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LÓGICA COMBINACIONAL
FLORIANÓPOLIS
2003
SUMÁRIO Página
1 Lógica 2
1.1 Introdução 2
1.2 Principais características da lógica formal 2
1.3 O silogismo 5
1.4 Lógicas não clássicas 7
1.5 A dualidade do pensamento 8
1.6 A multiplicidade do pensamento 8
2. Álgebra booleana 9
2.1 Introdução - princípios 9
2.2 Funções e portas (Gates) lógicas 10
2.3 Descrição booleana de circuitos lógicos e de chaveamento 15
2.4 Implementação de circuitos a partir expressões booleanas 16
2.5 Representação booleana através da tabela da verdade 17
3. Minimização de Expressões 19
3.1 Método algébrico 19
3.2 Método do diagrama de Veitch-Karnaugh 21
3.3 Método de Quine -McCluskey 26
4. Solução de problemas por lógica combinacional 28
4.1 Sistemas digitais e sistemas analógicos 28
4.2 Sistemas combinacionais e sistemas seqüenciais 28
4.3 Especificação e implementação de um projeto 29
4.4 Níveis de implementação de um sistema digital 30
4.5 Resolução de projetos de sistemas digitais 31
4.6 Fluxograma para desenvolvimento de projetos digitais 32
5. Sistemas numéricos e Códigos 35
5.1 Sistemas de numeração 35
5.2 Códigos 42
5.3 Codificador decimal/binário 44
5.4 Decodificador para display de 7 segmentos 46
6. Circuitos aritméticos 50
6.1 Representação binária de números inteiros 50
6.2 Adição e subtração binária 52
6.3 Adição e subtração em BCD 53
6.4 Multiplicação e divisão binária 55
6.5 Meio somador 55
6.6 Somador completo 55
6.7 Meio subtrator 56
6.8 Subtrator completo 57
6.9 Somador/subtrator binário 57
6.10 Somador/subtrator binário usando complemento de 2 58
6.11 Unidade Lógica e Aritmética (ULA) 59
7. Circuitos multiplex e demultiplex 62
7.1 Multiplex 62
7.2 Demultiplex 66
7.3 Multiplex e Demultiplex utilizados na transmissão de dados 69
Experimentos 72
Referências Bibliográficas 81
1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA
GERÊNCIA EDUCACIONAL DE ELETRÔNICA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DIGITAIS
UNIDADE DE ENSINO: LÓGICA COMBINACIONAL
1 LÓGICA
1.1 INTRODUÇÃO
A relação entre a lógica e a realidade foi sempre uma das mais importantes questões da
filosofia e, através dessa, da teoria das ciências. Nascida na Grécia clássica, a lógica
formal tendeu sempre a assumir o caráter de disciplina exata, terminando por se fundir
intimamente com a matemática.
O estudo da lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para distinguir o raciocínio
correto do incorreto. Naturalmente, não se pretende afirmar que só é possível argumentar
corretamente com alguém que tenha estudado lógica. No entanto, uma pessoa com
conhecimentos de lógica tem mais probabilidades de raciocinar corretamente do que
aquela que não se aprofundou nos princípios gerais implicados nessa atividade.
2
e os princípios necessários a que toda proposição e todo silogismo devem obedecer para
serem verdadeiros.
Como todo pensamento e todo juízo, a proposição está submetida aos três princípios
lógicos fundamentais , condições de toda a verdade:
1. Princípio da identidade: um ser é sempre idêntico a si mesmo: A é A;
“O que é, é; o que não é, não é”.
2. Princípio da não-contradição: é impossível que um ser seja e não seja idêntico a si
mesmo ao mesmo tempo e na mesma relação. É impossível A é A e não-A;
3
“O que é não é o que não é”.
3. Princípio do terceiro excluído: das duas proposições com o mesmo sujeito e o
mesmo predicado, uma afirmativa e outra negativa, uma delas é necessariamente
verdadeira e a outra necessariamente falsa. A é x ou não-x, não havendo terceira
possibilidade.
Os lógicos medievais criaram uma figura, conhecida como o quadrado dos opostos, na
qual pode-se visualizar as proposições segundo a qualidade, a quantidade, a modalidade
e a relação. As vogais indicam a qualidade e a qualidade.
A contrárias E
subalternas
subalternas
contraditórias
I sub-contrárias O
4
Pode-se utilizar os diagramas lógicos de Euler/Venn para visualizar as relações entre
conjuntos, onde se associa cada termo a uma região do plano, limitado por uma curva
fechada.
Y
Y
X X
Y
Y
X
X
1.3 O SILOGISMO
Aristóteles elaborou uma teoria do raciocínio como inferência. Inferir é tirar uma
proposição como conclusão de uma outra ou de várias outras proposições que a
antecedem e são sua explicação ou sua causa. O raciocínio é uma operação do
pensamento realizada por meio de juízos e enunciada lingüística e logicamente pelas
proposições encadeadas, formando um silogismo. Raciocínio e silogismo são operações
mediatas de conhecimento, pois a inferência significa que só conhecemos alguma coisa
(a conclusão) por meio ou pela mediação de outras coisas. A teoria aristotélica do
silogismo é o coração da lógica, pois é a teoria das demonstrações ou das provas, da
qual depende o pensamento científico e filosófico.
5
Um silogismo é constituído de três proposições. A primeira é chamada de premissa
maior, a segunda, de premissa menor e a terceira, de conclusão, inferida das
premissas pela mediação de um termo chamado termo médio. As premissas possuem
termos chamados extremos e a função do termo médio é ligar os extremos. Essa ligação
é a inferência ou dedução e sem ela não há raciocínio nem demonstração. Por isso, a arte
do silogismo consiste em saber encontrar o termo médio que ligará os extremos e
permitirá chegar à conclusão.
c) Nos Estados Unidos muitas pessoas não sabem se o seu país apóia ou se opõe ao
governo da Nicarágua.
Não é um argumento.
a) A economia não pode ser melhorada. O déficit comercial está crescendo todo dia.
b) Nós estávamos superados em número e em armas pelo inimigo, e suas tropas estavam
constantemente sendo reforçadas enquanto as nossas forças estavam diminuindo.
Assim, um ataque direto teria sido suicida.
c) Ele está respirando e, portanto, está vivo.
d) Há alguém, aqui, que entende este documento?
e) As pessoas talentosas como você deveriam receber uma educação superior. Vá para a
faculdade!
