente, nossa atencao estari concentrada apenas nas operagdes 16- gicas que estes circuitos realizam, isto &, estaremos interes- sados apenas na relagao entre a entrada e a saida do cireui- to, Adiaremos qualquer discussao de como os circuitos 15- ‘gicos operam internamente até termos desenvolvide uma boa compreensio das suas operagdes logis Circuitos Integrados Digitais Quase todos os circuitos digitais existentes nos sistemas digi tais modemos sio circuitos integrados (CIs). A grande varie: dade de Cls ldgicos disponivel tornou possivel a construcio de sistemas dligitais complexos menores e mais confiveis do que aqueles construicos com circuitos logicos discretos Existem diversas tecnologias de fabricago utilizadas para produzir Cls digitais, e as mais comuns sto: TTL, CMOS, NMOS e ECL. Cada uma difere da outra no tipo dle circuitos que sao utilizados para obter a operagao logica desejada, Por exemplo, a tecnologia TTL (Transistor-Transistor Logic) utiliza o transistor bipolar como elemento principal, enquan- toa CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) usa 0 MOSFET do tipo enriquecimento como elemento princi- pal, Aprenderemos sobre as wérias tecnologia de Cls, suas caracteristicas, suas vantagens e desvantagens pds termos dominado 0s tipos basicos de circuitos logicas. ‘Questo de Revisio 1. Verdadeiro ou false. O valor exato da tensio de entra- da € critico para um circuito digital 2. Lim circuito digital pode produzir a mesma tensto de saida para diferentes valores de tensio de entrada? 3. Um circuito digital também é chamado de circuito — 4. Um grafico que mostra como um ou mais sinais digi- tais Variam em funcao do tempo é chamado 1-6 TRANSMISSAO PARALELA E SERIAL Uma das operacoes mais comuns que ocomem em sistemas digitais € a transmissao da informacao de um lugar para ou- Conceitos Introdutérios 9 ia Ho pequena quanto alguns centimetros, numa mesma placa de circuito, ou Go grande quanto uma distincia de muitos quil6metros quando um opetador, num terminal de compu- tador, esté se comunicando com um computador em outra Cidade, A informacio que € transmit esti na forma binaria € € geralmente representada por tensdes nas saidas de um Circuito emissor, que esto conectadas nas entradas de um Circuito receptor. A Fig. 1-9 ilustra os dois métodos bvisicos para transmissio da informacio digital: 0 paralelo ¢ o serial. ‘AFig. 1-9a) mostra como o ntimero bindrio 10110 é trans- mitido do circuito 4 para 0 cireuito B, usando transmissa0 ralela, Cada bt do rtimero bio €representado por uma das saidas do circuito A, onde a sa ISB. Cada uma das saidas do entrada correspondente do circuito B, portanto todos os cinco bits de informaciio sio transmitidos simultaneamente (em paralelo). Na Fig. 1-9(b) existe apenas uma conexio do circuito A para 0 circuito B, quando a transmissio serial é usada. Nes- Te caso, a saida do circuito A produziri um sinal digital cujo nivel de tensto mudara em intervalos regulares de acordo como ntimero binario transmitido, Desse modo, a informa- Ao esti sendo transmitida na base de um bit por vez (Serialmente), através de uma linha de sinal. O diagrama cle tempo na Fig’ 1-9(b) mostra como 0 nivel do sinal varia com 6 tempo. Durante 0 primero intervalo de tempo, Ty 0 sinal esti no nivel 0; durante o intervalo T;, © sinal estd no nivel 1, e assim por diante. © principal compromisso entre as representacdes para- {cla e serial esta relacionado com a velocidade e a simplici- dade do circuito, A transmissio de dados bindrios, de uma parte de um sistema digital para outra, pode ser feita mais rapidamente usando a representagao paralela, porque to- dos os bits sto transmitidos simultaneamente, enquanto a representacao serial transmite um bit por vez, Por outro lado, 4 paralela requer mais linhas de sinal conectadas entre © emissor e o receptor dos dados binarios do que a serial. Em utras palavras, a paralela € mais ripida, e a serial requer menos linhas de sinal, Esta comparagio entre os paralelo e serial, para representar a informacio bins encontrada muitas vezes em discussoes a0 longo do texto. Questiio de Revisio 1. Descreva as vantagens relativas da transmissto para- lela e serial de dados bin 1-7 MEMORIA Quando um sinal de entrada é aplicado na maioria dos dis- positivos ou cicuitos, a saida de algum modo muda em res- post 2 entrada, e quando o sinal de entrada € removido a saida retorna 1 seu estado original, Estes circuitos no exi- bem a propriedade de memoria, ji que suas saidas voltam a0 normal. Nos circuitos digitas, certos tipos de dispositi- vos e circuitos tém meméria. Quando uma entrada € apli- cada em tal circuito, a saida mudart ido, mas per- 10 Sistemas Digitais Pri Aplicagdes 1 (MSB) A, ->e—___________>| By Bs Circuito 8 “Transmissao parslela ircuto ‘a Aout Aout @) Circuito By ‘Transmisséo serial () Fig. 19 G0 A transmissio paralela utiliza uma linha de conescio por bit, todos eles sio transmitidos simultaneamente;(b) transmis sao serial utiliza apenas uma linha de conexao, na qual cada bit € triasmitido serialmente (aan bit de cada vez) ‘manecerii neste novo estado mesmo apés a entrada ter sido removida, Esta propriedade de reter sua resposta a uma entrada momentinea é chamada meméria. A Fig, 1-10 ilus- tra as operagdes sem memsria € com memoria, Dispositivos e circuitos de memoria tem um importante papel em sistemas dlgitais, porque eles fornecem meios para armazenar ntimeros bindrios tanto temporaria quanto per- SL eR SL > Eee} Fig. 1-10 Comparagio de operagdes com ¢ sem memoria manentemente, com a capacidade de alterar a informagio armazenada a qualquer momento. Como veremos, 0s viri- os elementos de memsria incluem os tipos magnéticos © aqueles que utilizam circuitos eletrOnicos de retenco (chit- mados latches ¢ flip-flops. 