Está en la página 1de 421
sta obra resulta de um projecto de investigacao financiado pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, coordenado por Irene Vaquinhas tendo como investigadora Ana Isabel Silva, Coordenagao Cientifica da Colecgao Ciéncias © Culturas Jodo Rui Pita e Ana Leonor Pereira Coordenagao Editorial Maria Joao Padez Ferreira de Castro Eidigao Imprensa da Universidade de Coimbra E-mail: imprensaue@ciase.pe URL: heep://wwww.ue.ptlimprens Concepeio grifica Ancé apa il Maia Chitdrood' spaces . 2008 Acrilico siela Cortesia M: Joan Pader de Castro Feecusao grifica ‘Tipografia Lousanense, Lda Lousa 8704.99-5 Depésito Legal 281968/08 Obra publicada com o patiocinio de: 2 Obra publicada com 0 apoio de: FCT Fundagio para a Ciéncia e a Tecnologia MINISTERIO DA CIENCIA, TENOLOG! © Corubro 2008, [mprensa da Universidade de Coimbra {INDICE PREEACIO. INTRODUGAO 2 - z : shianebiacaaracones u ih ENS D4 ESCOLA SUPE! EEN ev Da_AN EON SEE ansstiissiapnmuee dius iimatiinaiautatiaa in ES L._INTRODUCAD: ENFERMAGEM E ENSINO DE ENFERMAGEM NO SECULO XOX E ATE A] GUERRA MUNDIAL 1.1. Contextualizagao internacional: 0 caso britinico AS. 1.3. Contextualizagio nacional = 2 22 1.3.1, Servir a Deus 8 paisinay: enfermagem religiosa e enfermagem BE ccc 1.3.2. Condigoes de trabalho e de vida dos enfermeiros 31 1.33.0 nove contexto cientifico « médico 1.3.4. As primeiras escolas de enfermagem portuguesas.... 39 1.3.5. A concepcio médica do enfermeito snus ons 14S 2. A ESCOLA ANTES DA ESCOLA 2.1. A criagio de uma escola de enfermagem em Coimbra e o papel de Cosa Simé ne 1 50 2.2. «Da arte de enfermeiro»: 0 curriculo da escola ¢ 0 papel de Costa Duzrte. A inauguracio ¢ o funcionamento da escola, 50 60 23 2.4, Uma iniciativa de carta duragio 1. INTRODUGAO: ENFERMAGEM EB ENSINO DE ENFERMAGEM NA I GUERRA 1.1, Contextualizagio internacional: o caso francés as) 1.2. Contextualizagao internacional: os casos britanico ¢ norte-americano 70 1.3. Concexiualizagio nacional . i 72 1.3.1, As enfermeiras portuguesas na T Guerra Mundial ssn 72 1.3.2. Enfermagem masculina ¢ enfermagem 1.33. A enfermagem nos hospitais civis € 0 caso de Lisboa 86 1.3.4. A profissionalizagio da enfermagem _ 92 m-A Vv ‘A_CRIACAO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM Dos Hospirais DA UNE VERSIDADE DE COIMBRA... ee 3 109 3. O REGULAMENTO DE 1920... 3.1, O pessoal e a administragao 3 ‘ Bide four fel lo msisiaieinsscniraicunsasairsesunsiurusomimancee— 3.3. O funcionamento dos cursos ¢ a avaliag30 cierto Ad 3.4. Os alunos: condigoes de admissio ¢ de frequéncia M5 4, ECOS DA PROFISSIONALIZAGAO EM COIMBRA E SEUS REFLEXOS NO ENSINO 117 ESCOLA DE ENFERMAGEM DO DR. ANGELO DA FONSECA 123 1, INTRODUCAO: ENFERMAGEM E ENSINO DE ENFERMAGEM NAS DECADAS DE 1930 F 1940 . vue 1B, 1.1, Contextualizagio ineernacional: 0 caso franc 123 1.2. Contextualizacdo nacional. 126 1.2.1. A enfermeira ideal ~ qualidades morais 126 1.2.2, A enfermeira ideal ~ qualidades fisicas ¢ intelectuais, 138 1.2.3. Condigées de vida ¢ de trabalho dos enfermeiros . 140 1.24. O ensino de enfermagem .. 143 1.2.4.1. As escolas .. 143 1.2.4.2, Pedagogia e manuais escolares 145, 2.4.3. © Decreto de 1942 48 1.2.4.4, Perspectivas e sugesties 1.2.4.5. O Decreto-lei de 1947 2. A ATRIBUIGKO DO NOME DE ANGELO DA FONSECA E 0 PAPEL DO MEDICO 160 3. AS CONDIGOES DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA FA SUA F ANOS TRINTA E QUARENTA. 