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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LIN-E
< SUMARIO
SUMARIO
Diretor-Responsável:
"SENTÍ O QUE O CRISTO JESÚS
Estéváo Bettencourt OSB SENTÍA..." 145
Autor e Redator de toda a materia
Um livro candente:
publicada neste periódico
"JESÚS HISTÓRICO, PONTO DE
PARTIDA DA CRISTOLOGIA
Oíretor-Administrador:
LATINO-AMERICANA" 146
D. Hildebrando P. Martins OSB As esperanzas dos crtstaos russos:
A "PERESTRO'l'KA" (REFORMA) NO
Administrado e distribuicáo: SETOR RELIGIOSO 159
Edicóes Lumen Christi Urna tentativa de explicar
Dom Gerardo, 40 - 59 andar, S/501 "COMO VIVER A SEXUALIDADE" . . 171
Tel.: (021) 291-7122 A propósito de
Caixa Postal 2666 MINISTROS EXTRAORDINARIOS
20001 - Rio de Janeiro - FU DACOMUNHÁOEUCARISTICA 181
Um Congresso de Teología:
POBREZA, LIBERTACÁO E
TEOLOGÍA 186
Tocando pontos nevrálgicos:
"MARQUES-SARA1VA"
enfocas € eonoKts s*.
"OSQUEPARTEM.OSQUEFICAM" 190
T.lí.: (IMIBTH4M - Í7J-9M7
AINDAO'TERCEIROSEGREDO
DE FÁTIMA" 192
145
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
Ano XXIX - N9311 - Abril de 1988
Um livro candente:
ii
Jesús Histórico, ponto de
Partida da Cristologia
Latino-Americana"
por Pedro Ramao Hilgert
146
"JESÚS HISTÓRICO, PONTO DE PARTIDA..."
1. O livro: conteúdo
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4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
0 autor ainda cita, e faz suas, palavras de José Comblin para justificar
o recurso ao marxismo:
"Por que nao se recorre sempre, para examinar a situacao social, a pes-
soas especializadas, que nio tenham absolutamente nada em comum com o
marxismo? A razio 6 que na América Latina o mundo intelectual se divide
em dois grandes submundos. Um deles é a reproducSo fiel da cultura dos
Estados Unidos. A sua visao de sociedade ó aqueta que reflete as preocupa-
coes dos Estados Unidos e das classes dirigentes. Nada conhecem do mundo
popular, nem se interessam por conhecé-lo. Quanto aos outros, os que se
interessam pelas maiorias, estio todos vivendo e trabalhando num ambiente
em que o marxismo constituí pelo menos urna das referencias principáis"
(p.54s, citacao de José Comblin, Teología e Marxismo na América Latina.
Algumas Observacoes sobre o tema, em "Perspectiva Teológica" n° 40,
set/dez1984,p.300).
0 Pe.: Hilgert reconhece que "o marxismo nlo pode ser tomado, sem
mais, em sua totalidade como MediacSo Sccio-anaiftica"; vale somente na
medida em que é teoría científica, nao como cosmovisao explicativa (p.55).
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"JESÚS HISTÓRICO, PONTO DE PARTIDA..." 5
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6 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
apresenta sua prátíea para recriaba e assim ter acesso a Jesús. O pressuposto
dessa posicio é que o acesso pessoal só á possfvel desde a continuidade entre
Jesús e aqueles que o conhecem, e que essa continuidade deve ser fundamen
tada desde o lugar de maior densidade: a prátíea. Conforme isso, ter acesso a
ele nao é, antes de tudo, conhecer dados sobre ele, e desenvolver para tanto
urna hermenéutica que salve a distentía entre Jesús e nos. Tratase, em últi
ma instancia, de afinidade e conaturaiidade entre a prátíea de Jesús e o com-
promisso orático a que a fé nos remete" (p. 101).
