Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
FINALMENTE PUEBLA ! 89
NO PRÓXIMO NÚMERO :
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
ADMINISTRAC/AO
REDAC.AO DE PR Livraria Misslonária Editora
„ . »„„,„, 9fi(8(! Rúa México, 168-B (Castelo)
Caixa Postal 2.666 20.031 Rio de Janeiro (RJ)
20.000 Rio de Janeiro (RJ) Tel.: 224-0059
FINALMENTE, PUEBLA!
Encerrou-se aos 12/02/79 a III Assembléia do Episco
pado Latino-americano reunido em Puebla de los Angeles
(México). Assim como houve grande expectativa em torno
dessa reuniáo, há atualmente variados comentarios sobre o
significado da mesma. — Notemos, porém, que qualquer refle-
xáo sobre a mensagem de Puebla supóe a publicagáo do res
pectivo documentário,... publicagáo que ainda depende da
aprovagáo final do S. Padre Joáo Paulo II. Como quer que
seja, podemos, de fonte limpa, transmitir aos nossos leitores
algumas linhas-mestras da mensagem de Puebla.
1. A palavra do Papa Joáo Paulo II proferida aos
27/01/79 na abertura da Assembléia teve caráter programá
tico; afastando posigóes extremadas, o Sumo Pontífice apon-
tou tres principáis temas ao estudo dos bispos reunidos:
Cristo, a Igreja e o homem.
a) Cristo: nao um Cristo meramente humano, arauto
de teses políticas, mas o Cristo que é Deus feito homem para
levar os homens a plena comunháo com Deus.
b) A Igreja: nao mera sociedade de pessoas dispostas
a construir um Reino de Deus terrestre, mas realidade divino-
-humana instituida por Cristo para anunciar aos povos a Boa-
-Nova em toda a sua amplidáo.
c) O homem... A Assembléia de Puebla pode ser carac
terizada como um dcbrugar-se pastoral dos bispos sobre a
condigno do homem no continente latino-americano. As mais
variadas situagóes tanto dos habitantes dos campos, das este-
pes, das cordilheiras e das florestas, como dos moradores das
gigantescas cidades foram consideradas com profundo cari-
nho. Ao ver multidóes em condigoes de vida infra-humana, os
bispos repetiram as palavras de Cristo: «Tenho compaixáo
dessa multidáo,... pois nao tém o que comer» (Me 8,2s).
Todavía a perspectiva dos nossos pastores nao foi meramente
económica, sociológica ou política, mas, sim, evangélica: levou
em conta, antes do mais, os criterios da fé. Esta denuncia as
injustigas e o pecado de maneira decidida, e chama todos os
homens á conversáo. Reduzir o Evangelho a instrumento de
revolugáo social seria trair o Senhor.
O documentário de Puebla muito insistiu na dignidade
do homem — tema hoje amplamente apregoado. A digni
dade do homem, porém, para o cristáo, está vinculada ao
misterio do homem... Ora misterio difere de problema: pro
blema é um sistema que encontra a sua sol
reto equacionamento dos seus componente;
misterio é um sistema que só tem solugáo
— 89 — i
em valores transccndcntais ou em Deus. Isto quer dizer que
qualquer tese que reduza o homem a mero problema, nao
levando em conta o seu aspecto de misterio e transcendencia,
renega o próprio homem.
A Igreja em Puebla quis optar de preferencia pelos
pobres. Esta palavra, na intengáo dos bispos, tem acepgáo
ampia. Pobres sao todos quantos se acham longe da Boa-
-Nova; neste contexto, a pobreza mais radical é o pecado,...
pecado que infelizmente ocorre na realidade de todos os ho-
mens, independentemente da sua classe social; pobre, portanto,
é a pessoa drogada, que tem o seu semblante desfigurado
pelo vicio; pobre é a crianc.a abandonada nao tem pai ne.*n
máe para defendé-la; pobre é o médico que ganha dinheiro
praticando o aborto; pobre é o funcionario público que se
enriquece á custa do bem comum... Como se compreende,
muitas vezes a miseria moral está associada á miseria mate
rial; por viverem em condigóes económicas infra-humanas,
muitas pessoas sao vítimas da miseria moral. Por isto a
Igreja nao pode deixar de encarar com grande empenho tam-
bém a pobreza material. Na verdade, muitos e nobres valo
res humanos deixam de se desabrochar por causa da pobreza
material; nao raramente a imagem de Deus no homem é
deturpada por causa da indigencia física de muitas popula-
Cóes. Daí o apelo da Igreja a que cada cristáo e cada país
latino-americano procurem resolver o problema do subdesen-
volvimento moral e material que afeta o nosso continente.