6
1.4 LÓGICAS NÃO-CLÁSSICAS
A lógica de dois valores: verdadeiro-falso é dita clássica, com axiomas que traduzem, com
certa fidelidade, a argumentação corriqueira. Entretanto, foi sendo, aos poucos,
considerada insuficiente para o entendimento de situações. Surgem outras lógicas que
utilizam diferentes axiomas, diferentes valores e diferentes classificações para as
sentenças.
O terceiro estado, aquele que é indiferente ao sim e ao não, pode ser exemplificado numa
forma mais concreta. Uma tomada de energia elétrica pode suprir a demanda de um
aparelho que pode estar ligado ou desligado; mas pode também, ocorrer a falta de
energia elétrica. Nesse caso, nenhum dos dois estado está presente, mas sim uma
indiferença perante as duas possibilidades.
Um novo aperfeiçoamento da lógica formal, com uma classificação mais complicada, que
leva em conta modalidades, como:
- Certamente verdadeiro
- Provavelmente verdadeiro
- Indiferente
- Provavelmente falso
- Certamente falso
A teoria da fuzzy logic foi desenvolvida por Lotfi Zadeh e permite que seja aplicada em
máquinas/computadores processando informações vagas em termos relativos. Quando
aplicada num equipamento, age como se um operador experiente estivesse presente em
seu interior. Tem sua aplicação nos chamados sistemas especialistas, estabelecida por
linguagem denominada inteligência artificial.
7
problemas relacionados a um determinado assunto. Devem estabelecer uma ajuda
preciosa no diagnóstico, na concepção e na resolução de problemas.
O grande desafio dos cientistas que desenvolvem inteligência artificial é criar programas
que aprendam com a experiência, isto é, criem conhecimento a partir do conhecimento
que lhes foi fornecido.
8
2 ÁLGEBRA BOOLEANA
2.1 INTRODUÇÃO - PRINCÍPIOS
Na álgebra da lógica, segundo Boole, a lei: x.x = x é verdadeira para quaisquer valores
de x, uma vez que a classe formada com objetos que pertencem à classe x e com objetos
que pertencem a classe x, é a própria classe x. Todavia, na álgebra essa lei não é
geralmente válida. A equação x2 = x tem duas soluções apenas, a saber x=0 e x=1.
Levando em conta esse fato, o pensador conclui que na álgebra da lógica são válidas as
leis da álgebra matemática quando os valores de x se limitam a 0 e 1. Assim, com tal
restrição, x.x = x é verdadeira para todos os valores da variável (restritos ao par 0,1).
As igualdades eram, a seguir, tratadas por Boole de modo matemático. De x.x = x, por
exemplo, subtraindo x em cada membro da expressão, viria: x – x.x = x – x
Ou seja: x (1 – x) = 0 que é a legítima inferência , como se depreende de um exemplo
facilmente compreensível, visto a seguir.
Se x é a classe dos homens, então, 1 – x é a classe dos objetos que não são homens. O
produto de x por 1 – x deve ser igual a zero, a classe vazia, pois que não pode haver
objeto simultaneamente homem e não homem. Esse princípio é, para Boole, uma
formulação do princípio da não contradição, isto é, nenhum objeto pode ter duas
propriedades contraditórias.
9
2.2 FUNÇÕES E PORTAS (GATES) LÓGICAS
A álgebra de Boole é um sistema algébrico que consiste do conjunto {0, 1}; de duas
operações binárias: OU (+) chamada adição lógica ou união e E (x) chamada produto
lógico ou interseção; e de uma operação unária NÃO (barra sobreposta) chamada
complementação lógica ou inversão.
É importante destacar que um circuito lógico é definido como um circuito construído com
vários dispositivos lógicos para a realização de operações com funções de verdade. Os
dispositivos utilizados na construção destes circuitos variam com o estágio da tecnologia.
Por esta razão, é conveniente não se ater a questões referentes a componentes, mas sim
abordar circuitos lógicos em sua expressão universal como, por exemplo, os circuitos de
chaveamento, os quais serão aqui tratados.
Expressão
S=A.B (lê-se: A e B)
A B A B S
0 0 0
S 0 1 0
1 0 0
1 1 1
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando todas as entradas forem iguais a um.
Símbolo
A
S
B
Expressão
S=A+B (lê-se: A ou B)
10
Circuito de chaveamento Tabela da verdade
A
B A B S
0 0 0
S 0 1 1
1 0 1
1 1 1
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando uma ou mais entradas forem iguais a
um.
Símbolo
A
S
B
Expressão
_
(lê-se: A barra)
S=A
R A S
0 1
A S 1 0
Símbolo
A ______ S
Expressão
R A A B S
0 0 1
S 0 1 1
B 1 0 1
1 1 0
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando uma ou mais entradas forem iguais a
zero.
Símbolo
A
S
B
Expressão
R A B S
0 0 1
A B S 0 1 0
1 0 0
1 1 0
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando todas as entradas forem iguais a zero.
Símbolo
A
S
B
Expressão
_ _ (lê-se: A ou exclusivo B)
S = A.B + A.B = A ? B
12
Circuito equivalente
Tabela da verdade
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando as entradas forem diferentes entre si.
Símbolo
A
S
B
Expressão
_ _ (lê-se: A coincidência B)
S = A.B + A.B = A ? B = A ? B
Circuito equivalente
Tabela da verdade
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Lógica: A saída será um, se e somente se, quando as entradas forem iguais entre si.
13
Símbolo
A
S
B
14
c) Porta lógica OU (S = A + B)
___
d) Porta lógica NÃO-E (S = A.B)
____
e) Porta lógica NÃO-OU (S = A + B)
Todo circuito lógico pode ser completamente descrito através de operações booleanas. A
regra para a composição de uma expressão lógica é a mesma que se utiliza na álgebra
comum para determinar a ordem das operações.
Exercícios
15
2) Obter as expressões lógicas dos circuitos de chaveamento abaixo.