"NSo é tanto o 'outro mundo' desvelado por Jesús Cristo que nos inte-
ressa em prímeiro lugar, mas o 'mundo outro', pelo qual e no quafele se en-
volveu e que foi o motivo de sua morte" (p. 171).
2. A propósito...
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"JESÚS HISTÓRICO, PONTO DE PARTIDA..." 11
O cristao traz este tesouro em si, sempre que vive com fidelidade a
sua vocacao, quaisquer que sejam as respectivas estruturas sociais. Está cla
ro, porém, que há de se empenhar ardorosamente pela remocao das injusti-
cas e a constituicao de urna reta ordem temporal, pois a Boa-Nova nao pode
ser meramente teórica nem individualista. é o que pedem as Encíclicas So
ciais dos Papas desde Leao XIII (1891) até Joao Paulo II (1982). Alias, a
Doutrlna Social da Igreja é a auténtica resposta católica ao problema das ¡n-
justicas sociais; a Igreja nao é insensfvel a estas, mas nem por isto subordina
a leitura do Evangelho á solucao de tal desafio. Ela sabe, ao contrario, que a
leitura objetiva do Evangelho é fermento transformador da sociedade.
Vé-se, pois, que quem estabelece urna certa antítese entre o Jesús his
tórico e o Jesús da fé ou entre Jesús e o Criador ou "Jesús mortal" e "Jesús
ressuscitado", nao somente nao tem base para tanto nos Evangelhos (pois o
Jesús histórico nao é o revolucionario que alguns teólogos concebem), mas,
além disto, modifica radicalmente o Cristianismo. Este é a mensagem da
Cruz gloriosa; a dor e a morte de Jesús nao se podem entender sem a sua res-
surreicao. Jesús nao veio para abolir a Cruz,1 mas para transfigurá-la; a Pás-
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12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
Mt 21,43: "O Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que
produza seus frutos". Cf. Le 22,29.
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"JESÚS HISTÓRICO, PONTO DE PARTIDA..." 13
Me 4,26-29: o grao lancado á térra cresce só, sem que o homem saiba
como;
Estas parábolas significam que o Reino segué urna lógica mais ampia
que a dos homens,. .. lógica que se manifesta ao cristao de modo surpreen-
dente e inesperado. Este aspecto do Reino de Deus, muito bíblico, deve ser
levado em conta quando o Pe. Hilgert recomenda ao cristao o compromisso
em prol da justica social ou do Reino de Deus. Este nao é mero fruto do tra-
balho dos homens, mas participa do misterio de Deus (cf. Me 4,11).
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3. Conclusáo
DREYFUS, FRANQOIS, Jesús sabia que era Deus? Ed. Loyola 1987.
Cf. PR 309/1988, pp. 50-66.
LEPARGNEUR, HUBERT, Teología da Libertacao. Urna avaliacao.
Ed. Convivio, Sio Paulo, 1979.
SCHMIDT, K.L.. Basileía, em "Grande Lessico del Nuovo Testamento,
fondato da G. Kittel e G. Friedrich," vol. II.
TEPE, VALFREDO, Estamos salvos. O cristao diante das ideologías.
Ed. Paulinas, 1982.
* **
(continuafio da p. 192)
158
As esperanzas dos cristaos russos:
A "Perestroíka" (Reforma) no
Setor Religioso
* * *
1. A CARTA
"Vossa Santidade,
Eminencias,
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16 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
A época em que vivemos, nos faz esperar que a Igreja Ortodoxa Russa
experimentará, ela também, a verdade e a justica... Um Estado tao podero
so e civilizado quanto o nosso nao poderia conceder aos fiéis nao somante
o direito de confessar sua fé na Igreja, mas também o de viver segundo a fé?
