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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
5 SUMARIO
i-
Diretor-Responsável: SUMARIO
Estéváo Betiencourt OSB
Autor e Redator de toda a materia "Guardei a Fé" 49
publicada neste periódico Os tempos sugerem:
Está próximo o fim do mundo? 50
Oiretor-Administrador:
Na proximidade do ano 2000:
D. Hildebrando P. Martins OSB
Os terrores do ano 1000 62
NO PRÓXIMO NÚMERO:
ASSINATURA ANUAL (12 números): NCzS 150,00 - Número avulso: NCzS 15,00
. Pagamento lá escolhal
1. VALE POSTAL a agencia central dos Correios do Rio de Janeiro em nome de Edicoes
"Lumen Christi" Caixa Postal 2666 20001 Rio de Janeiro - RJ.
49
"PEROUNTE E RESPONDEREMOS"
Ostempos sugerem:
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PRÓXIMO O FIM DO MUNDO?
1) Na Antíguidade paga
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4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
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PRÓXIMO O FIM DO MUNDO?
encontró de Cristo, com suas esposas e seus filhos; estes vaguearam pelas
montanhas e ao longo das estradas; pouco faltou para que o Gobernador os
mandasse prender como salteadores... No Ponto, outro bispo. homem pie-
doso e humilde, mas demasiado confiante em suas visoes, teve tres sonhos e
pds-se a profetizar: 'Acontecerá isto e aquilo'. E, por fim: 'Sabei, irmaos, que
o juízo se realizará dentro de um ano, e, caso nao aconteca o que vos digo,
nao deis mais fé ás Escrituras, masprocedei como bem quiserdes'. Ora,nada
do previsto se verificou; o bispo se viu confuso, os irmaos se escandalizaran!,
as virgens se casaram e os que haviam vendido seus campos foram obrigados
a mendigar" (\n Danielem 3, 18s).
S Gaudencio de Bréscia {< após 405) indicava o ano 7000 após a cria-
cao como data para a ressurreicao universal. Apoiava-se no preceito da Lei mo
saica que manda cessem todas as obras deste mundo no sétimo dia da sema
na e entrem os fiéis no repouso de Deus (cf. Ex 12, 16); ora, já que um dia
53 i **
6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
de Oeus equivale a mil anos dos homens {cf. SI 89,4), o ano 7000 seria o da
cessacao definitiva das obras deste mundo e o da ressurreipao dos corpos.1
5) Na Idade Media
1 Serm. 10.
1 Cf. S. Jerónimo, ep. 71, 11 (o Santo Doutor comenta 2Ts 2, 5); Latan-
cío (fapós 317) jé antes escrevera: "Esta {Roma) é a cidade que aínda tudo
sustenta." ("Divinae Inititutiorws 7, 25,5.)
Vejam-se também S. JoSo Crisóstomo, In Mt /j. 20, 6; In lo 34,3;S.
LeSo Magno, serm. 19, 1.
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PRÓXIMO O FIM DO MUNDO?
6) Na Idade Moderna
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8 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
ora, pouco faltava para se preencher esse prazo; o Islamismo, pois, haveria
de mover em breve a última perseguidlo contra a Igreja e sofrer o seu golpe
mortal pela vinda de Cristo. Ver Commentarius ¡n Apc 20, 5. Lugduni 1626.
Miller lia em Dn 8, 14: "(A abominacáo durará) até duas mil e trezen-
tas tardes e manhas; a seguir, o santuario será purificado." Neste texto mui
to enigmático, tomando as "tardes e manhas" por anos, julgava que Cristo
viria instaurar o milenio no ano 2300 a partir da data do oráculo, ou seja, a
partir de 457 a.C; o que equivalía a dizer que o Senhor voltaria para instau-
56
PRÓXIMO O FIM DO MUNDO?
rar justica e paz no ano 1843 da nossa era ou, mais precisamente, entre mar
go de 1843 e marpo de 1844. Quando em 1831 a profecía de Miller come-
cou a ser propalada, suscitou muí tos adeptos entusiastas, principalmente en
tre batistas e metodistas, os quais passaram a ser chamados adventistas (urna
chuva de asteroides, em 1833, parecia ser o abalo de estrelas — prenuncio do
fim). Todavia, o ano de 1843 trouxe a grande decepcao aos 50.000 discípu
los! Miller continuou a afirmar que o Senhor nao tardaria; S. Snow refez os
cálculos, anunciando o fim do mundo para 22 de outubro de 1844; em con-
seqüéncia, em certas regioes dos EE.UU. da América do Norte, camponeses
e operarios abandonavam o trabalho, e passavam as noites ao retento, espe
rando com impaciencia febril a vinda de Cristo; a desilusao sofrida aínda foi
mais amarga. Os adventistas até hoje conservam a crenca no próximo regres-
so do Senhor; alguns dizem que o prazo previsto por Daniel de fato termi-
nou em 1844, mas que Cristo ainda está a purificar o santuario; vira logo de-
pois de completar esta obra.