166 4. A CERIMONIA DE ENCERRAMENTO DO ANO LECTIVO DE 1947/48... 170 A ESCOLA DURANTE A DECADA DE 1950. 173 1, CONTEXTUALIZAGAO NACIONAL 5 173 1.1. A enfermagem om Portugal nos anos cinquents: erasos gerais 173 1.2. O ensino de enfermagem 175 L2.L. O Decreto-lei de 1952 1.2.2. O Regulamento das Escolas de Enfermagem 176 1.2.3. © problema da falta de enfermeiros . 178 2. DEZ ANOS SOB A ADMINISTRAGAO DE JOAO PORTO: PONTO DA SITUAGAO, EM 1953 185 B._AS INSTALACORS, 197 4, © REGULAMENTO DE 1953 vases 199 4.1. A Escola, a direceio a administragao.. sums 198) 4.2. Os servicos auxiliares da Escola sa bene 201 4.3. Os cursos 3 203 4.4, K admissio na Escola .. 204 4,5. As actividades circum-escolares ¢ 0 funcionamento dos cursos .. 2u 4.6. Os exames 214 4,]. © pessoal 217 2. A NOVA ADMINISTRAGAO DA ESCOLA... 3. O VELHO PROBLEMA DA FALTA DE INSTALAGOES 4, O PESSOAL 5. A GESTAO FINANCEIRA DA ESCOLA: RECEITAS E DESPESAS 6. © INVESTIMENTO NA MELHORIA DAS CONDIGOES PEDAGOGICAS . 7. AS VISITAS DE ESTUDO 8. A PROPAGANDA A ESCOLA... 9. © ENVOLVIMENTO SOCIAL E POLITICO DAS ALUNAS DA Es VI—A EscoLa DURANTE A DEcaDA DE 1970 4.8. Bolsas de estudo e prémios escalates... 227 2, — en re 299 8, OS CONTACTOS INTERNACIONAIS EA LIGAGAO AO SINDICATO... 1. INTRODUGAO: ENFERMAGEM E ENSINO DE ENFERMAGEM NA DECADA D2 WGC rise acnaeactny ioteliaenbaainainnsnininaadtas PS LL. Contexmializacio internacional: o caso francés 251 1.2. Contextualizagao nacional ess 1.2.1, A enfermagem em Portugal nos anos sessenta: tragos gerais 1.2.2. O ensino da enfermagem .. 1.2.2.1, A situacao no inicio da década © projectos de mu- danga 1.2.2.2. A remodelagdo em 1965.. 1, CONTEXTUALIZAGAO NACIONAL 1.1. Velhos problemas ¢ tentativas de solugio © 25 de Abril de 1974 ¢ a segunda metade da di . A PERSISTENCIA DO PROBLEMA DA FALTA DE INSTALAGOE: . A MUDANGA PARA 0 NOVO EDIFICIO... © REGULAMENTO DE 1970 E A SUA APLICACAO ATE AO 25 DE ABRIL DE 1974. 4.1. Objectivos aspectos gerais 4.2. Os drgios de administragie © ditecsio 4.3. Os servigos de apoio e o funcionamento das escolas... 4.4. O pessoal 5. OUTROS ASPECTOS DA VIDA DA ESCOLA NO INICIO DA DECADA DE 1970 © IMPACTO DA REVOLUGAO DE 25 DE ABRIL DE 1974 6.1. A acgio dos alunos ¢ a Comissio Paritiria de Gestio 6.2. Os Plendrios de Trabalhadores da Escola .. 7. A SEGUNDA METADE DA DECADA DE 1970.. 8, RETRATO DA VIDA ESCOLAR NOS ANOS DE 1978 E 1979. 252 252 255 255 260 265 267 269 273 276 284 300 306 aut Bit Bil 320 324 326 328 329 334 337 342 344 345 349, 353 355 VII-A ENFERMAGEM E © ENSINO DE ENFERMAGEM EM PORTUGAL NAS DECADAS DE 1980 E 1990 E A ANGELO DA FONSECA 1. ASPECTOS PROFIS 2, ASPEC’ 'SIONAIS. ‘OS FORMATIVOS VII —O LAR DAS ALUNAS-ENFERMEIRAS DE COIMBRA (LAEC)..... 1. CRIAGAO E INSTALAGOES.. . OS ESTATUTOS DO LAEC (1949) © REGULAMENTO GERAL DO LAEC E A SUA APLICAGAO © REGULAMENTO DA BIBLIOTECA DO LAEC AS ALUNAS DO LAR: ESBOGO DE UMA CARACTERIZAGAO SOCIAL . DO LAEC AO NOVO BLOCO RESIDENCIAL... ay Ren DENCIAL IX—Os ALUNOS DA ESCOLA AO LONGO DO TEMPO. 1. FREQUENCIAS E APROVEITAMENTO . TRACOS SOCIAIS.. ‘OLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DR. 363 363 368 373 373 383 387 402 402 419 425 425 3, OS ALUNOS DA LEGIIO PORTUGUESA E EM CUMPRIMENTO DO SERVIGO MILITAR me 445, 4. A IDENTIFICAGAO DOS ALUNOS E FXEMPLOS DA SUA ACTIVIDADE... 