2. Ainda convém notar duas tomadas de posigáo dos
bispos em Puebla:
a) A Assembléia disse um Nao decidido a toda e qual
quer ideología, ou seja, á análise marxista da sociedade (da
qual se servem alguns teólogos da libertacáo) como também
ao capitalismo liberal (que permite a subordinagáo do ser
humano ao capital) e, ainda, á ideología da Seguranca Na
cional (que ocasiona a inseguranga dos cidadáos sacrificados
á seguranza do Estado).
b) O termo ao qual tende a libertacáo de que tanto
falam correntes teológicas modernas, foi definido em Puebla:
trata-se de libertar o homem para a comunháo com Deus,...
comunháo que se deve exprimir de maneira concreta numa
justa ordem social, mas que fica sendo o objetivo principal
de toda a libertagáo crista.
Aguardemos ulteriores noticias de Puebla! Por ora so
mos gratos ao Senhor pelo feliz éxito da Assembléia, penhor
de nova e sadia fase da historia da Igreja latino-americana.
E.B.
— 90 —
Ano XX — N« 231 — Marco de 1979
— 91 —
4 «PEftGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
1. As afirma;5es reducionistas *
Citaremos tais dizeres láo somente a fim de evidenciar
quáo longe tém ido o ceticismo e as tentativas de degradar
o ser humano.
— 92 —
O HOMEM... PURO MACACO?
— 93 —
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 94 —
O HOMEM... PURO MACACO?
3. O senso ético
4. O marco religioso
— 96 —
O HOMEM.;. PURO MACACO?
— 97 —
10 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
— 98 —
O HOMEM... PURO MACACO? 11
— 99 —
Fanatismo em nossos días:
— 100 —
SUIODIO COLETIVO NA GUIANA 13
— 101 —
14 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
— 102
SUICIDIO COLETTVO NA GUIANA 15
2. A tragedla final
— 103 —
16 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 104 —
SUICIDIO COLETIVO NA GUIANA 17
— 105 —
18 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
2.3. O desfecho
— 106 —
SUICIDIO COLETIVO NA GUIANA 19
— 107 —
20 . cPERGUITTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 108 —
SUICIDIO COLETIVO NA GUIANA 21
— 109 —
22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
3. ReflexSo final
3.1. Fdnc::!smo
— 110 —
SUICIDIO COLETTVO NA GUIANA 23
— 111 —
24 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 112 —
Mais urna vez em foco:
e a virgindade de maria ?
— 113 —
26 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
2. Refletincfo. . .
— 114 —
. A VTRGINDADE DE MARÍA 27
— 115 —
28 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
— 116 —
Anselo dos cristfios:
— 117 —
30 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 118 —
ECUMENISMO HOJE 31
— 119 —
32 tPERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979
— 120 —
ECUMENISMO HOJE 33
— 121 —
34 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 23V1979
Pergunta-se agora:
— 122 —
ECUMENISMO HOJE 35
— 123 —
36 . «PERGUNTE E RESPONDEREMOS* 231/1979
— 124 —
ECUMENE5MO HOJE 37
— 125 —
38 tPERGUNTE E RESPONDEREMOS? 23V1979
— 126 —
ECUMENISMO HOJE 39
— 127 —
40 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS;» 231/1979
— 128 —
ECUMENISMO HÓJÉ 4i
— 130 —
livros em estante
A Fé da Igreja, por Michael Schmaus, vol. IV — A lgre]a, um misterio
de fé. Tradugfio de Freí Alvaro Machado Silva. — Ed. Vozes, PetrSpolis
1976, 160 x 230 mm, 236 pp.
— 131 —
4£ «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 231/1979 ^
— 132 —
da praxis (acio) política, social, económica... Julgam que na acSo é que
deve emergir o sentido da palavra de Deus. Esta, mais do que um canal de
verdades, seria urna fonte de acSo e transformacáo. A expressSo mais conhe-
cida desta corrente teológica é a "teoiogia da libertado" (ao menos em al-
guns de seus variados matizes), a qual também é, por vezes, "teoiogia da
revolugao". Seus principáis (autores s3o Gustavo Gutiérrez, Hugo Assman...
Conversas com o meu Senhor, por Joao Batista Megale. Colecao "Se-
mentes" — Ed. Paulinas, Sao Paulo 1978.
O profeta que velo do deserto, por JoSo Batista Megale. Colecao "C¡-
dadáos do Reino". — Ed. Paulinas, Sao Paulo 1978, 135x207 mm, 125 pp.
A experiencia de Deus, por Joao Batista Megale. Colecao "Juventude
e Crescimento na fé" n? 8. — Ed. Paulinas, S3o Paulo 1977, 110x190 mm
75 pp.
GLORIA ETERNA...