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PRÓXIMO O FIM DO MUNDO? 11
"Sabéis muito bem que o dia do Senhor vira como um ladrio durante
a noite. Quando os homens disserem: Paz e segurancal, justamente entao
urna ruina repentina os acometerá, como a dor sobrevém é muther que está
para dar á luz, e nSo escaparao. Vos, porém, irmSos, nao viváis ñas trevas de
modo que aquele dia vos surpreenda como um ladrio" (1Ts 5, 2-4).'
1 S. Paulo inculca bem que, para os cristaos fiéis ao Senhor, nao há trevas,
nSo há noite ou cegueira espiritual; por isto a vinda do Senhor, por repenti
na que seja, nSo Ihes acarretará os terrores de um assafto maléfico, mas será
a última fase de urna Ionga gestapao, será dar á luz urna vida oculta com Cris
to em Deus (cf. Cl 3,3).
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"NSo toca a vos ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai
fixou por Sua própría autoridade" (At 1,7).
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PRÓXIMO O FIM DO MUNDO? 13
(continuacao da p. 96)
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Na proximidade do ano 2000:
1. A documentadlo
Numa vi sao objetiva dos fatos, pode-se crer que realmente houve
tal pánico?
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OS TERRORES DO ANO MIL 15
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16 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
(que acaba de pagar em boa moeda urna propriedade... de que nSo tiraría
proveíto, na hipótese de terrores) a possua firmemente por todos os sáculos
afora" (A Idade Media. Lisboa, p. 80).
2. Reflexao final
64
OSTERRORESDO ANO MIL 17
Ver também:
(continuacao da p. 93)
ra, na velhice, me volta cada vez com maior frequerida á mente. Eu a diría
urna definicao operacional. É assim: Deus é o parceiro de teus soliloquios
mais íntimos. Cada vez que tu falas contigo mesmo com a máxima sincerida-
de e em absoluta solidao, aquele a quem te diriges pode ser legítimamente
chamado Deus. Tal definicao evita a dicotomía entre concepcoes teísticas
e ateísticas do mundo. A diferenca entre estas aparece só mais tarde, quando
a pessoa sem religiao insiste em afirmar que seus soliloquios sao apenas mo
nólogos solitarios, e a pessoa religiosa, ao contrario, interpreta os seus como
diálogos verdadeiros com alguém real. Pensó que o que conta ácima de tudo
e mais que qualquer outra coisa, se/a a maior sinceridade e honestidade. Se
Deus verdadeiramente existe, ele com certeza nao irá discutir com aqueles
que nSo tém religiao porque eles o confundem com o próprio eu eo deno-
minam de mane ira inadequada" (pp. 56s).
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Reivindicando nova Pastoral:
A Igreja, porém, sabe que Deus tem múltiplos recursos para atender a
seus fiéis fora dos trámites objetivos e institucionais. Por isto Ela exorta os'
divorciados "recasados" a que continuem a rezar e confiar em Deus, certos
de que Ele vé a sinceridade e as boas disposicoes dos coracoes; Ele pode dar
feliz desfecho aos dramas que as criaturas sao incapazes de resolver.
' Traducao de Alvaro Cunha a partir do original francés "Les Divorcés rema-
riás", Ed. Paulinas, Sffo Paulo. 130 x 200 mm, 196 pp.
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"A IGREJA E OS DIVORCIADOS" 19
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20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
mónia de béncao e oracSo em favor de um enlace que nao possa ser sacra
mental:
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"A IGREJA EOS DIVORCIADOS" 21
Ou aínda:
2. Que dizer?
Me 10, 11: Disse Jesús: "Todo aquele que repudiar a sua mulher e des
posar outra, comete adulterio contra a primeira; e, se essa repudiar o seu ma
rido e desposar outro, comete adulterio".
Le 16, 18: "Todo aquele que repudiar a sua mulher e desposar outra,
comete adulterio; e quem desposar urna repudiada por seu marido, comete
adulterio".