1-8 COMPUTADORES DIGITAIS As técnicas digitais sto aplicadas em intimeras reas da tee- nologia, mas a drea dos computadores digitais ¢ de lon- ge a mais ampla e notivel. Embora os computadores digi is afetem parte da vica de todos, muitos de nds nao sabe. mos exatamente o que um computador faz. Em termos sim- ples, wm computador é um sistema de hardware que reali- 24 operacdes aritméticas, manipula dados (uswalmente na forma binaria) e toma decisoes. Na maioria das vezes, as seres humanos podem fizer 0 que (os computadores fazem, mas os computaclores podem faz@-1o com uma velocidade e exatidao muito maiores. Isto ocorre apestr de os computadores realizarem todos os cilculos € ope rrigGes em pasos distintos © um de cada vez. Por exemplo: um ser humano pode pegar uma lista de 10 ntimeros e calcu- Jar a soma geral em uma operagao, listando os ntimeros um, sobre 6 outro € somando coluna a coluna. Um computador, por outro lado, pode somar os ntimeros apenas dois de cada vyez, portanto, para somar a mesma lista de ntimeros ele exe: ccutari, na verdade, nove passos de soma. Naturalmente, 0 fato de 0 computador necessitar de apenas um microssegundo ou ‘menos para cada passo disfarca esta aparente ineficiéncia, ‘Um computador é mais pido e mais exato do que pes. soas, mas, dlferentemente da maioria delas, deve ser dado a ele um conjunto completo de instrugdes que descreva exatamenteo que fazer a cada passo de sua operacio, Este conjunto de instrucdes, chamado um programa, ¢ prepa- ido por uma ou mais pessoas para cada tarefa que © com- putador deve fazer. Programas sio colocados na unidade de memoria do computador, codificados em forma bina tendo cada instrucio um cédigo nico. O computador toma estes codigos de instrugdes da memoria wm por vez e reali- Zi a operagho associada ao cédigo. Diremos muito mais sobre isto mais adiante, Partes Principais de um Computador Existem varios tipos de sistemas computacionais, mas cada um pode ser subdlivididdo nas mesmas unidades funcionais, In unidade realiza funcdes especificas, e todas as unid des funcionam em conjunto para executar as instrugdes do programa. A Fig, 1-1] mostra as cinco principais partes fun- cionais de um computador digital © suas interagdes. As li- has sdlidas com setas representam © fluxo de dados ¢ in- formacoes. As linhas tracejadas com setas representam 0 fluxo de sinais de controle © temporizacio. As principais fungdes de cada unidade sao: 1. Unidade de entrada. Awravés desta uniclacle, um conjunto completo de instrugdes € dados € fomecido para o siste- ma computacional e para a unidade de mem6ria, para ser armazenado enquanto for preciso. A informacao € ge- ralmente apresentada na unidade de entrada por um te- lado ou por um disco, Unidade Central de Pracassamento (CPU) Logical Conceitos Introdutérios i 2. Unidade de meméria, A meméria armazena as instru- oes eos dados recebidos da unidade de entrada. Ela armazena os resultados das operagoes aritméticas rece- bidos da unidade aritmética. Ela também fornece infor- magao para a unidade de saida 3. Unidade de controle. Esta unicacle toma as insirugoes da unidade de meméria, uma de cada vez, € as interpreta la entio gers os sinais apropriados a todas as outas Uni- dades para causar a execucio da instrugio especifica 4, Unidade légica/aritmética, Todos os calculos aritméti- cos € as decisoes logicas sio efetuados nesta unidade, cujos resultados podem entio ser enviados para a uni- dacle de meméria para serem armazenados. 5. Unidade de saida. Esta unicadle recebe Dados owinfommagses Fig, 1-11 Diagrama funcional de tum computador digital 12 Sistemas Digitais Principios e Aplicacoes mais para estes locais, Neste livro, tataremos principalmente dos microcomputadores. Um microcomputador ¢ 0 menor tipo de computador Geralmente consiste em varias pastilhas de Cls, incluindo a clo microprocessador, pastillias de meméria € pastilhas para interface de entrada e saica, além de dispositivos de entrada e saida, tais como teclado, monitor de video, im- pressora € unidades de disco. Os microcomputadores fo- ram desenvolvidos como resultado dos tremendos avangos na tecnologia de fabricacao de Cls, os quais tomaram pos- sivel integrar mais € mais circuitos digitais numa pequena pastilha, Por exemplo: a pastilha do microprocessador con: fem — no minimo — todos os circuitos que implementa porgio CPU do computaclor, isto é, a unidade de controle a unidade l6gica/aritmética. ‘© microprocessador, em ou- tras palavras, € uma *CPU em uma pastilha” A maioria das pessoas esta familiarizada com os micro- computadores de propésito geral, como o IBM PC € seus compativeis, e o Apple Macintosh, que sto usados em mais la metade dos lares e em quase todos os ambientes de negdcios. Estes microcomputaclores podem realizar uma grande variedade de tarefas, numa larga faixa de aplicagdes,

También podría gustarte