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ALTERIDADE

a concepo que parte do pressuposto bsico de que todo o homem social


interage e interdepende do outro. Assim como muitos antroplogos e
cientistas sociais afirmam, a existncia do "eu-individual" s se d
mediante um contato com o outro (que em uma viso expandida se torna "o
Outro", ou seja, a prpria sociedade diferente do indivduo).
Dessa forma o "eu" apenas definido em relao ao "outro". A interelao
entre "eu" e "outro" permite compreender o mundo a partir de um olhar
diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo.
O socilogo Gilberto Velho e o antroplogo Franois Laplantine, explicam
que:
"A noo de outro ressalta que a diferena constitui a
vida social, medida que esta efetiva-se atravs das
dinmicas das relaes sociais. Assim sendo, a
diferena , simultaneamente, a base da vida social e
fonte permanente de tenso e conflito (VELHO, 1996,
p. 10)
A experincia da alteridade (e a elaborao dessa
experincia) leva-nos a ver aquilo que nem teramos
conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar
nossa ateno no que nos habitual, familiar,
cotidiano, e que consideramos evidente. Aos poucos,
notamos que o menor dos nossos comportamentos
(gestos, mmicas, posturas, reaes afetivas) no tem
realmente nada de natural. Comeamos, ento, a nos
surpreender com aquilo que diz respeito a ns mesmos,
a nos espiar. O conhecimento (antropolgico) da nossa
cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das
outras culturas; e devemos especialmente reconhecer
que somos uma cultura possvel entre tantas outras,
mas no a nica. (LAPLANTINE, 2000, p. 21)

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