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"PERESTROIKA" 17
tamente o seu amor ao próximo nem exercer alguma atividade social inspi
rada pela compaíxao e a caridade. Hospitais, sanatorios, asilos, estabeleci-
mentos para deficientes, centros para enancas, sociedades beneficentes, caí-
xas de auxilio mutuo, etc., tudo isto nos é proibido. O artigo 17 do decreto
proibe as associacóes religiosas utilizar os seus bens para outro fim que n3o
a satisfapao das necessidades religiosas e conceder auxilio material aos seus
membros... Assim nasceu um confuto entre a lei e a fé; este confuto nao
pode deixar de existir na consciéncia de .numerosos fiéis, mesmo que nio
ousem exprimi-lo abertamente.
Sim; a nossa Igreja nao está para desaparecer, mas vé-se condenada a
viver num estado de asfixia prolongada, quase habitual. Faltam-lhe a ativi
dade e á palavra. A oracao, algumas vezes um sermao proferido no interior
da igreja, eis tudo o que Ihe é permitido para satisfazer ás suas necessidades
religiosas. Os representantes mais graduados da Igreja também estao autori
zados a fazer declaracoes de política exterior, proclamando a atividade da
Igreja efn favor da paz. Só isto.-.. Como se a verdade que a Igreja guarda
consigo nao precisasse de outras palavras, de muitas outras palavras a ser di
rigidas aos filhos da Igreja e ao mundo inteiro. Pois confessamos a religiao
do Verbo: 'No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Oeus, e o Verbo
era Oeus'...
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18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
A Igreja nao pode ter existencia normal ñas condipoes de silencio que
Ihe sao impostas. A Igreja tem por vocacao ensinar e tem por dever satisfazer
ás 'necessidades religiosas' nao só do coracao, mas também da razao dos seus
membros . . . Todo homem tem o direito de conhecer os fundamentos e os
argumentos de sua fé, referindo-se ás fontes mesmas da crenca e aos concei-
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"PERESTROÍKA" 19
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'PERESTROÍKA" 21
Santidade! Eminencias!
Nosso pafs conta'milhoes e milhoes de pessoas que confessam a fé or
todoxa e se consideram filhos da Igreja Ortodoxa Russa. Qualquer que seja
a posicao da Igreja neste pafs, nascem, vivem e morrem, como membrosda
Igreja e cidadaos do país, de cuja vida participam sem se furtar. Permane-
cendo fiéis á sua patria terrestre, querem ser fiéis á sua patria celeste e viver
segundo os preceitos de Cristo. Hoje eremos que o Estado deixará de os dis
criminar e Ihes concederá auténticos direitos civis... isto é, oue os reconhe-
cerá como cristaos no seio da sociedade. E julgamos que chegou o momento
de colocar aberta e publicamente a questao desse reconhecimentó.
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1 Alusao ao fato de que quem deseja casarse na Igreja ou ser balizado (ou
batizar seus filhos) é obrígado a apresentar seu passaporte. O nome dessas
pessoas ó lanzado num registro especial, que pode, a qualquer momento, ser
consultado pelas autoridades civis. Esses cidadaos poderao mais tarde sofrer
problemas, sej'a no exercfcio do seu trabalho, seja na escola do seu filho.
(Nota do tradutor).
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"PERESTRO'ÍKA" 23
Tudo o que a Igreja hoje espera, tudo por que ela deve hoje lutar, po
de resumir-se, parece-nos, nurna palavra: reconhecimento. Seja ela reconhe-
cida nao como um vestigio de culto, mas como urna realidade espiritual, ju
rídica, cultural, cuja existencia nao é um fardo, mas urna das numerosas he-
rancas, urna das muí tas riquezas de nossa patria. Possa a Igreja receber o di-
re ¡to de ser tal como a quer a sua vocacáo dentro da fé evangélica e apostó
lica, eis o que Ihe é oferecido para festejar o seu milenio.'
aa) P. Gleb Yakounine, P. Nikola'i Gainov, Andrei Bessmertny, Va
le riV Borchtchov, Victor Bourdioug, Vladimir Zelinski, Evgueni Pazoukhine,
Víctor Papkov, Vladmir Porech".