A B
C D
A C
B D
A B E
C D F
G I J
H K L
Exercícios
1) Desenhar os circuitos com portas lógicas a partir das expressões lógicas abaixo:
16
------- ----- _
a) S = (A+B).C.(B+D) d) S = [(A + B) + (C.D)].E
------ ----- _ _ _
b) S = A.B.C + (A+B).C e) S = [(A.B) + (C.D)].E + [(A.D.E) + (C.D.E)].A
-------------
c) S = (A.B + C.D)
a) S = [A.(B+C).D] + E.(F+G+H)
O estudo de uma função booleana pode ser efetuado com o uso da tabela da verdade,
onde se posicionam todas as situações possíveis e resultados assumidos de uma dada
expressão lógica.
Exercícios
a) Os termos da expressão são obtidos a partir da coluna com valores da saída iguais
a um;
b) O valor de cada termo é expresso pela multiplicação lógica das variáveis, sendo
que para nível lógico zero se expressa uma determinada variável A por A e para
nível lógico um a mesma é expressa apenas por A.
c) Por último, somam-se os termos obtidos, compondo a expressão lógica.
17
Exercícios
Determine a expressão lógica para cada uma das saídas das tabelas da verdade abaixo.
A B C S A B C D S
0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 1 0
0 1 0 1 0 0 1 0 0
0 1 1 0 0 0 1 1 0
1 0 0 0 0 1 0 0 1
1 0 1 0 0 1 0 1 0
1 1 0 1 0 1 1 0 1
1 1 1 1 0 1 1 1 0
1 0 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 0
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3 MINIMIZAÇÃO DE EXPRESSÕES
Uma expressão booleana relativa a determinado circuito lógico pode ser reduzida a uma
forma mais simples, isto é, uma expressão que contenha o menor número possível de
termos e de respectivas variáveis em cada termo. Esta nova expressão deve resultar num
circuito lógico com menos portas lógicas e menos conexões entre tais portas.
Três métodos serão aqui abordados: método algébrico, método do diagrama de Veitch-
Karnaugh e método de Quine-McCluskey.
3.1.1 POSTULADOS
a) Postulado da complementação
Se A=0, então: A =1
Se A=1, então: A =0
Identidade obtida: A =A
b) Postulados da adição
0+0 = 0 Identidades obtidas: A+0=A
0+1 = 1 A+1=1
1+0 = 1 A+A=A
1+1 = 1 A+ A =1
c) Postulados da multiplicação
0.0 = 0 Identidades obtidas: A.0=0
0.1 = 0 A.1=A
1.0 = 0 A.A=A
1.1 = 1 A. A =0
3.1.2 PROPRIEDADES
a) Propriedade Comutativa
Adição: A+B = B+A
Multiplicação: A.B = B.A
b) Propriedade Associativa
Adição: A+(B+C) = (A+B)+C = A+B+C
Multiplicação: A.(B.C) = (A.B).C = A.B.C
c) Propriedade Distributiva
A.(B+C) = A.B + A.C
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3.1.4 IDENTIDADES AUXILIARES
a) A + A.B = A
Demonstração: A+A.B = A.(1+B) = A.1 = A
b) (A+B).(A+C) = A + B.C
Demonstração: (A+B).(A+C) = A.A + A.C + A.B + B.C = A + A.C + A.B + B.C
= A.(1+B+C) + B.C = A.1 + B.C = A + B.C
c) A ? A. B ? A? B
Demonstração: A ? A. B ? A ? A. B ? A .(A .B) ? A.(A ? B) ? A. A ? A.B
= A.B ? A ? B ? A? B
Os teoremas da álgebra booleana podem ser usados para simplificar uma expressão
lógica. Entretanto, nem sempre são possíveis determinar quais os teoremas, postulados e
propriedades que devem ser aplicados a uma determinada expressão, de modo a
produzir o resultado mais simples. Além disso, não há uma regra para se determinar se a
expressão já está em sua forma mais simples ou se ainda há mais simplificações a serem
feitas. Sendo assim, muitas vezes, a simplificação algébrica se torna um processo de
tentativa e erro. Com o tempo, pode-se começar a obter resultados razoavelmente bons
com a aplicação desta metodologia.
Exemplo
S ? A . B. C? A .B.( A.C)
Simplificação algébrica
a) Aplica-se o teorema de DeMorgan para eliminar as barras de complementação e após
a multiplicação dos termos resultantes:
S ? A .B .C? A .B.( A ? C) ? A . B. C? A .B.(A ? C)
S ? A. B .C? A .B. A? A.B.C ? A. B. C? A .B ? A .B. C
b) Com a expressão na forma de soma-de-produtos, procura-se por variáveis comuns
entre os diversos termos da expressão, a fim de proceder a fatoração:
S ? A .C .(B ? B) ? A .B ? A . C.(1) ? A .B ? A . C? A .B
S ? A(C ? B)
Exercícios
Simplifique as expressões booleanas:
a) S ? A .B .C ? A.B. C
20
b) S ? (A ? B ? C).( A ? C)
c) S ? (A ? B? C).(A . B. C)
d) S ? A? A . B? A. B? A .B ? A.B
e) S ? A . B.C? A ? B ? C
f) S ? A .B .C? A.C ? A .B
h) S ? (A ? B? C).( A ? B ? C)
i) S ? [A . C ? B? D] ? C.( A .C . D)
k) Prove que: S ? A? B ? A? B
B B
A A.B A.B
A A.B A.B
Método de simplificação
? Agrupam-se as regiões onde S=1, no menor número possível de pares (conjunto de 2
regiões vizinhas);
? As regiões que não puderem ser agrupadas em pares serão tratadas isoladamente;
? Verifica-se em cada par o valor da variável: se a mesma muda de valor lógico, é
desprezada; se a variável mantém seu nível lógico, será o valor do par;
? Escreve-se a expressão de cada par, isto é, o valor que o mesmo ocupa no diagrama;
? Somam-se os pares e/ou termos isolados.
Obs: A simplificação baseia-se na Identidade do Postulado da Adição: A ? A ? 1
21
Exemplos
a) S ? A.B ? A.B ? A.B
B B
A 0 1 Expressão simplificada: S = A + B
A 1 1
B B
A A.B.C A.B.C A.B.C A.B.C
A A.B.C A.B.C A.B.C A.B.C
C C C
Método de simplificação
? Localizam-se as quadras (agrupamento de 4 regiões) e escrevem-se suas expressões;
? Localizam-se os pares e escrevem-se suas expressões, não considerando os pares já
incluídos nas quadras. Todavia, pode-se ter um par formado por “1” externo à quadra
e outro “1” pertencente à quadra;
? Localizam-se os termos isolados que não puderam ser agrupados e escrevem-se suas
expressões;
? Somam-se as expressões das quadras, dos pares e dos termos isolados.