1Cor 7, 10: "Quanto aqueles que estao casados, ordeno nao eu, mas o
Senhor: a mufher nSo se separe do marido; se, porém, se separar, nSo se case
de novo ou reconcilíese com o marido; e o marido nSo repudie a esposa".
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Rm 7, 2s: "A mulher casada está ligada por leí ao marido enquanto ele
vive; se o marido vier a falecer, ela ficará livre da leí do marido. Por isso, es
tando vivo o marido, ela será chamada adúltera se for viver com outro ho-
mem. Se, porém, o marido morrer, ela ficari livre da leí, de sorte que, pas-
sando a ser de outro homem, nao será adúltera".
"Eu vos digo: todo aquele que repudia sua mulher — exceto por moti
vo de pornéia - faz que ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada,
comete adulterio" (Mt 5, 32).
"NSo descubrirás a nudez da irmS de teu pai, pois é a carne de ten pal
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"A IGREJA E OS DIVORCIADOS" 23
unioes matrimoniáis proibidas pela Lei de Moisés, mas toleradas pelos cris-
tSos provenientes do paganismo; estas unioes deviam causar dificuldades á
boa convivencia de cristSos provenientes do judaismo e do paganismo. Daí
a ordem — auténticamente atribuida a Jesús — de romper tais unioes irregu
lares, que nao eram senao falsos casamentos.
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"A grapa de Deus nao pode estar limitada pelai leis da Igreja. Esta
nunca sabe o que ocorre no íntimo das consciéncias ou diante de Deus!"
1 Eis o que a respeito escreve o Papa Joio Paulo II na sua Exortacao Fami-
liaris Consortio n? 84:
72
"A IGREJA E OS DIVpRCIADOS" 25
que Deus pode operar diretamente nos coracoes, a Igreja se abstém de julgar
as consciéncias, mas Ela nao pode deixar de julgar os atos, as atitudes, os
comportamentos como objetivamente se apresentam á sociedade. Nisto nao
há "imperialismo teocrático", mas cumprimento fiel da missao confiada por
Cristo; a Igreja nao intercepta a agao de Oeus ñas almas ou no foro interno,
mas, com a assisténcia prometida por Cristo, cuida do foro externo ou das
leis que devem reger a comunidade dos seguidores do Evangelho.
Pode haver, sem dúvida, pessoas que, sem culpa previa (ou mesmo ar-
rependidas de sua culpa), contrairam segundas nupcias após divorcio, porque
eram jovens ou nao sentiam disposip6es para levar adiante a sua vida solita
ria... Safo pessoas que sofrem por nao poderem receber a grapa dos sacramen
tos e conservam a fé e o amor a Deus... A Igreja as estima profundamente;
reza por elas; está disposta a fazer por elas tudo que esteja ao seu alcance;
convida-as para freqüentarem a Liturgia e as reunioes paroquiais, mas nao
pode fazer o que Jesús Cristo nao Ihe permite. — Isto nos leva a considerar
novo argumento de Legrain:
— A propósito observamos:
De resto, nao se entende que em nossos días, quando tanto se fala con
tra urna "sacramentalizacao excessíva e estéril", haja pastores que pleiteiem
a sacramentalizacao de pessoas que evidentemente nao tém condicoes de re
ceber os sacramentos. - Nesse afa de sacramentalizar, parece estar latente a
¡ntencao indi reta de nivelar o casamento sacramental e a uniao ilegitima ou
de apagar as diferenpas extrínsecas existentes entre urna e outra.
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"A IGREJA EOS DIVORCIADOS" 27
"Digo.eu, nio o Senhor: se algum irmao tem esposa nSo crista e esta
consente em habitar com ele, nao a repudie. £, se alguma mulher tem mari
do nSo cristSo e este consente em habitar com ela, nSo o repudie. Pois o ma
rido nio cristSo é santificado pela esposa, e a esposa nio crista é santificada
pelo marido cristSo. Se nSo fosse assim, os vossos filhos seriam impuros,
quando na realidade sSo santos. Se o nSo cristSo quer separarse, separe-sel
0 irmSo ou a irma nio estao ligados em tal caso; foi para viver em paz que
Deus vos chamou. Na verdade. como podes ter certeza, ó mulher, de que sal
varás o teu marido? E como podes saber, ó marido, que salvarás tua mu
lher?"