446 5. © UNIFORME 447 X — OS CURRICULOS DOS CURSOS MINISTRADOS NA ESCOLA DA DECADA DE 1920 & DE 1960 453 1, Os CURRICULOS DO CURSO GERAL. 453 2. OS CURRICULOS DO CURSO COMPLEMENTAR wou. 466 3. OS CURRICULOS DO CURSO DE AUXILIARES DE ENFERMAGEM. 474 4, OS CURRICULOS DO CURSO DF PRE-ENFERMAGEM... 476 5. A DISCIPLINA DE EDUCACAO FISICA 479 6. A DISCIPLINA DE Moat & REIIGHO 480 CONCLUSAO sen a 483 ANEXO I 487 ANEXO 2 490 INEXO 3. 491 ANEXO 4 492 FONTES £ BIBLIOGRAFIA .. 49) L. Fontes Manuscritas 4 2, Fontes Impressas ¢ Bibliografia 497 3, Pablicagoes periddicas... 301 F Teegislagio 510 Documentos elec i LISTA DE SIGLAS so 512 PREFACIO A decisio governamental de fundir numa tinica instituigéo os duas escolas plblicas de ensino superior da enfermagem de Coimbra est4 na origem deste livro, Momento de passagem carregado de forte simbolismo, a ocasiio foi aproveitada pela Ultima direegio da Escola Superior de Enfermagem Dr. Angele da Fonseca, represen tada pelo Professor Doutor Anténio de Jesus Couto ¢ pela Dra. Ana Paula Camarnciro, para, em nome da preservaco da meméria furura, aprofundar 9 conhe- cimento histrico do estabelecimento de ensino. Se bem se pensou, assim se fee e de imediato, se avangou para a organizagdo do arquivo da instituigde, tarefa que foi levada a cabo, com dedicagdo, entusiasmo © competéncia, pelo arquivista Dr. Rui Lopes, com 0 apoio do Arquivo da Universidade de Coimbra e sob otientagio do Dr. Millio Ramos. Sem documentos nio se far histéria, A inventariagéo do macerial compulsedo abriu horizontes ¢ campos de anilise inesperados que constituiram © ponto de partida para uma apurada investigagao de que resultou a monografia agora publicada pela Imprensa da Universidade. A sua claboragao foi entregue # Ana Isabel Coelho Pires di Silva, jo- vem licenciads em Histéria pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de brilhante trajeciéria académica, a qual conta jé no seu curriculo com algumas publi- cagSes em revistas de reconhecide pres teu maos & obra que se afigurava espinhosa ¢ prolongada, nao receando nem o cardcter massivo da documentacao, nem o esforgo de leitura que 0 dominio metodologico do rma exigia. Tomando como cerne da pesquisa o nticleo documental da Escole Supe- rior de Enfermagem Dr. Angelo da Fonseca, tornado acessivel pelo adequado tratamen- to arquivistico, a investigadora recoreu complementarmente a muitas outras fontes de informacio, desde revistas médicas e de enfermagem a textos legislativos e admi- nistrativos, passando por correspondéncia particular ¢ fontes estatisticas, entre outras, meticulosamente analisados ao pormenor e que permitem ao leitor um contacto directo com os documentos. O resultado final foi um excelente estudo cientifico que traga a evolugao histérien da Fseola Superior de Enfermagem Dr Angelo da Fonseca desde as was origens & actualidade. Como pano de fundo, reconstitui as grandes linhas do ensino da enfermagem em Portugal desde a criagdo das primeitas escolas, de inic privada, nos finais do século XIX, a sua integeagao na rede puiblica do ensino superi- 6, proceso moroso ¢ complexo pelas resisténcias encontradas. Seguindo as pistas da imprensa especializada ¢ das interven es feitas no hemiciclo parlamentas, Ana Isabel

También podría gustarte