Obs: O diagrama para 3 variáveis fecha-se nas laterais, como um cilindro.
Exemplos
a) S ? A.B.C ? A.B.C ? A.B.C ? A.B.C ? A.B.C
B B
A 1 1 Expressão simplificada: S ? A.C ? A.B ? A.C
A 1 1 1
C C C ou: S ? A.C ? B.C ? A.C
22
b) S ? A .B.C ? A.B. C ? A. B.C ? A.B.C ? A.B. C
B B
A 1 1 1 Expressão simplificada: S ? C ? A.B
A 1 1
C C C
C C
A A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D B
A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D B
A A.B. C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D
A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D A.B.C.D B
D D D
Método de simplificação
? Localizam-se as oitavas (agrupamento de 8 regiões) e escrevem-se suas expressões;
? Localizam-se as quadras e escrevem-se suas expressões, não considerando as
quadras já inclusas nas oitavas. Localizam-se os pares e escrevem-se suas
expressões, não considerando os pares já incluídos nas oitavas e/ou quadras.
Todavia, pode-se ter uma quadra/par formado por “1s” externos à oitava/quadra e
outros “1s” pertencentes à oitava/quadra;
? Localizam-se os termos isolados que não puderam ser agrupados e escrevem-se suas
expressões;
? Somam-se as expressões das oitavas, das quadras, dos pares e dos termos isolados.
Obs: O diagrama para 4 variáveis fecha-se nas laterais, bem como nos extremos superior
e inferior.
Exemplos
S ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ?
a)
? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D
C C
A 1 1 1 B
1 1 B Expressão simplificada:
A 1 1 1 S ? D ? A.C ? A.B.C
1 1 1 B
D D D
23
b)
S ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D ? A.B.C.D
C C
A 1 1 1 B
1 B Expressão simplificada:
A 1 1 S ? A.B.D ? C.D ? B.D
1 1 1 B
D D D
Uma função pode ser apresentada sem ser definida para uma ou mais das combinações
possíveis das variáveis de entrada. Neste caso, a variável pode assumir,
indiferentemente, o valor 0 ou 1. Por conseguinte, adota-se o nível lógico que representar
maior grau de simplificação de uma expressão.
Exemplo:
C C
A X X 1 B
1 1 1 B Expressão simplificada:
A X X S ? A.C ? A.D ? A.C.D
1 X B
D D D
24
3.2.4 DIAGRAMA PARA 5 VARIÁVEIS
A A
D D D D
A .B .C . D .E A.B.C.D.E A. B.C.D.E A..B.C.D.E C A.B.C.D.E A. B.C. D.E A. B.C.D.E A.B.C.D.E C
E E E E E E
Método de simplificação
A B C D E S1 S2
0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0
0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0
0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0
0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 1
0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1
0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0
0 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0
0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 0
0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0
0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 0 0
0 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1
0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1
0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1
0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1
Site alemão com programa para minimizar expressões lógicas por Karnaugh:
http://maui.theoinf.tu-ilmenau.de/~sane/projekte/karnaugh/embed_karnaugh.html
25
3.3 MÉTODO DE QUINE-McCLUSKEY
Método de simplificação
b) Comparam-se todos os termos de um dado grupo com cada termo do grupo seguinte,
ou seja, de índice imediatamente superior, mediante a utilização do teorema
A . B? A .B ? A . Aplica-se sucessivamente esse teorema comparando cada termo do
grupo do índice i com todos os termos do grupo do índice i+1 até esgotarem-se as
possibilidades. O termo resultante consiste na representação fixa original com o dígito
diferente substituído por um x. Por outro lado, marcam-se com setas todos os termos
comparados com ao menos outro termo.
Exemplos
Solução:
S = ? (7,22,2,16,18,13,28,15,12,4)
S = ? (00111,10110,00010,10000,10010,01101,11100,01111,01100,00100)
26
Termos A B C D E Termos A B C D E
2 0 0 0 1 0 ? 2,18 X 0 0 1 0 B.C. D.E
4 0 0 1 0 0 ? 4,12 0 X 1 0 0 A.C .D.E
16 1 0 0 0 0 ? 16,18 1 0 0 X 0 A .B.C.E
12 0 1 1 0 0 ? 12,28 X 1 1 0 0 B .C .D.E
18 1 0 0 1 0 ? 18,22 1 0 X 1 0 A .B. D.E
7 0 0 1 1 1 ? 7,15 0 X 1 1 1 A.C . D. E
13 0 1 1 0 1 ? 13,15 0 1 1 X 1 A. B.C . E
22 1 0 1 1 0 ?
28 1 1 1 0 0 ?
15 0 1 1 1 1 ?
A expressão simplificada é:
S ? B.C.D. E ? A .C.D.E ? A.B.C.E ? B.C.D.E ? A.B.D. E ? A .C.D.E ? A.B.C.E
27
4 SOLUÇÃO DE PROBLEMAS POR LÓGICA COMBINACIONAL
4.1 SISTEMAS DIGITAIS E SISTEMAS ANALÓGICOS
A utilização das técnicas digitais proporciona novas aplicações da eletrônica bem como
de outras tecnologias, substituindo grande parte dos métodos analógicos existentes.
Assim, a mudança para a tecnologia digital tem as seguintes vantagens:
c) Precisão e exatidão são maiores, pois os sistemas digitais podem trabalhar com
tantos dígitos de precisão quantos forem necessários, com a simples adição de mais
circuitos de chaveamento.
e) Os circuitos digitais são menos afetados por ruídos, provocados por flutuações na
tensão de alimentação ou de entrada, desde que o nível de ruído não atrapalhe a
distinção entre os níveis alto e baixo.