2 Deve ficar evidente em foro jurídico que a parte nio batizada nSo quer
coabitar pacificamente com a parte batizada. Se esta provocar as difículda-
des de coabitacao, perde o direito de separacSo judiciária.
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3. Conclusao
1 Isto ocorre, por exemplo, quando se verifica que urna das duas partes é im
potente desde o período pré-matrimonial e nSo tem possibilidade de cura de
tal impedimento. Se este so vem é tona após a cerimónia matrimonial, deve-
se dizer que nao houve casamento. Note-se bem: o impedimento de impo
tencia nao ó o de esterilidade, mas é a incapacidade física ou psicogénica de
realizar a cópula carnal.
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"A IGREJA E OS DIVORCIADOS" 29
cristao que se torne digno deste nome sem a aceítacao da Cruz; Cristo nao
veio salvar os homens da Cruz, mas através da Cruz. Fugir ossta em nome de
um humanismo mais aberto e compreensivo equivale a esvaziar a fé e sua
mensagem; é o total desvirtuamento do Cristianismo.
Deus vé o drama das consciéncias dos que estafo privados dos sacra
mentos. Ele tem recursos invisíveis para sálvalos; em sua Providencia Ele sa
be responder ao arrependimento e as boas intencSes dos divorciados recasa
dos. Por isto a Igreja os exorta a nao se afastar do Senhor, mas a procura-Lo
de todo modo, aínda que nao por meio dos sacramentos. Todo drama pode
acabar bem, pois para Deus nada é impossível e sua misericordia excede de
longe as súplicas e os méritos daqueles que 0 invocam sinceramente.
(continuacao da p. 61)
O livro, portanto, nSo se concilla com a doutrina crista, por mais que
o autor cite o Novo Testamento, é lamentável que a Editora Vozes publique
tal obra na mesma colecSo em que se encontram escritos de Freí Anselmo,
Frei Almir, Gertrud von Le Fort... A confusio e o relativismo sSo o efeito
de tal serie de livros de meditacao. E.B.
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Um projeto deexpansao protestante:
"Amanhecer"
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"AMANHEC.ER" 31
1. Apresentagao de AMANHECER
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Atenciosamente
Vejamos agora.
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"AMANHECER"- 33
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"AMANHECER'-' 35
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dem desapontar as pessoas. Metas comensuráveis, ¡sto é, que possam ser tra-
duzidas em números e datas concretas, pois a veríficacao matemática do éxi
to é sempre motivo de regozijo. Sao citados os textos de Hb 11,1.5.
"Como se sentiriam os seus filhos, se vocé nao Ihes tivesse dado nome?
Ignorados e insignificantes!" Da mesma forma todo programa necessita de
um bom nome.
84
"AMANHECER" 37
qual havia uma Di retora Nacional de Oracao, que era membro do Comité
Executivo. Ela ajudoü a organizar centenas de células de oracao, que se man-
tiveram muito vivas sob o seu estímulo. Dessas células sairam novos e novos
grupos de obreiros leigos dedicados á oracao e ao trabalho.
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"AMANHECER" 39
parte integrante e'.dinámica da vida das comunidades, em vez de ser urna ati-
vidade esporádica ou rotineira.
Conclusao
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Logoterapia:
Tem publicado varios livros em que propóe a sua teoría, dos quais já
foi apreciado o intitulado "Psicoterapia e Sentido da Vida" em PR 281/
1985, pp. 329-340; ver também PR 278/198S, pp. 61-65 e PR 310/1988,
pp. 131-138. Acaba de sair em portugués a obra "Um Sentido para a Vi
da",1 que em poucos capítulos expSe mais urna vez as idéias do autor. Tra-
ta-se de urna concepcao de ser humano e da vida que muito se aproxima da
concepcao crista e, por isto, importa divulgar. É o que taremos ñas pá
ginas subseqüentes, delineando alguns elementos mais típicos do livro em
foco.
88
"UM SENTIDO PARA A VIDA" 41
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sempre como algo de relativo, algo que só tem sentido se o homem descobre
o significado geral da sua vida: "Aínda que o alimento seja urna condicao ne-
cessária para a sobrevivencia, ele nao é condicao suficiente para dar sentido á
nossa vida e superar a sensacao de vazio e de inutilidade da nossa existencia"
(p. 27).
