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“…É, no entanto, em primeiro lugar, importante reconhecer que o

papel da biblioteca escolar está condicionado por uma série de factores


inerentes à sua estrutura interna, às condições físicas e em termos de
equipamentos e de recursos de informação que tem para oferecer, sendo ela
própria um sistema integrado e aberto à influência de outros sistemas, a
nível micro, meso e macro, com os quais interage.”
Katherine Mansfield

As BE têm vindo a evoluir, a modernizar-se, deixando de ser aquele


espaço físico, com prateleiras cheias de livros fechados. As BE passaram a
ser locais com dinâmica própria, onde a promoção do livro é uma constante
e onde o recurso multimédia é um utensílio e uma mais valia nas
actividades/estratégias que se usam para que de uma forma mais lúdica e
motivadora se chegue ao sucesso escolar dos nossos alunos.
Com todo este “fervilhar” de recursos e de mais valias que uma BE
tem para apoiar a comunidade escolar, era fundamental a referência de um
PB a tempo inteiro, seria o ideal, na BE. Com todas as suas competências, e
a disponibilidade, que agora deverá ter, para planear e trabalhar com os
docentes, este PB não pode cair na tentação de “oferta de serviços”, mas
sim colaborar e estar ligado “…aos objectivos programáticos e curriculares
- prioridade da agenda da escola e dos docentes.”
Eis, que surge o modelo de auto-avaliação das BE, ferramenta
fundamental no exercício das funções do PB, bem como dos outros órgãos
da escola/agrupamento.
O aparecimento deste modelo de auto-avaliação surge para romper
com o paradigma de “BE passada” em que esta, era somente avaliada pela
inspecção (avaliação externa), não lhe conferindo quaisquer importância
nem a relacionando directa ou indirectamente com os resultados obtidos
pelos alunos, não sendo por isso avaliada regularmente. Com este modelo
passa a fazer-se uma avaliação interna, recolhendo dados/informações
pertinentes, analisando pontos fortes e fracos, que nos permitam melhorar,
indo de encontro aos programas educativos escolares, e recolocando
novamente a BE no centro do conhecimento e aprendizagens dos alunos
assim como da restante comunidade educativa. É da análise das
dificuldades manifestadas, e dos pontos fracos encontrados que o PB terá
que mobilizar todo o corpo docente, órgãos de escola, instituições, a fim de
colmatar e definir um novo rumo a ser seguido e implementado. Só com a
participação coadjuvada de todos os intervenientes os problemas serão
resolvidos ou minimizados.

A necessidade de uma liderança e autonomia por parte do PB nestes


processos, rumos, planificações, estratégias, deve fazer-se sentir, mas ao
mesmo tempo, o PB tem que ser flexível, tem que haver diálogo nas
tomadas de posição. Este papel de liderança do PB deverá estar fortemente
ligado a um papel de mediação, humildade, e trabalho colaborativo visando
sempre a “agenda” dos professores titulares de turma, eles são os
“personagens principais”, da escola quer queiramos quer não.
Conclusão

Sou PB, há 2 meses, voluntária, sem qualquer tipo de formação ou


experiência na BE, acresce a desvantagem de estar também pela primeira
vez neste agrupamento, não conhecer a BE, nem a escola. Para complicar
tudo, há mais de uma semana que sou professora titular de turma e
continuarei…
A realidade com que me deparo é que tenho na escola um conjunto
de professores exigentes, alguns fazem da BE o centro das aprendizagens
(ainda bem) e esses conhecem bem a BE, muito melhor do que eu, e é a
eles que eu recorro quando necessito, pois acredito que com partilha,
diálogo, humildade, trabalho, muito trabalho e com a disponibilidade que
neste momento gostaria de ter para trabalhar na BE e com a formação,
daqui a uns meses, os meus conhecimentos serão outros.
Sendo uma escola com um corpo docente tão exigente, vai acrescer a
minha responsabilidade. Quero aprender, quero sentir-me “mais segura” o
mais rapidamente possível e continuar a receber a formação adequada a
este cargo.

No que diz respeito à receptividade do modelo de auto-avaliação, o


factor que considero “prejudicial” ou “inibidor”, será o de envolver todos
os intervenientes no processo – não é fácil haver consensos e por vezes, se
uma liderança forte divide, uma liderança frágil destrói, portanto reside
neste equilíbrio e na união de todos e no consenso das tomadas de posição
que se decidirá qual o rumo e plano estratégico a seguir.
Boas Leituras
Anabela Duarte

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