Só existe uma grande desvantagem para o uso das técnicas digitais: o mundo real é
predominantemente analógico. A grande maioria das variáveis (quantidades) física é,
em sua natureza, analógica, e geralmente elas são as entradas e saídas que devem ser
monitoradas, operadas e controladas por um sistema. Sendo assim, três etapas devem
ser executadas:
Especificação
(função e outras características)
Análise Projeto
Implementação
(rede de módulos)
30
Nível de módulo – o sistema consiste de dois registradores e um somador.
a) Descrição
O modo mais comum de descrever sistemas digitais consiste em uma descrição de sua
estrutura através de uma forma gráfica (desenho), onde fornece um diagrama lógico do
sistema em diferentes níveis, mostrando os módulos e suas interligações. Estes desenhos
podem ser elaborados manualmente, porém, atualmente há ferramentas computacionais
que permitem gerar e editar estes desenhos. O processo é chamado de captura de
esquemáticos, porque a ferramenta é usada para capturar a descrição esquemática do
31
sistema digital. O processo é suportado por bibliotecas de componentes-padrão, de forma
que um sistema pode ser construído usando-se partes-padrão que são reunidas para
compor uma implementação.
b) Projeto
As ferramentas de síntese e otimização ajudam a obter uma implementação a partir de
determinada descrição e a melhorar algumas características como, por exemplo, o
número de módulos e os retardos da rede.
c) Verificação
As ferramentas de simulação são utilizadas para verificar a operação do sistema, onde
usam a descrição do sistema para produzir os valores dos sinais (internos e externos)
para determinada entrada. A simulação é usada para detectar erros num projeto e para
determinar características, como retardos e consumo de energia, as quais são difíceis de
obter a naliticamente.
Rua
B
- Rua A
Semáforos 1 Semáforos 2
32
2. Projeto com 3 variáveis
Conexão de 3 aparelhos a um amplificador, obedecendo às prioridades:
1a) CD player
2a) Tape p layback
3a) Radio receptor
Situação:
CD player Tape playback Radio
receptor
Amplificador
Situação:
Presidente Vice Engenharia Chefes de Seção
Presidente
Central
Secretária
Situação:
A
Circuito
B lógico S
3 1
Rua A Rua C
6. Projete um circuito lógico para acender 3 leds, isoladamente, nas seguintes situações:
a) um número par acende o led 1;
b) um número ímpar acende o led 2;
c) um número múltiplo de 3 acende o led 3.
7. Projetar um circuito lógico para comparar 2 números binários de 2 bits cada, tal que:
A1A0 < B 1B0 ? acende led 1;
A1A0 = B 1B0 ? acende led 2;
A1A0 > B 1B0 ? acende led 3.
8. Desenhe um circuito com portas lógicas para detectar um número par de chaves
ligadas, num conjunto de 5 chaves. Convencionar que chave fechada equivale a nível
lógico 0.
34
5 SISTEMAS NUMÉRICOS E CÓDIGOS
Além dos sistemas decimal e binário, dois outros são utilizados em sistemas digitais, o
sistema octal (base 8) e o hexadecimal (base 16). Ambos os sistemas são utilizados para
a mesma finalidade: representar números binários muito grandes de uma forma eficiente
e simples.
Um número pode ser explicitado através de seu valor ou de sua representação. O valor
corresponde à quantidade que ele expressa. A representação corresponde aos dígitos
que se utiliza para simbolizá -lo. Exemplificando, no sistema decimal expressa-se a
quantidade doze (valor) para o número 12 (representação). No sistema hexadecimal, a
mesma quantidade é representada pelo número C.
Exemplos
a) Número no sistema decimal: 123410 = 4.100 + 3.101 + 2.102 + 1.103 = 123410
b) Número no sistema binário: 11012 = 1.2 0 + 1.2 1 + 0.2 2 + 1.2 3 = 1310
c) Número no sistema hexadecimal: 4D216 = 2.160 + 13.161 + 2.162 = 123410
Também se utiliza uma notação para especificar a base em que se representa um valor.
Nesse sentido, é estabelecido que, para:
- números binários são seguidos pela letra Y;
- números decimais são seguidos pela letra T;
- números octais são seguidos pela letra Q;
- números hexadecimais são seguidos pela letra H.
Exemplos
100Y (binário), 100T (decimal), 100Q (octal), 100H (hexadecimal)
36
5.1.2 Conversão Binário-Decimal
O sistema de numeração binário é posicional, onde a cada dígito binário (bit) são
atribuídos dois valores: o valor absoluto e o valor posicional. O valor absoluto é 0 ou 1, e
o posicional é uma potência inteira de 2, começando de 20 (bit menos significativo), que
depende da posição do bit em relação ao bit menos significativo. Qualquer número binário
pode ser convertido em decimal simplesmente somando os valores posicionais de todos
os bits com valor absoluto igual a 1. Exemplos:
1 1 0 1 12 (binário)
4 3 1 0
2 + 2 + 0 + 2 + 2 = 16 + 8 + 2 + 1 = 2710 (decimal)
1 0 1 1 1 0 1 12 (binário)
7 5 4 2 0
2 + 0 + 2 + 2 + 0 + 2 + 0 + 2 = 18710 (decimal)
37
8,375(10) ? 8 ?_2__ 0,375
0 4 ?_2__ x 2_
0 2 ?_2__ 0,750
0 1 Obtenção da parte inteira ? 1000(2) x 2_
1,500 ? 0,500
x2_
1,000
Obtenção da parte fracionária ? 0,011(2)
Exercícios
Converter os seguintes números decimais para binários:
a) 215(10) ?____ c) 9,92(10) ? 9?___ 0,92
x 2_
O sistema numérico octal é muito importante no estudo dos computadores digitais. Este
sistema utiliza a base oito, o que significa que ele tem oito dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Os pesos de cada dígito no sistema octal são mostrados na tabela abaixo:
4 3 2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
,
Vírgula octal
O maior dígito octal é 7, de modo que para contar em octal basta começar do zero e
incrementar uma unidade até chegar a 7. Ao alcançar 7, devemos recomeçar a contagem
do zero, acrescentando uma unidade ao dígito imediatamente superior. Isto é ilustrado
nas seguintes seqüências de contagem octal:
(a) 65, 66,67,70,71,.....
(b) 275, 276, 277, 300,301,.....
38
O resto da primeira divisão passa a ser o dígito menos significativo do número octal, e o
resto da última divisão é o bit mais significativo.
Dígito Octal 0 1 2 3 4 5 6 7
Equivalente Binário 000 001 010 011 100 101 110 111
Por exemplo, podemos converter o valor octal 472 em binário da seguinte forma:
Nem sempre o número binário tem grupos completos de três bits. Nestes casos, podemos
acrescentar um ou dois zeros à esquerda do bit mais significativo do número binário.