2. UM APELO
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24 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
No amor de Cristo
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"PERESTROÍKA" 25
3. Dados estatísticos
Prática Religiosa
(dados fornecidos pelas Agremiacoes Religiosas)
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É para desojar que este surto religioso se imponha cada vez mais, den
tro das prospectivas já esbocadas por Tatjana Goritcheva (cf. PR 31/1987,
pp. 242-251). é também para almejar que os cristaos do mundo inteiro
exercam sua solidariedade com os irmaos perseguidos na U.R.S.S., assegu-
rando-lhes suas oracoes e outros serví pos que Ihes estejam ao alcance.
170
Uma tentativa de explicar
Por isso tal obra nao é indicada para a formacao dajuventude contem
poránea. Permanece insuperado o pensamento de Joao Mohana, expresso em
varias obras deste autor sobre sexualidade com muita sabedoria e em conso
nancia com a auténtica doutrina da Igreja.
1 Ovidio Zanini, Como viver a Sexualidade. — Ed. Loyola, Sao Paulo, 140
x210mm, 101 pp.
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0 autor, em nota, observa: "Esta é urna tese arrojada, mas nao temerá-
ría".
1 Sao muito estranhas tais afirmacoes. Nao se pode dizer que a Eucaristía
produz os efeitos enunciados ácima; alies, "tornase a mesma Divindade, o
mesmo Espirito Santo" sao expressoes que carecem de lógica; a Divindade
nao se torna...
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2. Quedizer?
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"COMO VIVER A SEXUALIDADE" 31
"Nao basta uma perfeita instrucao sexual para termos uma vida sexual
perfeita. Nao basta uma perfeita educacao sexual. Nao basta nem mesmo
uma perfeita cultura integral. Sexo nao ó matemática, nSo é literatura, nao
é geografía. Nao é materia só intelectual. É assunto vital. Nao supóe apenas
instrucao, cultura, educacáo. Para a matemática, a literatura, a grografia bas
ta instrucao, e os problemas matemáticos, geográficos e literarios ficam solu-
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Tendo William James sido genérico, e como na esfera volitiva nao bas
ta dizer "quero" e "nao quero", mas é ¡mprescindível tomar os meios, darei
algumas sugestoes concretas, sugestoes que precisamente podem criar viven
cias aptas ao treino diario da vontade.
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"COMO VIVER A SEXUALIDADE" 33
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34 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
2.4. As futuricoes
PURO INSTINTO
"O sucesso do Diabo ñas telas do cinema pode ser o síntoma de urna
mudanca de valores mais profunda. £ o que pensa o professor Namur, ocul
tista especializado no baralho do Tarot. Para ele, "este momento tem muito
a ver com a decadencia da Igre/a".
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graves males físicos e psíquicos para a humanidade. Apesar dos perígos para
a saúde, muitas das pessoas vulneráveis nao tencionam mudar de comporta-
mentó, como indicam depoimentos publicados no JORNAL DO BRASIL de
1?/10/87, Caderno Cidade, p. 2:
- O medo vem depois da relacao sexual - disse Joao Paulo Ferraz, 19,
4? período de Engenharia, que, mesmo sem conhecer direito a parceira, nao
se preocupa em utilizar preservativos.
3. Conclusao
Por ¡sto tal obra nao parece indicada para a formacao da juventude
contemporánea. Permanece insuperado o pensamento de Joao Mohana,
expresso em varias obras sobre sexualidade, com muita sabedoria e em
consonancia com a auténtica doutrina da Igreja.
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A propósito da
Ministros Extraordinarios
da Comunháo Eucarística
1. As disposigoes da Santa Sé
Eis o texto da Nunciatura Apostólica de París dirigido a 0. Jean Vilnet,
presidente da Conferencia dos Bispos da Franca1:
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38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
Monsenhor,
Como escreve o Cardeal Mayer, urna das formas mais notáveis de par
ticipado dos fiéis leigos na acao litúrgica da Igreja é, sem dúvida, a faculda-
de, a eles concedida, de poder distribuir a S. Comunhao como Ministros Ex
traordinarios da Eucaristía (cf. canon 230 § 3; 910 § 2).