Frankl insiste sobre o caráter relativo dos bens materiais, que muitos
almejam como se preenchessem todas as aspiracSes do psiquismo humano:
Por outra parte, vemos pessoas que sSo felizes em condi$6es adversas,
mesmo se terriveis. Permitam-se citar um trecho de carta que recebi de Cíe-
ve W., que me escreveu quando era o número 049246, numa prisao america
na: 'Aquí na prisSo... há multas e muito agradáveis ocasioes de ser útil e de
crescer. Na realidade sou mais feliz agora do que em qualquer outra ocasiao,'
Note-se: mais feliz do que nunca na cadeial" (p. 15).
90
"UM SENTIDO PARA A VIDA" 43
Encontró urna razSo em minha vida e este tempo que tenho diante de mim,
é apenas urna breve espera da oportunidade de fazer melhor, de fazer mais'.
"No gueto de Theresienstadt foi publicada urna lista com o nome dos
cerca de mil jovens que na manhS seguinte seriam retirados do gueto. Quan
do amanheceu o día, era do conhecimentó geral que a livraría do gueto fora
esvaziada. Cada um daqueles rapazas — que estavam condenados a morrer no
campo de concentracao de Auschwitz — pegara um par de livros do poeta,
do romancista ou pensador preferido e o esconderá na mochila. Quem vai
entao me convencer de que tinha razio Bertold Brecht quandó proclamava
em sua 'ópera dos tres Vintens': 'Em primeiro lugar, vem a panca para en-
cher, depois a moral' (Brst Kommt das Fressen, dann kommt die Moral;?"
(p. 27).
"Numa ocasiao tive como alunos tres oficiáis americanos que presta-
ram servico por um longo tempo — até sete anos — em um campo de prísio
neiros de guerra norte-vietnamitas. Pois bem; eles também haviam observado
que os prísioneiros que pensavam que havia alguém ou alguma coisa que os
esperava, eram os que tinham maior probabilidade de sobreviven A mensa-
gem ou significado que captamos é que a sobrevivencia dependía da capad-
dade de orientara própria vida em direcao a um 'para que coisa'ou um 'para
que pessoa'. Em outros termos, a existencia dependía da capacidade de
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44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 333/1990
"A riqueza geral da sociedade reflete-se nao apenas nos bens materiais,
mas também no tempo dedicado ao ocio. A este propósito escutemos o que
escreve Jerry Mandel: 'A tecnologia privou-nos da necessidade de fazer uso de
nossas capacidades de sobrevivencia. Desenvolvemos um sistema de bem-es-
tar que garante que podemos sobreviver sem fazer algum esforco em nosso
próprío interesse. Do momento em que apenas 157o da forca de trabalho de
urna nacao poderiam de fato prover ás necessidades de toda a populacao gra
pas ao emprego da tecnologia, devemos enfrentar dois problemas: quais 15Yt
deveriam trabalhar, e como os demais enfrentarSo o fato de nao serem ne-
cessários, com a conseqüente perda do significado de suas vidas. Talvez a lo
goterapia deverá dizer é América do sáculo XXI maisdo que ¡á tenha dito
équela do secuto XX" (p. 18).
92
"UM SENTIDO PARA-A VIDA" 45
cidade de renuncia. Mas Hoetderlin estava certo quando disse que, lá onde o
perigo ameaca, ali asalvacSo está próxima" (p. 87).
2. Refletindo...
1 "Na morte... a pessoa nada mais tem é sua disposicSo: nem mente, nem
corpo; ela perde seu ego psicológico. O que Ihe resta, é o *alf. o eu espiri
tual" (p. 101).
93
O cristao na atual sociedade:
94
"UM HOMEM PERPLEXO" 47
Livro em Estante
SugestSes Oportunas, por C. Torres Pastorino. - Ed. Vozes, Petrópo-
lis, 1989 (3a. edicSo). 90x130 mm, 174 pp.
"O próximo é a mesma substancia que nos, porque todos temos a mes-
ma centelha divina do mesmo Deus, que é a alma de tudo" (p. 44).
"Assim ñas criaturas a luz que netas existe, é a mesma, e todos somos
urna só luz, porque todos vivemos da mesma e na mesma substancia divina"
(p. 4).
"Inegavelmente toda boa obra provém de Deus, pois a inteligencia in
finita, vlvendo em nos, determina o impulso inicial, para a realizacao do
bem. Somos impulsionados para a conquista do bem pelo próprio Primum
Mover», que constituí nossa substancia íntima" (p. 121).
A submissSo é vontade divina ó "movimento ativo de sincronizacSo vi
bratoria, que nos coloca em freqüéncia harmónica com a ¡rradlacao divina.
96
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