Observe o seguinte exemplo, onde o valor 110101102 deve ser convertido em seu
equivalente octal.
39
Exercícios
1. Converter 6148 em decimal.
2. Converter 14610 em binário, passando por octal.
3. Converter 100111012 em octal.
4. Complete a seqüência em octal: 624, 625, 626,____,____,____.
5. Converter 97510 em binário, passando por octal.
6. Converter o valor binário 1010111011 em decimal, passando por octal.
O sistema hexadecimal, também conhecido como sistema hexa, utiliza a base 16.
Portanto, este sistema tem 16 dígitos, representados pelos dígitos decimais de 0 a 9 e
pelas letras maiúsculas de A a F.
Hexadecimal Decimal Binário
0 0 0000
1 1 0001
2 2 0010
3 3 0011
4 4 0100
5 5 0101
6 6 0110
7 7 0111
8 8 1000
9 9 1001
A 10 1010
B 11 1011
C 12 1100
D 13 1101
E 14 1110
F 15 1111
Observe que cada dígito hexadecimal é representado por um grupo de quatro bits. É
importante lembrar que os dígitos hexa de A a F são equivalentes aos valores decimais
de 10 a 15, respectivamente.
40
5.1.10 Conversão Hexadecimal-Decimal
Um número em hexa pode ser convertido em seu equivalente decimal através do valor
posicional (peso) que cada dígito ocupa no número. O dígito menos significativo tem peso
igual a 160 = 1, o seguinte 161 = 16, o seguinte 162 = 256, e assim por diante.
Exemplos:
35616 = 3 x 162 + 5 x 161 + 6 x 160
= 768 + 80 + 6
= 85410
Observe novamente como os restos formam os dígitos do número hexa. Além disso, os
restos maiores que 9 são representados pelas letras de A a F.
41
5.1.13 Conversão Binário-Hexa
Converter de binário para hexa é justamente fazer ao contrário o processo que acabamos
de ver. O número binário é separado em grupos de quatro bits, e cada grupo é convertido
no seu equivalente hexa. Acrescentam-se zeros à esquerda, se for necessário completar
o grupo:
Exercícios
5.2 CÓDIGOS
São grupos de símbolos representados por números, letras ou palavras que estabelecem
uma determinada característica ou combinação entre dois sistemas de numeração.
CÓDIGO SIGNIFICADO
BCD 8421 Binary-Coded-Decimal – Binário Codificado em Decimal
8421 – valores dos algarismos: 2 3=8, 2 2=4, 2 1=2, 2 0=1
EXCESSO 3 Código BCD 8421 adicionado de três unidades binárias
GRAY Código cuja variação de um número para outro é de apenas 1 bit
2 ENTRE 5 Código que apresenta 2 bits iguais a 1 dentre 5 bits. Usado em
código de barras, por evitar grandes repetições de espaços ou de
barras
42
DECIMAL BINÁRIO BCD 8421 EXCESSO 3 GRAY 2 ENTRE 5
0 0 0000 0011 0000 00011
1 1 0001 0100 0001 00101
2 10 0010 0101 0011 00110
3 11 0011 0110 0010 01001
4 100 0100 0111 0110 01010
5 101 0101 1000 0111 01100
6 110 0110 1001 0101 10001
7 111 0111 1010 0100 10010
8 1000 1000 1011 1100 10100
9 1001 1001 1100 1101 11000
10 1010 0001 0000 1111
11 1011 0001 0001 1110
12 1100 0001 0010 1010
13 1101 0001 0011 1011
14 1110 0001 0100 1001
15 1111 0001 0101 1000
43
5.3 CODIFICADOR DECIMAL/BINÁRIO
44
Tabela da verdade
Relação da entrada decimal com a saída em binário
Chave A B C D
Ch0 0 0 0 0
Ch1 0 0 0 1
Ch2 0 0 1 0
Ch3 0 0 1 1
Ch4 0 1 0 0
Ch5 0 1 0 1
Ch6 0 1 1 0
Ch7 0 1 1 1
Ch8 1 0 0 0
Ch9 1 0 0 1
S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S8 S9
S7
74LS00
A
74LS20
B
74LS20
C
74LS30
D
45
5.4 DECODIFICADOR PARA DISPLAY DE 7 SEGMENTOS
a
f g b
e d c
Ânodo
comum
Cátodo
comum
Para acender, normalmente o display necessita de uma corrente entre 10 e 20 mA, o que
provoca uma queda de tensão da ordem de 1,2 V. Desta forma, trabalhando-se com 5
Volts de alimentação, é comum utilizarmos um resistor de 330 ? para cada segmento
visando atingir estes valores.
46
5.4.2 Projeto de um decodificador BCD para display de 7 segmentos
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
2 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
3 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
4 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
5 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
6 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1
7 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
8 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
9 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1
a) a ? A ? C ? B ? D
b) b ? B ? C ? D
c) c ? B ? C ? D
d) d ? A ? B.D ? B.C ? C.D ? B.C.D
e) e ? B.D ? C. D
f) f ? A ? C.D ? B.C ? B.D
g) g ? A ? B ? C ? C.D
47
Circuito simplificado do Decodificador para display de 7 segmentos
A B C D
48
Circuito integrado 7447 – Decodificador BCD para display de 7 segmentos (anodo
comum)
Exercícios
49
6 CIRCUITOS ARITMÉTICOS
6.1 REPRESENTAÇÃO BINÁRIA DE NÚMEROS INTEIROS
0000
1111 0001
1110 0010
1101 0011
1100 0100
1011 0101
1010 0110
1001 0111
1000
50
0000(0)
1111(-1) 0001(1)
1110(-2) 0010(2)
1101(-3) 0011(3)
1100(-4) 0100(4)
1011(-5) 0101(5)
1001(-7) 0111(7)
1000(-8)
Para se obter um número simétrico de um número a, trocam-se os zeros por 1’s e vice-
versa. O resultado da operação chama-se complemento de 1. A expressão do simétrico
de um número qualquer do círculo é definida como:
-a = (complemento de 1 de a) + 1 = (complemento de 2 de a)
0000(0)
1111(-1) 0001(1)
1110(-2) 0010(2)
1101(-3) 0011(3)
1100(-4) 0100(4)
1011(-5) 0101(5)
1001(-7) 0111(7)
1000(-8)
51
6.2 ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO BINÁRIA
Adição binária
0+0=0
0+1=1
1+0=1
1 + 1 = 0 e “vai-1”
Exemplos:
110 11001 111
+111 +1011 +111
+111
Obs
a) É importante entender a diferença entre adição lógica e adição binária. A adição lógica
corresponde à função lógica OU, que estabelece uma saída 1 sempre que uma ou mais
entradas for 1. A adição binária é uma operação aritmética que produz a soma algébrica
de dois números distintos. Embora o símbolo + seja empregado para indicar ambas as
operações, o seu significado deverá estar claramente definido pelo contexto em que for
utilizado.