Os abusos ocorrem
(continuacao da p. 181):
sal da Conferencia dos Bispos do Brasil pubiica o texto da Nunciatura Apos-
tólica no Brasil, que corresponde quase literalmente ao da Nunciatura na
Franca.
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MINISTROS EXTRAORDINARIOS... 39
Ouseja:
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40 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
2. Comentando...
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MINISTROS EXTRAORDINARIOS...
Estas normas simples tém sua importancia, visto que o ser humano é
psicossomático; os gestos, as atitudes, as palavras, os sinais sensfveis da
Liturgia devem traduzir reverencia, piedade, adoracao. . ., e jamáis dar a
¡mpressao de que o ministro do culto é um mero "despachante expedito e
prático". O amor as coisas sagradas tornará espontánea a observancia de tais
instrucoes.
* * *
(continuacao da p. 170)
E. B.
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Um Congresso de Teología:
Pobreza,
Libertado e Teología
* * *
O RELATÓRIO FINAL
186
UM CONGRESSO DE TEOLOGÍA 43
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44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
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UM CONGRESSO DE TEOLOGÍA 45
titucional dada por Jesús á sua Igreja nao se coaduna com uma 'Igreja de
classe' ou Igreja de um povo oprimido que deva ser conscientizado para
assumir a luta organizada. No pobre há um sinal da presenca de Cristo, mas
isto nao justifica que se considerem os oprimidos como o criterio hermeneu-
tico definitivo para interpretar a Palavra de Deus nem como os únicos desti
natarios da sua mensagem libertadora integral.
10. A libertacá'o política alcanca-se mediante o esforco para melhorar
ou restabelecer as condicóes económicas e jurídicas da liberdade. É necessá-
rio trabalhar para implantar uma ordem de direito num estado social em que
o poder político - que nao deve ser eliminado - saja devidamente limitado
e a participado do cidadao ñas decísSes públicas esteja definida constitu-
cionalmente para garantir assim os direitos e a dignidade do homem e uma
adequada qualidade de vida. A educacá*o para a liberdade exercefuncáb im
portante na política. Condicóes para uma auténtica liberdade política e so
cial sao a moralidade pública e a promocao cultural.
* * *
189
Tocando pontos nevrálgicos:
O livro "Os que partem, os que ficam" compreende seis capítulos, dos
quais os cinco primeiros analisam o medo da morte e o sofrimento, e pro-
póem normas válidas deduzidas da Psicología para que as pessoas saibam
conviver com a dor e a expectativa da morte. É, porém, discuti'vel o que diz
sobre as técnicas de Meditagao Transcendental e Zen e sobre o uso de man-
tra (= palavra de poder); cf. pp. 81-89.
O cap. VI, com o titulo "O que vira depois?", merece serias restricoes
do ponto de vista cristao. É o mais delicado de todo o livro, pois entra no te
ma teológico da escatologia.
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"OS QUE PARTEM, OS QUE FICAM..." 47
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48 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 311/1988
O monotei'smo judeu nao comeca no ano 3.000 a.C, mas, sim, por
volta de 1850 a.C, com a vocacao do Patriarca Ábralo. Cf. p. 129.
Em síntese, o livro do Dr. Evaldo é interessante e útil, quando se de-
tém no campo da Psicología; todavia no tocante á escatologia ou aos últimos
acontecimentos da vida humana, é falho. De resto, verifica-se que a temática
relacionada com a morte e o além se presta fácilmente a concepcoes fanta
siosas, especialmente em nosso pai's, onde o Espiritismo e outras correntes
de pensamento tém difundido as mais diversas teorias sobre a vida postuma.
É importante que os fiéis católicos evitem o ecleticismo, e adquiram clareza
sobre as proposicoes da fé relativas á morte e ao além.
* * *
NOTA
192
LIVROS EM LINGUA ESPANHOLA
CZS 1.000,00