Corvos fazem teus ninhos Agora tuas palavras confortam O silncio de teus gritos Para que saibas que na aurora Teus versos supriram os medos Que amor, no fim, uma estria E no fim terminaria o mesmo De solido solido esta corda que envolve o pescoo Logo v-se em teu rosto A luz falha deste fim abominvel Ir de resgatar em teu passado Ainda que valha todos os feitos solido que lhe resta Ao chegar no futuro incerto Ela tua nica certeza; Esquea teus afetos, tolos, falsrios No haver ningum, alm dos pssaros Procurando alimento para tua fome Enquanto tu morres solitrio Feliz de ao menos t-la contigo A solido que nasce e morre ao teu lado E rende-se a esta verdadeira sina Tua solido eterna versificada em poesia.
Sara Melyssa
Solido Eterna
Vs da janela de teus olhos Corvos fazem teus ninhos Agora tuas palavras confortam O silncio de teus gritos;
Para que saibas que na aurora Teus versos no supriro O amor que, no fim, uma estria E tu um escritor na contramo;
De solido a solido esta corda em teu pescoo Uma abismal escurido Posso ver em teu rosto;
A luz falha deste fim abominvel Sensao de arrependimento Ir de resgatar em teu passado Angstias imersas em medos;
Ao chegar ao futuro incerto Ela, a dor, tua nica certeza; Esquea teus tolos afetos No haver alguma beleza;
Somente tu alm dos pssaros Que de tua carne se alimentam Enquanto tu morres solitrio Na amargura teu relento;
Sem flego acordars Afogado em outro pesadelo O inconsciente a descarregar A pulso da culpa em vcio tenro.