Subtração binária
0–0=0
1–1=0
1–0=1
0 – 1 = 1 e “empresta-1”
Exemplos:
1110 1000 11000
-1001 -111 - 111
52
Exemplo de obtenção do complemento de um número:
+ 24 ? 00011000
complemento de 24 ? 11100111
soma-se 1 ? +1
- 24 ? 11101000
O formato BCD (Binary Coded Decimal), ou decimal codificado como binário, utiliza o
sistema hexadecimal apenas para os dígitos de 0 a 9, correspondentes aos mesmos
dígitos no sistema decimal.
BCD 8421 é um código de 4 bits, onde os termos 8421 significam os valores dos
algarismos num dado número binário:
23=8, 2 2=4, 2 1=2, 2 0=1
As adições e subtrações com números BCD são efetuadas pelo modo convencional
desde que o resultado não ultrapasse de 9. Quando um valor ultrapassar de 9, podem
surgir letras no resultado (2+8=AH) ou o resultado pode estar incorreto (9+9=12H).
O problema pode ser solucionado se as seis letras que compõem o sistema hexadecimal
fossem “saltadas”, representando um atalho para o resultado esperado, ao invés de
avançar sobre o círculo, como mostra a linha tracejada no círculo abaixo.
53
0000 (0)
1111 (F) 0001 (1)
A adição em BCD de dois números a e b pode ser elaborada pelo seguinte algoritmo:
- adicionar os dígitos como hexadecimais;
- se a soma for superior a 9, adicionar mais 6.
A subtração em BCD de dois números a e b pode ser elaborada pelo seguinte algoritmo:
- obter o complemento de 9 do número b + 1
- efetuar a adição a+(-b)
- corrigir o resultado, substituindo letras em hexadecimal para números BCD
- Descartar o último número à esquerda
54
6.4 MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO BINÁRIA
Multiplicação binária
0x0=0
0x1=0
1x0=0
1x1=1
Exemplos:
11010 11011 1011101
x 11 x 101 x 1001
Divisão binária
0? 1=0
1? 1=1
Exemplos:
10100 ?100_ 110110 ?110_ 101010 ?11_
A B SOMA TS
0 0 0 0
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
SOMA = A ? B
TS = A . B
A B
Meio
Somador
TS S
55
A B TE S TS
0 0 0 0 0 Expressões simplificadas:
0 0 1 1 0
0 1 0 1 0 S = A ? B ? TE
0 1 1 0 1 TS = B.TE + A.TE + A.B
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 1 0 0 1
1 1 1 1 1
A B TE
Somador
Completo
TS S
A3 B3 A2 B2 A1 B1 A0 B0
A3A2A1A0
+ B 3B2B1B0
________
A B TE A B TE A B TE A B
S4S3S2S1S0
TS S TS S TS S TS S
S4 S3 S2 S1 S0
A B SUB TS
0 0 0 0
0 1 1 1
1 0 1 0
1 1 0 0
TS – Transporte de Saída (empresta um)
SUB = A ? B
T S ? A.B
56
A B
Meio
Subtrator
TS S
A B TE S TS
0 0 0 0 0 Expressões simplificadas:
0 0 1 1 1
0 1 0 1 1 S = A ? B ? TE
0 1 1 0 1 TS ? A.B ? A.TE ? B.TE
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 1 0 0 0
1 1 1 1 1
A B TE
Subtrator
Completo
TS S
57
M A B TE S TS
0 0 0 0 0 0 Expressões simplificadas:
0 0 0 1 1 0
0 0 1 0 1 0 S = A ? B ? TE
0 0 1 1 0 1 TS ? B.TE ? (M ? A) . (B ? TE)
0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 0 1
0 1 1 0 0 1
0 1 1 1 1 1
1 0 0 0 0 0
1 0 0 1 1 1
1 0 1 0 1 1
1 0 1 1 0 1
1 1 0 0 1 0
1 1 0 1 0 0
1 1 1 0 0 0
1 1 1 1 1 1
58
Exemplo de subtração usando complemento de 2:
+ 49 ? 00110001 (menos) + 12 ? 00001100
- 12 ? 11110100
+ 37 ? 00100101
74LS83A
A4
A3
A A2
A1 s4
B4 s3
B3 s2
B2 s1
B1
Cin Cout
B VccSubt
0VSomador
A entrada M determina se a saída é uma função aritmética ou lógica das entradas. Por
sua vez, C n (carry in) seleciona um dos grupos de 16 operações aritméticas possíveis.
A saída A=B avisa quando as duas palavras são iguais em magnitude. A saída Cn+4 (carry
out) corresponde ao carry do último estágio e é usada no cascateamento com outras
ULAs.
59
Obs: O sinal (+) expressa a função lógica e a palavra (mais) significa a operação
aritmética.
60
Exercícios
6. Obtenha um circuito somador completo usando 2 blocos meio somadores e porta lógica
OU.
61
7. CIRCUITOS MULTIPLEX E DEMULTIPLEX
7.1 MULTIPLEX
Usado para enviar informações contidas em vários canais (fios), a um só canal (fio).
I0
...........
I0 entradas de seleção
I1 S
I2
I3
IN
Circuito lógico básico de um multiplex de 2 canais
62
7.1.1 - Projeto e funcionamento de um Multiplex de 4 canais
a) Relaciona -se as entradas de seleção com a informação de entrada que deve ser
conectada à saída. Monta -se uma tabela da verdade com as entradas de seleção e as
respectivas informações que devem ter na saída.
Para as 4 entradas que serão conectadas à saída, necessita-se de 2 variáveis de
seleção (2 N).
Variáveis de Saída
seleção
A B S
0 0 I0
0 1 I1
1 0 I2
1 1 I3
I0
I1 S
MUX de
I2 4 canais
I3
A B
63
7.1.2 - Multiplex de 16 canais
I0
MUX de S
16 canais
I15
A B C D
I0
S0
MUX-2
I1
MUX-2 S
I2
S1
I3 MUX-2
B A
I0
S0
MUX-8
I7 S
MUX-8
I0
S1
MUX-8
I7
B C D A
64
7.1.4 - Endereçamento seqüencial num Sistema Multiplex
I0
S
MUX-8
I7
Contador 0-7
A B C S1 S2
0 0 0 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 1 0 0 1
1 1 1 1 1
S1
MUX-8
S2
MUX-8
A B C
65
7.2 DEMULTIPLEX
Usado para enviar informações vindas de um só canal (fio) para vários canais (fios).
Efetua a função inversa do Multiplex.
S0
...........
entradas de seleção S0
S1
E S2
S3
SN
Entrada de Canais de
Seleção Informação
A S0 S1
0 E 0
1 0 E
66
7.2.1 - Projeto e funcionamento de um Demultiplex de 4 canais
S0
E S1
DEMUX de
4 canais S2
S3
A B
67
A partir de circuitos demultiplex de baixa capacidade, podem-se obter outros demultiplex
de maior capacidade.
S0
DEMUX-2
S1
E
DEMUX-2
S2
DEMUX-2
S3
A B
DEMUX-8
S7
E
DEMUX-8
S8
DEMUX-8
S15
A B C D
S0
E
DEMUX-8
S7
Contador 0-7
68
7.3 - MULTIPLEX E DEMULTIPLEX UTILIZADOS NA TRANSMISSÃO DE DADOS
Transmissão paralela
S0 LT I0
E Transmissor Receptor S
DEMUX MUX
S1 I1
A1 A2
Transmissão série
I0 Transmissor S LT E Receptor S0
MUX DEMUX
I1 S1
A1 A2
I0 S0
S E
MUX-8 DEMUX-8
I7 S7
sincronismo
69
EXERCÍCIOS
S0
S1
1 DEMUX - 4
S2
S4
Ck
Contador 0 - 3
A
I0
S
I0 I1 MUX - 2
I1 A
70
6. Determine a função realizada pelo circuito abaixo, implementado com três
multiplexadores de duas entradas de dados de 1 bit.
7. Dado um MUX de oito entradas de dados (1 bit cada), mostre como o mesmo pode ser
utilizado para implementar a função lógica Z=AB+BC+AC.
8. Mostre como um MUX de 16 entradas de dados (1 bit cada) pode ser usado para gerar
a função lógica .
9. Projete um MUX com quatro entradas de dados (1 bit cada) usando 5 portas NAND e 2
portas NOT.
10. Usando um MUX de oito entradas de dados (1 bit cada) implemente a função lógica
que produz um nível alto somente quando suas quatro variáveis de entrada (A, B, C e
D) estiverem no mesmo nível lógico, ou quando as variáveis B e C estiverem em
níveis diferentes.
71
EXPERIÊNCIA 1 - PORTAS LÓGICAS BÁSICAS
72
2. Na seqüência, energize o equipamento e simule, via chaves, os valores possíveis para
as entradas;
3. Organize e interprete os dados coletados na experimentação. Verifique se os valores
encontrados na saída correspondem à análise teórica do circuito, através da tabela da
verdade;
4. Finda a experiência, desmonte os circuitos e reponha o equipamento e componentes
aos seus respectivos lugares;
5. Mantenha sempre limpo e organizado o ambiente de experimentação educativa.
Questões
a) Como obter um circuito que necessita de uma porta lógica X de 3 entradas usando-se
apenas portas lógicas X de 2 entradas?
b) Num circuito que necessita de uma porta lógica Y de 2 entradas, têm-se apenas portas
lógicas Y de 3 entradas. O que fazer com a terceira entrada?
c) Pode-se conectar entre si as saídas de 2 portas lógicas? Explique.
73
EXPERIÊNCIA 2 – COMPARADOR DE MAGNITUDES
Vcc A3 B2 A2 A1 B1 A0 B0
16 15 14 13 12 9
7485
Comparador de Magnitudes de 4 bits
1 2 3 4 5 6 7 8
Entradas-cascata Saídas
74
EXPERIÊNCIA 3 - CODIFICADORES E DECODIFICADORES
S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S8 S9
S7
74LS00
A
74LS20
B
74LS20
C
74LS30
D
Vcc f g a b c d e
16 15 14 13 12 9
11 10
Decodificador para display de 7 segmentos - catodo
comum
9368
1 2 3 4 5 6 7 8
A1 A2 EL RB O RBI A3 A0 GND
g f cc a b
Display PD560
Catodo comum
e d cc c DP
75
1.3 - Decodificador para display de 7 segmentos - anodo comum
Vcc f g a b c d e
16 15 14 13 12 11 10 9
1 2 3 4 5 6 7 8
B C Lamp. RB RB D A GND
Test output input
g f ac a b
a
Display
f PD507 b
e c
d . DP
e d ac c dp
76
EXPERIÊNCIA 4 –CIRCUITOS ARITMÉTICOS
B4 E4 C4 C0 GND B1 A1 E1
16 15 14 13 12 9
11 10
A4A3A2A1C0
Somador Binário Completo de 4 bits + B4B3B2B1
7483 ---------------------
C4E4E3E2E1
1 2 3 4 5 6 7 8
A4 E3 A3 B3 Vcc E2 B2 A2
7483
A4
A3
A2
A1 s4
B4 s3
B3 s2
B2 s1
B1
Cin Cout
VccSubt
0VSomador
77
1.3 – Unidade Lógica e Aritmética (74181)
78
UNIDADE LÓGICA E ARITMÉTICA
79
EXPERIÊNCIA 5 - CIRCUITOS MULTIPLEX E DEMULTIPLEX
DEMUX-4 (2)
DEMUX-4 (1)
1 2 3 4 5 6 7 8
MUX-4 (2)
MUX-4 (1)
1 2 3 4 5 6 7 8
I0 S E S0
I1 MUX - 4 DEMUX - 4 S1
I2 S2
I3 S3
A1 B1 A2 B2
81